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Milhares protestam contra suposta fraude eleitoral no Afeganistão

AFP – Agence France-Presse

21/06/2014 

Mais de mil manifestantes percorreram Cabul neste sábado em protesto contra supostas fraudes nas eleições presidenciais afegãs, aprofundando, assim, a crise iniciada por Abdullah Abdullah, o candidato mais votado no primeiro turno, que denuncia irregularidades flagrantes.

“Defenderemos nosso voto até a última gota de sangue”, afirmavam os cartazes dos manifestantes que caminhavam por Cabul, antes de se dispersarem sem incidentes.

O segundo turno das presidenciais afegãs, realizadas no dia 14 de junho, desencadeou uma crise, apesar de ter transcorrido sem grandes problemas.

Estas eleições são muito importantes, depois de mais de 12 anos de presidência de Hamid Karzai, que dirigiu o país desde a queda dos talibãs, em 2001. Soma-se o fato de as tropas da Otan planejarem deixar o Afeganistão até o fim do ano.

Este contexto preocupa a comunidade internacional, principalmente devido ao aumento de tensão entre os partidários dos dois rivais: Abdullah Abdullah, o mais votado no primeiro turno de 5 de abril, com 45% dos votos, e Ashraf Ghani (31,6%).

Neste sábado, em uma coletiva de imprensa em Cabul, o chefe adjunto da missão das Nações Unidas no Afeganistão, Nicholas Haysom, afirmou que o “fato de expressar sua preocupação é um direito perfeitamente democrático”, mas advertiu que uma explosão de violência pode “provocar uma espiral de instabilidade”.

Asar Hakimi, um dos principais organizadores do protesto, afirmou que a manifestação foi organizada “para demonstrar que o povo não irá ignorar a fraude maciça que minou a credibilidade das eleições”.

“Tememos que uma fraude em tal escala, sem precedentes, desanime a comunidade internacional, que entregou dinheiro e derramou sangue para ajudar o Afeganistão a se erguer”, disse.

Hakimi informou as três reivindicações dos manifestantes: afastar os que organizaram a fraude, criar uma comissão apoiada pela comunidade internacional para tratar este problema e invalidar os votos fraudulentos.

Os manifestantes não se apresentam como partidários de Abdullah e afirmam que se trata de um movimento “pela democracia e contra a fraude” para proteger “as conquistas dos últimos 12 anos”, mas na realidade suas reivindicações coincidem com as do candidato.

Voto fraudulento

Abdullah anunciou nesta semana que boicotava a comissão eleitoral independente e que está disposto a rejeitar qualquer resultado anunciado por este organismo, por suspeitas de que houve fraude contra ele.

Abdullah considera muito alto o número de 7 milhões de eleitores no segundo turno de um total de 13,5 milhões de inscritos, anunciado pela comissão eleitoral independente, e o considera uma prova de que ocorreram votos fraudulentos.

Abdullah diz ter perdido a confiança nas instituições eleitorais. Seus partidários acusam Ghani e o presidente Karzai da situação atual.

No entanto, não quis jogar lenha na fogueira e nesta semana pediu aos seus simpatizantes que “respeitem as leis afegãs e os interesses nacionais”.

Ghani nega as acusações e as considera uma falta de respeito com seus eleitores.

Karzai se mostrou conciliador e na sexta-feira se posicionou pela primeira vez para aprovar uma mediação da ONU proposta por Abdullah para encontrar uma solução para a crise.

Os resultados preliminares destas eleições estão previstos para 2 de julho e a proclamação do nome do novo presidente para o dia 22 do mesmo mês.

Ex-diretor de campanha de Sarkozy confessa fraude e derruba direção do partido UMP

Ex-diretor-adjunto da campanha de Sarkozy em 2012, Jérôme Lavrilleux, chora durante entrevista ao canal BFM-TV, ao relatar fraudes na contalibidade do partido.

Ex-diretor-adjunto da campanha de Sarkozy em 2012, Jérôme Lavrilleux, chora durante entrevista ao canal BFM-TV, ao relatar fraudes na contalibidade do partido|Reprodução Youtube

O líder do partido conservador UMP, Jean-François Copé, anunciou sua demissão do cargo nesta terça-feira (27), pressionado depois que seu chefe de gabinete, Jérôme Lavrilleux, confessou chorando, ontem à noite na televisão, que o partido emitiu cerca de 11 milhões de euros (33,3 milhões de reais) de notas frias durante a campanha de Nicolas Sarkozy em 2012. Na época da fraude, Lavrilleux ocupava o cargo de diretor-adjunto da campanha presidencial.

