O ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, disse nesta terça-feira (17) que “as condições estão reunidas para que a embaixada britânica reabra as portas em Teerã.” Um sinal da normalização das relações bilaterais entre os países, rompidas em 2011.
“Por enquanto, os iranianos devem continuar a pedir o visto para a Grã-Bretanha em Abu Dhabi e em Istambul”, declarou. “O Irã é um país importante em uma região extremamente volátil. Manter as embaixadas em funcionamento, mesmo em condições difíceis, é uma das prioridades da diplomacia britânica”, disse.
O anúncio da reabertura da embaixada confirma a normalização das relações bilaterais entre os dois países, no momento em que o Irã se diz pronto para contribuir aos esforços para enfrentar a crise no Iraque. “O papel do Irã sempre foi de intolerância e de divisão na região, mas agora pode se tornar positivo, ressaltou o chanceler britânico”. Londres também confirmou ter discutido com os iranianos a respeito da crise iraquiana.
A tensão entre os dois países já havia diminuído depois da eleição, em junho de 2013, do presidente iraniano Hassan Rohani, mais moderado que seu predecessor, Mahmoud Ahmadinejad. No dia 20 de fevereiro, o Irã e a Grã-Bretanha anunciaram a retomada das relações diplomáticas e hastearam simbolicamente a bandeira nacional em suas representações em Londres e Teerã.
No sábado passado, William Hague e o chanceler iraniano, Javad Zarif, discutiram pelo telefone sobre a necessidade de “aprofundar as relações bilaterais entre Reino Unido e Irã.” Depois de uma grave crise bilateral no fim de 2011, os dois países estavam à beira da ruptura.
Em novembro do mesmo ano, a embaixada britânica em Teerã foi saqueada por manifestantes que protestaram contra o anúncio de novas sanções de Londres contra o país, em reação ao programa nuclear. Em represália, a embaixada iraniana em Londres foi fechada.