Vítima de bala perdida durante comemorações do jogo do Brasil e Chile, no último sábado, o universitário Ruan Pedreira, 21 anos, morreu nesta terça-feira em Teresina, no Piauí. O estudante passou três dias internado na UTI do Hospital de Terapia Intensiva (HTI) e não resistiu aos ferimentos. O jovem foi atingido na cabeça com um tiro e teve traumatismo craniano. A bala ficou alojada no cérebro e ele estava em coma induzido respirando por aparelhos.
O universitário que cursava engenharia mecânica foi vítima de bala perdida no bairro Saci, zona sul de Teresina, onde reúne mais de 40 mil pessoas nas comemorações dos jogos da Copa. Ruan estava com três amigos e saía da festa quando houve um tiroteio por volta das 22h, que o atingiu na cabeça.
O tio do estudante, Marcelo Pedreira, informou que ele morreu por volta das 16h40 desta terça-feira. “Ele não reagia a nenhum estímulo e estava na mão de Deus. Ele veio e fez seu ministério. Só veio unir a família, só tinha risos e era um garoto que só estudava”, disse.
A família informou que doará os órgãos do estudante Ruan. A central de transplantes foi acionada.
A Polícia Civil investiga o caso e através de câmeras identificou um dos suspeitos de ter atirado contra o universitário. Até agora ninguém foi preso. Através da rede social, amigos lamentaram a morte de Ruan, dão apoio a família e pedem justiça.
Arena de São Paulo já recebeu cinco jogos da Copa do Mundo e terá uma das semifinais
O Corinthians vai realizar uma vistoria no Itaquerão nesta quarta-feira para determinar quantas cadeiras foram deterioradas pela torcida argentina que compareceu ao estádio, na última terça, para acompanhar a partida da seleção de Messi contra a Suíça, pelas oitavas de final da Copa do Mundo. O relatório com a extensão dos problemas deverá estar pronto apenas nesta quinta.
O clube alvinegro, no entanto, fez questão de antecipar que os problemas foram rotineiros e que eles podem ocorrer em qualquer jogo no estádio, como por exemplo no Campeonato Brasileiro, que será retomado logo após o término do Mundial.
O Itaquerão já recebeu cinco jogos do Mundial – além de Argentina x Suíça, o estádio serviu de palco para as partidas entre Brasil e Croácia, Uruguai e Inglaterra, Bélgica e Coreia do Sul e Holanda e Chile. O recém-inaugurado estádio corintiano ainda receberá uma partida das semifinais – ela será disputada entre os vencedores dos jogos entre Argentina e Bélgica e Holanda e Costa Rica.
O Rei Pelé falou das constantes comparações que fazem com ele e cutucou Lionel Messi
A partida entre Argentina e Suíça, válida pela oitava de final da Copa do Mundo, teve um torcedor ilustre. Acompanhado da sua namorada, Pelé esteve pela primeira vez na Arena Corinthians para assistir a classificação dos ‘hermanos’. Das tribunas do estádio, ouviu provocações da torcida argentina e alfinetou o craque Lionel Messi.
De um modo geral, o ‘rei do futebol’ assistiu ao jogo de maneira tranquila e sem grandes exaltações. Foi só quando a torcida argentina trouxe à tona a tradicional comparação entre o brasileiro e Maradona, cantando que “Maradona foi mais grande que Pelé”, foi que o ex-jogador deixou escapar uma alfinetada para Messi.
” Desde o começo da minha carreira foi assim. Os argentinos são assim. Di Stéfano, Maradona, Messi… Vamos ver quem são os próximos. Ah, e o Messi não faz gol de cabeça. Ele não fez nenhum, né?”, comentou à Trivela.
Além de algumas fotos, Pelé também autografou camisas no camarote de um dos patrocinadores do Mundial. Aproveitou a oportunidade e falou ainda sobre o estádio corintiano.
” É muito bonito. Gostei. Mas acho que as pessoas lá de cima, da arquibancada provisória, não vêem muito o jogo, não”, avaliou.
Apesar de ser a primeira partida em que assistiu do estádio, Pelé foi embora antes do segundo tempo acabar. Assim, não chegou a ver a prorrogação e o gol que deu a classificação para a Argentina.
Na sexta-feira (4) a Linha 4-Amarela vai operar com esquema especial para atender a demanda antecipada de passageiros por conta do jogo Brasil x Colômbia pelas quartas de final da Copa do Mundo.
Como muitas empresas devem antecipar o término da jornada de trabalho, a oferta de trens será adequada conforme a demanda de passageiros. A partir das 11h, o número de trens em circulação vai aumentar gradualmente para atender a antecipação de pico.
