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Futebol globalizado da Fifa afastou torcedores

 

REUTERS/Mike Segar
Alfredo Valladão

Quando a “pátria de chuteiras” do grande Nélson Rodrigues começa a utilizar o futebol e a própria Seleção para bradar reivindicações sociais não é só o país que vai mal, é também o futebol “globalizado” da FIFA que não tem quase mais nada a ver com as torcidas. Hoje, a Copa do Mundo é um acontecimento midiático global no qual o futebol é só um pretexto. O que conta são os rios de dinheiro dos contratos de televisão exclusivos, da propaganda dos diversos patrocinadores – os Nike, Adidas, marcas de cerveja, desodorantes ou barbeadores elétricos – dos “bichos” milionários, dos investimentos de prestígio para os políticos dos países organizadores, sem falar da corrupção e compra de votos na própria FIFA. É todo um ecossistema que vive às custas do talento dos craques e do entusiasmo dos torcedores.

Copa do Brasil excluiu o povão das arenas

Só que essa transformação do futebol em simples negócio, às vezes bastante sórdido, está ameaçando matar a galinha dos ovos de ouro. Isto é: a fidelidade da galera. Para começar, a Copa no Brasil está praticamente excluindo o povão das arenas. Os preços são tão caros que nem pobre nem remediado têm condições de comprar entradas. Sem falar no preço dos transportes aéreos internos que vai limitar a capacidade de assistir jogos longe de casa. Os turistas que vieram já com pacotes comprados vão se esbaldar. Mas até aí tudo bem, o pessoal vai sair em busca dos telões. Afinal de contas, na copa da Alemanha isso funcionou super bem criando um bom ambiente nas cidades alemães. Não é a mesma coisa, claro, mas não vai estragar a festa toda – sobretudo se os canarinhos estiverem jogando bem e ganhando.

O Brasil virou um exportador de jogadores

O problema é que até a identificação com a Seleção é mais complicada do que antigamente. Hoje, quase todos os craques brasileiros jogam no exterior: dos 23 convocados só 4 atuam em clubes nacionais – Atlético, Botafogo e Fluminense. O Brasil é um grande exportador de jogadores que são comprados cada vez mais jovens. Os melhores estão no elenco dos grandes clubes europeus e muitos viraram ídolos, na Espanha, na Itália, na França ou na Inglaterra. Os fabulosos times europeus são compostos quase inteiramente por estrangeiros e as torcidas se habituaram a torcer pelos jogadores do clube, independentemente da nacionalidade de cada um. A tal ponto que hoje o Barcelona, o Manchester United ou o Bayern têm fan-clube no mundo inteiro.

Até no Brasil, onde basta andar pela rua para ver gente com a camisa desses clubes. A torcida se globalizou. A maioria dos brasileiros só viu jogar os craques brasileiros na televisão. E pior ainda, os clubes no Brasil atraem pouquíssimos “cobras” estrangeiros. O país do futebol tem que se contentar com um relacionamento virtual com os melhores jogadores e melhores jogos do planeta. Isso obviamente não ajuda uma identificação forte com a Seleção que vira só um instrumento dentro de uma competição nacionalista onde é o “país” que tem de ganhar a qualquer custo contra outro “país”.

O futebol vai perdendo as suas características de arte, de jogo bonito e de simples esporte para se transformar em esquemas táticos dessas pseudo-guerras nacionalistas, onde o fervor das torcidas, por vezes agressivo e perigoso, é aproveitado por cartolas e patrocinadores. E isto é um fenômeno perceptível em todos os países que jogam bola.

Portanto, não surpreende que essa distância cada vez maior entre imagens televisivas que exaltam as paixões nacionalistas, e o amor pelo futebol e os craques, acabe abrindo espaço para a instrumentalização da Copa por todos os descontentes. A Copa não é mais vista como um grande jogo mas como um acontecimento político global, ideal para dar o máximo de repercussão às reclamações, reivindicações e esperanças de mudanças políticas e sociais. Mesmo se no final das contas, todo o mundo vai morrer de alegria se a Seleção ganhar, até os que manifestam contra.

