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Imprensa europeia destaca oficialização da candidatura de Dilma à reeleição

A presidente Dilma Roussef e o ex-presidente Lula durante a Convenção do PT, em Brasília.

A presidente Dilma Roussef e o ex-presidente Lula durante a Convenção do PT, em Brasília|REUTERS/Joedson Alves|Adriana Moysés

Sites de notícias europeus dão destaque à Convenção do PT ocorrida neste sábado (21), em Brasília. No evento, 800 delegados do partido oficializaram a candidatura da presidente Dilma Rousseff à reeleição, no dia 5 de outubro. O diário espanhol El Pais afirma que Dilma quer dar “mais futuro” ao Brasil. O apoio incondicional do ex-presidente Lula a Dilma, durante a convenção, impressiona a revista francesa Le Point.

El Pais afirma que Dilma disputará um segundo mandato com a promessa de seguir transformando o Brasil e consciente que se encontra diante da reeleição “mais difícil de todas”, como ela mesmo disse. O jornal espanhol comenta que a presidente deixou a cordialidade de lado em seu discurso e logo atacou os críticos de seu governo, “chegando a afirmar que não foi eleita para vender o patrimônio público nem para mendigar dinheiro para o FMI”.

O jornal português O Público assinala que a presidente brasileira enfrenta há vários meses uma erosão progressiva da sua popularidade, mas mantém-se ainda como favorita nas pesquisas, com 39% das intenções de voto, segundo uma sondagem Ibope publicada na quinta-feira. “Os seus principais adversários serão o social-democrata Aécio Neves (PSDB), com 21% de intenções de voto, seguido do socialista Eduardo Campos (PSB), com 10% de intenções de voto”, acrescenta o diário português.

Má notícia

O Público destaca que a votação do PT aconteceu “depois dos delegados terem recebido, com surpresa, uma má notícia”. “O PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), aliado do PT na primeira eleição de Dilma, decidiu não apoiar a sua reeleição”, relata o diário. Em nota, assinada pelo presidente nacional do PTB, Benito Gama, o partido anunciou que integrará a aliança de apoio a Aécio Neves.

O site da revista francesa Le Point escreve que “em plena Copa do Mundo, a oficialização da candidatura de Dilma à reeleição ganhou ares de revanche contra as manifestações anti-Copa”. A maneira como os participantes da convenção aclamaram Lula chamou a atenção da publicação.

Le Point publica o depoimento da militante petista Nadia Araujo, de 47 anos. “Muitos queriam ver Lula no lugar de Dilma na próxima eleição, mas cada coisa tem seu tempo”, afirma a militante. “Como o próprio Lula disse, o importante é reelegermos Dilma”, concluiu.

O jornal de esquerda Libération nota que o descontentamento dos eleitores com o governo e a classe política continua importante. “Mas os brasileiros estão atualmente envolvidos com a Copa do Mundo, que eles sonham conquistar pela sexta vez”, diz o texto. As reivindicações por melhorias sociais foram temporariamente adiadas. “Os protestos à margem da Copa reúnem um número pequeno de militantes de extrema-esquerda e anarquistas”, constata Libération.

Maioria do PMDB vota pela manutenção da aliança com Dilma

Em seu discurso, Temer pediu a reunificação do partido para fazer da sigla PT-PMDB a maior do Brasil e reeleger a presidente

Agência Estado

10/06/2014

O presidente nacional do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), proclamou na tarde desta terça-feira o resultado da convenção do partido, em que a maioria votou pela manutenção da aliança com o PT. Pelo placar final, 398 votaram pela reedição da aliança contra 275 dissidentes. “Nós ganhamos. Mostramos ao Brasil que quase metade do PMDB quer o fim da aliança”, comemorou o deputado dissidente Darcísio Perondi (PMDB-RS).

Em seu discurso, Temer pediu a reunificação do PMDB para fazer da sigla a maior do Brasil e disse que a partir de agora não serão apenas aliados, serão governo. “Essa convenção não tem vencedores e vencidos. Tem um grande vencedor, que é o PMDB. Vocês sabem que, ao longo do tempo, sempre tivemos democraticamente as mais variadas divergências dentro do partido e sempre obtivemos a unidade”, discursou o vice-presidente, Michel Temer. “Vamos nos unir a partir deste momento porque um instante é o instante político-eleitoral em que as divergências surgem. Outra coisa é o instante político-administrativo do partido, que passamos a viver a partir deste momento”, emendou.

