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NÚMERO DE ROUBOS CRESCE EM SÃO PAULO PELO 13º MÊS CONSECUTIVO

Pelo 13º mês consecutivo, o número de roubos na cidade de São Paulo subiu. Dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP), divulgados, nesta sexta-feira, mostram que em junho foram registrados 13.185 casos na capital paulista. O total representa uma elevação de 17% em relação ao mesmo mês de 2013, quando foram registrados 10.896 roubos.

Nos primeiros seis meses do ano, foram contabilizados 82.490 casos contra 59.783 no mesmo período de 2013 – 38% de aumento. Isso significa que a cada 3,2 minutos ocorre um roubo na capital paulista.

Apesar dos roubos terem aumentado de forma geral no último mês, os registros de veículos roubados caíram 7,2% na capital e 2,6% no estado.

Os homicídios caíram na cidade de São Paulo no mês passado. De acordo co a SSP, foram 93 casos em junho ante 107 no mesmo período do ano anterior. Uma queda de 13,%. No estado, o recuo foi de 9,8%.

Outro crime que caiu em São Paulo foi o de estupro. 174 casos foram registrados em junho de 2014, contra 265 em junho de 2013 – retração de 34%. No estado a queda foi de 25,8%.

Escalada da violência obrigou Alckmin a trocar comando da PM

No começo do mês, o governador Geraldo Alckmin e o chefe da SSP, Fernando Grella Vieira, realizaram trocas no comando de quatro grupamentos da Polícia Militar, em virtude dos sucessivos aumentos nos índices de violência.

As mudanças ocorreram no Comando de Policiamento da Capital (CPC), o Comando de Policiamento de Trânsito (CPTran), o Comando de Policiamento de Choque (CPChoq) e na Academia de Polícia Militar do Barro Branco.

Falta de água afeta empregos e investimentos em municípios de São Paulo

Correio do Brasil, com RBA – de São Paulo

 

 

O trabalho indica que o risco de falta de água, ainda este ano, é um fator de preocupação para 67,6% das 413 indústrias ouvidas na pesquisa

Uma crise ampla. Assim é o cenário definido por representantes de prefeituras e órgãos de desenvolvimento regional como consequência da falta de água no Estado de São Paulo. Desemprego e problemas em atividades econômicas diversas já atingem cidades e empresas na bacia dos rios Piracicaba, Jundiaí e Capivari (Bacia PCJ) e na região metropolitana. Secretários municipais relatam que o governo estadual envia poucos dados sobre a situação e que a Sabesp não é transparente na divulgação de informações, o que aumenta a dificuldade de fazer planejamentos.

As colocações são coerentes com os dados levantados pela Federação e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp/Ciesp) – únicos dados disponíveis – que apontam duas em cada três empresas com temor de falta de água e fechamento de, ao menos, 3 mil postos de trabalho. Com o agravamento da crise, as perspectivas são de piora do cenário.

No último dia 11, a Sabesp admitiu que precisará utilizar a água do volume morto do Sistema Alto Tietê, que vinha sendo usado para suprir parte da demanda de 8 milhões de pessoas atendidas pelo Sistema Cantareira, na capital e na região metropolitana de São Paulo. O volume normal do Cantareira acabou há duas semanas e a água do volume morto deve durar até outubro, caso a estiagem continue, segundo dados da companhia.

O trabalho indica que o risco de falta de água, ainda este ano, é um fator de preocupação para 67,6% das 413 indústrias ouvidas na pesquisa. O levantamento foi feito com 229 empresas de micro e pequeno porte (até 99 empregados), 140 de médio porte (de 100 a 499 empregados) e 44 de grande porte (500 ou mais empregados). As empresas de grande porte são as que revelaram mais preocupação: 75% delas temem que a falta d’água prejudique operações.

A pesquisa, divulgada na última sexta-feira (18), revela ainda que foram fechados mais de 3 mil postos de trabalho na região da Bacia PCJ. A redução do ritmo da produção das indústrias pela falta de água é o grande motivador das demissões. De acordo com a Fiesp, a tendência é que o quadro se agrave nos próximos meses.

