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Brasileiros gastam R$ 16 bilhões em compras pela Internet no 1º semestre

Tribuna da Bahia | Rayllanna Lima

 
31/07/2014

O comércio eletrônico conquistou a população brasileira. Além da comodidade e da variedade de produtos, comprar pela internet pode sair mais barato para o consumidor.

Somente no primeiro semestre de 2014, o comércio eletrônico faturou R$ 16,06 bilhões, superando o mesmo período do ano passado – quando registrou R$12,74 bilhões –, e com crescimento nominal de 26% no setor.

Os dados foram divulgados nessa quarta-feira (30/7), através do relatório WebShoppers 2014, divulgado pela E-bit, com o apoio da Câmara-e.net.

Consta no relatório que, no primeiro semestre deste ano, o número de pedidos foi de R$ 48,17 milhões, sendo 36% maior em relação ao mesmo período de 2013.

A E-bit registra o pulso do e-commerce, e conquistou destaque no desenvolvimento do comércio eletrônico no Brasil, sendo reconhecida como a mais respeitada fonte deinformação desse segmento.

De acordo com a E-bit, “o faturamento no ano de 2014 deve chegar a R$ 35 milhões. O valor representa um crescimento nominal de 21% ante 2013, e alcançando 104 milhões de pedidos no comércio eletrônico brasileiro”.

Ainda de acordo com o relatório, o e-commerce ganhou 5,06 milhões de novos consumidores nestes seis primeiros meses do ano, marcando um crescimento de 27% em relação ao primeiro semestre de 2013. O número também colaborou na somatória de 25,05 milhões de e-consumidores que fizeram compra nesse intervalo de tempo.

A previsão é de ter novos 11,6 milhões até o final de 2014, fazendo com que o comércio eletrônico brasileiro chegue a 63 milhões de e-consumidores únicos – aqueles que já fizeram pelo menos uma compra em um site brasileiro.

Fazendo compras pela internet desde os 17 anos, aos 23, Ana Taveira afirma que foi a melhor descoberta que fez. “É muito mais cômodo e sai mais barato. Quando encontro promoções com o frete grátis, então, é uma alegria. Além de não me estressar em filas de pagamento, recebo a mercadoria sem sair de casa”, disse.

“É preciso ter alguns cuidados para não cair em emboscadas. Mas raramente ouço falar sobre alguém que se deu mal fazendo compras online. Hoje em dia é bem mais seguro. É só ler tudo direitinho. Se for comprar pela primeira vez, é só pedir ajuda a algum amigo. Com certeza deve ter alguém que já comprou pela internet”, disse o universitário Igor Santos, 21.

O faturamento das transações realizadas por dispositivos móveis no Brasil mais que dobrou, em comparação com o mesmo período em 2013, apresentando R$ 1,13 bilhão – diante dos R$ 560 milhões do ano passado, uma variação de 102%.

De janeiro a junho de 2013, foram feitos 1,278 milhão de pedidos, o que neste período em 2014 chegou a 2,890 milhões. O tíquete-médio, porém, foi reduzido em 11% para R$ 391, nesta mesma comparação.

 Destas compras realizadas em aparelhos móveis, 60% são originadas em tablets, enquanto os 40% restantes são de smartphones (via sites sem uso de APPs). As três categorias mais vendidas são: Moda e Acessórios (17,5%), Cosméticos, Perfumaria e Saúde (17,4%) e Eletrodomésticos (11,1%).

 No perfil, a pesquisa mostrou que 57% dos m-consumidores são de mulheres, sendo a maior parte na faixa etária entre 35 e 49 anos (39%). Os homens representam os restantes 43%, acompanhando a média feminina por idade.

Os consumidores das classes A e B respondem por 64% dos participantes do m-commerce, enquanto as classes C e D representam 25%. Os outros 11% não quiseram informar a renda.

