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Massacre em Israel é “injustificável e solução deve ser imposta”, diz chanceler francês

O exército de Israel anunciou um cessar-fogo de 7 horas nos ataques da Faixa de Gaza que sofre com falta de abastecimento de água.

O exército de Israel anunciou um cessar-fogo de 7 horas nos ataques da Faixa de Gaza que sofre com falta de abastecimento de água.

REUTERS/Finbarr O’Reilly
RFI

O direito de Israel à segurança não justifica o massacre de civis em Gaza, disse nesta segunda-feira (4) o ministro das Relações Exteriores francês, Laurent Fabius. Segundo ele, uma “solução política” entre os israelenses e os palestinos “deve ser imposta” pela comunidade internacional.

 

A França muda o tom em relação à ofensiva israelense em Gaza, depois de se abster no voto da resolução que condena a operação, aprovada no Conselho de Direitos Humanos da ONU em 23 de julho. O chanceler Laurent Fabius criticou duramente a operação “Limite Protetor”, que já deixou mais 1800 mortos, a maioria civis.

Em um comunicado, o ministro francês lembra que “a tradição de amizade entre Israel e a França é antiga e o direito de Israel à segurança é total, mas esse direito não justifica que crianças sejam assassinadas e civis massacrados”, disse o ministro, que citou o bombardeio de uma escola em Rafah, na Faixa de Gaza.

“O Hamas tem responsabilidade no processo macabro que beneficia os extremistas, mas isso também não justifica o que o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki Moon, qualificou de crimes”, disse Fabius. Neste domingo, o respresentante da ONU declarou que o ataque da escola a Rafah é “uma nova violação flagrante do direito humanitário internacional.”

O ataque deixou pelo menos dez palestinos mortos. “Quantos mortos serão necessários para que seja colocado um fim ao que podemos chamar de matança em Gaza?”, diz o ministro. Diante da situação, ele propõe a instauração do cessar-fogo proposto pelo Egito e preconiza uma solução política baseada em dois estados imposta pela comunidade internacional.

“Uma solução política é indispensável, e acredito que isso deva ser imposto, já que as duas partes infelizmente se mostraram incapazes em concluir a negociação”, diz. “Cessar-fogo, imposição da solução de dois Estados e segurança de Israel, não existe outro caminho.”

Bombardeios continuam, apesar de trégua de sete

Uma menina palestina de oito anos morreu e 30 ficaram feridas hoje por um tiro que atingiu a região oeste da cidade de Gaza, após a entrada em vigor de uma trégua declarada unilateralmente por Israel.

Os serviços de resgate palestinos acusam a aviação israelense de ter atacado uma casa do campo de refugiados de Chati. A trégua entrou em vigor às 10h locais e deve durar sete horas.

O objetivo dessa trégua é facilitar a entrada de ajuda humanitária e deixar que palestinos retornem às suas casas. Mas esse cessar-fogo é parcial e bastante frágil. A região de Rafah, no sul de Gaza, não é beneficiada por essa pausa nos combates.

O chefe das operações militares israelenses na Cisjordânia ocupada e em Gaza, Yoav Mordechai, informou que se a trégua for violada pelo Hamas, o Exército responderá com disparos contra a origem dos ataques palestinos.

O Hamas, acusado de intransigência por Israel, tenta articular uma solução para o conflito. Hoje, membros do movimento islâmico se reúnem no Cairo com os membros da Autoridade Palestina

Ofensiva em Gaza durará ‘tempo que for necessário’, diz premiê de Israel

AFP

O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou, neste sábado, durante um pronunciamento na televisão, que as ofensivas israelenses na faixa de Gaza continuarão até que todos os túneis construídos pelo grupo islâmico radical Hamas sejam destruídos. “Vamos continuar a operação até o objetivo ser atingido”, declarou.

Além disso, ele disse que o Hamas vai pagar um “preço intolerável”, se continuar fazendo ataques de foguetes contra Israel. Ele destacou ainda que o Estado israelense não tem obrigação de proteger nenhum povo, que não o israelense. “Prometemos desde o início o retorno à calma para os cidadãos de Israel e vamos continuar a agir até que tenhamos atingido este objetivo. Isto levará o tempo que for necessário e empregaremos toda a força necessária”, declarou Netanyahu à imprensa em Tel Aviv.

De acordo com o premiê, o exército do país está prestes a concluir a “neutralização dos túneis de Gaza”. Cavados a partir da Faixa de Gaza para saírem em Israel, os túneis teriam permitido ao Hamas “sequestrar e assassinar vários cidadãos em ataques simultâneos”, segundo Netanyahu.