Mas se o escrete tropeçar a Copa pode virar o que ela já é na realidade: uma queda de braço política. Há alguns anos atrás, a música do Edu Krieger pedindo desculpas ao Neymar por não torcer pela Seleção era inconcebível. Ela só foi possível com a globalização do futebol, a arrogância corrupta da FIFA e o descalabro da classe política na “pátria de chuteiras”. Mas tomara que venha o hexa!

Clique no ícone acima para ouvir a crônica O Mundo Agora de Alfredo Valladão, professor do Instituto de Estudos Políticos de Paris
 

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Com ataques à Fifa, Maradona estreia programa na Copa

O ídolo argentino Diego Maradona estreou na noite desta segunda-feira o seu programa na TV Telesur, emissora estatal venezuelana. A atração chamada “De Zurda” (De Canhota, em português) está sendo produzida no Centro Internacional de Imprensa, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

O programa é apresentado pelo narrador uruguaio Victor Hugo Morales. Em uma hora de programa, Maradona não poupou críticas à Fifa, falou de experiências suas na Copa do Mundo, e surpreendeu a muitos ao apontar o Brasil como candidato ao título. “Meu candidato ao título é o Brasil, tendo em conta que os candidator sempre caem”, disse, meio sério, meio rindo. À Fifa, Maradona disparou que a entidade está “matando o futebol”.

“A Fifa leva quatro bilhões de dólares com a Copa. O país campeão fica com 35 milhões de dólares. Está errado isso. A multinacional está acabando com a bola. Você, Blatter, não faz nada e está rico. Não é como Bill Gates, que trabalha. Você não faz nada!”, bradou o ex-jogador.

Segundo o argentino, a Copa do Mundo foi trazida ao Brasil por “pessoas ruins”.

“Não tenho dúvidas que o Brasil fará uma grande Copa. Mas não vamos nos esquecer das pessoas da Fifa. Que poder… que poder feio! A verdade é que não há clima para o Mundial. Torço por Dilma, mas este evento chegou aqui trazido por pessoas ruins”, afirmou.

Assim como Victor Hugo Morales, Maradona é um ferrenho defensor dos governos argentino de Kristina Kirchner e do venezuelano de Nicolás Maduro e do chavismo. Durante a transmissão, Maradona aproveitou para mandar “um beijo para Fidel Castro”.

Maradona já teve uma experiência anterior na TV argentina, onde durante 2005 apresentou o programa “La Noche del 10”. Já Morales ficou famoso por ter sido a voz que imortalizou as narrações do título mundial da Argentina na Copa de 1986, tendo inclusive batizado a expressão ‘barrilete cósmico’ no segundo gol de Maradona nas quartas de final contra a Inglaterra.

Fonte: Terra 

‘Figurões’ da Copa estampam postes em protesto contra Mundial

Correio Braziliense|Fávia Maia e Frederico Bottrel

09/06/2014 

A poucos dias do Mundial, intervenção urbana ironiza personalidades ligadas ao evento (Fred Bottrel/CB/DA Press)  
A poucos dias do Mundial, intervenção urbana ironiza personalidades ligadas ao evento


Cartazes com personalidades da Copa do Mundo no Brasil estão espalhados em postes de iluminação em Brasília. As imagens estampam caricaturas e críticas aos principais personagens ligados ao Mundial, chamados de “figurões” pelos cartunistas.

Entre os caricaturados estão o ex-jogador da Seleção Brasileira Ronaldo Fenômeno. Na imagem, ele aparece dando declarações polêmicas à imprensa e com o bolso cheio de dinheiro. A crítica decorre de recentes declarações do Fenômeno, membro do Comitê Organizador Local (COL), a respeito de desvio de dinheiro na Copa. O jogador afirmou estar de “saco cheio”. Em guinada política, ele pediu ainda que a população manifeste a indignação nas urnas, e não durante o Mundial.

Outro “figurão” retratado foi Jérôme Valcke. O secretário geral da Copa aparece no desenho como se tivesse levado um chute no traseiro. A imagem critica a declaração do secretário em março de 2012, na Inglaterra. Na ocasião, ele disse que a Copa no Brasil estava atrasada e muitas coisas não estavam funcionando: “O Brasil merece um chute no traseiro”.

João Havelange, ex-presidente da Fifa, é retratado como se fosse Dom Corleone, autoridade máxima de O poderoso chefão. O atual presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, aparece na caricatura como o imperador galáctico da série Star Wars.