O amor pela França fez um brasileiro colocar o nome dos jogadores dos bleus que estiveram no Mundial de 2006 ao filho, de sete anos. A criança garante que ainda está a aprender a pronunciar o seu próprio nome.
Zinedine Yazid Zidane Thierry Henry Barthez Eric Felipe Silva Santos. É este o nome do filho de Patrúcio Santos, brasileiro que é fervoroso adepto da seleção francesa. O problema é que, aos 7 anos, o jovem ainda não conseguiu aprender o nome completo. “Eu não sei ainda. Nunca aprendi”, lamentou a criança em entrevista à Globo, que entre família e amigos é conhecido simplesmente como… Zidane.
O amor do pai pela França provém de uma viagem realizada ao país para visitar as duas filhas que se mudaram para a Europa: “Fiquei encantado com a gentileza do povo francês”, afirmou Petrúcio, que para além dos nomes “Silva Santos”, herdados de família, ainda aproveitou para colocar “Felipe” no nome do filho, em homenagem a Luiz Felipe Scolari, que em 2002 conduziu o Brasil ao quinto título de campeão do mundo da sua história.
Apesar do sucesso que o peculiar nome faz entre os colegas de escola, o pequeno Zinedine confessa que preferia ter um nome mais brasileiro. “Luiz Gustavo”, sugere, lembrando o médio da seleção brasileira.
Depois de ter visto vários jogadores serem tomados pela emoção no final do encontro frente ao Chile, Scolari decidiu chamar a psicóloga Regina Brandão, com quem já tinha trabalhado nos tempos da seleção portuguesa.
Após ter visto os seus jogadores serem criticados por terem chorado durante o dramático desempate por grandes penalidades frente ao Chile, a equipa técnica do Brasil, liderada por Luiz Filipe Scolari, recorreu aos serviços de Regina Brandão, que integra desde terça-feira a comitiva brasileira.
Em declarações à imprensa brasileira, a psicóloga refutou as críticas que os jogadores brasileiros têm sofrido nos últimos dias: “Acho muito anti-ético as pessoas falarem na seleção sem saber das informações dos jogadores e do que é feito com a equipa”, atirou Regina Brandão, que já trabalhou com Scolari nos tempos em que o treinador liderava a seleção portuguesa.
E a verdade é que a aparente fraca capacidade dos jogadores “canarinhos” em controlar as emoções tem merecido fortes críticas por parte dos brasileiros. O antigo internacional Careca, que representou o Brasil nos Mundiais de 86 e 90, aponta a falta de liderança como motivo para o choro dos atletas:
“Nós tivemos sempre um líder dentro de campo, que se precisar de mandar o colega ir tomar banho, manda, mas no bom sentido. Neste grupo não existe isso”, referiu, aludindo ao facto do capitão Tiago Silva ter sido um dos jogadores que mostrou maior emoção no decorrer do jogo que opôs Brasil a Chile.
Acresce assim mais um problema para Scolari, que sexta-feira defronta a Colômbia, “equipa sensação” da prova, para os quartos de final do Mundial.
Nem mesmo o policiamento reforçado durante o período de jogos do Mundial na Grande Cuiabá foi suficiente para frear a criminalidade
Diário de Cuiabá|Adilson Rosa
Nem mesmo a Copa do Mundo – que teve um policiamento recorde – foi suficiente para frear a matança na Grande Cuiabá. O mês de junho terminou com 36 assassinatos, sendo 19 em Várzea Grande e 17 na Capital, numa média superior a uma execução diária. Desse total, três são latrocínios (roubo seguido de morte), sendo dois em Várzea Grande e um em Cuiabá. Pelo décimo mês consecutivo, Várzea Grande tem mais assassinatos que a Capital, no computo geral como também proporcional.
Mesmo assim, o número é levemente menor que o mês anterior – maio que terminou com 41 assassinatos na Grande Cuiabá – sendo 18 na Capital e 23 em Várzea Grande. Na lista estão incluídos três latrocínios (roubo seguido de morte). Apesar do alto número, houve uma queda em relação ao mês anterior, que fechou com 53 execuções.
Embora nos últimos três meses, houve uma queda de um terço nos assassinatos, a matança na Grande Cuiabá continua em alta, pois já são mais de 200 assassinatos no semestre. O número é alto e preocupa as autoridades da área de Segurança Pública.
O que chamou a atenção é que, ao contrário de outros meses, não teve duplo homicídio e tampouco chacina. “Foram homicídios simples o que aumenta o número de inquéritos”, observou um policial plantonista da DHPP.
Na lista dos latrocínios está o pedreiro Isaías Manoel da Silva, de 45 anos, que morreu no Pronto-Socorro de Várzea Grande após ficar nove dias internado em estado grave. No dia 10, ele foi baleado durante uma tentativa de assalto no bairro Sol Nascente, próximo do Jardim Glória em Várzea Grande.