Os produtos com “apelo” Copa do Mundo que tiveram venda mais concentrada no canal online foram: smartphone, GPS com TV, câmera digital, celular, tablet e jogos/games de futebol. E no canal o_-line: bola de futebol, camiseta e churrasqueira e cooler.

Conselho de Direitos Humanos da ONU se reunirá para discutir crise em Gaza

Pelo menos um terço dos membros do Conselho (16 países) precisam demonstrar apoio para convocar este tipo de reunião

France Presse

21/07/2014 

Parentes choram durante funeral de menino que morreu em bombardeio  (Mohammed Salem/Reuters)  
Parentes choram durante funeral de menino que morreu em bombardeio

A ONU anunciou nesta segunda-feira (21/7) que o seu Conselho de Direitos Humanos realizará uma reunião extraordinária na quarta-feira (23/7) sobre a situação “no Território Palestino ocupado, incluindo Jerusalém Oriental”, em pleno conflito entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza.

“O Conselho de Direitos Humanos realizará uma reunião extraordinária na quarta-feira, 23 de julho, sobre a situação dos direitos humanos nos Territórios Palestinos ocupados, incluindo Jerusalém Oriental”, disse a ONU em um comunicado.

O presidente do Conselho, o gabonês Baudelaire Ndong Ella, recebeu na sexta-feira uma carta assinada pelo representante permanente do Egito, em nome do grupo árabe, de seu colega paquistanês, em nome da Organização para a Cooperação Islâmica, e do observador permanente do Estado da Palestina, pedindo a convocação de uma sessão especial. 

Para convocar esse tipo de reunião é necessário o apoio de pelo menos um terço dos membros do Conselho, ou seja, 16 países. O conflito entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, que começou no dia 8 de julho, deixou mais de 500 mortos palestinos – a maioria civis – e 20 israelenses, incluindo 18 soldados.

O Conselho de Segurança da ONU pediu na noite de domingo o “fim imediato das hostilidades” no reduto palestino.

Ucrânia assina acordo com UE em dia crucial para o leste do país

AFP – Agence France-Presse

27/06/2014

A Ucrânia assinou nesta sexta-feira um acordo de associação histórico com a União Europeia, o que provocou uma dura reação da Rússia, pressionada pela UE para que diminua a tensão no leste separatista do país.

O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, decidiu prolongar o cessar-fogo decretado para o leste da ex-república soviética até segunda-feira, coincidindo com o prazo dado pela União Europeia para que Moscou adote medidas concretas para reduzir a tensão na região, de acordo com uma fonte diplomática da UE.

Poroshenko também exigiu a libertação dos reféns, entre eles os observadores da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) e o fim da “infiltração” de armas e combatentes pela fronteira entre seu país e a Rússia, revelou a fonte.

Os líderes da UE, reunidos em Bruxelas, deram à Rússia até a próxima segunda-feira para que adote uma série de medidas concretas para propiciar a pacificação no leste da Ucrânia, sob pena de mais sanções, segundo um comunicado oficial da cúpula de Bruxelas divulgado nesta sexta-feira.

As medidas concretas exigidas pelos líderes da UE incluem a libertação de todos os reféns na região, o retorno às autoridades ucranianas de três postos fronteiriços, negociações sobre o plano de paz ucraniano e um mecanismo de vigilância de sua aplicação.

“Que grande dia! Provavelmente o mais importante para meu país desde a independência em 1991”, declarou Poroshenko antes da assinatura deste acordo comercial, que pretende suprimir a maioria das barreiras alfandegárias entre a UE e a Ucrânia, país de 45 milhões de habitantes com importantes setores metalúrgicos e agrícolas.

O acordo de associação UE-Ucrânia é o mesmo que o antecessor de Poroshenko, o destituído Viktor Yanukovytch, se recusou a assinar em novembro, o que provocou uma onda de protestos, a queda de Yanukovytch e o conflito com a Rússia, que anexou em março a Crimeia a seu território.

Desde então, Kiev lançou uma operação militar para reprimir a insurreição separatista pró-russa no leste do país que já deixou mais de 400 mortos.