O premiê israelense também declarou que o exército irá reavaliar sua operação em Gaza quando as tropas completarem a demolição desses túneis. “Quero cumprir os objetivos que estabelecemos, seja militar, diplomaticamente –o que eu preferia– ou unindo ambos. Eu preferia, evidentemente, a solução diplomática, mas se não nos derem escolha, utilizaremos todos os meios a nossa disposição”, declarou.

Hamas diz que manterá resistência

Fawzi Barhum, porta-voz do Hamas, afirmou à AFP que o movimento radical palestino vai continuar lutando contra Israel.

“Vamos manter nossa resistência até que nossos objetivos sejam alcançados. Netanyahu quer reivindicar uma falsa vitória de seu governo e de seu Exército”, afirmou Fawzi Barhum, que se manifestou após o anúncio feito pelo primeiro-ministro israelense de que irá manter as operações militares “pelo tempo que for necessário”.

Ofensiva começou no dia 8 de julho

Em 27 dias de ofensiva, Israel lançou mais de quatro mil ataques aéreos em Gaza, sem ter minguado a capacidade do Hamas de disparar foguetes contra seus centros urbanos.

Segundo a EFE, uma alta fonte de segurança explicou que nas últimas três semanas e meia o número de foguetes à disposição das milícias caiu para um terço, de nove mil para cerca de três mil.

Momento de parar

Os principais comentaristas acreditam que a grande destruição que a ofensiva militar das últimas três semanas e meia deixou em Gaza, assim como o alto número de vítimas mortais, convencerão o Hamas que é o momento de parar.

O número de mortos chega a 1.674, e os feridos somam quase 9.000. De acordo com a Unicef, os ataques já mataram 296 crianças e adolescentes palestinos.

Sobre a política israelense de longo prazo em relação a Gaza, as fontes do governo citadas nos principais meios falam da busca de um acordo com o Egito, a ANP (Autoridade Nacional Palestina) e a comunidade internacional para a reconstrução da Faixa e sua eventual desmilitarização. (Com AFP e EFE)

Senado dos EUA aprova US$ 225 milhões para escudo antimísseis israelense

Ópera Mundi (*) | São Paulo – 01/08/2014 

Pedido agora será discutido na Câmara, onde também deve ser facilmente aprovado

O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta sexta-feira (01/08) por unanimidade que o Pentágono repasse recursos suplementares no valor de US$ 225 milhões para o financiamento do escudo antimísseis de Israel conhecido como “Domo de Ferro”.

Israel e Hamas começaram há quase um mês uma nova troca de ataques entre a Faixa de Gaza e Tel Aviv, que já levaram à morte de 1.500 palestinos e cerca de cem israelenses.

“Estamos com os israelenses, porque se não têm o ‘Domo de Ferro’ não podem se defender”, argumentou o senador republicano e ex-candidato à presidência do país, John McCain.

Agência Efe

Israel receberá nova leva de investimentos norte-americanos para compra de armamentos

Os conservadores exigiam o financiamento “limpo”, sem nenhum outro fundo suplementar.

“(Israel) está ficando sem mísseis para o ‘Domo de Ferro’ para se proteger. Estamos com eles. Aqui estão os mísseis”, disse, após a votação, o republicano pela Carolina do Sul, Lindsey Graham.

Agora o texto passará para a Câmara dos Representantes onde também deve ser aprovada facilmente.

Os Estados Unidos permaneceram do lado israelense durante o conflito, cuja mais recente tentativa de cessar-fogo fracassou apenas duas horas depois de ser pactuada. A comunidade internacional, com o Brasil incluído, por sua vez, tem repudiado cada vez mais as ações de Tel Aviv, que atacou inclusive escolas sob controle das Nações Unidas, que cuidavam de refugiados palestinos.

O Pentágono já anunciou na quarta-feira que tinha recebido um pedido de Israel através de um sistema de emergência para a compra de mais munição, e que ele tinha sido aceito. 

Palestino transforma imagens do conflito de Gaza em obras de arte: ”é uma mensagem de repúdio”

Tawfik Gebreel é residente de Gaza, arquiteto e artista; ele e outros dois palestinos ganharam fama ao publicar montagens sobre fotos dos bombardeios. Os três não se conhecem

Estado de Minas

01/08/2014 

Artista utiliza técnica digital para criar linhas que dão novos contornos nas imagens dos bombardeios em Gaza (Tawfik Gebreel/Divulgação)

Artista utiliza técnica digital para criar linhas que dão novos contornos nas imagens dos bombardeios em Gaza

* por Luiz Felipe Nunes 

 
Em meio a imagens chocantes do conflito entre Israel e o grupo Hamas em Gaza, artistas palestinos buscaram na arte uma maneira de passar uma mensagem sobre a vivência de quem está entre o fogo cruzado. Desde o início da operação militar israelense, os jovens Tawfik Gebreel, Belal Khaled e Bushra Shanan estão se reapropriando de fotografias dos bombardeios em Gaza, aplicando sobre elas uma técnica de sobreposição de desenhos.
 