Adriana Moysés e Elcio Ramalho

O novo escândalo de suspeita de financiamento ilegal da campanha do ex-presidente está sendo chamado de Bygmalion, nome da empresa de comunicação que emitiu as notas frias. O esquema, segundo denúncias, serviu para desviar gastos exorbitantes da campanha de Sarkozy, que eram limitados por lei a 22,5 milhões de euros. A fraude também teria beneficiado financeiramente os donos da Bygmalion, amigos de Copé.

Em entrevista ao canal de BFM-TV, na noite desta segunda-feira, o ex-diretor-adjunto da campanha de Sarkozy admitiu que o partido utilizou notas frias da Bygmalion para justificar despesas de comícios e deslocamentos do ex-presidente que ultrapassavam o teto autorizado pela lei. Chorando diante das câmeras de TV, Lavrilleux assumiu a responsabilidade pela fraude e explicou que foi vítima de “uma engrenagem que foi longe demais”. Lavrilleux tentou inocentar Sarkozy e Copé, dizendo que eles não tinham conhecimento do esquema.

A empresa Bygmalion chegou a emitir notas frias em nome de deputados que sequer tinham conhecimento da fraude. Furiosos, eles exigiram a demissão de Copé. Na manhã de hoje, em uma reunião extraordinária do diretório do partido, Copé jogou a toalha. Ele anunciou sua demissão e de toda a cúpula do partido. A medida será efetiva no dia 15 de junho.

A confissão pública de Lavrilleux levou a polícia a realizar uma devassa na sede do partido. Uma dezena de policiais passaram a madrugada recolhendo documentos na sede da UMP e nas casas de personalidades citadas no escândalo.

Amigos relatam descontentamento de Sarkozy com as acusações

O tesoureiro da campanha de Sarkozy, Philippe Briand, nega qualquer problema nas contas apresentadas pelo ex-presidente. No entanto, em julho do ano passado, o Conselho Constitucional já havia apontado irregularidades no valor de 400 mil euros nas contas do partido. Por conta disso, a UMP deixou de receber 10 milhões de euros do financiamento oficial previsto pelo Estado. Para cobrir o rombo no caixa, a legenda realizou uma campanha de arrecadação excepcional de fundos junto dos militantes.

Sarkozy ainda não comentou o caso Bygmalion. Mas amigos do ex-presidente dizem que ele está profundamente “descontente” que seu nome seja associado à fraude das notas frias.

O advogado da empresa Bygmalion declarou que as notas falsas foram apresentadas a pedido da UMP.

Diante do escândalo e da demissão da cúpula do partido, ficou definido que três ex-premiês franceses – François Fillon, Jean-Pierre Raffarin e Alian Juppé – vão comandar a legenda até a realização de um Congresso extraordinário do partido no segundo semestre.

Quanto a Jérôme Lavrilleux, ele foi eleito deputado pela UMP no Parlamento Europeu, no último domingo, e espera se beneficiar da imunidade parlamentar.

 
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Ex-diretor de campanha de Sarkozy confessa fraude e derruba direção do partido UMP

Ex-diretor-adjunto da campanha de Sarkozy em 2012, Jérôme Lavrilleux, chora durante entrevista ao canal BFM-TV, ao relatar fraudes na contalibidade do partido.

Ex-diretor-adjunto da campanha de Sarkozy em 2012, Jérôme Lavrilleux, chora durante entrevista ao canal BFM-TV, ao relatar fraudes na contalibidade do partido.

Reprodução Youtube

O líder do partido conservador UMP, Jean-François Copé, anunciou sua demissão do cargo nesta terça-feira (27), pressionado depois que seu chefe de gabinete, Jérôme Lavrilleux, confessou chorando, ontem à noite na televisão, que o partido emitiu cerca de 11 milhões de euros (33,3 milhões de reais) de notas frias durante a campanha de Nicolas Sarkozy em 2012. Na época da fraude, Lavrilleux ocupava o cargo de diretor-adjunto da campanha presidencial.

 

Adriana Moysés e Elcio Ramalho

O novo escândalo de suspeita de financiamento ilegal da campanha do ex-presidente está sendo chamado de Bygmalion, nome da empresa de comunicação que emitiu as notas frias. O esquema, segundo denúncias, serviu para desviar gastos exorbitantes da campanha de Sarkozy, que eram limitados por lei a 22,5 milhões de euros. A fraude também teria beneficiado financeiramente os donos da Bygmalion, amigos de Copé.