Na ocasião, ele foi rendido por dois rapazes que chegaram numa motocicleta e exigiram que entregasse o capacete. Ele reagiu e tentou correr e foi baleado nas costas.
Segundo policiais militares que atenderam a ocorrência, ele estava num ponto de ônibus aguardando a chegada do coletivo quando surgiram os assaltantes. Após o tiro, os ladrões fugiram em alta velocidade sem roubar o capacete. Baleado na coluna cervical, ele ficou internado em estado grave e ele corria o risco de ficar tetraplégico. (AR)
A Copa do Mundo de 2014 bateu mais uma marca inédita na terça-feira. Após a classificação da Bélgica com vitória por 2 a 1 na prorrogação sobre os Estados Unidos, pela primeira vez na história, desde que é disputado entre 32 equipes, o torneio contará com os oito campeões dos grupos da primeira fase nas quartas de final: Alemanha, Argentina, Bélgica, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Holanda e França seguem em busca da taça na atual edição.
Em 2014, nenhuma das seleções que ficaram em segundo lugar em sua respectiva chave conseguiu surpreender o adversário e avançar para se posicionar entre as oito melhores do mundo. O fato é inédito desde 1998, ano em que a Fifa aumentou o número de equipes de 24 para 32, expandindo também o número de grupos da disputa.
O ano em que o fato ficou mais perto de ocorrer foi em 2010, quando sete dos oito campeões de chaves avançaram às quartas de final – dos líderes, apenas os Estados Unidos foram eliminados na segunda fase do Mundial, com derrota para Gana. Quatro anos antes, o número havia sido de dois: Ucrânia (segunda colocada do Grupo H) eliminou a Suíça (líder do Grupo G), e a França (segunda do Grupo G) tirou a Espanha (líder do Grupo H).
A Copa de 2002, por sua vez, foi a competição em que mais zebras ocorreram nas oitavas de final: metade das seleções classificadas em segundo desbancou as líderes da primeira fase. Na época, os Estados Unidos tiraram o México, a Inglaterra eliminou a Dinamarca, Senegal foi a algoz da Suécia, e a Turquia tirou o Japão.
No primeiro ano da Copa com 32 times, em 1998, dois líderes de grupo foram eliminados nas oitavas – Nigéria, com derrota para a Dinamarca, e Romênia, tirada da Copa pela Croácia. De fato, o recorde de 2014 por pouco não ocorreu, já que, das oito partidas das oitavas de final, cinco foram para a prorrogação, outro fato inédito na história.
Extenuado, Lionel Messi chegou a apoiar as mãos sobre os joelhos ao fim dos 90 minutos contra a Suíça, nesta terça-feira. Na prorrogração, ele caminhava no gramado à espera de uma oportunidade para decidir, o que aconteceu na arrancada que resultou em gol de Angel Di María após 117 minutos. Na saída da Arena Corinthians, Messi reconheceu que faltou fôlego na vitória por 1 a 0.
“Agarrei a perna por cansaço e por calor, mas nada grave”, explicou o camisa 10 argentino sobre outro lance, em que pareceu sentir lesão. “Por sorte, ganhamos no final. Não queríamos jogar os pênaltis porque estávamos mortos”, disse também, para ainda citar uma certa insatisfação com o campo. “O campo não ajudava, o gramado estava seco e duro, mas não é uma desculpa”, minimizou.
No lance em que foi coadjuvante para que o brilho estivesse sobre Di María, Messi admitiu que pensou em arrancar sozinho e bater para o gol, mas acabou por optar pela sua primeira assistência nesta Copa do Mundo. “Na jogada, pensei em chutá-la, mas depois vi Ángel (Di María) e decidi dar a bola a ele”, explicou.
Já no campo das análises, Messi concordou com o drama de argentinos e suíços em jogo que foi aberto para os dois times até o último lance. “Acho que sofremos igual a todos. Houve nervosismo porque não podíamos fazer o gol e qualquer coisa nos podia deixar fora do Mundial. Queríamos definir antes da prorrogação, mas não foi possível”.
O incrível lance em que o suíço Blerim Dzemaili desperdiçou o gol embaixo da trave, a dois minutos do fim, também foi comentado por Messi. Assim que a finalização sai pela linha de fundo, três adversários se ajoelham e Lionel esfrega a mão sobre a cabeça, desesperado e aliviado. “Sabemos que podemos passar por situações assim, mas isso é futebol. Tivemos a sorte ao nosso lado”.