Dilma diz que vai ter Copa

A presidente Dilma Rousseff acaba de chegar à convenção nacional do PMDB, em Brasília, onde acaba de ser proclamado o resultado da votação que manteve o apoio da sigla a sua candidatura à reeleição. Foram 398 votos à favor da aliança contra 275 contrários.

Ao brincar com os convencionais, Dilma iniciou seu discurso dizendo que “Vai ter Copa, sim” e elogiou a militância “aguerrida” do PMDB. Dilma chamou seu vice, Michel Temer, de parceiro, e nos cumprimentos fez menção também ao líder do PMDB na Câmara, deputado Eduardo Cunha (RJ). “Queria agradecer a cada um deles pelo apoio que têm me dado”, disse.

Em convenção nacional, PDT oficializa apoio à reeleição de Dilma

Agência Brasil

N/A

Dilma falou em ‘compromisso e aliança históricos’

O Diretório Nacional do Partido Democrático Trabalhista (PDT) oficializou nesta terça-feira, durante convenção nacional do partido, o apoio à reeleição da presidenta Dilma Rousseff e do vice-presidente Michel Temer. A posição do PDT já tinha sido sinalizada em abril deste ano, depois de uma reunião da Executiva Nacional com dirigentes do partido e as bancadas na Câmara e no Senado. O apoio foi unânime em votação simbólica.

O presidente da legenda, Carlos Lupi, que já ocupou o comando do Ministério do Trabalho durante o governo Dilma – pasta que hoje está nas mãos do pedetista Manoel Dias , explicou, na época, que a formalização do apoio só poderia ocorrer na convenção.

A presidenta Dilma Rousseff agradeceu o apoio e afirmou que PT e PDT têm compromisso e aliança históricos “porque temos as mesmas ambições políticas do povo brasileiro. Queremos um país escolarizado que tenha na educação dois caminhos. A educação para nós significa manter os ganhos de distribuição de renda e fazê-los avançar”. Segundo ela, os esforços para dirimir a miséria no país é apenas um primeiro passo e a educação é responsável por consolidar essas políticas.

“O PDT para minha aliança é algo fundamental. Participa do núcleo de minhas alianças. Juntos somos invencíveis. Separados somos fracos”, afirmou ao lembrar de nomes que participaram da história da legenda como Getúlio Vargas e Leonel Brizola. Dilma elencou resultados alcançados pelo seu governo e atribuiu parte do êxito a parceria com o PDT, como a criação de quase 5 milhões de empregos formais e a elevação do salario mínimo que, segundo ela, alcançou os 70% apenas na fase em que esteve no comando do país.

A presidenta garantiu que a inflação no país está sob controle, desmentindo linhas de análise econômica que apontam uma direção contrária. Ela lembrou que, durante o governo Fernando Henrique Cardoso, a taxa da inflação chegou a 12,42%. “No governo Lula chegou a 7,2% e nos meus três primeiros anos garanti que ficasse em 7,08%. Todos sabem que a inflação tem ciclos.Tem 15 anos que funciona assim. É o fluxo da inflação”, afirmou.

Dilma ainda atacou os críticos e pessimistas em relação aos programas do seu governo que agora, segundo ela, querem se apropriar dos resultados. O Bolsa Família tem sido objeto de disputa entre os potenciais candidatos à presidência mesmo antes do período eleitoral iniciar oficialmente. “O Bolsa Família está seguro nas nossas mãos porque construímos o Bolsa Família, mudamos sempre que necessário e transformamos em um caminho de ascensão social. Um programa é feito por quem tem vontade politica de fazer e se arrisca contra tudo e todos”, afirmou. Segundo ela, os que criticavam, agora dizem que os programas não são mérito de ninguém e que podem ser usados por todos. “É oportunismo do mais deslavado nível”, completou.

