24/06/2014
Pelo menos 11 pessoas morreram em um ataque durante a noite contra uma localidade da costa queniana, anunciou uma fonte da polícia local.
Algumas vítimas morreram em agressões com arma branca e outras com tiros à queima-roupa.
A ação aconteceu a poucos quilômetros do cenário de ataques similares, que provocaram quase 60 mortes nas últimas semanas, o que provocou os temores de uma explosão de violência político-étnica.
O último ataque foi cometido em Maleli, a 50 km do arquipélago turístico de Lamu, um paraíso natural e histórico.
O balanço oficial, divulgado pelo prefeito do cantão de Lamu, Stephen Ikua, citava cinco mortos. Mas uma fonte policial de Lamu anunciou que outros seis corpos foram encontrados, alguns com marcas de tiros e outros com ferimentos provocados por armas brancas.
O vice-prefeito de Lamu, Benson Maisori, confirmou que algumas vítimas morreram a facadas e outras foram executada à queima-roupa.
Vários feridos foram levados para hospitais da região, segundo o deputado local Athaman Badi.
Até o momento, o ataque não foi reivindicado.
Na mesma região, ataques nos dia 15 e 16 de junho deixaram quase 60 mortos.
Os islamitas somalis shebab, vinculados à Al-Qaeda, reivindicaram os ataques alegaram que foram uma represália pela intervenção militar queniana na Somália. Também pediram aos turistas estrangeiros que evitem o Quênia, decretada como “zona de guerra”.
Mas o presidente queniano Uhuru Kenyatta negou o envolvimento dos shebab e atribuiu os ataques a “redes políticas locais vinculadas a grupos criminosos” e apontou para, sem citar o nome, oposição liderada por Raila Odinga, que nega qualquer envolvimento nos ataques.
O Quênia foi cenário de vários ataques e atentados atribuídos aos shebab ou a seus simpatizantes desde que seu exército entrou na Somália em outubro de 2011 para lutar contra os islamitas somalis.
A aviação queniana bombardeou no domingo bases dos shebab no sul da Somália, como parte de uma ofensiva iniciada em março pela Amisom, a força da União Africana na Somália, que tem 22.000 oficiais.
O exército queniano afirma que matou mais de 80 “terroristas shebab” nos ataques aéreos, mas o porta-voz dos islamitas, Abdulaziz Abu Musab, negou a informação.