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‘A Copa é um sucesso e o governo fez um bom trabalho’, diz Blatter

Lancepress

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O 3ª Seminário de Gestão Esportiva FGV Fifa Masters Alumni aconteceu nesta quarta-feira, no Rio de Janeiro, e entre os presentes estava o presidente da Fifa, Joseph Blatter. Apesar de não ter dado muitas declarações durante a Copa do Mundo no Brasil, o suíço discorreu sobre vários temas pertinentes a Copa, polêmicas sobre a suspeita de manipulção em exames antidoping e do seu antecessor na presidência da Fifa, João Havelange.

Blatter fez questão de frisar a boa copa que o Brasil está realizando. O presidente elogiou o governo brasileiro e mesmo sendo questionado, acredita que o povo vem reconhecendo o legado que o Mundial deixará.

“A copa é um sucesso e o governo fez um bom trabalho. Aos poucos, as pessoas vem reconhecendo o trabalho e o legado que a Copa vem deixando”, afirmou o presidente.

Ainda sobre o evento em território brasileiro, o representante da entidade máxima do futebol valorizou e classificou como ”diferencial”, o acolhimento dos brasileiros. Blatter também elogiou os estádios desta Copa.

“O diferencial nesta Copa é o calor do povo. Os estádios são magníficos, verdadeiras obras de arte”.

Neymar não treina

Principal jogador da seleção apareceu no campo com uma atadura no joelho, mas não é dúvida contra a Colômbia 

BERNARDO ITRI, MARCEL RIZZO E SÉRGIO RANGEL
Da Folhapress – Teresópolis, RJ

Os titulares da seleção brasileira, mais uma vez, não treinaram em campo. 

Ontem, os preferidos de Luiz Felipe Scolari ficaram na academia, trabalhando fisicamente, enquanto os reservas fizeram um jogo-treino contra o time sub-20 do Fluminense. 

Neymar continuou fazendo tratamento em sua coxa esquerda e também no joelho direito, ambos machucados após pancadas recebidas na vitória sobre o Chile, sábado, em Belo Horizonte. 

O camisa 10 desceu ao gramado apenas para acompanhar parte do treino dos suplentes. Ele não mancava, como na chegada a Teresópolis depois da folga, na segunda, mas tinha uma atadura protegendo o joelho direito. 

Outros titulares também acompanharam o treino sentados no banco depois de trabalharem na academia. 

Os reservas jogaram com Victor; Maicon, Dante, Henrique e Maxwell; Paulinho, Hernanes, Ramires e Willian; Bernard e Jô. 

Felipão acompanhou parte do trabalho dentro de campo, e o segundo período do banco, ao lado de Carlos Alberto Parreira. Ao contrário dos coletivos que realiza, ele não paralisava a partida para arrumar o posicionamento dos jogadores. 

Sem trabalhar com os titulares em campo, somente hoje se conhecerá as mudanças que ele deve promover na equipe para enfrentar a Colômbia, sexta-feira, em Fortaleza, pelas quartas de final da Copa do Mundo. Daniel Alves pode perder a vaga para Maicon e há dúvida sobre o substituto de Luiz Gustavo, que está suspenso. 

Paulinho, Hernanes, Ramires e até Henrique disputam a vaga de Luiz Gustavo. 

Psicóloga – A psicóloga Regina Brandão disse que a vista que fez aos jogadores da seleção brasileira ontem no centro de treinamento da CBF em Teresópolis, já fazia parte do planejamento inicial elaborado por sua equipe e a comissão técnica da seleção brasileira. 

Essa informação, porém, é contraditória com a passada inicialmente pela própria comissão técnica da CBF, antes de a Copa do Mundo começar. 

“Estava em aulas da Universidade, então não podia ir e voltar, além da dar aula eu tinha que consultório, mas agora estou de férias e pude vir. Essa visita de hoje [ontem] faz parte do planejamento”, disse Brandão em entrevista à CBF TV. 

O trabalho de Regina Brandão seria feito em apenas três dias, quando ela analisaria o perfil de cada jogador, faria relatórios individuais, e aí repassaria o resultado para o técnico Luiz Felipe Scolari. 