Apesar do apoio a Dilma ter maioria na convenção, a posição foi questionada por alguns filiados críticos às políticas do atual governo. O presidente da legenda ressaltou que o projeto do governo Dilma é o mais próximo dos objetivos do PDT. Um grupo de cerca de 15 pessoas do Movimento Juventude Socialista tentou impedir a entrada de Dilma à sede do partido em Brasília, hoje, onde ocorreu a convenção. Os jovens entoavam, em coro, gritos de “Não vai entrar. Não somos capacho do governo”.

Na tentativa de minimizar as divergências e uniformizar o apoio entre os filiados, o ministro Manoel Dias ressaltou resultados alcançados pelo atual governo. “Entre as candidaturas que estão postas só uma tem condição de continuar beneficiando os trabalhadores com políticas de distribuição de renda, de melhoria do salario mínimo e de geração de emprego. Criamos um ciclo virtuoso e não há sinais de que isto vai parar”, afirmou.

Durante a convenção, os partidários iniciaram as conversas sobre as alianças estaduais que, na maioria dos casos seguirá a orientação nacional, segundo Lupi. As exceções devem ficar com Minas Gerais e Pernambuco. Na disputa pelo governo pernambucano o partido está dividido entre Paulo Câmara (PSB) para o governo estadual e o senador Armando Monteiro (PTB).

Em Mato Grosso, o candidato do partido será o senador Pedro Taques. Segundo Lupi, onde o PDT tiver candidato a governador, como no Acre, Amapá, São Paulo e Brasília, a direção estadual terá liberdade para construir suas alianças regionais com autorização da executiva nacional.

As convenções para a escolha de candidatos a governador, vice-governador, senadores e deputados vão ocorrer entre hoje e 30 de junho. No Distrito Federal também ainda não há consenso, apesar do senador Cristovam Buarque garantir o apoio ao PSB, que terá como candidato o atual senador Rodrigo Rollemberg. A expectativa é que ainda hoje algumas conversas já avancem. Uma das disputas que podem ser definidas ainda hoje é a pelo governo do Maranhão.

O PDT é um dos primeiros partidos a realizar o encontro que precede a disputa eleitoral deste ano, reunindo integrantes do Diretório Nacional e do Conselho Político, os presidentes de movimentos e das comissões provisórias estaduais, os delegados dos diretórios estaduais e os parlamentares que integram as bancadas do PDT no Senado e na Câmara.

Dilma cai cinco pontos no Rio

Presidenta passa de 33% para 28%, Aécio sobe de 10% para 13% e Campos mantém 9%

O DIA|AURÉLIO GIMENEZ

Rio – A presidenta Dilma Rousseff lidera a disputa pelo Palácio do Planalto, com 28% das intenções de voto no Estado do Rio, e seria reeleita no primeiro turno, caso as eleições fossem hoje. Na segunda rodada da pesquisa do Instituto Gerp, o senador tucano Aécio está em segundo lugar, com 13%, seguido pelo ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, do PSB, com 9% dos votos. O levantamento ouviu 870 pessoas em todo estado, entre os dias 23 e 29 de maio, e a margem de erro é de 3,39 pontos percentuais.

Única a cair nesta enquete, Dilma perdeu cinco pontos, indo de 33% para 28%. Aécio cresceu três, subindo de 10% para 13%. O candidato do PSB manteve-se no mesmo patamar com 9%. Pela primeira vez aparece o nome do pastor Everaldo (PSC), com 1% dos votos.

Foto:  Arte: O Dia

Pela pesquisa, 24% dos entrevistados afirmaram que não votariam em nenhum dos presidenciáveis, enquanto outros 23% ainda estão indecisos. A diferença entre Dilma e a soma dos demais candidatos, que antes era de 14 pontos, caiu para cinco. Esse movimento aponta, no Estado do Rio, para uma possibilidade crescente de segundo turno na disputa pelo Planalto.

Em 2009, a então candidata do PT superou, no segundo turno, a marca dos 60% dos votos no Rio e abriu mais de 20 pontos de folga sobre o presidenciável tucano José Serra.

VOLTA LULA

Ao contrário de Dilma, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ganharia sem dificuldades a corrida presidencial em primeiro turno, caso fosse candidato. Lula aparece disparado em primeiro lugar, com 37%. Aécio e Campos perderiam um ponto, caindo para 12% e 8%, respectivamente.