 
O que antes era fumaça e destruição transforma-se em imagens de resistência à guerra. Apesar de usarem métodos semelhantes, os três jovens não se conhecem; começaram os desenhos espontaneamente e a arte ganhou o mundo. Conversamos com um deles, o palestino Tawfik Gebreel, que falou ao Divirta-se sobre a arte, a guerra e os planos para o futuro.
 
O artista 
 
Gabreel é arquiteto e artista, começando também uma carreira como professor na Universidade da Palestina. Tem 27 anos e é morador de Gaza, maior cidade dos territórios palestinos, com mais de 500 mil habitantes. A cidade fica localizada na Faixa de Gaza, palco dos bombardeios israelenses.

'Um ato de repúdio à guerra' é como o artista classifica o projeto (Tawfik Gebreel/Divulgação)

“Um ato de repúdio à guerra” é como o artista classifica o projeto
 

Em menos de três décadas de vida, Gabreel já viu três guerras na região e também participou da Segunda Intifada, uma série de revoltas promovidas pelo povo palestino em 2000 contra a administração de Israel na Palestina. No mais recente conflito, o artista quis passar a sua mensagem sobre a guerra e usou a internet como aliada.

 
“No primeiro dia da guerra em Gaza vi a fumaça dos bombardeios israelenses. Decidi então esboçar alguns desenhos para mandar uma mensagem para as pessoas ao redor do mundo”, contou Tawfik, que relatava ouvir barulhos de explosões em diversos locais enquanto ocorria a entrevista.
 
“É uma mensagem de repúdio à guerra”, completou o artista, que teve cinco amigos feridos nos recentes ataques. Gebreel ainda declarou que gosta de desenhar como forma de resistir ao que classifica como “agressão israelense”.

No perfil pessoal de Tawfik no Facebook é possível acompanhar mensagens de apoio enviadas de usuários dos mais variados países. “Espero que isso me ajude a levar minha mensagem para o mundo”, agradeceu o artista, que pretende participar de exposições de arte.

Intelectuais e movimentos protestam contra ataques de Israel à Palestina

Reprodução

Manifesto e abaixo assinado pedem que governos rompam as relações comerciais com Israel

01/08/2014

Da redação de Brasil de Fato

Um grupo de escritores, professores e artistas do mundo todo lançaram no último dia 31 um abaixo assinado exigindo de Israel o fim do que eles chamam de “massacre em Gaza”.

O comunicado diz que “o mundo não pode assistir em silêncio ao extermínio do povo palestino” e defende que os governantes rompam relações comerciais com Israel, “tal como foi feito com a África do Sul” do apartheid.

Você pode assinar o pedido aqui

No último dia 28, mais de 80 organizações elaboraram um manifesto solicitando que o Brasil rompa as relações comerciais com Israel, inclusive com o fim do acordo de livre comércio do país com o Mercosul, como forma de sanção pelos ataques à Faixa de Gaza, que já deixou mais de mil e quatrocentos mortos.

Os signatários do documento reforçam que apesar da condenação do ataque por autoridades brasileiras, o país ainda permanece como quarto maior importador de tecnologia militar de Israel, em um mercado que já ultrapassa as cifras de US$ 1 bilhão.

EUA chamam de barbárie violação do cessar-fogo pelo Hamas

Trégua de 72 horas não durou nem duas horas

Trégua de 72 horas não durou nem duas horas<br /><b>Crédito: </b> Hazem Bader / AFP / CP
Trégua de 72 horas não durou nem duas horas
Crédito: Hazem Bader / AFP / CP

Os Estados Unidos acusaram nesta sexta o Hamas de cometer uma barbárie ao romper a trégua na Faixa de Gaza. “Os israelenses indicaram esta manhã que o cessar-fogo foi violado e que os militantes do Hamas utilizaram a trégua humanitária para atacar soldados israelenses e tomar um refém. Isso é uma violação bárbara do acordo de cessar-fogo”, declarou o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, à cadeia CNN.

“Trata-se de uma ação escandalosa e olhamos para o resto do mundo para que se unam a nós para condená-la”, afirmou, por sua parte, o assessor adjunto de segurança nacional da Casa Branca, Tony Blinken, à televisão MSNBC.

Acordo de cessar-fogo de 72 horas

A trégua de 72 horas acertada por Israel e o grupo Hamas na Faixa de Gaza durante a madrugada desta sexta-feira entrou em vigor já condenada ao fracasso, depois da morte de 27 palestinos, de dois soldados israelenses e a retomada dos combates. Além disso, mais de 150 pessoas ficaram feridas pelos disparos de Israel perto da cidade de Rafah, sul do território, onde os serviços médicos não conseguem entrar para tratar das vítimas.A trégua de três dias acertada entre Israel e o Hamas teoricamente entrou em vigor às 8h da manhã local (2h de Brasília).