“É um grande dia para a Europa. A União Europeia está a seu lado, hoje mais do que nunca”, declarou por sua vez Herman Van Rompuy, presidente do Conselho Europeu.

Na Rússia, o presidente Vladimir Putin lamentou a assinatura do acordo.

“O golpe de Estado inconstitucional em Kiev e as tentativas para impor ao povo ucraniano a escolha artificial entre Europa e Rússia empurraram a sociedade para a divisão e para um doloroso confronto interno”, declarou Putin a um canal de televisão russo.

“No sudeste do país corre o sangue, há uma catástrofe humanitária em curso, milhares de pessoas fogem dos combates buscando refúgio em outros lugares, entre eles a Rússia”, completou.

Consequências graves

A assinatura deste acordo acaba com as esperanças do presidente russo de incorporar a Ucrânia à recente União Econômica Euro-asiática, criada pela Rússia em parceria com outras ex-repúblicas soviéticas, Belarus e Cazaquistão.

Geórgia e Moldávia, também ex-repúblicas soviéticas, assinaram nesta sexta-feira o mesmo acordo de associação com a UE.

Mas o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Grigori Karasin, advertiu para as consequências.

A Rússia teme a entrada em seu território de produtos fabricados na UE via Ucrânia em detrimento de sua produção nacional e considera que Kiev não pode manter relações comerciais privilegiadas com Bruxelas e Moscou ao mesmo tempo.

Desta forma, o Kremlin garantiu que vai adotar medidas para defender sua economia no momento das consequências negativas.

Durante a campanha eleitoral, o presidente ucraniano prometeu em maio orientar a Ucrânia em direção a Europa. Poroshenko considera que este acordo é um primeiro passo para a entrada de seu país na União Europeia.

O primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, assinou em março o primeiro capítulo do acordo com a UE de caráter político.

110.000 pessoas fogem da Ucrânia

Na quinta-feira, Poroshenko disse estar disposto a alcançar um acordo de paz com Putin.

Representantes de Kiev e líderes separatistas também iniciaram uma terceira rodada de negociações diretas em Donetsk, apesar de os combates continuarem.

De acordo com o Exército, cinco soldados ucranianos morreram na quinta-feira à noite em ataques rebeldes.

Desde o início de 2014, um total de 110.000 pessoas fugiram da Ucrânia para a Rússia e outras 54.400 optaram por abandonar suas casas e seguir para outros pontos do país, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).

Além disso, o presidente da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE), o suíço Didier Burkhalter, comemorou a libertação de quatro observadores sequestrados no leste da Ucrânia há um mês, mas pediu a libertação dos oito funcionários que permanecem detidos.

Os quatro observadores sequestrados em 26 de maio por rebeldes pró-Rússia chegaram na quinta-feira à noite em um hotel de Donetsk, reduto dos separatistas no leste da Ucrânia.

Liquidações de verão começam na França com otimismo

As liquidações tradicionais na França só acontecem duas vezes ao ano, no inverno e no verão.

As liquidações tradicionais na França só acontecem duas vezes ao ano, no inverno e no verão|REUTERS/Vincent Kessler|RFI

As tradicionais liquidações de verão começaram nesta quarta-feira (25) na França. O período é muito esperado pelos consumidores e lojistas, principalmente em tempo de crise. A expectativa é que as vendas vão ajudar o setor têxtil a registrar crescimento, pela primeira vez em seis anos.

As liquidações de verão 2014 vão durar cinco semanas e prometem ser lucrativas para os comerciantes. Uma pesquisa aponta que 76% franceses, 5% a mais que no ano passado, devem aproveitar os descontos de mais 50% até o dia 29 de julho. Um em cada dois franceses preparou o terreno e visitou as butiques antes para escolher os melhores produtos.

