O clima alegre do pagode improvisado com torcedores brasileiros e estrangeiros na frente da Arena do Corinthians contrastava com o ambiente tenso e corrido dentro do estádio, onde operários ainda trabalhavam a todo o vapor na terça-feira (10), último dia oficial de obras no Itaquerão.
O barulho das máquinas nas tribunas provisórias, a presença de engenheiros nas arquibancadas, denunciavam que ainda havia muito o que fazer antes de entregar o estádio aos protagonistas da festa de abertura. Daniel Campos, de uma empresa terceirizada de colocação de móveis, faz parte de um grupo de funcionários que estava em Belo Horizonte e foi chamado às pressas para acertar os acabamentos da tribuna de imprensa.
“Tem muita coisa para fazer em termos de acabamento, fazer o ‘pente fino’ do material que vai faltar, e ainda dependemos de outras empresas; a parte de comunicação, de passar os cabos, nós, da montagem, não podemos terminar o serviço porque dependemos deles”, diz Daniel, lembrando que tudo deve estar pronto “até a meia-noite, depois ninguém entra”.
Abertura
Dificilmente o estádio estará 100% pronto para o jogo de abertura. O que é certo é que, nesta quarta-feira (11,) os jogadores do Brasil e da Croácia treinarão no gramado do estádio. Antes de entrarem em campo, às 16h no horário de Brasília, os jogadores brasileiros vão falar com a imprensa. Em seguida, às 17h30, hora local, será a vez dos croatas fazerem o reconhecimento do gramado.
Dilma:olhos e corações do mundo voltados para o Brasil
A seleção brasileira chegou na noite de terça-feira em São Paulo, pouco depois do discurso em rede nacional da presidente Dilma Rousseff. Ela defendeu a realização da Copa e afirmou que o evento vai deixar um gande legado para os brasileiros, com muitas obras de infraestrutura. Dilma rejeitou as críticas de que o país gastou demais com o Mundial em detrimento da saúde e da educação, e reiterou que a democracia brasileira permite manifestos livres. A presidente explicou que excessos e radicalismos devem ser reprimidos e chamou de perdedores os que apostaram que o país não seria capaz de realizar o Mundial.
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