O governo israelense não tardou em acusar o movimento islamita palestino e seus aliados de violação flagrante do cessar-fogo. O Hamas também atribuiu a ruptura da trégua ao Estado hebreu. “A ocupação (Israel) violou o cessar-fogo. A Resistência palestina agiu em nome de seu direito a se defender (e) para colocar fim ao massacre de nosso povo”, declarou em um comunicado o porta-voz do Hamas, Fawzi Barhum.

Trégua natimorta

Duas horas depois da entrada em vigor do cessar-fogo, as sirenes voltaram a soar em Israel para avisar de um disparo de míssil perto de Rafah, e a artilharia israelense respondeu prontamente, evidenciando a crescente volatilidade da situação. Ao anunciar a trégua, o secretário de Estado americano John Kerry advertiu que o exército israelense continuaria realizando suas operações de retaguarda. O Hamas assegurou, por sua parte, que responderia a qualquer ataque israelense.

Segundo Kerry, o cessar-fogo era “fundamental para permitir aos civis inocentes um alívio muito necessário em meio à violência”. “Durante este período, os civis na Faixa de Gaza receberão ajuda humanitária de emergência e terão a oportunidade de realizar funções vitais, como enterrar os mortos, cuidar dos feridos e se reabastecer de alimentos”, explicou. “Os reparos necessários nas infraestruturas de abastecimento de água e energia também poderão ser realizados neste período de trégua”.

O secretário de Estado destacou que realizava o anúncio do cessar-fogo conjuntamente com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, também envolvido na busca de uma solução para o conflito. “Não há qualquer garantia de que alcançarão um acordo duradouro”, admitiu Kerry, no entanto.

População de Gaza sem ilusões

A trégua foi precedida de duas horas de intensos bombardeios israelense e disparos de foguetes palestinos. O exército israelense anunciou a morte de cinco soldados durante a noite. Na zona de Khan Yunes (sul), 14 palestinos morreram, segundo serviços de emergência. “Desde o início da guerra, os israelenses disparam mísseis contra nosso bairro”, queixa-se Abdelgadir, de 43 anos. “Vejam o que aconteceu com nossas casas. Não resta nada! Não temos água, nem luz, nem paz. Apesar de tudo, vamos continuar aqui”, assegurou.

A trégua foi acertada depois que o Conselho de Segurança das Nações Unidas pediu um “cessar-fogo imediato e sem condições que leve a uma paralisação duradoura do conflito, com base na proposta egípcia” de mediação. Durante a reunião do Conselho, o chefe da Agência da ONU para a Ajuda aos Refugiados Palestinos (UNRWA), Pierre Kr¤henbühl, disse que a população na Faixa de Gaza está no limite. Segundo Kr¤henbühl, que não conseguiu segurar as lágrimas durante sua declaração, as condições de vida nos abrigos superpopulosos da ONU, que reúnem cerca de 220 mil pessoas, “são cada vez mais precárias”, em uma situação sanitária deplorável e de riscos de epidemias.

A diretora de Operações Humanitárias da ONU, Valerie Amos, lembrou “a obrigação absoluta” dos beligerantes de proteger ao máximo os civis e os trabalhadores humanitários. “A realidade em Gaza hoje é que nenhum lugar é seguro”, lamentou, lembrando que 103 instalações da ONU haviam sido alvo de ataques desde o início do conflito.

O bombardeio, na quarta-feira, de uma escola da UNRWA no campo de refugiados de Jabaliya (norte da Faixa de Gaza), uma das 83 escolas da ONU usadas para abrigar os civis que fogem dos combates, foi energicamente condenado pelas Nações Unidas e por diversas capitais, incluindo Washington. A Casa Branca disse ter poucas dúvidas de que o Exército israelense tenha sido o autor do ataque e voltou a pedir ao Estado hebreu que “faça mais” para proteger os civis.

Apesar da pressão internacional, Netanyahu alertou na quinta que o Exército “vai terminar o trabalho” visando à destruição da capacidade militar do Hamas na Faixa de Gaza. “Estamos determinados em concluir” a destruição dos túneis do Hamas “com ou sem cessar-fogo”, afirmou Netanyahu no 24º dia de uma nova guerra devastadora, após o anúncio da mobilização de 16.000 reservistas adicionais – elevando o total para 86.000 mobilizados – e do fornecimento de munições americanas.
Fonte: AFP

2002, 2006, 2008, 2014: continua o genocídio sionista em Gaza

Reprodução

O objetivo do genocídio é a submissão total de um povo a outro; é uma decisão política para quebrar o espírito de resistência dos opositores

Achille Lollo, de Roma (Itália)

Pela sexta vez, em menos de oito anos, tive de escrever uma página do jor­nal para relatar o massacre dos palesti­nos em Gaza. Um genocídio politicamen­te autorizado pelo governo sionista de Benjamin Netanyahu. Um crime contra a humanidade planejado pelos generais do Tzahal e executado, cada vez mais cien­tificamente, por 74 mil soldados e cente­nas de pilotos.