Cada consumidor deve gastar em média € 207, R$ 626, durante o período, principalmente em roupas. Outra pesquisa indica que 78% dos franceses aproveitam as liquidações para renovar o guarda-roupa. Se o otimismo se confirmar, o setor têxtil francês poderá garantir crescimento em 2014, após seis anos de recuo. No ano passado, as vendas de roupas registraram queda de 1,4%.

Incertezas

Apesar do otimismo, os comerciantes temem que a concorrência de vendas privadas de grandes marcas, que se multiplicam, e da internet diminua o interesse dos consumidores pelas tradicionais liquidações, que acontecem apenas duas vezes por ano.

Um dado confirma essa incerteza. A cada ano diminui a porcentagem de franceses que afirma se privar de compras durante o ano inteiro para esperar as liquidações. Em 2014, apenas 23% dos entrevistados fez esse “jejum consumista”. “Os consumidores viraram especialistas em encontrar uma promoção ou uma maneira de pagar mais barato um produto antes das liquidações oficiais”, afirma Philippe Guilbert, diretor-geral do instituto de pesquisas LSA/Toluna.

Separatistas não respeitam cessar-fogo declarado pela Ucrânia

O presidente ucraniano Petro Poroshenko supervisiona campo militar no leste do país, um dia após declarar o cessar-fogo.

O presidente ucraniano Petro Poroshenko supervisiona campo militar no leste do país, um dia após declarar o cessar-fogo|REUTERS/Stringer|RFI

O presidente ucraniano Petro Poroshenko declarou um cessar-fogo de uma semana na noite de sexta-feira (20), na tentativa de lançar um plano de paz com os separatistas no leste do país. Mas a trégua de Kiev não foi respeitada pelos rebeldes e novos ataques foram registrados na manhã deste sábado. Apesar das críticas da comunidade internacional, Moscou avisou que seu exército está em estado de “alerta máximo”.

As forças de segurança ucranianas, instaladas na fronteira com a Rússia, confirmaram que os separatistas pró-russos ignoraram a declaração de cessar-fogo de Poroshenko. Segundo as autoridades de Kiev, o exército ucraniano foi atacado novamente no leste do país na manhã deste sábado, e pelo menos três soldados ficaram feridos após a explosão de um morteiro em Donestk durante a madrugada. “Ninguém vai entregar as armas enquanto não houver uma retirada total das tropas ucranianas de nosso território”, declarou Valeri Bolotov, um dos chefes separatistas.

A declaração do cessar-fogo feita por Kiev foi interpretada por Moscou como uma ameaça, e não como uma tentativa de trégua. “Uma primeira análise mostra infelizmente que não se trata de um convite à paz e às negociações, e sim a um ultimato lançado aos insurgentes para que eles baixem as armas”, declarou o serviço de comunicação do Kremlin na noite de sexta-feira.

O ministro russo da defesa, Sergei Shoigu, também informou que as forças armadas do país estavam à postos. “Seguindo a ordem do presidente Vladimir Putin, desde às 11h em Moscou (4h em Brasília) as tropas militares situadas na região (da fronteira com a Ucrânia) foram colocadas em estado de alerta máximo”, explicou.

Já o presidente ucraniano avisou, ao declarar o cessar-fogo, que sua tentativa de trégua “não quer dizer que não responderemos em caso de agressão contra nossas tropas”.

França e Estados Unidos ameaçam com novas sanções

A comunidade internacional continua preocupada com a violência dos confrontos que tomam conta do leste ucraniano desde o mês de abril, e que já tiraram a vida de pelo menos 370 pessoas. Em conversa telefônica na noite de sexta-feira, os presidentes da França, François Hollande, e dos Estados Unidos, Barack Obama, ameaçaram novamente Moscou – acusado de incitar os conflitos – com sanções em caso de intervenção das forças russas no leste ucraniano. 

Por dia, 80 portugueses deixam de conseguir pagar a casa

No final de março, 149 800 famílias não conseguiam pagar os empréstimos à habitação. Só este ano, já foram penhorados e vendidos mais 31 mil imóveis, o que representa um crescimento de 12,48% face ao mesmo período de 2013. Por dia, caem nas mãos do fisco, em média, 189 casas.