Com base nos dados Felipão teria relações individualizadas com cada atletas, consultando a psicóloga em casos especiais. 

Robben admite ‘mergulho’ mas não no lance do penálti

Diário de Notícias| Octávio Lousada Oliveira, com LusaHoje

 
Robben admite 'mergulho' mas não no lance do penálti

Extremo da Laranja Mecânica pede desculpa por uma simulação na partida dos oitavos de final, mas vinca que a grande penalidade foi bem assinalada por Pedro Proença.

Depois de ter dito que se tinha atirado para a área do México, Arjen Robben esclareceu que se referia a uma jogada na primeira parte do jogo dos oitavos de final do Mundial 2014, que opôs a Holanda ao México.

 

“Quero pedir desculpa. Atirei-me. Às vezes, esperamos que nos toquem, mas não o devia ter feito. Foi estúpido”, afirmou Robben, em declarações à estação televisiva holandesa NOS. 

Perante a contestação provocada por esta declaração, o avançado do Bayern Munique sublinhou que se referia a uma outra jogada e não à que resultou na grande penalidade que deu a vitória à Holanda, com a conversão de Klaas-Jan Huntelaar para o 2-1 final, aos 90+4′. 

“Uma foi penálti, mas na outra atirei-me, na primeira parte. Não o devia ter feito”, acrescentou o extremo, segundo o diário holandês De Telegraaf. 

O português Pedro Proença assinalou grande penalidade por alegada infração de Rafael Marquez sobre Robben, aos 90+4′ minutos do encontro, que viria a resultar no golo da vitória da Holanda, por 2-1, depois de Klaas-Jan Huntelaar ter convertido o castigo máximo. 

Comentando este lance em concreto, o avançado dos alemães do Bayern Munique salientou que Proença tomou a decisão correta, assumindo que foi “carregado”, e recordou ter sofrido duas grandes penalidades consecutivas, na jogada em que se lesionou o defesa mexicano Héctor Moreno. 

“Ele pontapeou-me nas costas e lesionou-se. Depois voltaram a acertar-me. Se isso não é penálti, não sei o que é”, acrescentou.  

Robben disse ainda ter sugerido a Huntelaar que fosse ele a converter a grande penalidade decisiva: “Perguntei-lhe: Queres marcá-lo? Ocorreu-me que fosse Huntelaar porque é um avançado de classe e estava fresco”. 

O selecionador do México, Miguel Herrera, revelou a sua fúria contra o árbitro português, pedindo mesmo que não voltasse a arbitrar na competição. 

“Espero que a comissão de árbitros veja tudo isso e que o envie para casa como aconteceu connosco”, frisou Herrera, sendo que Rafa Marquez disse ainda que Robben ter-lhe-ia confessado que não fora falta. 

Maradona detona Pelé e Beckenbauer e diz que Fifa é mafiosa

Lancepress

A passagem de Diego Maradona pela TV argentina para comentar a Copa do Mundo tem dado o que falar. Após falar palavrões e dar o dedo médio à telinha, o ex-camisa 10 da seleção argentina detonou o rival histórico Pelé e o também ex-craque Franz Beckenbauer. De acordo com o “Pibe”, os dois são “tarados” e apoiam o “mafioso” Joseph Blatter. Tudo porque eles apoiaram a sanção de nove jogos e quatro meses dada a Suárez após o uruguaio morder Chiellini em jogo do Mundial.

” Estes dois saem do museu para dizer coisas estúpidas porque são tarados e fazem tudo a mando do mafioso. Estes dois personagens saíram do sarcófago e o pessoal lhes disse: ‘Venham, falem bem da Fifa ou este mês não recebem’ – acusou o ex-jogador e técnico no programa “De Zurda”.

Maradona manifestou seu apoio a Suárez em outras oportunidades. No próprio programa que participa, ele já havia usado uma camiseta em apoio ao jogador uruguaio e disse que sua punição era “uma injustiça e uma vergonha”. Além do tempo fora, Suárez foi multado em 100 mil francos suíços (R$ 247 mil).