 

Seleção Brasileira sobe para terceiro no ranking da Fifa

Estadão Conteúdo

N/A

 

A uma semana para o início da Copa do Mundo, a Fifa divulgou nesta quinta-feira a última atualização de seu ranking antes da competição. E o Brasil ganhou uma posição, subindo da quarta para a terceira colocação, com 1.242 pontos. O time de Luiz Felipe Scolari aparece atrás somente da Alemanha, que tem 1.300 pontos, e da Espanha, que segue na liderança, com 1.485.

Aos poucos, o País vai retomando o protagonismo no ranking, depois de ter caído para o 22.º lugar em junho de 2013. Para ganhar a terceira colocação, a seleção brasileira ultrapassou Portugal, que caiu para quarto, com 1.189 pontos. Completando os cinco primeiros colocados aparece a Argentina, que ganhou duas posições e chegou aos 1.175 pontos.

Outra seleção que subiu bastante foi a Suíça, que pulou de oitavo para sexto. Pior para o Uruguai, que caiu para sétimo e, principalmente, para a Colômbia. A equipe que chegará à Copa do Mundo abalada pelo corte de Falcao García perdeu três posições, mas segue entre as 10 primeiras, em oitavo.

A Itália não sofreu alterações no ranking e continua em nono, seguida da Inglaterra, que ganhou uma colocação e é a décima. Os ingleses ultrapassaram a Grécia, que caiu para o 12.º lugar.

Com esta definição, o Grupo H da Copa do Mundo, que conta com Bélgica, Argélia, Rússia e Coreia do Sul, é o único que não tem nenhuma seleção entre as dez primeiras do ranking. Os belgas, cabeças de chave, são os melhores colocados, aparecendo na 11.ª posição.

Por outro lado, o Grupo D se confirma como o mais forte segundo o ranking. Já classificada como “grupo da morte”, a chave é a única que tem três seleções entre as dez primeiras da lista: Uruguai, Itália e Inglaterra. Pior para a Costa Rica que é apenas a 28.ª colocada e deve sofrer no Mundial.

Confira as 20 primeiras colocações do ranking da Fifa:

1) Espanha – 1485 pontos

2) Alemanha – 1300 pontos

3) Brasil – 1242 pontos

4) Portugal – 1189 pontos

5) Argentina – 1175 pontos

6) Suíça – 1149 pontos

7) Uruguai – 1147 pontos

8) Colômbia – 1137 pontos

9) Itália – 1104 pontos

10) Inglaterra – 1090 pontos

11) Bélgica – 1074 pontos

12) Grécia – 1064 pontos

13) Estados Unidos – 1035 pontos

14) Chile – 1026 pontos

15) Holanda – 981 pontos

16) Ucrânia – 915 pontos

17) França – 913 pontos

18) Croácia – 903 pontos

19) Rússia – 893 pontos

20) México – 882 pontos

Procura por ingressos provoca tumulto em São Paulo

A Tribuna on-line

N/A

Um grande tumulto envolvendo pessoas que esperavam para comprar ingressos para a Copa do Mundo aconteceu na manhã desta quarta-feira no entorno Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo.

Eram cerca de 9h30 quando a Polícia Militar que estava no local para tentar organizar a fila fazia a chamada das pessoas com o uso de um alto-falante. Cerca de 250 pessoas esperavam para comprar um dos 180 mil ingressos que seriam disponibilizados pela Fifa. Alguns estavam no local desde a noite de terça-feira.

Segundo os torcedores, os ânimos ficaram exaltados quando uma funcionária da Fifa saiu com um alto falante informando que não havia mais ingressos para jogos do Brasil, jogos em São Paulo, finais, semifinais e a abertura da Copa. Ainda havia ingressos para outras partidas.

Polícia Militar tentou organizar a fila, mas houve confusão mesmo assim

Polícia Militar tentou organizar a fila, mas houve confusão mesmo assim

Perto das 9 horas, horário esperado para a abertura das bilheterias, várias entradas foram abertas, acabando com a fila única que os usuários tinham criado desde a noite de terça. Muita gente acabou brigando por achar que pessoas que haviam acabado de chegar entrariam primeiro. Houve empurra-empurra nas várias entradas abertas. Às 9h30, a Polícia Militar tentava reorganizar a fila com cavaletes e faixas improvisadas. Os usuários que passaram a madrugada na fila entregaram uma lista com o nome de quem estaria no local há mais tempo. Com um alto-falante, um policial chamava as pessoas pelo nome para liberar a entrada.