Foto de Paulete Matos.

Entre janeiro e março de 2014, mais 4083 famílias deixaram vencer o crédito da casa. Por dia, uma média de 80 portugueses deixou de ter capacidade para suportar as despesas inerentes à compra da sua habitação.

6,4 famílias em cada 100 estão em situação de incumprimento no que respeita ao crédito à habitação contratualizado

Segundo apontam os números divulgados pela Central de Responsabilidades de Crédito do Banco de Portugal, 6,4 famílias em cada 100 estão em situação de incumprimento no que respeita ao crédito à habitação contratualizado.

“Em termos numéricos, estamos a sentir que as famílias estão numa situação muito mais difícil do que no ano passado e do que no início da crise”, frisou a responsável pelo gabinete do sobreendividado da Deco, em declarações ao Dinheiro Vivo.

Segundo Natália Nunes, “no início da crise as dificuldades foram diluídas porque havia almofadas das famílias, amigos e dos próprios e hoje essa rede de proteção é inexistente”.

Só este ano, já foram penhorados e vendidos mais 31 mil imóveis, o que representa um crescimento de 12,48% face ao mesmo período de 2013. Por dia caem nas mãos do fisco, em média, 189 casas.

A par do crescente número de famílias a quem são retiradas as suas casas, as consequências da nova lei do arrendamento, que se tem traduzido em aumentos abruptos no valor das rendas das casas, e a manifesta insuficiência de habitações sociais, deixam adivinhar o intensificar da crise na habitação, promovida pelo executivo do PSD e CDS-PP.

Entre janeiro e março, mais 14 071 famílias deixaram de pagar créditos bancários

Por dia, 153 portugueses deixaram de poder cumprir os contratos firmados com o setor bancário.

Se for tido em conta o total dos empréstimos bancários concedidos às famílias – créditos à habitação, consumo ou outros fins – entre janeiro e março, mais 14 071 famílias deixaram de pagar as prestações em dívida. Por dia, 153 portugueses deixaram de poder cumprir os contratos firmados com o setor bancário.

Do total de crédito concedido às famílias, 4,13% era considerado, em abril, de cobrança duvidosa, o que representa um novo máximo histórico, conforme assinala o Dinheiro Vivo. A cobrança duvidosa no consumo aumentou para 11,93%.

Nos últimos três meses de 2013, o peso das insolvências mais do que triplicou, representando 67,8% de todos os processos registados pelo Ministério da Justiça.

Os efeitos da vaga austeritária imposta pelo governo também se reflete no aumento do número de insolvências de particulares. Em 2007, estas representavam apenas 18,1% do total. Nos últimos três meses de 2013, o peso das insolvências mais do que triplicou, representando 67,8% de todos os processos registados pelo Ministério da Justiça.

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Madri veta protestos em dia de proclamação de rei

Felipe VI será proclamado rei na próxima quinta; prefeitura proibiu manifestações e concentrações convocadas para ocorrer na capital espanhola Juan Carlos abdicou ao trono em favor de seu filhoBorja/Pool/AFP

Da ANSA noticias@band.com.brJuan Carlos abdicou ao trono em favor de seu filho / Borja/Pool/AFPA Prefeitura de Madri vetou duas manifestações e duas concentrações convocadas para ocorrer na capital espanhola na quinta-feira (19), dia da proclamação do rei Felipe VI.

As autoridades consideraram as manifestações “incompatíveis” com as medidas de segurança dispostas para a data. Um dos protestos, que tinha sido convocado pela Coordenadoria Republicana de Madri, na Puerta del Sol, tinha como slogan “Reivindicar a República diante da Proclamação do novo Rei”.

Em um comunicado, os organizadores do ato denunciaram a “violação ao direito de se manifestar” e anunciaram que manterão o protesto, apesar do veto da Prefeitura. Não foi autorizada nem uma manifestação convocada pela Plataforma contra a Impunidade do Franquismo, que tinha sido marcada antes mesmo do rei Juan Carlos abdicar ao trono.

