Diário de Notícias|Nuno CardosoHoje
Na primeira aposta do E! na ficção, The Royalsmostra a opulência e escândalos de uma família real britânica que o criador diz não ser uma cópia da verdadeira. Liz Hurley protagoniza.
Que a família real britânica é uma fiel seguidora de séries, já não é novidade – já elogiaram formatos como Segurança Nacional,Downton Abbey, A Guerra dos Tronos e Doctor Who, por exemplo. Mas será que a Rainha Isabel II, os Duques de Cambridge William e Kate, o Príncipe Carlos ou até Harry vão gostar de The Royals? É esta a nova série de drama e comédia que o E! Entertainment estreou recentemente [em Portugal ainda não existe data de arranque] sobre uma família real britânica ficcional e as consequências positivas e negativas de se ter sangue azul.
Na pele da Rainha Helena, Liz Hurley protagoniza a série que é a primeira aventura do canal E!, o rei dos reality shows, no universo da ficção. The Royals mostra o luxo, a opulência e o glamourdesta família real, habituada a ter tudo o que quer, quando quer. Mas também revela as dificuldades que enfrentam com o assédio dos media, o escrutínio público, a luta para manter as aparências e o bom nome da realeza quando surgem escândalos. Problemas alcoólicos, relações amorosas e sexuais, a ligação ao poder, ou o desejo de viver uma vida normal em detrimento da da realeza são temas abordados na primeira temporada.
Apesar de alguns momentos darem a entender subtis semelhanças com a verdadeira realeza britânica, o criador reforça que não existe paralelismo entre o Palácio de Buckingham real e fictício. “A realeza britânica faz coisas fantásticas. Têm feito um trabalho espectacular com causas solidárias. Mas não me parece que essas sejam o tipo de histórias que o público procura no canal E!. Sendo uma família ficcional, posso torná-la maissexy, mais sombria, mais vingativa, mais irritante”, disse ao New York Daily News o criador Mark Schwahn.
Face à estreia de The Royals, as críticas dividem-se. “É o género de telelixo que vamos adorar ver e odiar”, escreveu o The Guardian. “Devia ser um arraso, mas na verdade, torna-se entediante rapidamente”, lia-se na crítica do The New York Times. “A série é viciante, sumarenta, atrevida e até meio palerma na dose certa”, avaliou o The Wrap.