Lista de itens proibidos pela Fifa nos estádios inclui tablet e balões

Estadão Conteúdo

N/A

Fogos de artifício, instrumentos musicais, malas, bandeirões, guarda-chuva, lanches caseiros e líquidos de qualquer tipo. Nada disso poderá ser levado para os estádios durante os jogos da Copa do Mundo. As proibições estabelecidas pelo Código de Conduta da Fifa são inúmeras e incluem até bolas infláveis e tablets.

Os torcedores devem ficar atentos, principalmente, em relação a objetos volumosos. O documento da Fifa explica que eles são todos os itens que não podem ser guardados embaixo dos assentos nos estádios, ou seja, aqueles que tiverem medidas superiores a 25 cm de altura, 25 cm de largura e 25 cm de profundidade.
 
Cartazes e bandeiras, por exemplo, só serão permitidos nas dimensões de até 2 m por 1,50 m. Mas não é só isso. Eles precisam ser feitos “de material considerado pouco inflamável”. Já os mastros de bandeiras têm que ser de plástico flexível.
 
Farinha, rolo de papel e escada
 
A lista de restrições inclui ainda latas de spray, estimulantes, grandes quantidades de pó, farinha e similares, rolos de papel, animais (exceto cães-guia), guarda-sol, escadas, cadeiras, vuvuzelas, instrumentos que produzam barulho excessivo e qualquer dispositivo que faça fumaça.
 
Além dos objetos nominalmente descritos na lista, o Código de Conduta garante ainda à Fifa o direito de proibir qualquer item que possa comprometer a segurança pública ou prejudicar a reputação do evento. Na prática, os seguranças poderão avaliar na hora dos jogos o que entra e o que não entra nas arenas.
 
Idec aponta trechos confusos
 
Em alguns pontos, o documento é contraditório ou, no mínimo, confuso. Diz que isqueiros comuns de bolso para cigarros são permitidos. Mas, no capítulo sobre “Bom senso nos estádio”, afirma que “fumar é proibido em todas as áreas” das arenas.
 
“O documento não tem a clareza que deveria ter”, critica Claudia Almeida, advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). “O que a gente conclui é que a Fifa não é muito boa de fazer regulamento, porque há coisas que não fazem o menor sentido”, continua. “Se é bom senso, não pode ser proibido. E se eu não posso fumar, por que posso entrar [no estádio] com isqueiro?”
 
A lista não cita nominalmente bexiga, mas veta “bolas infláveis”, independente do tamanho.
 
Câmeras e tablets
 
Para o Idec, outro trecho confuso é o que diz respeito à proibição de câmeras e computadores.
 
As regras da Fifa dizem que é vetada a entrada de “câmeras (exceto para uso privado e, neste caso, com apenas um conjunto de pilhas sobressalentes ou recarregáveis)” e “quaisquer tipos de câmeras de vídeo ou outros equipamentos de gravação de som e vídeo”. Na sequência, afirmam que estão proibidos os “computadores pessoais e outros dispositivos (incluindo, por exemplo, laptops ou PC tablets) usados para os fins de transmissão ou disseminação de sons, imagens, descrições ou resultados dos eventos pela internet ou outros meios”.
 
“Se eu não usar o tablet para transmissão, então eu posso [levá-lo para o jogo]? Não está claro pelo que a gente lê”, afirma a advogada. “Praticamente tudo o que um tablet faz qualquer smartpone, que não está vetado, pode fazer. Não tem muita coerência”, opina.
 
Procurada pelo G1, a Fifa confirmou que tablet e bexiga estão entre os itens proibidos, mas não deu mais esclarecimentos, dizendo que o Código de Conduta é “claro” sobre o que pode ou não pode nos estádios.
 
O instituto lembra que todos os torcedores que compraram ingressos concordaram em seguir o Código de Conduta da Fifa e afirma que, embora a falta de clareza viole o Código de Defesa do Consumidor (CDC), a orientação é seguir as regras da Fifa. Por se tratar de uma lei específica, ela pode ser interpretada como superior ao CDC.
 
