por LusaHoje

Ayoob Satar, um dos condenados em 2003 pela morte do jornalista moçambicano Carlos Cardoso, em 2000, foi assassinado na terça-feira na cidade paquistanesa de Carachi, noticia hoje a imprensa moçambicana.
Citando uma fonte familiar, o diário eletrónico MediaFAX de Maputo refere que Ayoob Satar, que saiu em liberdade condicional no ano passado, foi morto a tiro por dois homens que se faziam transportar numa mota, após se ter recusado a entregar um montante equivalente a cinco mil dólares em rupias, moeda do Paquistão, que acabara de levantar num banco.
“Eles queriam dinheiro, mas ele resistiu. De seguida, foi atingido a tiro e morreu no local”, contou a fonte, afastando a hipótese de um eventual ajuste de contas.
Segundo o MediaFax, Ayoob Satar, empresário moçambicano, encontrava-se no Paquistão desde 13 de junho, em visita aos filhos, que vivem naquele país, há oito meses.
Ayoob Satar saiu em liberdade condicional no ano passado, após cumprir 12 dos 23 anos e seis meses de cadeia a que foi condenado pela morte de Carlos Cardoso.
Satar é irmão de Abdul Satar, condenado a 24 anos de prisão pelo assassínio do jornalista.
Um irmão dos dois réus e os pais fugiram de Moçambique, presumivelmente, para Paquistão, quando descobriram que estavam a ser alvos de uma investigação por uma fraude bancária no extinto Banco Comercial de Moçambique (BCM).
Carlos Cardoso morreu quando investigava o “caso BCM” e o seu trabalho foi assumido pela justiça moçambicana como o móbil do homicídio.
Em fevereiro deste ano, um outro réu condenado a 23 anos e seis meses porenvolvimento com o assassínio de Cardoso, Vicente Ramaya, antigo gestor de balcão do BCM, foi morto a tiro no centro de Maputo em circunstâncias ainda não esclarecidas.