O rei Juan Carlos, de 76 anos, anunciou no último dia 2 de junho sua abdicação ao cargo. O monarca foi um dos principais responsáveis pelo retorno da democracia ao país após a ditadura franquista (1939-1975). Seu filho Felipe, de 46 anos, assumirá seu posto.

Mais de 75% dos franceses são contra a greve dos ferroviários

O sétimo dia de greve dos ferroviários na França está estampado nas primeiras páginas dos jornais franceses desta terça-feira (17), dia em que a contestada reforma do setor ferroviário começa a ser votada pelo Parlamento. Pesquisa publicada hoje mostra que a greve dos ferroviários é impopular. Os diários analisam a estratégia do primeiro-ministro Manuel Valls para acabar com a paralisação e as consequências do movimento para o governo. A greve dos profissionais do espetáculo também é uma preocupação. 
 

Três em cada quatro franceses são contra a greve dos ferroviários. Esse é o resultado de uma pesquisa publicada hoje (17) pelo Aujourd’hui en France. A sondagem também aponta que uma semana após o início da paralisação, a grande maioria dos entrevistados não entende os motivos do movimento que complica a vida dos usuários. Apenas 34% dos franceses sabem que os grevistas protestam contra a reforma do setor que prevê a fusão das duas estatais que administram a rede ferroviária na França.

Estratégias do governo

Les Echos diz que o primeiro-ministro Manuel Valls tenta separar as greves e adota uma estratégia diferente para cada uma delas. O diário econômico escreve que o governo mostra firmeza diante da greve dos ferroviários, que entra em seu sétimo dia, apesar da impopularidade do movimento e da queda do número de grevistas.

“Essa greve não tem sentido, é inútil e irresponsável”, declarou o premiê ao excluir o adiamento da reforma, informa Les Echos. Resultado: como previsto, o projeto, que visa controlar a imensa dívida do setor, começa a ser debatido hoje pelos deputados. Os grevistas esperam influenciar o debate, acredita o jornal.

Em relação à greve dos profissionais do espetáculo, o governo é mais flexível e promete um gesto para compensar o impacto da reforma do salário-desemprego nos benefícios da categoria, informa Les Echos.

Festivais de verão ameaçados pela greve dos artistas

Le Figaro diz que o governo vai agir em dois tempos. O jornal conservador explica que as mudanças nas regras do seguro-desemprego na França, contestadas pelos profissionais do espetáculo em greve, vão ser validadas. Mas o governo prepara medidas para compensar as perdas dos artistas mais precários, que terão que trabalhar mais tempo antes de ter direito ao salário-desemprego.

Para impedir que grandes festivais, como o de Teatro de Avignon, sejam cancelados como em 2006, o primeiro-ministro propõe um grande debate neste verão entre Estado, patrões e sindicatos para reelaborar completamente o sistema. No entanto, Le Figaro alerta que o governo tem poucas alternativas, principalmente neste momento de economias e cortes orçamentários.

Esquerda em perigo

Libération escreve que a esquerda está em perigo. O jornal diz que o primeiro-ministro e dezenas de deputados socialistas estão em conflito sobre a política econômica do governo. No final de junho, os cerca de 40 socialistas revoltados podem não votar a proposta de orçamento, colocando o governo em dificuldade.

Diante da ameaça, o premiê Manuel Valls partiu para a ofensiva e disse que se os deputados não entrassem na linha social-democrata, a esquerda poderia morrer na França.

Estoques das empresas crescem nos EUA em abril

AFP – Agence France-Presse

12/06/2014 

Os estoques das indústrias e das empresas de distribuição dos Estados Unidos cresceram mais do que o esperado em abril, de acordo com os números divulgados nesta quinta-feira pelo departamento de Comércio.