Orientação para o consumidor
 
Para ajudar o torcedor-consumidor, o Idec reuniu dicas e alertas na cartilha “De Olho na Copa”.
 
“Há dúvidas que só a Fifa pode esclarecer. Mas a nossa orientação é que o consumidor procure obedecer tudo o que entender para evitar transtornos”, diz Claudia Almeida. “Nossa preocupação é ajudar a divulgar as regras de conduta para que o consumidor não sofra constrangimento”, afirma a representante do Idec.
 
Um dos principais alertas do Idec é que o torcedor evite ir aos estádios com mala ou mochilas grandes, para não correr o risco de não ter onde deixar a bagagem e ser barrado na entrada.
 
Embora a maior parte dos eventuais problemas só possam ser resolvidos diretamente com a Fifa, o Idec diz que o consumidor “pode e deve requerer seus direitos no Poder Judiciário caso tenha algum prejuízo”.
 
O governo federal também lançou, em 27 de maio, o Guia para o Consumidor Turista na Copa do Mundo, que traz informações sobre os direitos dos consumidores durante a Copa e orientações para registrar reclamação em caso de violação.

Michel Platini é acusado de envolvimento no escândalo “Catargate”

Michel Platini classificou as revelações do Daily Telegraph como “sem fundamento” e com objetivo de sujar sua imagem.

Michel Platini classificou as revelações do Daily Telegraph como “sem fundamento” e com objetivo de sujar sua imagem|

AFP PHOTO / KARIM JAAFAR|RFI

Após as revelações do jornal britânico Sunday Times no último fim de semana sobre a existência de documentos que provam que o Catar teria pago propina para sediar a Copa do Mundo de 2022, um outro diário inglês faz novas acusações nesta terça-feira (3). O Daily Telegraph aponta que a França e um dos ícones do futebol do país e atual presidente da União das Federações Européias de Futebol (Uefa), Michel Platini, estariam envolvidos no escândalo.

Um novo elemento endossa o escândalo do pagamento de mais de € 5 milhões de propinas pelo ex-vice-presidente da Fifa, o catariano Mohamed bin Hamman, para personalidades influentes do futebol com o objetivo de eleger o Catar como sede do Mundial de futebol de 2022. De acordo com a edição de hoje do Daily Telegraph, Platini teria se encontrado secretamente em 2010 com Hamman, na época presidente da Confederação Asiática de Futebol.

Através de um comunicado, Platini classificou as informações como “sem fundamento” e com objetivo de sujar sua imagem. No entanto, ele reconhece ter encontrado o ex-vice-presidente da Fifa várias vezes, já que ambos integravam o Comitê Executivo da Fifa. Platini explica que neste encontro específico citado pelo jornal inglês, Hamman queria convencê-lo de disputar a presidência da Fifa.

“Não estou surpreso com a divulgação destes rumores sem fundamento que visam sujar minha imagem em um momento importante para o futuro do futebol. Mais nada me surpreende!”, escreve o presidente da Uefa, referindo-se à sua candidatura à liderança da Fifa, que deve ser apresentada pelo atual presidente da organização, Joseph Blatter, na próxima semana.

Apoio explícito

O ex-jogador francês nunca escondeu seu apoio explícito ao Catar para abrigar a Copa de 2022 e diz que o fez de forma independente. “É a prova total da minha transparência e que ninguém dita a minha conduta”, diz.

Platini também não nega ter participado de um jantar no Palácio do Eliseu, a convite do então presidente francês Nicolas Sarkozy, com a presença do emir do Catar, Sheikh Hamad bin Khalifa al-Thani, mas nega que isso o tenha pressionado. “Eu afirmo categoricamente que o ex-presidente Sarkozy não me pediu que eu votasse no Catar como sede do Mundial de 2022, nem antes, nem durante, nem após este encontro”, ratifica.

Joseph Blatter afirmou recentemente não se surpreender com esta reunião e reconheceu ter sido informado da realização da mesma “em toda a transparência”.

Nova eleição

Sunday Times afirma ter tido acesso a e-mails, documentos e transferências bancárias que comprovam a manobra financeira de Hammam para garantir a eleição do Catar. As revelações do último fim de semana aumentaram a pressão para que a Fifa organize uma nova eleição para a sede da Copa do Mundo de 2022.