O presidente do Gerp, Gabriel Pazos, não acredita, no entanto, na concretização do ‘Volta Lula’. “O desempenho do ex-presidente na pesquisa o torna, sem dúvida, um excelente cabo eleitoral para Dilma”, avalia o analista.

A presidenta também apresenta um índice de rejeição considerável, alerta o cientista político Ricardo Ismael, do Departamento de Sociologia e Política da PUC-Rio. Entre abril e maio, a rejeição subiu de 20% para 22%. Já seus rivais se saíram melhor. A rejeição a Aécio caiu de 14% para 12%, no último mês. Eduardo Campos também perdeu 2 pontos, reduzindo de 8% para 6%.

“O sinal amarelo foi ligado para Dilma. Ela deve ficar mais atenta aos movimentos dos principais adversários pois, apesar de estar à frente, esta será uma campanha mais difícil do que foi a de 2010”, aponta Ismael.

Para Pazos, Dilma carrega a carga negativa dos erros da administração passada, como o Mensalão, e os problemas atuais, como o que vem ocorrendo na Petrobras. “Se as denúncias contra a estatal continuarem, poderão respingar e fazer a Dilma cair um pouco mais”, especula.

Crivella festeja pesquisa que o coloca na frente

Candidato ao governo do Estado do Rio, o senador Marcelo Crivella (PRB) comemorou a pesquisa Gerp, publicada ontem pelo DIA. Os números o colocam como vencedor das eleições para o Palácio Guanabara num eventual segundo turno contra o deputado federal Anthony Garotinho (PR). 

“Só posso agradecer a generosidade da minha gente fluminense, que após minhas lutas na vida pública me considera preparado”, afirmou o senador, que obteve 23% das intenções de voto. Já Garotinho, que subiu sete pontos e aparece com 20%, disse que o resultado reflete a insatisfação da população com o atual governo do Rio.

“A pesquisa mostra o desejo da população de tirar do poder o grupo de Sérgio Cabral, que tem uma visão de governo voltada ao enriquecimento e não ao fazer pelo povo”, comentou. Segundo o deputado, pesquisas feitas por ele indicariam vantagem maior em relação a Crivella. Coordenador da campanha do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), Jorge Picciani não quis comentar os resultados. Candidato do PT, o senador Lindberh Farias (PT) também não se manifestou. 

Wagner lidera disputa pelo Senado

Não é à toa que o ex-governador Sérgio Cabral, do PMDB, pensou seriamente em desistir de disputar uma vaga no Senado e se candidatar à Câmara. Na pesquisa do Instituto Gerp, Cabral aparece na quarta posição na preferência do eleitorado fluminense, com meros 7% de intenções de voto para a vaga de senador pelo Rio. 

Pela pesquisa, o líder na corrida é o deputado estadual Wagner Montes (PSD), com 23% das intenções de voto. Logo atrás vem o ex-jogador e deputado federal Romário (PSB), que detém 17% das preferências. O ‘Baixinho’, como é conhecido, foi o candidato que mais cresceu: subiu seis pontos percentuais em relação à pesquisa de abril. Em terceiro lugar está a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB), com 9%. Empatados em quinto lugar, o vereador e ex-prefeito Cesar Maia (DEM) e o senador Francisco Dornelles (PP), com 3%.

Sissi obtém vitória esmagadora no Egito

Partidários de Abdel Fattah al-Sisi comemoram sua eleição na Praça Tahir, no Cairo, nesta quinta-feira, 29 de maio de 2014.

Partidários de Abdel Fattah al-Sisi comemoram sua eleição na Praça Tahir, no Cairo, nesta quinta-feira, 29 de maio de 2014|REUTERS/Mohamed Abd El Ghany|RFI

O ex-chefe do Exécito Abdul Fatah al Sissi pode comemorar uma vitória esmagadora nas eleições presidenciais no Egito. Com 90% das urnas apuradas, o marechal Sissi obteve 96% dos votos.

Onze meses após o golpe que derrubou o presidente Mohammed Morsi, o ex-chefe do Exército egípcio Abdul Fatah al Sissi venceu em uma eleição marcada por uma alta taxa de abstenção. Menos da metade dos eleitores foi às urnas.