Em dados corrigidos por variações sazonais, o valor dos bens armazenados pelas empresas cresceu 0,6% em comparação a março. Os analistas esperavam um crescimento médio de 0,4%, como aconteceu em março.

População carcerária passa de 715 mil, diz CNJ

Agência Brasil

Uma pesquisa inédita do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) detalha a população carcerária brasileira. A partir de dados coletados com juízes de 26 estados e do Distrito Federal, o CNJ chegou a um total de 715.655 presos no país. Os dados anteriores ao estudo apontavam que pouco mais de 574 mil pessoas estavam atrás das grades. A diferença – quase 148 mil – é formada por aqueles que cumprem pena de privação de liberdade em prisão domiciliar.
 
Essa população não era contada em análises anteriores, de acordo com o supervisor do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas (DMF-CNJ), conselheiro Guilherme Calmon. Ele explicou que, segundo a Lei de Execução Penal, mesmo os condenados a cumprir penas no regime aberto ou pena de limitação de fim de semana deveriam estar em espaços adequados para isso, como casas de albergados. Mas, “em razão da ausência de vagas, é que os juízes acabaram por admitir a prisão domiciliar”. 
 
Tendo em vista os dados do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) relativos a junho de 2013, último balanço divulgado pelo órgão do Ministério da Justiça, havia no país 574.027 presos, o que significava um déficit de 256 mil vagas no sistema. Agora, ao se considerar também a prisão domiciliar como resultado de carência, o número de vagas faltantes sobe para 358.373.
 
Se a população carcerária aumentou, o número de presos provisórios diminuiu, segundo o CNJ. O órgão aponta que eles são 32% do total. Para Calmon, coordenador da pesquisa, isso mostra que “o juiz está fazendo a parte dele e julgando os processos em tempo razoável”. No entanto, segundo ele, “o problema é maior que o que tínhamos pensado antes”, e “o que fazer depende dos estados, a quem cabe construir presídios para comportar essa população”.
 
Com a pesquisa, o Brasil chega à proporção de 358 pessoas presas para cada 100 mil habitantes. O total de mais de 715 mil presos faz com que o país suba de quarto para terceiro lugar no ranking de população carcerária do mundo. Perde apenas para Estados Unidos (2,2 milhões de presos) e China (1,7 milhão). O quarto lugar é ocupado pela Rússia (676 mil), segundo dados do Centro Internacional de Estudos Penitenciários (ICPS, na sigla em inglês) da Universidade de Essex, no Reino Unido.
 
O estudo Novo Diagnóstico de Pessoas Presas no Brasil também revela que existem 373.991 mandados de prisão abertos. Se eles fossem cumpridos, o número de presos poderia chegar a 1.089.646 e o déficit de vagas a 732.427. A situação “mostra como nós temos uma racionalidade punitiva muito grande”, segundo a vice-procuradora-geral da República, Ela Wiecko. À Agência Brasil, ela disse que há hoje uma governança da população pelo crime e pela punição.
 
Ela Wiecko disse que, assim como os que cumprem pena em domicílio estão presos porque estão sob o controle do Estado, há também aqueles que cumprem penas restritivas, sobre os quais não há um dado atualizado. “Somando tudo você vai ter mais de 1 milhão e 500 mil pessoas sob controle penal”, disse, destacando que “a sociedade brasileira e o Estado brasileiro têm que colocar um limite do que pode gastar com esse tipo de resposta [a prisão]”, bem como repensar a forma de lidar com os conflitos. “A resposta de que é crime, tem que processar criminalmente, é muito fácil de dar, mas a gente está vendo o que acontece. E as cadeias não podem ser depósito de pessoas”.
 
Até a semana que vem, o CNJ pretende entregar o relatório completo da pesquisa aos grupos de monitoramento e fiscalização carcerária dos tribunais de Justiça estaduais, assim como para as secretarias responsáveis pela área penitenciária e para o Depen. A expectativa é que o estudo embase a elaboração de novas políticas públicas.

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