
Ferri foi indiciado por estelionato por ter se passado por cadeirante para ficar mais próximo do gramado e, assim, ter mais chances de fazer sua invasão. O italiano foi preso e encaminhado a um juiz em Salvador, que deve determinar fiança para soltá-lo. A Polícia Federal também foi notificada, o que deve significar o fim da Copa para o “Super-Homem”.
Nesta terça, as mensagens na camisa de Ferri foram “salvem as crianças da favela” e “Ciro vive” – uma referência a Ciro Esposito, um torcedor do Napoli que morreu ao ser baleado em conflito com ultras da Lazio. Já no Campeonato Italiano, ele costumava entrar no campo com mensagens pedindo a convocação do atacante Antonio Cassano à seleção.
O curioso foi que Ferri passou quase um minuto inteiro correndo pelo gramado sem ser incomodado pela segurança. Só depois de ter batido na mão de Eden Hazard e recebido um abraço de Kevin De Bruyne é que o invasor foi retirado de campo por cinco funcionários. Quem não gostou nada do episódio foi o técnico dos Estados Unidos, o alemão Jürgen Klinsmann, que balançou a cabeça sem ser comovido pelas mensagens de Mario.
Em campo, o jogo tomou proporções emocionantes na prorrogação e terminou com a vitória belga por 2 a 1. A equipe europeia vai enfrentar a Argentina nas quartas de final.
Entrevistado pelo Sportv após o encerramento da partida entre Bélgica e Estados Unidos nas oitavas de final, o secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, comentou o incidente. “O que é triste é que temos trabalhado para dar acesso a pessoas com necessidades especiais e esta pessoa está trabalhando contra tudo isso, é o pior exemplo, está indo contra tudo que fazemos. Ele é uma vergonha para todos que estão sentados”, criticou o dirigente.
Fonte: Terra