Di María fez o gol salvador dos hermanos em jogada iniciada por Messi; Albiceleste espera o vencedor do confronto entre Bélgica e Estados Unidos, às 17h, na Arena Fonte Nova
O DIA
São Paulo – Ninguém está tendo vida fácil nesta Copa do Mundo. Brasil, Holanda, França e Alemanha tiveram dificuldades nas oitavas de final. A tradição falou mais alto e essas seleções seguiram adiante, eliminando Chile, México, Nigéria e Argélia, respectivamente. A Argentina fez o mesmo, nesta terça-feira, na Arena Corinthians. Sofreu, passou sufoco, pressionou, tentou inesgotáveis alternativas e, no fim, respirou aliviadamente com a vitória sobre a Suíça por 1 a 0, nos minutos derradeiros do segundo tempo da prorrogação, com gol salvador de Di María. Não sem antes levar sufoco, com bola na trave e falta na entrada da área.
A Messidependência foi notória mais uma vez. Com o camisa 10 bem marcado, a Albiceleste até conseguiu ter produção ofensiva, mas sem tanta eficiência. O craque foi o jogador que mais exigiu do goleiro suíço. E fez a jogada que deixou Di María na boa para fazer o gol do triunfo.
Agora, os hermanos esperam o vencedor do confronto entre Bélgica e Estados Unidos, às 17h, na Arena Fonte Nova, na Bahia.
Argentina e Suíça fizeram duelo emocionante na Arena Corinthians
Foto: Murilo Constantino
O JOGO
A proposta de jogo era clara. A Argentina buscava o ataque e a Suíça aguardava para sair rapidamente no contragolpe. Até a metade do primeiro tempo o que se viu foi pouco futebol. Os hermanos, em vão, apelavam para as jogadas individuais tentando furar o bloqueio. Os suíços pouco tocavam na bola. Apesar disso, tiveram a primeira grande chance. Shaqiri limpou o marcador na ponta direita, invadiu a área e tocou para Xhaka. O meia, sozinho, bateu em cima de Romero.
A Albiceleste não perdeu tempo e respondeu em seguida. Lavezzi pegou a sobra depois da divida de Higuaín com a zaga suíça, mas chutou sem força e facilitou a defesa de Benaglio. As melhores oportunidades, no entanto, eram do país europeu. Shaqiri tabelou com Drmic. O atacante apareceu sozinho na frente de Romero, tentou bater por cobertura e levou ao desespero brasileiros e suíços na Arena Corinthians. A bola ficou com goleiro argentino.
Na segunda etapa, a estratégia das duas equipes seguiu a mesma. A Suíça, no entanto, acabou recuando demais. A Argentina, sem sofrer com os contra-ataques, partiu para pressão. O lateral-esquerdo Rojo apareceu como elemento surpresa e quase marcou. Benaglio, meio esquisto, espalmou e afastou o perigo.
Em seguida, o arqueiro fez ótima defesa em cabeçada de Higuaín. Messi arriscou de longe e tirou tinta da trave. Palacio, substituto de Lavezzi, aproveitou cruzamento de Messi, testou firmemente e por pouco não fez o primeiro da partida. Os europeus se seguravam como podiam. Era um verdadeiro bombardeio argentino. Benaglio salvou arremate de Messi e no rebote saiu nos pés de Palacio para evitar o gol. A Albiceleste tentou diversas alternativas, porém, não conseguiu furar a muralha suíça no tempo normal. A partida foi para prorrogação.
TEMPO EXTRA
No primeiro tempo os hermanos não conseguiram imprimir uma pressão nos europeus, que passaram a respirar um pouco mais aliviados. O duelo se concentrava muito no meio de campo e os suíços valorizavam o toque de bola. As duas equipes sentiam o cansaço. Na segunda etapa, Di María assustou em chute de fora da área. Benaglio apereceu bem e mandou para escanteio. A Argentina até conseguiu encurralar o adversário, mas pecava nas finalizações. No entanto, Messi chamou a responsabilidade, fez grande jogada e deixou Di María na boa. O meia bateu colocado e correu para o abraço: 1 a 0. O duelo era emocionante. No fim, A Suíça ainda acertou a bola na trave, mas a tarde era mesmo dos hermanos, que avançaram às quartas.
ARGENTINA 1 X 0 SUÍÇA
Estádio: Arena Corinthians
Árbitro: Jonas Eriksson (Suécia)
Público 62.255
Gols: Di María (12’2ºT da prorrogação)
Cartões Amarelos: Xhaka (Suíça), Gelson Fernandes (Suíça), Rojo (Argentina), Di María (Argentina) e Garay (Argentina)
Cartões Vermelhos:
Argentina: Romero, Zabaleta, Garay, Fernandéz, Rojo; Mascherano, Gago, Di María; Lavezzi (Palacio), Messi e Higuaín.