Os resultados oficiais só serão anunciados nos próximos dias, mas os partidários de Sissi comemoraram a vitória do marechal. Essa eleição, porém, não foi transparente, afirmam analistas. Segundo dados não-oficiais divulgados pela imprensa egípcia, Sissi teria recebido 21 milhões de votos enquanto seu único adversário, Hamdeen Sabbahi, teria recebido entre 600 mil e 700 mil votos.

Shadi Hamid, pesquisador do instituto Saban Center, escreveu: “Não temos nenhuma maneira de verificar os dados do governo. Não houve nenhuma apuração paralela e não tinha um número suficiente de observadores internacionais”.

Oposição sufocada

A vitória de al Sissi não surpreende em um país onde o governo sufoca as vozes dissidentes. A Irmandade Muçulmana, movimento ao qual pertencia o presidente deposto Mohamed Morsi, foi uma das primeiras vítimas da repressão.

Desde a queda de Morsi em julho passado, mais de 15 mil partidários do ex-presidente foram presos e 1.400 pessoas morreram. Militantes de movimentos estudantis e progressistas também estão censurados e sob constante ameaça das autoridades egípcias.

Espírito da Primavera Árabe perdeu espaço

A volta de um governo com forte influência dos militares contraria os objetivos da Primavera Árabe que tirou do poder, há três anos, Hosni Mubarak. “Não esperívamos ver essa configuração após as revoluções árabes de 2011”, diz Karim Bitar, diretor de pesquisa do Instituto de Relações Internacionais e Estratégicas. “Poucas pessoas imaginariam que, depois da queda de Mubarak, um novo faraó, um marechal de óculos de sol, seria eleito com 96% dos votos sem ter apresentado um programa ou ter feito campanha”, avaliou Bitar.

Joe Biden pede mais sanções se Rússia prejudicar eleições na Ucrânia

A quatro dias da eleição presidencial, marcada para o próximo domingo na Ucrânia, a campanha eleitoral continua . A ex-primeira ministra Iulia Timoshenko na cidade de Konotop, a 187 quilômetros de Kiev.

A quatro dias da eleição presidencial, marcada para o próximo domingo na Ucrânia, a campanha eleitoral continua . A ex-primeira ministra Iulia Timoshenko na cidade de Konotop, a 187 quilômetros de Kiev.

REUTERS/Alexander Pokopenko/Pool

O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou nesta quarta-feira (21), em Bucareste, Romênia, que serão necessárias novas sanções contra a Rússia, caso Moscou prejudique as eleições presidenciais previstas para domingo na Ucrânia. As autoridades ucranianas afirmam que não estão mais detectando movimentos de tropas russas perto da fronteira. Os soldados russos teriam recuado pelo menos dez quilômetros.

“Todos os países devem usar sua influência para garantir um clima estável que permita aos ucranianos votar em liberdade”, declarou Biden, acrescentado que as eleições são “fundamentais” para a Ucrânia. O pró-ocidental Petro Porchenko é tido como favorito pelas pesquisas eleitorais, com mais de 20 pontos à frente de Iulia Timochenko, ícone da Revolução Laranja de 2004.

As autoridades ucranianas vão mobilizar mais de 75 mil homens para garantir a segurança do pleito. A quatro dias das eleições, o clima no leste ucraniano é de calma, após confrontos no começo da semana.

Gás

A União Europeia fez um apelo ao presidente russo, Vladimir Putin, para que a Rússia respeito o “compromisso” de continuar com o fornecimento de gás à Europa. Moscou ameaçou suspender o envio do combustível para a Ucrânia no dia 3 de junho. Um terço do gás consumido no continente vem da Rússia, e grande parte passa por dutos ucranianos.

Segundo a Gazprom, a empresa pública ucraniana Naftogaz tem uma dívida de US$ 3,505 bilhões. A companhia russa afirmou há 10 dias que cortaria o gás para a Ucrânia a partir de 3 de junho se o pagamento antecipado correspondente ao mês, de US$ 1,66 bilhão, não for efetuado.

Putin hitleriano

O príncipe Charles, herdeiro do trono britânico, em viagem oficial ao Canadá, comparou o presidente russo, Vladimir Putin, ao líder nazista alemão Adolf Hitler, em comentário privado com a voluntária de um museu em Halifax, Nova Escócia.