Uruguai volta ao Maracanã “sem medo”

Sem sua principal estrela, mas com Fórlan de homem gol, Uruguai espera reviver feito de 50 e conquistar a vitória contra a Colômbia

Da Folhapress – São Paulo

O Uruguai enfrentará a Colômbia hoje no Maracanã, sem a sua principal estrela, o atacante Suárez, que será substituído por Forlán. O duelo decisivo pelas oitavas de final da Copa será o primeiro dos nove jogos de suspensão que a estrela da Celeste terá de cumprir pela mordida do atacante no zagueiro italiano Chiellini. 

A classificação às oitavas veio apenas na última rodada, na vitória de 1 a 0 sobre a Itália. “Passamos de fase de uma forma muito difícil, foi um milagre o que fizemos após nosso mau começo. E agora vamos pensar nas oitavas, nada mais. Com respeito a todos, mas sem medo de ninguém”, afirmou o zagueiro Godín, herói da classificação. 

O jogo de hoje também marca a volta do Uruguai a uma partida de Copa no Maracanã, palco da conquista de 1950. Quem vencer enfrentará nas quartas de final o vencedor de Brasil x Chile. 

Segundo colocado no Grupo D, o Uruguai sofreu para conquistar a vaga nas oitavas. Ao lado de outros dois campeões mundiais, Inglaterra e Itália, o time viu a zebra Costa Rica terminar em primeiro lugar no chamado grupo da morte. 

Já a Colômbia trilhou um caminho bem mais tranquilo até o mata-mata. Encerrou a fase classificatória em primeiro lugar do Grupo C, com três vitórias em três jogos. 

A equipe estreou na Copa do Mundo sob desconfiança, já que seu principal astro, o atacante Falcao García, não conseguiu se recuperar de uma lesão e foi cortado. O time, porém, não se abateu e venceu a Grécia sem dificuldades: 3 a 0. Depois disso, derrotou a Costa do Marfim por 2 a 1 e goleou os japoneses por 4 a 1. 

Com um elenco entrosado, o destaque foi o meia James Rodríguez, autor de três gols na primeira fase e responsável por conduzir as jogadas ofensivas. 

“Nesta primeira fase, mantivemos o ritmo, marcamos gols e soubemos superar as dificuldades que surgiram. Nossos talentos individuais também funcionaram”, afirmou o técnico José Pekerman. 

COLÔMBIA 

Ospina; Arias, Valdés, Balanta e Armero; Mejía, Guarín, Cuadrado e James Rodríguez; Jackson Martínez e Teo Gutiérrez. Técnico: José Pekerman 

URUGUAI 

Muslera; Cáceres, Giménez, Godín e Álvaro Pereira; Arévalos Ríos, Lodeiro, González e Rodríguez; Cavani e Forlán. Técnico: Óscar Tabárez 

Estádio: Maracanã, no Rio 

Horário: 16h 

Árbitro: Björn Kuipers (Holanda) 

Colombianos foram esfaqueados no centro de Cuiabá

Polícia registra o primeiro caso de violência extrema contra visitantes estrangeiros que vieram torcer durante a Copa do Mundo

Diário de Cuiabá|Adilson Rosa 

Dois turistas colombianos que vieram a Cuiabá assistir ao jogo entre Colômbia e Japão pela Copa do Mundo de Futebol foram perfurados a faca após serem assaltados no centro da Capital ontem de madrugada. Trata-se de Camilo Laverdes Manyarres, de 24 anos e Nicolas Tamayo Stab, de 28, ambos moradores de Bogotá. O assalto ocorreu por volta da 1h30 na avenida Isaac Póvoas e seria o primeiro caso de violência extrema registrado contra turistas no período da Copa do Mundo. 

Segundo policiais militares que atenderam a ocorrência, os colombianos foram perfurados nas costas e abdome e tiveram escoriações no rosto. Eles explicaram que foram rendidos por dois ocupantes de uma motocicleta vermelha quando estavam num ponto de ônibus. 

Um dos criminosos estava armado com uma faca e os perfurou após roubar os pertences. Os bandidos levaram pertences pessoais, inclusive os passaportes, um Iphone 5, além de R$ 300 em dinheiro e cartões de crédito. 

Feridos, os turistas foram levados por um carro do Samu ao Pronto- Socorro de Cuiabá onde passaram pelo box de emergência e foram liberados em seguida. 

