Exposições realizadas por funcionários e pesquisadores do Inpa atiçam curiosidade de crianças e adultos
Portal Amazônia
MANAQUIRI – Ver uma aranha subir na sua mão assusta? E que tal se ela for do tamanho da sua mão? Essa é uma das experiências que o Circuito da Ciência, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), proporcionou aos habitantes de Manaquiri, no interior do Amazonas, durante o Show das Águas e Meio Ambiente de 2014. A proposta de levar o tradicional circuito científico que acontece na capital aos municípios visa mostrar que a ciência está ao alcance de todos.
De acordo com o coordenador do circuito, Jorge Lobato, quatro das 30 atividades que compõe o projeto foram apresentadas em Manaquiri. “O instituto tem despertado e amadurecido esse novo olhar, essa nova forma institucional de se lidar hoje com a sociedade, de quebrar as barreiras existentes entre a pesquisa e a população”, afirmou.
Entre as atrações estava o tecnológico planetário, que apresenta ao público curiosidades e estudos científicos sobre o universo. Camila Leão, de 8 anos, disse ao Portal Amazônia que quer conhecer as estrelas de perto. “Um dia eu quero poder pegar uma estrela”, disse.
O estande que fez sucesso na noite desta sexta-feira (1) foi o da mostra de aracnídeos. No início muitos espantaram-se com as funcionários do instituto passeando pela praça central da cidade com aranhas nos braços. Mas não demorou muito para também querer carregar os animais, como o estudante Glebson Freitas, de 16 anos. O jovem mora atualmente em Manaus, mas voltou à cidade natal para participar do Show das Águas. “Nunca tinha visto uma coisa assim, como esse dos animais. É bom poder ver esse tipo de evento. A criançada daqui vê e se inspira. Quem sabe isso não influencia eles à buscarem alguma coisa a mais na frente”, afirmou.
Há dez anos parceiro do Show das Águas, Lobato afirma que o compromisso do Inpa é não “permitir que a sociedade olhe para a ciência como algo abstrato, distante da realidade”. Para o coordenador, a ciência caminha lado a lado com as pessoas todos os dias”. Estandes sobre insetos aquáticos em forma de bichos de pelúcia, campanha de proteção do boto-vermelho e mostra de materiais sustentáveis, como o tijolo vegetal, também compuseram o “cantinho da ciência”, como batizou Lobato.
Tawfik Gebreel é residente de Gaza, arquiteto e artista; ele e outros dois palestinos ganharam fama ao publicar montagens sobre fotos dos bombardeios. Os três não se conhecem
Estado de Minas
01/08/2014
Artista utiliza técnica digital para criar linhas que dão novos contornos nas imagens dos bombardeios em Gaza
* por Luiz Felipe Nunes
Em meio a imagens chocantes do conflito entre Israel e o grupo Hamas em Gaza, artistas palestinos buscaram na arte uma maneira de passar uma mensagem sobre a vivência de quem está entre o fogo cruzado. Desde o início da operação militar israelense, os jovens Tawfik Gebreel, Belal Khaled e Bushra Shanan estão se reapropriando de fotografias dos bombardeios em Gaza, aplicando sobre elas uma técnica de sobreposição de desenhos.
O que antes era fumaça e destruição transforma-se em imagens de resistência à guerra. Apesar de usarem métodos semelhantes, os três jovens não se conhecem; começaram os desenhos espontaneamente e a arte ganhou o mundo. Conversamos com um deles, o palestino Tawfik Gebreel, que falou ao Divirta-se sobre a arte, a guerra e os planos para o futuro.
O artista
Gabreel é arquiteto e artista, começando também uma carreira como professor na Universidade da Palestina. Tem 27 anos e é morador de Gaza, maior cidade dos territórios palestinos, com mais de 500 mil habitantes. A cidade fica localizada na Faixa de Gaza, palco dos bombardeios israelenses.
“Um ato de repúdio à guerra” é como o artista classifica o projeto
Em menos de três décadas de vida, Gabreel já viu três guerras na região e também participou da Segunda Intifada, uma série de revoltas promovidas pelo povo palestino em 2000 contra a administração de Israel na Palestina. No mais recente conflito, o artista quis passar a sua mensagem sobre a guerra e usou a internet como aliada.
“No primeiro dia da guerra em Gaza vi a fumaça dos bombardeios israelenses. Decidi então esboçar alguns desenhos para mandar uma mensagem para as pessoas ao redor do mundo”, contou Tawfik, que relatava ouvir barulhos de explosões em diversos locais enquanto ocorria a entrevista.
“É uma mensagem de repúdio à guerra”, completou o artista, que teve cinco amigos feridos nos recentes ataques. Gebreel ainda declarou que gosta de desenhar como forma de resistir ao que classifica como “agressão israelense”.
No perfil pessoal de Tawfik no Facebook é possível acompanhar mensagens de apoio enviadas de usuários dos mais variados países. “Espero que isso me ajude a levar minha mensagem para o mundo”, agradeceu o artista, que pretende participar de exposições de arte.
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