Enfim, um massacre que 86% daque­le povo que se acha predileto e escolhido por Deus invoca, aplaudindo todos aque­les que o realizam, para depois linchar, física e verbalmente, quem denuncia e defende o direito dos palestinos em ter um Estado livre e independente.

Por outro lado, quem, minimamen­te critica ou questiona esse contexto só­cio-político é logo censurado, estigmati­zado, difamado e, sobretudo, acusado de ser um anti-semita.

E foi o que aconteceu com Gianni Vat­timo, filósofo e ex-deputado da esquerda no Parlamento Europeu, que em uma en­trevista condenou os sionistas pela forma bárbara com que perseguem os palesti­nos desde 1948, sublinhando que “o cer­co mortal que o exército de Israel está re­alizando em Gaza é a repetição histórica do que fizeram os nazistas”.

Logo, em toda a Europa insurgiu o lo­bby midiático sionista para varrer Gian­ni Vattimo com a infamante acusação de ser um anti-semita. Somente indivídu­os ignorantes, sectários e culturalmente pobres que nunca leram um livro desse filósofo puderam detrair, injustamente, Vattimo. Entretanto, no dia 27 de julho, o lobby sionista voltou a atuar contra a cantora israelense Noa, que devia reali­zar um show em Milão, no Teatro Man­zoni. Um cancelamento feito na última hora que, na realidade, foi decidido em Tel-Aviv e implementado em Milão pela “ADEI-WIZE-Mulheres Judaicas da Itá­lia”, com o explícito motivo de censurar e punir Noa, que – por ser uma celebri­dade em Israel e no mundo – havia “ou­sado” ir a Ramallah para se encontrar com o presidente da ANP, Abu Mazem e depois declarar aos repórteres: “Sim, encontrei o líder dos palestinos em Ra­mallah e creio que Abu Mazen quer mes­mo a paz , porém, não posso dizer o mes­mo do líder do meu país” – uma atitude que faz lembrar o “ame-o ou deixe-o” da ditadura brasileira.

Um massacre histórico

Obama e o Partido Democrata sabem muito bem que as imagens dos 1.296 civis palestinos, na maioria crianças, adolescentes e mulheres, assassinados em Gaza pelos jatos e tanques do exér­cito sionista, bem como os 7 mil feridos terão um peso determinante na esco­lha do próximo candidato à presidên­cia dos EUA.

Por isso, Obama virou um presiden­te bicéfalo. Quando está fechado na Ca­sa Branca, declara que Israel tem todo o direito a se defender, repassando-lhe 1,6 bilhão de dólares para comprar da indús­tria militar dos EUA jatos, navios, fogue­tes e bombas de todo tipo. Depois, quan­do se encontra com os jornalistas, fala como um marciano que, pela primeira vez, descobre que na terra há um conflito em um território chamado Gaza, onde é preciso uma trégua além de abrandar as operações para socorrer os civis.

O cinismo de Obama, mas também de François Hollande, Angela Merkel, Nick Cameron e do próprio presidente italia­no, Giorgio Napolitano, é tão seleto, tão bem dissimulado que muitos acreditam que os apelos para uma trégua humani­tária de 8 horas sejam verdadeiros ape­los para a paz.

Na realidade, todos eles querem que o exército do governo sionista seja me­nos açougueiro e mais cirurgião. Todos eles esperam que Israel consiga que­brar o Hamas, porque esse é o último sustentáculo da luta de resistência do povo palestino.

Se o Hamas for derrotado, com a con­sequente desmilitarização e monitora­mento internacional-sionista das ativi­dades políticas na Faixa de Gaza, todo o povo palestino ficará definitivamente desbaratado e vencido. Pois, nos últimos dez anos, o Estado de Israel conseguiu aprisionar o povo palestino limitando a representação política da chamada ANP (Autoridade Nacional Palestina) em ter­ritórios, praticamente separados e fecha­dos pelo Muro da Vergonha e por corre­dores rodoviários municiados pelo exér­cito sionista.

Acordos de Oslo

Por outro lado, os governos ociden­tais e também os árabes ficaram calados diante da contínua ocupação de terras palestinas para construir colônias e con­domínios judaicos – um projeto financia­do por transnacionais e bancos europeus e estadunidenses que, gradualmente, de­sarticulam e desintegram a única vitória de Yasser Arafat nos Acordos de Oslo, is­to é: a esperança de construir um Estado palestino independente.