A Austrália, uma das candidatas derrotadas, classificou de “graves” as acusações de corrupção na polêmica escolha do Catar e disse estar pronta para se apresentar a um novo páreo. O governo e autoridades futebolísticas da Grã-Bretanha também defendem um novo voto, caso as suspeitas da imprensa britânica sejam confirmadas.

Federações pedem novas eleições para sede da Copa de 2022

O catariano Mohamed bin Hammam, ex-vice presidente da FIFA.

O catariano Mohamed bin Hammam, ex-vice presidente da FIFA|

Reprodução Youtube / Al Jazeera|RFI

Nesta segunda-feira (2), cresceu a pressão para que a FIFA organize uma nova eleição para a sede da Copa do Mundo de 2022. A Austrália, uma das candidaturas derrotadas, classificou de “graves” as acusações de corrupção na polêmica escolha do Catar e se disse pronta a apresentar-se num novo páreo. O governo e autoridades futebolísticas da Grã-Bretanha também defenderam um novo voto, caso sejam confirmadas as suspeitas levantadas pelo jornal Sunday Times.

De acordo com uma reportagem publicada no domingo pelo diário britânico, o catariano Mohamed bin Hammam, ex-vice presidente da FIFA, pagou mais de 5 milhões de euros em propinas para que personalidades influentes do futebol apoiassem a candidatura do emirado. O Sunday Times afirma ter tido acesso a e-mails, documentos e transferências bancárias, que comprovam a manobra financeira de bin Hammam para garantir a eleição.

As acusações foram rechaçadas pela autoridade futebolística do Catar, que garantiu, ainda no domingo, que defenderá a integridade da disputa e colaborará para que todas as suspeitas de corrupção sejam esclarecidas. Em nota, Doha garantiu que Mohamed bin Hammam não teve nenhum papel “oficial ou oficioso” em sua escolha como sede.

Na época da eleição, em 2010, o cartola acumulava a função de presidente da Confederação Asiática de Futebol, mas foi permanentemente afastado dos dois cargos em 2011, depois de ser flagrado tentando comprar votos para ser eleito presidente da FIFA.

Maus perdedores

Correram boatos pela imprensa de que o advogado americano Michael Garcia, que conduz uma investigação sobre a eleição da sede, teria uma reunião com oficiais do Catar em Oman, nesta segunda-feira. O encontro, no entanto, não foi confirmado oficialmente.

Em entrevista a uma rádio de Melbourne, o presidente da Federação australiana (FFA) afirmou que o órgão está ativamente envolvido na investigação sobre corrupção na FIFA e que forneceu uma série de documentos e entrevistas a Garcia. Seu relatório será apresentado no fim do ano ao comitê de ética da entidade máxima do futebol mundial. Garcia também investiga a escolha da Rússia como sede da Copa de 2018. A Inglaterra foi uma das candidatas derrotadas na ocasião.

Para o ex-presidente da Federação Russa, Vyacheslav Koloskov, as suspeitas sobre 2018 não passam de choro de mau perdedor. “Temos que levar em conta que os ingleses começaram essa nova onda de caça às bruxas. Eles já tentaram acusar a Rússia e outros países. Mas a verdade é que eles simplesmente não aceitam ter perdido a corrida para sediar o Mundial. Três anos e meio se passaram desde os votos. Eles tiveram tempo de sobra para apresentar provas, se eles tivessem alguma coisa real”, alfinetou.

À espera de fatos

Os outros derrotados na disputa para sediar o mundial de 2022 aguardam os desdobramentos do caso para se pronunciar. Os Estados Unidos, eliminados pelo Catar por 14 votos a oito na última rodada da eleição, ainda não fizeram qualquer comentário. O Japão, primeiro eliminado, também não se posicionou, mas já havia dito anteriormente que apresentaria nova candidatura em caso de problemas com a escolha do emirado. A Coreia do Sul, descartada no terceiro turno, disse que só tomará uma decisão quando houver “fatos confirmados”.

Da Irlanda do Norte, o vice-presidente da FIFA, Jim Boyce, afirmou que apoiará uma nova eleição, caso apareçam “evidências concretas” de corrupção. Greg Dyke, presidente da Associação Inglesa de Futebol, seguiu a mesma linha.

