A noite deste domingo (17) foi marcada por novos protestos em Ferguson, no Estado do Missouri. Uma nova autópsia feita a pedido da família revelou que o jovem negro de 18 anos, morto pela polícia local no dia 9 de agosto, levou pelo menos seis tiros, sendo dois na cabeça.
As novas revelações reacenderam a tensão na cidade.Depois de várias noites de protestos violentos, o governador do Missouri, Jay Nixon, decretou um toque de recolher a partir de meia-noite.
O objetivo é “proteger as pessoas e a propriedade de Ferguson”, disse o governador. Mas, poucas horas depois do início da entrada em vigor da medida, cerca de 200 pessoas se reuniram na região em que o jovem Michael Brown foi assassinado e se recusaram a deixar o local.
A polícia usou gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes. Sete pessoas foram detidas. De acordo com uma testemunha, Michael Brown ia visitar sua avó e estava desarmado quandoi foi abordado pela polícia.
Segundo a versão dos policiais, Brown teria tentado roubar a arma de um policial e exibiu um vídeo de um jovem com as mesmas características físicas, que teria roubado uma caixa de charutos em um mini-mercado. O FBI, a pedido do presidente Barack Obama, está investigando o caso.
Manifestação pacífica homenageia jovem morto
Neste domingo, centenas de pessoas se reuniram na igreja Greater Grace para pedir “justiça para Michael Brown.” O novo chefe da polícia de Ferguson, Ron Johnson, recém-nomeado pelo governador para apaziguar as tensões, pediu que a comunidade confie nele. “Vocês são minha família, meus amigos.”