De acordo com o jornal Daily Mail, Charles fez a observação durante uma conversa com Mariane Ferguson, de 78 anos, que perdeu familiares no Holocausto. “Putin está fazendo quase o mesmo que Hitler”, disse o príncipe.

Uma fonte da família real britânica descreveu o comentário real como “bem-intencionado” e sem o propósito de se tornar público.

Cartazes de Bashar Al-Assad por todo lado marcam início de campanha eleitoral

Cartaz com a campanha de Bashar Al-Assad nas ruas de Damasco neste domingo 11 de maio.

Cartaz com a campanha de Bashar Al-Assad nas ruas de Damasco neste domingo 11 de maio|REUTERS/Khaled al-Hariri|Foto

A campanha para a eleição presidencial de 3 de junho teve início neste domingo na Síria, e está sendo marcada pela presença ostensiva de cartazes do presidente Bashar Al-Assad, que salvo surpresa, deverá ser o vencedor do pleito. A votação, que será realizada apenas em territórios controlados pelo regima é considerada uma “farsa” pelos opositores de Al-Assad.

 

Três candidatos, entre eles Al-Assad, lançaram suas candidaturas para esta eleição. Teoricamente, esta será a primeira eleição presidencial em mais de 50 anos no país. Bashar e seu pai, Hafez, que dirigiu o país com mão de ferro entre 1970 e 2000, foram nomeados após referendos.

Em Damasco, dezenas de cartazes representando a bandeira síria com a palavra “juntos” escrita com letra de mão e a assinatura de Al-Assad, apareceram nos bairros mais seguros do centro da cidade. “Bashar Al-Assad, nossa única escola”, pode ser lido em algumas bandeiras.

Apoio do líder do movimento xiita libanês

Em um jardim público próximo de uma importante rua comercial, foram pregados retratos de Bashar Al-Assad, de seu pai, Hafez e de Hassan Nasrallah, chefe do movimento xiita libanês  Hezbollah, aliado do regime de Damasco. Não longe dali, um painel oferecido “por cidadão sírios” afirma: “Não fecharemos o olho até que dissermos sim ao oftalmologista (a profissão de Bashar Al-Assad). Nós votaremos por você, 2014.”

“Nosso Bashar, não aceitaremos outro presidente que não seja você, nós te escolhemos, você é nossa lealdade”, é lido em outro cartaz. “Amamos você”, está escrito dobrr uma foto do líder sírio.

Outros cartazes com a imagem de Hassan al-Nouri, um empresário de Damasco, apareceram nas ruas da capital pregando a “luta contra a corrupção”, ao “multipartidarismo” e a volta “da classe média”. A televisão oficial também divulgou propaganda eleitoral neste domingo. 

A votação, que deverá acontecer somente nos territórios controlados pelo regime, em um país devastado por três anos de um conflito violento, já está sendo qualificada de “farsa” pela oposição e pelos países ocidentais.

Para França e Alemanha, referendos o leste da Ucrânia são ilegais

François Hollande e Angela Merkel a bordo do «MS Nordwind», no mar Báltico, 9/5/14.A chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, François Hollande, alertam Kiev e Moscou sobre a importância da eleição presidencial de 25 de maio na Ucrânia. Em um comunicado divulgado neste sábado (10), em Stralsund, na Alemanha, os dois líderes também consideram osreferendos de domingo para a independência de algumas cidades no leste da Ucrânia como “ilegais”.

“A celebração de eleições presidenciais livres e equitativas na Ucrânia em 25 de maio é de importância capital”, afirmam os dois governantes no texto, divulgado após um encontro informal de dois dias na cidade balneária do norte da Alemanha.

Merkel e Hollande mencionam uma série de medidas para reduzir a tensão na Ucrânia, na véspera de um referendo sobre uma declaração de independência de parte do leste, de língua russa, do país, onde a escalada da violência aumenta. De acordo com ambos, “os referendos planejados em várias cidades do leste da Ucrânia são ilegais”.

Ameaças de sanções

“Um fracasso das eleições presidenciais internacionalmente reconhecidas desestabilizaria ainda mais o país. A França e a Alemanha consideram que isso terá as consequências correspondentes, como previu o Conselho Europeu de 6 de março”, completa a nota, sem entrar em detalhes.