Em entrevista ao canal de BFM-TV, na noite desta segunda-feira, o ex-diretor-adjunto da campanha de Sarkozy admitiu que o partido utilizou notas frias da Bygmalion para justificar despesas de comícios e deslocamentos do ex-presidente que ultrapassavam o teto autorizado pela lei. Chorando diante das câmeras de TV, Lavrilleux assumiu a responsabilidade pela fraude e explicou que foi vítima de “uma engrenagem que foi longe demais”. Lavrilleux tentou inocentar Sarkozy e Copé, dizendo que eles não tinham conhecimento do esquema.

A empresa Bygmalion chegou a emitir notas frias em nome de deputados que sequer tinham conhecimento da fraude. Furiosos, eles exigiram a demissão de Copé. Na manhã de hoje, em uma reunião extraordinária do diretório do partido, Copé jogou a toalha. Ele anunciou sua demissão e de toda a cúpula do partido. A medida será efetiva no dia 15 de junho.

A confissão pública de Lavrilleux levou a polícia a realizar uma devassa na sede do partido. Uma dezena de policiais passaram a madrugada recolhendo documentos na sede da UMP e nas casas de personalidades citadas no escândalo.

Amigos relatam descontentamento de Sarkozy com as acusações

O tesoureiro da campanha de Sarkozy, Philippe Briand, nega qualquer problema nas contas apresentadas pelo ex-presidente. No entanto, em julho do ano passado, o Conselho Constitucional já havia apontado irregularidades no valor de 400 mil euros nas contas do partido. Por conta disso, a UMP deixou de receber 10 milhões de euros do financiamento oficial previsto pelo Estado. Para cobrir o rombo no caixa, a legenda realizou uma campanha de arrecadação excepcional de fundos junto dos militantes.

Sarkozy ainda não comentou o caso Bygmalion. Mas amigos do ex-presidente dizem que ele está profundamente “descontente” que seu nome seja associado à fraude das notas frias.

O advogado da empresa Bygmalion declarou que as notas falsas foram apresentadas a pedido da UMP.

Diante do escândalo e da demissão da cúpula do partido, ficou definido que três ex-premiês franceses – François Fillon, Jean-Pierre Raffarin e Alian Juppé – vão comandar a legenda até a realização de um Congresso extraordinário do partido no segundo semestre.

Quanto a Jérôme Lavrilleux, ele foi eleito deputado pela UMP no Parlamento Europeu, no último domingo, e espera se beneficiar da imunidade parlamentar.

RS: 2 empresários são presos em ação contra fraude no leite

Nesta quinta-feira, quando se completa um ano da Operação Leite Compen$ado no Rio Grande do Sul, o Ministério Público deflagrou a quinta fase das investigações. Mais três pessoas foram presas por fraude no leite no Estado: os proprietários da Pavlat, Ércio Vanor Klein; da Hollmann, Sérgio Seewald; e o funcionário responsável pela política leiteira da Hollmann, Jonatas William Krombauer. 

De acordo com as investigações, ficou comprovado que os três davam ordens para que subordinados corrigissem a acidez do leite que já estava se deteriorando. Para isso, eram adicionadas substâncias como citrato, soda cáustica, bicarbonato de sódio, água oxigenada, entre outras. 

Dados da Receita Estadual apontaram que os investigados adquiriram esses produtos químicos em larga escala. A fraude foi detectada em 91 laudos feitos regularmente pelo Ministério da Agricultura (Mapa).

Segundo o Ministério Público, no caso da Hollmann, em amostras de leite cru refrigerado, foi constatado, além da adição de água, a possível comercialização do produto em estado de deterioração, devido à alta acidez provocada pela proliferação de microorganismos. Já nas amostras de leite UHT da Pavlat, vendidos em Florianópolis (SC), foi percebido que, mesmo dentro da validade, o produto já estava em estado de decomposição. Todos os referidos lotes da Pavlat foram retirados do mercado.

Além das três prisões, foram cumpridos hoje, ao todo, 15 mandados de busca e apreensão nas cidades gaúchas de Paverama, Imigrante, Teutônia, Arroio do Meio, Encantado, Venâncio Aires, Marques de Souza, Travesseiro, Novo Hamburgo e Cruzeiro do Sul. Também foram expedidos mandados de apreensão para 34 caminhões que foram usados para transportar o leite adulterado. 

Para a juíza de Teutônia, Patricia Stelmar Netto, que concedeu os mandados, “trata-se de um envenenamento em massa, beirando ao genocídio, contra os consumidores de leite e seus derivados, um crime hediondo, com consequências graves e sérias à população”. A operação está sendo feita com apoio da Receita Estadual, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Brigada Militar. 