Policiais militares fizeram rondas pelas proximidades, mas não localizaram os suspeitos. Eles suspeitam que os assaltantes sejam usuário de entorpecentes que ficaram sem dinheiro e, por isso, assaltaram o primeiro que encontraram. 

Os policiais sugeriram que as vítimas procurem a Delegacia do Turista no centro de Cuiabá quer poderá ajudá-las a voltar para casa. 

Esse é o segundo caso de colombiano envolvido com a polícia em Cuiabá nas últimas horas. Na quinta-feira, um homem de 64 anos foi detido acusado de aplicar golpes na Praça Ipiranga, em companhia da esposa. 

O colombiano disse que está há poucos dias em Cuiabá vindo com a esposa para assistir o jogo da Copa do Mundo de Futebol. O dinheiro acabou e o casal, que não fala português, está pedindo ajuda para voltar para a Colômbia. 

Pelo esquema, ele jogava um objeto no chão e quando a vítima se abaixava para pegar e devolver, a esposa aproveitava para furtar a bolsa da vítima. Entre as vítimas está uma mulher e seus dois filhos. 

A mulher acionou a PM que localizou o casal, mas a mulher fugiu e o suspeito acabou sendo levado para o Plantão Metropolitano da Capital. Os policiais disseram que o suspeito havia sido detido dias antes e liberado pela Delegacia do Turista. 

Cassano critica Buffon: ‘Só vencemos quando não jogou’

Estadão Conteúdo

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Ele deve voltar aos gramados no próximo ano

Cassano criticou alguns dos mais experientes

A queda precoce da Itália na Copa do Mundo ainda não foi bem aceita pelos jogadores da seleção e prova disso aconteceu neste sábado. Depois de Buffon defender que os veteranos da equipe seguem jogando porque são os melhores do país, o atacante Cassano disparou contra alguns dos mais experientes que vieram ao Brasil e criticou duramente o goleiro e o volante Daniele De Rossi.

“O Buffon e o De Rossi sempre querem decidir tudo. Estávamos comprometidos e trabalhando como todo mundo, fizemos o que podíamos. Se ganhássemos, ganhavam eles. Perdendo, só nós perdíamos. Só não se esqueça que na única partida que vencemos o Buffon não jogou”, declarou o atacante ao jornal italiano La Repubblica.

A declaração de Cassano foi uma resposta à de Buffon, que defendeu a presença dos veteranos na seleção e disse que os mais jovens ainda “precisam arar os campos do Campeonato Italiano antes de jogar na seleção”. “Muitas vezes vejo comentários irônicos sobre a idade da seleção, mas somos sempre eu, Pirlo, De Rossi, Barzagli os que vão a campo quebrar os ossos. Muitas vezes os jovens se sentem sobrecarregados”, disse o goleiro ao Corriere della Sera.

Titular absoluto da seleção italiana, Buffon deu lugar a Sirigu na estreia da equipe no Mundial – vitória por 2 a 1 sobre a Inglaterra – por causa de uma lesão. Depois que voltou ao time, a Itália perdeu para Costa Rica e Uruguai, ambos por 1 a 0. Diante dos uruguaios, no entanto, o goleiro foi um dos melhores em campo e impediu a derrota por um placar mais dilatado.

Fernandinho ganha vaga

Paulinho, muito criticado nas três primeiras partidas da Seleção brasileira deve ficar no banco diante dos chilenos

Diário de Cuiabá

O técnico Luiz Felipe Scolari mexeu na escalação da Seleção Brasileira no primeiro treino coletivo para a partida de sábado, contra o Chile, em Belo Horizonte. A primeira mudança já era esperada: Fernandinho ganhou a vaga de Paulinho, depois de tê-lo substituído muito bem na vitória por 4 a 1 sobre Camarões. Na parte final, Felipão promoveu outras duas e ainda viu David Luiz sair, com dores nas costas. 

O time que iniciou a atividade de ontem, na Granja Comary, foi formado por Júlio César; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo, Fernandinho e Oscar; Hulk, Fred e Neymar. Na equipe reserva, Paulinho empatou o placar da primeira metade do treino após Fred ter aberto o placar a favor dos titulares. 