Os dois líderes também pedem a Moscou que reduza o número de tropas na fronteira com a Ucrânia. Eles também pedem a Kiev “abster-se de realizar ações ofensivas antes das eleições”. A nota lamenta ainda a violência recente “em Odessa e sobretudo Mariupol, que provocaram perdas de vidas inaceitáveis”.

Apoio europeu

Na segunda-feira, Herman van Rompuy, presidente do Conselho Europeu, vai a Kiev. O objetivo da viagem é “continuar as discussões sobre como estabilizar a situação na Ucrânia antes da eleição presidencial, além de acabar com a violência no país e criar um diálogo nacional aberto”, explicou van Rompuy.

No dia seguinte, será a vez do primeiro-ministro Arseni Iatseniouk, de ir a Bruxelas para se encontrar com a Comissão Europeia.

Europeus tentam evitar guerra civil na Ucrânia

O ministro interino de Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Deshchitsia,(esquerda) foi recebido em Viena pelo ministro das Relações Exteriores da Áustria, Sebastian Kurz.

O ministro interino de Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Deshchitsia,(esquerda) foi recebido em Viena pelo ministro das Relações Exteriores da Áustria, Sebastian Kurz.

REUTERS/Leonhard Foeger
RFI

Os combates continuam intensos no leste da Ucrânia e o risco de uma guerra civil no país parece cada vez mais próximo, preocupando os europeus. Balanço divulgado nesta terça-feira (6) indica que mais de 30 pessoas morreram no país ontem. A crise ucraniana foi discutida nesta manhã em Viena em reunião do comitê ministerial do Conselho da Europa.

 

Em Viena, 30 chanceleres, incluindo os ministros de Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov e da Ucrânia, Andrii Dechtchitsa, participaram da reunião do Conselho da Europa. No início do encontro, o britânico William Hague acusou a Rússia de tentar desestabilizar a organização da eleição presidencial ucraniana prevista para o próximo dia 25. A maioria dos países presentes enviou uma mensagem clara de apoio a realização da votação.

O presidente francês, François Hollande, declarou, paralelamente em Paris, temer o caos e o risco de guerra civil na Ucrânia se a eleição não acontecer. Moscou não reconhece o governo provisório de Kiev e considera a eleição absurda no contexto atual de confrontos.

Confrontos no leste do país

Um balanço divulgado hoje pelo ministro do Interior ucraniano aponta a morte de 30 separatistas e 4 soldados nos enfrentamentos com o Exército, nesta segunda-feira, na cidade de Slaviansk.

A situação também é tensa em Donetsk e Kramatorsk. Nesta manhã, as autoridades ucranianas fecharam temporariamente o aeroporto internacional de Donetsk, sem dar explicações.

O presidente da Duma, a assembleia russa, comparou a ofensiva ucraniana para controlar as cidades rebeladas a um “genocídio”. O Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos pediu diálogo entre nacionalistas e separatistas.

Queda do turismo na Rússia

O conflito já começa a afetar o setor do turismo na Rússia. A associação que reúne as agências de turismo russas informou hoje que as reservas de viagens para o país diminuíram 30%, desde o inicio do conflito com os ocidentais.

A tensão entre nacionalistas e separatistas na Ucrânia aumenta com a aproximação de duas datas: na quinta-feira, 8 de maio, é celebrada a vitória dos aliados sobre os nazistas na Segunda Guerra Mundial, e os separatistas prometem ações. No dia 11, os separatistas programaram referendos de autodeterminação na região de Donetsk. 

Lula mata o ‘volta, Lula’: “Dilma é a candidata”

Aos gritos de “um, dois, três, é Dilma outra vez”, a presidente Dilma Rousseff e seu antecessor Luiz Inácio Lula da Silva foram recebidos no encontro nacional do Partido dos Trabalhadores, realizado nesta noite em São Paulo. O evento serviu para sepultar de vez a hipótese de “volta, Lula”.

