Um preso condenado à morte que recebeu uma injeção letal numa prisão em Oklahoma nesta terça-feira (30) agonizou durante 43 minutos e acabou morrendo de infarto. O motivo seria um problema na administração do medicamento, relançando o debate sobre os métodos utilizados para aplicar a pena capital.
Clayton Lockett, condenado pelo estupro e a morte de uma adolescente, sucumbiu a um infarto alguns minutos depois de o médico interromper sua execução por conta de efeitos colaterais. Treze minutos depois depois de receber a injeção letal na prisão de McAlester, ele levantou a cabeça e começou a balbuciar.
Uma testemunha relata que ele se torcia de dor logo depois de receber a injeção. O condenado acabou morrendo mais de 40 minutos depois, de um ataque cardíaco. Segundo um porta-voz da prisão, uma das veias do detento estourou e os medicamentos não surtiram efeito.
Há alguns anos, os laboratórios farmacêuticos europeus decidiram interromper o envio de drogas utilizadas nas execuções. Diante dessa dificuldade, o estado de Oklahoma tem buscado produtos alternativos para aplicar as penas de morte.
Os novos medicamentos estão sendo contestados pelos advogados dos condenados. A suspeita é que eles causem dor e desrespeitem as leis constitucionais contra tratamentos cruéis.
A execução de Clayton Lockett estava suspensa há várias semanas. Seus advogados impetraram um recurso pedindo que os produtos utilizados na injeção letal fossem identificados. A execução de Charles Warner, um outro detento, prevista antes de Clayton Lockett, também foi adiada para daqui a duas semanas.