Hoje, a esperança de poder, finalmen­te, realizar o projeto político “Dois Es­tados para Dois Povos”, com a criação do Estado da Palestina, livre e indepen­dente, ao lado do Estado de Israel pra­ticamente morreu com a operação mili­tar “Protective Edge”, na qual prevale­ceu a sistematização do massacre e a ló­gica do extermínio, nos moldes do que dizia Karl Von Clausewitz “A guerra na­da mais é que a continuação da política por outros meios”.

Porém, é preciso sublinhar que o go­verno sionista não foi o único responsá­vel desse crime histórico. Benjamin Ne­tanyahu e Shimon Peres, hoje, são ape­nas os coveiros de um processo histórico repleto de finalidades ambíguas e opor­tunistas, já que os Acordos de Oslo, em 1993, foram também a solução que a Ca­sa Branca encontrou para engavetar as reivindicações de Arafat e permitir a Tel Aviv controlar a primeira Intifada, que explodiu, em 1987, como um grande le­vante popular do povo palestino. Levan­te que tinha referências políticas especí­ficas ditadas pelas organizações revolu­cionárias (Al-Fatah, FPLP, FDLP) que, por isso, foram massivamente reprimi­das pelo exército sionista.

De fato, o aprisionamento da maior parte dos dirigentes e militantes dessas organizações foi também uma contribui­ção política da burguesia palestina que, em troca, ganhou o direito de enriquecer fazendo grandes negócios com a indús­tria israelense graças aos planos de ajuda internacional para a reconstrução das ci­dades da Cisjordânia.

Por exemplo, após o assassinato, por agentes sionistas do Mossad, do então secretário-geral da FPLP, Abu Ali Mus­tafá (que substituiu George Habash, um dos fundadores da FPLP), o governo sio­nista exigiu, em 2002, que a polícia da ANP prendesse em Gaza Ahmad Sa’adat, o novo secretário-geral da Frente Popu­lar pela Libertação da Palestina (FPLP). Ahmad Sa’adat foi preso e depois entre­gue aos tribunais israelenses que o con­denaram a 30 anos de isolamento, finali­zando, assim, o processo de decapitação política das organizações revolucionárias e marxistas palestinas.

O papel do Hamas

Se organizações como Al-Fatah, FPLP, FDLP, CG-FLP nasceram para derrotar o Estado de Israel, o Hamas vi­rou opositor de Israel por efeito da con­juntura política. De fato, o Hamas foi criado em 1987 pelos xeques Ahmed Yassim, Mohammad Taha e Abdel Aziz al-Rantissi, que representavam a ala palestina na Irmandade Muçulmana do Egito, oficialmente reconhecida em Is­rael. A Arábia Saudita financiou o pro­jeto dos três xeques para, inicialmente, desenvolver uma ampla assistência so­cial, a construção de mesquitas e uma intensa ação comunitária na Cisjordâ­nia e na Faixa de Gaza.

O partido político do Hamas apare­ceu somente depois da primeira Intifa­da, para depois, em 2006, assumir uma dimensão nacional derrotando o Al-Fa­tah nas eleições para o Parlamento Pa­lestino, para o governo da Faixa de Ga­za e das cidades de Nablus e Qalqilyah. Em 2007, os combates para expulsar o Al-Fatah de Gaza determinaram a afir­mação do braço militar do Hamas, de­nominado Brigadas Izz ad-Din al-Qas­sam. Começava, então, para o Hamas uma nova perspectiva política e militar, virada para o enfrentamento direto com Estado sionista e para criar um Estado muçulmano palestino. Uma tese que, em 1988, era vagamente mencionada na Carta de Princípios do Hamas.

Para o governo sionista, a atividade be­neficente do Hamas continua sendo a fa­chada artificial de uma organização fun­damentalista, voltada para mobilizar e transformar os jovens palestinos em ter­roristas. Na realidade, a popularidade do Hamas é uma consequência dos erros do grupo político majoritário do Al-Fatah, ligado a Yasser Arafat, e da conduta cor­rupta da burguesia palestina, cujo candi­dato à sucessão de Arafat foi o inexpres­sivo Abu Mazen.

Por isso, nessas condições específicas e com o Estado de Israel que aumentava a repressão e o latrocínio das terras, o Ha­mas se tornou o símbolo da resistência para a maioria dos palestinos. Um sen­timento que, inevitavelmente, concreti­zou-se em pouco tempo, também, graças às ações violentas praticadas pelos co­lonos e, sobretudo, pelo exército sionis­ta nas inúmeras tentativas de subjugar e expulsar o Hamas de Gaza.

Podemos, portanto, dizer que em Ga­za se fechou o ciclo político do Al-Fatah, a partir do qual a luta do povo palestino assumiu uma nova dimensão, determi­nada por um novo ciclo que as três ver­tentes políticas do Hamas decidiram as­sumir diante da arrogância expansionis­ta do Estado sionista.