Apesar da chance no time de cima, Fernandinho teve atuação discreta. Mostrou empenho logo no começo, conseguindo um desarme de carrinho, mas não repetiu o desempenho dos 45 minutos apresentados diante de Camarões, quando participou de jogadas importantes e também balançou a rede uma vez. Já Paulinho reagiu bem à alteração, chamando atenção entre os suplentes. 

No intervalo do treino, Felipão colocou Maicon no lugar de Daniel Alves. O lateral direito reserva, porém, não agradou. Anotou um gol contra, de cabeça, encobrindo o goleiro Júlio César, e perdeu ótima chance de se redimir, quando, de frente para a meta, finalizou para fora. 

Mas o pior para o treinador nesta quinta-feira foi ouvir de David Luiz pedir para sair. O zagueiro reclamou de dores nas costas e subiu para a sala do departamento médico, acompanhado do fisioterapeuta Luiz Alberto Rosan. Dantes assumiu seu posto, e Felipão escalou um zagueiro sub-20 do Fluminense na formação reserva. 

Em seguida, Hulk deu lugar a Ramires, mas foi outro jogador do Chelsea, o meia Oscar, quem salvou os titulares. Ele recebeu passe dentro da área e chutou em cima de Victor, mas insistiu no rebote e estufou a rede para marcar o último gol do empate por 2 a 2 no penúltimo treino brasileiro antes da partida decisiva contra o Chile. 

Para turistas estrangeiros na Copa, o povo é o que há de melhor no Brasil

A Copa do Mundo começou há exatos 15 dias com algumas dúvidas sobre a capacidade do Brasil para sediar um evento esportivo desse porte. Na mídia nacional e internacional, ainda se questionava se ‘o Brasil estaria pronto’ para receber os 600 mil turistas estrangeiros esperados e realizar a “Copa das Copas” prometida pelos governantes.

Os atrasos na entrega dos estádios e dos projetos de infraestrutura – muitos que ainda não ficaram prontos -, os problemas dos aeroportos e a ameaça de greves e protestos acabaram fazendo com que o Brasil ficasse em evidência mundo afora às vésperas do Mundial e chegaram até a ‘assustar’ alguns visitantes que estavam prestes a embarcar para o país.

Mas, passados os primeiros dias de euforia, o que os turistas de fora – popularmente chamados de ‘gringos’ – estão achando do Brasil? A BBC Brasil passou as duas últimas semanas ouvindo dezenas de estrangeiros que passaram pelas cidades sede da Copa para saber quais eram as impressões deles sobre a organização do país para receber o Mundial, a infraestrutura, a hospitalidade dos brasileiros e tudo o que foge dos estereótipos conhecidos de “país do futebol, samba e carnaval”.

Nas duas primeiras semanas de Copa, ao menos as previsões mais pessimistas não se confirmaram. Não houve caos aéreo – apesar de alguns aeroportos terem apresentado problemas de atraso, como é comum em períodos de muita demanda -, não houve grandes greves, os protestos foram contidos – alguns com certa violência, que acabou em confronto entre policiais e manifestantes – e a organização dos jogos também foi considerada satisfatória.

“Falaram tanto que o Brasil era violento, que seríamos assaltados, que os estádios não estavam prontos e tudo mais, mas não tivemos nenhum problema, está tudo muito tranquilo até aqui”, relatou Neftalí Barría, um chileno que chegou ao Brasil no dia 10 de junho e passou por Cuiabá, Curitiba e São Paulo.

Mas nem tudo foram “flores” para os turistas que desembarcaram no Brasil neste mês de junho. Para outro chileno, por exemplo, a experiência no país já havia tido algumas intempéries, como um assalto a 25 companheiros em um albergue nos arredores da capital mato-grossense. Um outro holandês relatou a falta de infraestrutura de algumas cidades e as obras que atrasaram e ainda estão em curso durante o Mundial.

“Fiquei impressionado com as obras que não ficaram prontas, muita coisa por fazer. Acho que a Fifa tinha que ter pressionado mais para as coisas saírem”, contou à BBC Siegfried Mulder.