Balanço da Operação Leite Compen$ado

Em um ano, a Operação Leite Compen$ado já atuou em outras 14 cidades em que a fraude no leite foi detectada. Nas quatro fases, 13 pessoas foram presas e 26 denunciadas – 15 na primeira fase, seis na segunda, quatro na terceira e uma na quarta fase.

Dos presos, quatro estão soltos – dois por meio de liberdade provisória e outros dois por habeas corpus. Em relação às apreensões, foram 32 caminhões – usados para o transporte do produto já adulterado – e dois automóveis – obtidos com o produto do crime.

Fonte: Terra 

Médico abandona plantão e deixa namorada em seu lugar

DIÁRIO DA MANHÃ|HÉLIO LEMES

Durante plantão em um Hospital de Capetinga-MG, um médico deixou o seu posto e colocou a namorada, Amanda, que é estudante de medicina em seu lugar. Segunda a prefeitura, o clínico-geral deixou a função para prestar atendimento em outra unidade de saúde.

Ao menos 75 pacientes foram atendidos pela falsa médica, entre crianças, idosos e gestantes. O caso só foi descoberto depois que a estudante se negou a fazer o atendimento a Milton César Oliveira, que precisava de 15 pontos no braço direito.

Reprodução

Reprodução

A Secretaria de saúde de Capetinga descobriu que a mulher não era médica e o caso foi registrado pela Polícia como exercício ilegal da profissão. Após o caso a diretora e secretária do hospital foram exonerados de seus cargos.

 

Claro sofre fraude de R$ 2 milhões

Cerca de 5 mil ligações sem o conhecimento do dono a linha teriam sido efetuadas no país, sendo 4 mil geradas em Mato Grosso 

Diário de Cuiabá com Assessoria

ImagemA Polícia Civil investiga uma fraude de cerca de R$ 2 milhões praticada contra a operadora de telefonia móvel “Claro”. Cerca de 5 mil operações fraudulentas teriam ocorrido em todo o Brasil e 4 mil geradas de Mato Grosso, utilizando número de celulares ativos, sem o conhecimento do dono da linha, para efetuar ligações usando um chip virgem. 

A investigação é conduzida pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), de Cuiabá, que ontem (16.04), cumpriu 11 mandados de busca e apreensão em residências de funcionários e ex-funcionários terceirizadas de lojas da empresa, que tinham login’s e senhas utilizadas nas operações fraudulentas. “As investigações continuam visando descobrir a real participação de cada um na fraude, bem como a rede de relacionamento dos mesmos. Vamos tentar descobrir quem eram as pessoas beneficiadas pela fraude, uma vez que grande parte das ligações era realizada para o exterior”, disse o delegado Fausto José Freitas da Silva. 

A fraude consistia em transferir o número de um cliente ativo da Claro para um chip virgem, que estava em poder de uma terceira pessoa que passava a fazer ligações livremente, geralmente no período noturno e para o exterior. Pela manhã o procedimento era revertido e o celular do cliente voltava a funcionar normalmente. Muitos nem chegaram a reclamavam na operadora, pois a linha retornava a fazer ligações antes que o problema fosse detectado. 

Em muitos casos, os valores decorrentes das ligações realizadas pelos terceiros nem eram repassados aos clientes, pois a claro identificava a fraude e assumia o prejuízo. Mesmo que houvesse reclamação do cliente, o valor era estornado das contas. A empresa acionou a Polícia Civil, após auditoria realizada no sistema identifica os logins utilizados para realizar os procedimentos fraudulentos. 

As buscas foram realizadas nas casas de funcionários e ex-funcionários terceirizados contratados por quatro lojas, três em Cuiabá e uma Várzea Grande. Eles são apontados pela empresa como os donos das senhas e logins, usados nos furtos do serviço de telefonia da operadora. Porém, após oitivas dos empregados, o delegado Fausto José Freitas da Silva descobriu que as senhas de acesso ao sistema da operadora eram compartilhadas e por conta disso outras pessoas diretamente contratadas pela empresa podem estar envolvidas. 

Durante as buscas, os policiais apreenderam computadores, notebooks, celulares e chips, os quais serão encaminhados para a realização de perícia. 

A Polícia Civil investiga se houve interceptação das senhas antes de chegar aos empregados, apontados como suspeitos de envolvimento no esquema furto de serviço de telefonia da Claro e desvio de chip’s virgens. Uma vez identificados, os verdadeiros envolvidos podem responder por furto e também estelionato.