Importância continental

O presidente da Confederação Asiática de Futebol (AFC), o sheik Salman bin Ebrahim al Khalifa, se disse preocupado com as acusações, mas apoiou a candidatura catariana, afirmando que “o fato de a Ásia e, especialmente, o Oriente Médio, sediar uma Copa do Mundo da FIFA significa muito para o continente”. Ele disse torcer para que a Copa de 2022 no Qatar seja um sucesso.

Quando o riquíssimo emirado do Golfo Pérsico foi escolhido, houve uma série de reações negativas. Primeiro por conta do calor escaldante que faz no país durante o verão. O presidente da FIFA, Joseph Blatter, chegou a cogitar a mudança no calendário para que o evento acontecesse durante o inverno do hemisfério norte. Os críticos da escolha também lembraram a falta de tradição futebolística do país. 

Prepare o bolso: Comes e bebes nos estádios não vai sair barato

DIÁRIO DA MANHÃ|ANA CLÉIA DE SOUZA

A Fifa divulgou os preços dos produtos nos estádios, os valores foram reajustados se comparados ao da Copa das Confederações, no ano passado. A tabela das lanchonetes oficiais da Copa do Mundo permanecem com estes valores de 12 de junho quando inicia o campeonato até 13 de julho, quando termina.

Confira o valor dos produtos mais consumidos

Refrigerante, garrafa de 600 ml R$ 8;

Foto: Divulgação/Internet

Foto: Divulgação/Internet

Porção de 100 gramas de batata-frita R$ 8;

Foto: Divulgação/Internet

Foto: Divulgação/Internet

O pacote de pipoca R$ 10 (A Fifa não divulgou a quantidade do produto);

FIFA terá um lote especial de ingressos à venda

OS INGRESSOS estarão à venda no site oficial da Fifa e nos centros de distribuição nas 12 cidades-sede.

Às vésperas da Copa do Mundo, o torcedor que ainda não tem ingressos para o maior evento do futebol mundial ganhou mais uma esperança. O diretor de marketing da FIFA, Thierry Weil, afirmou na última sexta-feira, no Rio de Janeiro, que a entidade vai colocar mais um lote de bilhetes para o Mundial à venda, no dia 1º de junho, em seu site oficial e nos centros de distribuição instalados em todas as 12 cidades-sede.

O lote será composto por ingressos que a FIFA guardou como segurança porque não tinha certeza da capacidade exata de estádios que só foram inaugurados recentemente. “Ainda estamos fazendo um levantamento do número de assentos que vamos ofertar em Curitiba, Cuiabá, Porto Alegre e São Paulo. Quando tivermos este número, colocaremos à venda os bilhetes restantes. Provavelmente isso vai ocorrer no dia 1º de junho”, afirmou Weil. “Haverá ingressos até para um jogo do Brasil (a abertura da Copa).”
Ainda não há uma quantidade de ingressos definida. Weil acredita que será “um número considerável”. O diretor de marketing da FIFA afirmou ainda que a Copa do Mundo no Brasil terá 400 mil ingressos a mais que a África do Sul à disposição dos torcedores. “Fizemos um esforço grande para que a quantidade de ingressos que os fãs têm à disposição seja o maior possível. Acho que chegamos a uma situação satisfatória.”
O dirigente fez um alerta para que os torcedores evitem comprar ingressos fora dos postos da FIFA. “Só há duas formas legais de se adquirir bilhetes para a Copa: no site fifa.com ou nos centros de distribuição. A melhor coisa é pedirmos às pessoas que não comprem entradas fora destes meios e comuniquem à FIFA quando souberem de ingressos sendo vendidos no mercado negro.”
Haverá uma equipe em cada portão dos estádios para evitar que as pessoas entrem com ingressos falsificados ou adulterados. “Não podemos controlar todas as pessoas. Se detectarmos algum problema, vamos agir. Quando as pessoas chegarem aos estádios, há grandes chances de os tíquetes serem apreendidos”, garante Weil.
Segundo a FIFA, já foram vendidos 2,75 milhões de ingressos para a Copa do Mundo. Desse total, cerca de 570 mil já foram retirados e outros 535 mil enviados para torcedores pelo correio.

 

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