“Os estádios não estão prontos. Estão funcionando, mas não estão prontos”, disse o sul-coreano Sangnin, que passou por Cuiabá, Porto Alegre e São Paulo indo aos jogos da Coreia.

Em 100% das respostas, o principal elogio era sempre o mesmo: “As pessoas são incríveis aqui.” A hospitalidade do povo brasileiro foi o que sobressaiu aos olhos de todos os estrangeiros que conversaram com a reportagem. Holandeses, croatas, chineses, uruguaios, ingleses, chilenos, mexicanos, alemães, coreanos, belgas, canadenses, americanos, todos, sem exceção, citaram “as pessoas” como o melhor do Brasil até agora.

“Os estádios são muito bonitos, mas acho que o mais especial é o povo. As pessoas são muito alegres, fantásticas, isso colore a Copa do Mundo”, disse o colombiano Elkin.

Entre as críticas, a mais recorrente foi com relação à língua, pelo fato de, principalmente os turistas que não falam português – ou pelo menos espanhol -, terem um pouco de dificuldade para se comunicarem no país.

Unanimidade

Seja em São Paulo, Porto Alegre, Salvador, Manaus ou Cuiabá, em todas as regiões do país pelas quais os estrangeiros passaram, não houve um que não destacasse o povo brasileiro como a principal atração de cada lugar. A acolhida dos nativos foi o que chamou bastante atenção, principalmente a dos europeus, que disseram “não estar acostumados” com tamanha simpatia.

“Os brasileiros são extremamente prestativos, sempre querendo ajudar. É incrível”, disse a irlandesa Enya. “Passei por Foz do Iguaçu, Curitiba, agora São Paulo. Em São Paulo, assim que desci do metrô e abri o mapa para procurar o hostel, já veio uma pessoa para me ajudar a achar, me explicar o que tinha que fazer. Fiquei impressionada, porque na Irlanda não é assim.”

“Nós ficamos muito surpresos, todos os brasileiros estão sendo incríveis com a gente, muito solidários, qualquer lugar que vamos eles perguntam ‘vocês precisam de ajuda?’, por enquanto não houve nenhum problema’, sentenciaram os amigos britânicos Sam e Adam.

A solicitude dos brasileiros é tanta que, segundo os torcedores de fora, falar português já nem se torna tão essencial.

“No começo, eu achei que a língua seria uma dificuldade. Mas as pessoas são tão amigas, querem tanto te ajudar, que você percebe que isso já nem é mais tão importante assim. A gente consegue se virar”, minimizou o inglês Darren Heffernan.

Organização e protestos

Por causa da onde enorme de protestos durante a Copa das Confederações no ano passado, a expectativa por mais demonstrações grandes contra a Copa do Mundo cresceu para o período do Mundial

Nessas duas semanas de Copa, porém, ainda não aconteceu nenhum protesto na escala daqueles de 2013, o que minimizou o “medo” por parte dos torcedores de fora quanto a possível insegurança causada pelas manifestações. Ainda assim, alguns deles disseram que foram capazes de “entender os motivos das insatisfações” após alguns dias no Brasil.

“Estamos conseguindo entender melhor por que as pessoas estavam reclamando dessa Copa, por que dos protestos e tudo mais”, pontuou o alemão Jan Menke, que veio para o Brasil com quatro amigos para curtir a Copa, mas sem ir aos estádios – “os ingressos estão muito caros”, explica ele.

“Conversando com as pessoas em todos os lugares, a gente começa a ter uma noção melhor sobre o que acontece no país. Porque nós somos apenas visitantes, estamos aqui de passagem, está tudo certo, mas as pessoas que vivem aqui têm inúmeros problemas”, prosseguiu. Ele e os amigos passaram por Curitiba, São Paulo e Rio.

A organização e infraestrutura das cidades-sede para essa Copa foram pontos bastantes questionados durante toda a conturbada preparação do Brasil para o Mundial por causa, princpalmente, dos atrasos. E alguns torcedores contaram à BBC que sentiram esses problemas na pele durante o torneio.