Responsabilidades da ONU

Quando em julho de 2001, em entre­vista a uma rádio, o falecido ministro do Turismo de Israel, Rehavam Ze’evi, líder da extrema-direita sionista, manifestou­-se publicamente a favor da limpeza ét­nica dos palestinos, afirmando: “Nós de­vemos nos livrar daqueles que não são cidadãos israelenses como quem se li­vra de um câncer”, a ONU, e em parti­cular o Conselho de Segurança, deveria ter tomado uma drástica posição, porque aquelas declarações, proferidas publica­mente por um membro do governo isra­elense, na realidade, revelavam como a política da impunidade havia transfigu­rado os ideais do sionismo.

No Conselho de Segurança daqueles anos, ninguém quis entender que as pa­lavras de Ze’evi não eram apenas slogans de um extremista direitista. Lamentavel­mente, a partir desse período, os concei­tos de limpeza étnica e de separação ter­ritorial começaram a ganhar o coração e as mentes da maioria dos cidadãos do Estado de Israel.

Mesmo assim e apesar do que tinha acontecido em Beirute e no sul do Líba­no, o Conselho de Segurança nunca cau­telou o povo palestino com uma resolu­ção efetiva e capaz de garantir com auto­ridade a paz e a convivência entre o po­vo judeu e o palestino. Um Conselho de Segurança que, também, nunca pensou que os palestinos tivessem direito a ter um próprio Estado, já que os interesses geoestratégicos dos Estados Unidos, da Grã-Bretanha e da França sempre jus­tificaram o veto político, enquanto as poucas resoluções que saíram em favor do povo palestino, na realidade, nunca foram implementadas.

Hoje, a patética aparição do secretário­-geral da ONU, Ban Ki-moon evidencia, ainda mais, a incapacidade estrutural das Nações Unidas de ser, efetivamente, a entidade mundial que tem uma reco­nhecida autoridade política e moral ap­ta a se colocar acima dos interesses dos governos. Por outro lado, a continuação de um massacre realizado por um exérci­to considerado um dos mais fortes e bem equipado do mundo demonstra quanto é inútil um Conselho de Segurança que é eficaz em defender, sobretudo, os in­teresses geoestratégicos das grandes po­tências imperiais, porém, incapaz de ga­rantir a paz, a convivência e a segurança a todo o mundo.

Dia mais sangrento da ofensiva israelense deixa 119 mortos e 500 feridos em Gaza

Reprodução

Total de mortos chega a 1.349 e os feridos são mais de 7,5 mil, a maioria civis, incluindo mulheres e crianças

31/07/2014

Da Redação*

As Forças Armadas de Israel mataram 119 palestinos e deixaram mais de 500 feridos na Faixa de Gaza nesta quarta-feira (30). As informações são dos agentes humanitários em território palestino. Com esses números, ontem foi o dia mais sangrento desde o início da atual ofensiva militar israelense.

O porta-voz do Ministério da Saúde em Gaza, Ashraf al Qedra, especificou que os dois episódios mais graves ocorreram quando o Exército israelense atingiu uma escola gerida pela ONU no norte da Faixa de Gaza e um mercado na capital.

O porta-voz detalhou que o total de mortos desde o início da ofensiva israelense, que começou em 8 de julho, chega a 1.349 e os feridos são mais de 7,5 mil, a maioria civis, inclusive mulheres e crianças.

O presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, declarou hoje (31) a Faixa de Gaza como “área de desastre humanitário” e pediu à comunidade internacional para proteger e dar assistência à região devastada pela ofensiva israelense.

O dirigente palestino acusa Israel de cometer crimes de guerra e aconselha a ONU a pressionar as instituições internacionais para que enviem ajuda de emergência à Faixa.

*com informações do Opera Mundi

América Latina endurece posição contra operação de Israel em Gaza

Durante a 46ª cúpula do Mercosul, os presidentes dos países do bloco expressaram sua posição contra os ataques de Israel à população palestina e exigiram um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

Durante a 46ª cúpula do Mercosul, os presidentes dos países do bloco expressaram sua posição contra os ataques de Israel à população palestina e exigiram um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

Roberto Stuckert Filho/PR
RFI

Enquanto os Estados Unidos continuam vendendo munições ao exército israelense e autoridades europeias tentam relativizar a sangrenta operação Limite Protetor com inócuos pedidos de cessar-fogo em Gaza, países da América Latina figuram como os maiores críticos do governo de Israel até o momento. Hoje (31), a Bolívia foi além dos protestos e incluiu Israel na lista de “estados terroristas”.