O primeiro a enfatizar a necessidade de unidade em torno da presidente Dilma foi o presidente Fernando Haddad. “Num cenário totalmente adverso, a presidente Dilma foi capaz de preservar os empregos e o poder de compra da classe trabalhadora”, afirmou. “O que querem os adversários? A volta ao passado? Ao neoliberalismo? Aos juros abusivos?” Haddad lembrou ainda que é legítimo que o PSDB busque empatar o placar das eleições presidenciais, mas propôs uma outra igualdade. “Nossos adversários ganharam duas eleições e perderam três, mas vamos dar a eles outro empate: dois mandatos para o presidente Lula e dois para a presidenta Dilma”.

Em seguida, falando por um dos aliados, o PSD, Alda Marco Antônio também sinalizou que não seria aceitável a substituição de Dilma por Lula. “Em nome das mulheres, digo que seria intolerável que a presidenta Dilma não tivesse a possibilidade de reeleição”, afirmou. Ao discursar em nome dos governadores, Jaques Wagner, da Bahia, também pediu apoio irrestrito a ela. “A Dilma é minha amiga. Mexeu com ela, mexeu comigo”, afirmou.

Presidente do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão foi além. Pediu que todos os filiados ao PT consagrassem Dilma como pré-candidata naquele momento – no que foi aplaudido. “O eleitorado quer mudança”, reconheceu Falcão. “Mas mudança com segurança é Dilma”. Falcão também alfinetou o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que seria seu “tutor”. “Eles prometem medidas impopulares e espero que no futuro não venham desdizer o que disseram”. Falcão também criticou a proposta de Eduardo Campos, de uma meta de inflação de 3%. “Isso significaria aumentar o desemprego em até 60%”. Por fim, assumiu ainda o compromisso por uma “Lei da Mídia Democrática”, contra o que chamou de distorções e manipulações da mídia, que seriam o principal instrumento da oposição.

A vez de Lula e Dilma

Após Rui Falcão, foi a vez de Lula, que começou elogiando o pronunciamento da presidente Dilma em Primeiro de Maio. “Você estava precisando de um discurso daqueles, os trabalhadores estavam precisando e o PT também”, afirmou. “Portanto, querida, faça mais”. Em seguida, passou a falar sobre Petrobras. “Não é aceitável que a elite brasileira queira destruir a imagem da maior empresa brasileira, que é a Petrobras”, disse Lula. “Desconfio até que tenha gente querendo fazer caixa de campanha em cima da Petrobras”.

Lula também mencionou José Dirceu, José Genoino, João Paulo Cunha e Delúbio Soares. “Enquanto se preocupam em veicular todos os dias notícias sobre os nossos companheiros que estão presos, o mensalão tucano, de fininho, voltou para Minas”, afirmou Lula. “A perseguição é contra o nosso partido. Eles não aceitam que façamos por esse país o que eles não fizeram em décadas”. Lula também apontou a imprensa como “o maior partido de oposição do País”.

Por fim, sepultou de vez o ‘volta, Lula’. “Não é possível admitir um outro candidato que não seja a Dilma. Às vezes, eu leio notas em jornais de coisas que eu nunca disse. Toda vez que surgem essas bobagens, nossos adversários é que tiram proveito. Não podemos brincar. Não podemos ter salto alto. Estamos com o jogo mais ou menos ganho. Mas todos achavam que o Bayern ia ganhar em Munique e perderam de quatro a zero”, afirmou. Lula antecipou viagens que fará, mas garantiu: “Depois, estarei por conta da campanha”.

O ex-presidente disse ainda que é hora de “voltar a falar grosso em nome do nosso partido”. No entanto, afirmou que é preciso trabalhar para recuperar imagem do PT e construir uma nova utopia. “Criamos um partido para ser diferente de tudo o que os outros faziam”, afirmou. “Mas hoje parece que o dinheiro resolve tudo.”

Lula também prometeu se engajar. “Dilminha, é só preparar a agenda, que o Lulinha estará ao seu lado para ganhar estas eleições”.

Por fim, a presidente Dilma encerrou o encontro. Em sua fala, começou exaltando o antecessor. “O senhor é o maior líder político que o Brasil construiu nos últimos anos”, afirmou. Em seguida, agradeceu a “combatividade” da militância e falou do desafio de representar o PT na campanha à reeleição. “Este ato para mim é simbólico e representa nossa confiança mútua. Foi o compromisso com o povo brasileiro que nos uniu e esse compromisso é inquebrantável”, disse ela.

Fonte: Terra

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