“O que eu criticaria um pouco seria a infraestrutura. Os estádios estão bons, mas as estradas estão ruins. Em Cuiabá, a única coisa que está pronta é o estádio. Há muitos desvios, muita coisa para fazer”, reclamou o chileno Raúl Castro, que está na caravana de mais de mil carros que veio de Santiago ao Brasil para acompanhar o Chile no Mundial. Viajando de carro de lá até aqui e passando por Cuiabá, Rio de Janeiro e São Paulo, ele relata problemas nas estradas e falta de sinalização.

Já o holandês Siegfried se disse impressionado principalmente com o Rio de Janeiro. Mas ao contrário da maioria dos turistas ouvidos pela BBC, que se mostraram encantados com a beleza da Cidade Maravilhosa, este separou algumas críticas para a futura sede da Olimpíada em 2016.

“O Rio vai sediar os Jogos Olímpicos daqui a dois anos e ninguém fala inglês – comércio, restaurantes, nada”, disse. “Eu achava que, além de São Paulo, o Rio também era uma metrópole. Mas o Rio não é uma metrópole. Não é organizado como uma metrópole. Você já foi ao Cristo Redentor? O que achou? É muito desorganizado!”, reclamou. Siegfried passou por Salvador, Rio de Janeiro, Porto Alegre e São Paulo.

Festa

Foram dezenas de turistas ouvidos pela BBC Brasil nas mais diversas situações – em bares, nas ruas, nos estádios, em hostels, etc – e a percepção da grande maioria deles a respeito a Copa do Mundo no Brasil é de que ela está sendo uma “grande festa” – e, como toda grande festa, tem um ou outro problema de organização, mas sem comprometer o espetáculo.

“Estamos amando o Brasil, é um país maravilhoso. Não tivemos nenhum problema, o estádio está bom, a organização está boa. Estamos numa grande festa, não queríamos voltar para casa”, disse a croata Jane.

“A preparação foi ruim, mas as primeiras impressões aqui são ótimas. Nenhuma dificuldade até aqui, está um clima incrível no país”, comentou a venezuelana Betânia.

Para grande parte dos turistas, que veio em busca dessa “clima” alegre de Copa, o Brasil se mostrou o melhor lugar para sediar o evento, porque, segundo eles, os brasileiros “sabem como fazer uma boa festa”.

“Tudo está bom para esse tempo de festa do futebol. É muito difícil organizar uma Copa do Mundo, mas você pode ver que tudo está bem organizado, o estádio é bom, seguro, então o Brasil está provando que está pronto para isso”, sentenciou o holandês Oscar.

Fonte: Terra

Em busca de premiação da federação, Nigéria cancela treino

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O clima em Campinas está pesado. Mesmo classificados para as oitavas de finais da Copa do Mundo do Brasil, os jogadores da seleção nigeriana cancelaram o treino da quinta-feira. A reivindicação seria pela premiação por ter avançado de fase.

De acordo com Collin Udoh, jornalista nigeriano da Suppersports TV, os jogadores já teriam que receber uma premiação apenas por participar da competição e um bônus extra ao classificar para as oitavas de finais.

Os valores não foram revelados. Mas, ainda segundo Collin, a questão não é a quantia mas a data em que o prêmio será pago.

“Eu estava em Porto Alegre para o jogo contra a Argentina e vi que um secretário da federação foi para a Nigéria. Eu só não sei quando ele volta. O problema para os jogadores não é o valor, mas sim quando eles vão receber esse pagamento, já que em caso de eliminação para a França eles vão cada um para um lado e podem não receber o dinheiro nunca mais”, disse Udoh, em entrevista ao site globoesporte.com

A Nigéria não foi a única seleção a ter problemas desse tipo. Camarões e Gana também demonstraram resistência por questões financeiras. O avião dos camaroneses atrasou por que os jogadores se recusaram a viajar enquanto não chegassem a um acordo.

Já a seleção de Gana se recusou a treinar e ameaçou não entrar em campo diante de Portugal, em partida válida pela última rodada da fase de grupos. O jogo só aconteceu por que o país enviou cerca de US$100 mil (aproximadamente R$220 mil) por atleta.

Teoricamente, a Nigéria volta a campo na segunda-feira, às 13h para enfrentar a França, no estádio Mané Garrincha, em Brasília.

noticias gerais e, especificamente, do bairro do Brás, principalmente do comércio