 

A Bolívia, que rompeu suas relações diplomáticas com Israel em 2009, após a violenta operação “Chumbo Fundido”, já havia feito um pedido à ONU para que abrisse um processo contra Tel Aviv de crime contra humanidade, logo nos primeiros dias da atual ofensiva. Ontem, o presidente boliviano, Evo Morales, declarou que incluiu Israel na lista de “países terroristas”.

“Israel não é um Estado que garante os princípios de respeito à vida e os direitos básicos para a coexistência pacífica e harmoniosa na comunidade internacional”, afirmou Morales. “Nós declaramos Israel como um Estado terrorista”, ratificou.

Outros países reagiram à continuidade das violências contra os civis em Gaza nos últimos dias. O Chile classificou as operações militares israelenses como uma “agressão coletiva contra a população” da região. Já o Peru diz estar profundamente decepcionado com a violação dos vários cessar-fogos dos últimos dias e a continuidade da operação militar de Israel em Gaza.

Na terça-feira (29), durante uma reunião privada da 46ª cúpula do Mercosul, na Venezuela, os integrantes do bloco divulgaram um comunicado contra os ataques à população palestina e exigiram um cessar-fogo. Além do presidente venezuelano Nicolás Maduro, assinaram a declaração os presidentes da Argentina, Cristina Kirchner, do Brasil, Dilma Rousseff, do Uruguai, José Mujica, do Paraguai, Horacio Cartes, e da Bolívia, Evo Morales.

Brasil critica Israel

Na semana passada, o governo brasileiro condenou  “energicamente” o uso desproporcional da força de Israel na Faixa de Gaza, “do qual resultou elevado número de vítimas civis, incluindo mulheres e crianças”. Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil também reiterou seu chamado a um imediato a uma trégua. Além disso, Brasília convocou seu embaixador em Tel Aviv para consultas.

O porta-voz do governo de Israel, Yigal Palmor, ironizou a posição brasileira. “Desproporcional é perder uma partida de futebol por 7 a 1”, disse, em entrevista ao Jornal Nacional. Já em declaração ao The Jerusalem Post, Palmor, afirmou que a convocação do embaixador brasileiro em Israel “era uma demonstração lamentável de como o Brasil, um gigante econômico e cultural, continua a ser um anão diplomático”.

As declarações do governo israelense contra o Brasil não intimidaram outros países da América Latina, como Equador, Chile, Peru e El Salvador que convocaram igualmente seus embaixadores em Tel Aviv para consultas.

Desde o início da operação

A reação dos países latinos não é tardia. Desde o começo da ofensiva israelense contra o movimento islâmico Hamas em Gaza, vários países do continente americano já haviam se posicionado contra o governo de Israel. Uma semana após o início dos ataques, o ministério mexicano das Relações Exteriores pediu a proteção dos palestinos e condenou o uso da força e a operação militar.

Há três semanas, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, classificou a ofensiva de “guerra de exterminação” contra o povo palestino. Já em Cuba as autoridades pediram que “a comunidade internacional exija que Israel cesse a escalada de violência”. Ambos os países também romperam as relações com Tel Aviv em 2009.

Logo nos primeiros dias da operação Limite Protetor, o ministério das Relações Exteriores do Uruguai condenou a “resposta desproporcional” dos israelenses aos tiros lançados pelos palestinos. Em meados de julho, o Equador “condenou com energia todos os atos de violência” na região e pediu “o fim imediato das hostilidades”.

israel mobiliza 16 mil reservistas adicionais para ofensiva contra Gaza

Com o adicional, o número de efetivos subiu para 86 mil

France Presse

 31/07/2014 

Tanques do exército israelenses e veículos blindados são vistos em Gaza, perto da fronteira com Israel  (Baz Ratner/Reuters)  
Tanques do exército israelenses e veículos blindados são vistos em Gaza, perto da fronteira com Israel


Jerusalém –
 O exército israelense mobilizou 16 mil reservistas adicionais, elevando seu número de efetivos a 86 mil em meio ao prosseguimento da ofensiva militar contra a Faixa de Gaza que começou no dia 8 de julho, anunciou nesta quinta-feira um porta-voz militar.

“O exército lançou 16 mil ordens de mobilização suplementares com o objetivo de permitir dar um alívio às tropas que se encontram em terra, o que eleva o total de efetivos de reservistas a 86.000”, declarou o porta-voz.

O gabinete de segurança, reunido na quarta-feira durante cinco horas, decidiu por unanimidade prosseguir com os ataques contra alvos terroristas do Hamas e as operações realizadas para neutralizar os túneis cavados pelo movimento islamita entre a Faixa de Gaza e o território israelense, indicou a rádio pública.

Uma nova reunião deste gabinete, integrado por oito ministros, está prevista para a tarde desta quinta-feira, disse a rádio. Citado por ela, um general encarregado das operações no setor do reduto palestino disse que a destruição dos túneis seria apenas uma questão de dias.

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