Família vende cerca de 100 toneladas de bananas ao ano. Doces também são utilizados como alternativas para uso da fruta
G1|RO|MAGDA OLIVEIRA

Jorge Eller na plantação de bananas (Foto: Magda Oliveira/G1)
Trabalhando com a agricultura familiar, o produtor rural Jorge Eller resolveu apostar na troca do cultivo do café pela banana. A tentativa deu tão certo que, há três anos, Jorge reserva sete hectares localizados na linha cinco, distante 25 quilômetros de Cacoal (RO) para produzir a cultura da banana do grupo terra. A produção anual da fruta em 2013 foi de aproximadamente 100 toneladas, que foram comercializadas em municípios de Rondônia, parte do Acre e do Amazonas. Em 2014 a expectativa da família é que as vendas aumentem pelo menos 60% se comparando com o ano anterior. Cada caixa de banana da terra é comercializada a R$ 20.
Com o clima favorável e a atenção no manejo, a produção aumenta todos os anos, mas a garantia de uma boa produção depende do combate a alguns inimigos da lavoura. De acordo com o produtor, a maior dificuldade em lidar com a fruta são as pragas, a mais predominante no grupo terra, ou popularmente conhecida como ‘banana de fritar’ é a sigatoka amarela, que começa atacando as folhas e vai se alastrando para toda a planta, destruindo pelo menos 50% da produção.
“Para combater a praga nós caprichamos no trato com a cultura, cortando as folhas atacadas e utilizando o controle químico e biológico, com isso conseguimos garantir a nossa produção e nosso sustento, já que essa categoria de banana é resistente à praga”, conta Eller satisfeito, informando que a sua bananicultura divide espaço com mamões e frutas cítricas como laranjas e limões formando assim uma plantação consorciada.
O empresário Valdeci Calera percebeu que podia utilizar a banana na fabricação de doces. Há sete anos, abandonou a produção de sorvete para abrir uma pequena fábrica que emprega oito funcionários, que contribuem na produção de doces como mariola; doce de banana pastoso; balas e geleia de banana. As frutas utilizadas na produção são prata, nanica e marmelo. Além de cidades do estado o produto também é comercializado no Acre, Mato Grosso e na cidade de Manaus.

Produção de mariola (Foto: Magda Oliveira/G1)
Para a produção dos doces, Valdeci, que tem uma propriedade rural na Linha 06 em Cacoal, formou uma plantação de bananas com 16 mil pés plantados em quatro alqueires de terra. O destaque da empresa é a comercialização da mariola, que é vendida para mercados, mercearias e cozinhas industriais no valor de R$ 1,70.
“O doce se destaca, pois não tem concorrência no estado. Todos os anos consigo superar as minhas expectativas. Esse ano [2014] já dá sinais de que as venda irão aumentar pelo menos 25% comparando com o ano anterior”, comemora o empresário.
De acordo com o extencionista rural da Associação de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater) Wesley Gama, no Estado de Rondônia o município de Cacoal e Buritis tem condições favoráveis de clima e solo, para que se possa ter uma boa produção de bananas.
“Os tratos culturais com a planta é essencial para que se possa ter uma produção e o clima também é muito importante, pois a planta precisa se adequar as condições climáticas”, explicou.