O diretor do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, Hamilton Lacerda, revelou que os municípios têm dificuldade em obter retorno dos ofícios enviados à Sabesp. “Estamos tendo muita dificuldade em levantar dados. Nós temos um problema para fazer esse diagnóstico porque o sistema está completamente centralizado nas mãos da Sabesp. E a gente sabe que essa é uma informação que pode trazer prejuízos políticos, ainda mais em um ano eleitoral”, avaliou.

No início de março, o prefeito de Guarulhos, Sebastião Almeida (PT), reclamou que fora informado por e-mail, com apenas 48h de antecedência, sobre a decisão da Sabesp de cortar parte do fornecimento de água para a cidade. A companhia alegou que o município não realizou uma redução satisfatória no consumo.

Guarulhos já tinha um déficit de 10% na relação entre consumo e disponibilidade de água. No município, mais de um milhão de pessoas sofrem com o racionamento.

Para Lacerda, a falta de água pode comprometer tanto questões sanitárias quanto econômicas. “A crise de abastecimento pode prejudicar o desenvolvimento das empresas e dos serviços, colocando em xeque a qualidade de vida da população.”

O secretário de Desenvolvimento Econômico de Bragança Paulista, Hilmar de Moraes, confirma a situação na região da Bacia PCJ. “Temos dados empíricos. São informações passadas pelos moradores e comerciantes da cidade”, afirmou.

O problema não se dá somente pelo fornecimento de água, mas pelo esvaziamento da represa Jaguaribe, uma das cinco que compõe o Sistema Cantareira. A represa tem 30 anos, mas não recebeu nenhum tipo de manutenção ou investimento nesse período. Para Moraes, é preciso observar que, além do fornecimento de água, estão em risco o empreendedorismo, os empregos e o turismo da região.

O secretário garantiu que atividades de pequeno porte, como transporte e passeios de barco, hotelaria e serviços sofrem com a seca direta da represa. “Temos ali cerca de mil barcos e cinco pousadas que sobreviviam de turismo náutico. Isso gerava até dois mil empregos diretos. Algumas pousadas e restaurantes demitiram todos os empregados. E isso mobilizava parte do comércio, supermercados, postos de gasolina, oficinas”, descreveu Moraes.

A cidade tem 154 mil habitantes. Dois mil postos de trabalho fechados podem ter um impacto considerável na população. Moraes defende que se deve avaliar o momento como sendo uma “crise ampla”, que pode se alastrar pelo estado. “Essa situação é muito séria. Se a pessoa que tinha uma pousada não tem mais, ou a que era funcionário não é mais, o que resta? Ir embora para os centros urbanos. E aí vão viver como dá. Como se define isso? Crise. A seca nas represas em São Paulo é uma crise ampla e real”, ressaltou.

Essa dificuldade em obter dados é generalizada. E se alia ao fato de que as empresas, sobretudo as de grande porte, evitam falar em problemas de ordem econômica, que poderiam afetar confiança e valorização no mercado financeiro.

O diretor do Ciesp em Campinas, José Nunes Filho, disse que as empresas e os 43 municípios que compõem a região da Bacia PCJ são afetadas. “Nós, como bacia doadora, fomos tremendamente afetados. A concessão de outorgas está suspensa e isso prejudica o investimento. Novas empresas não vão se instalar se você não tem garantia de água disponível.”

Segundo o diretor, empresas de grande porte do polo petroquímico de Paulínia correm riscos sérios, porque são “hidro-dependentes”. São refinarias que recebem e reenviam petróleo e derivados para todo o Brasil. E não há refino de petróleo sem água. “Afetaria todo o sistema econômico”, destaca.

Nunes também não poupou o governo Alckmin de críticas pela demora em admitir o problema ou em reagir a ele. “Um avião cai não só por um problema, mas por uma série de problemas. A estiagem é um problema natural, que se deve ser capaz de prever, mas as medidas para evitar esse problema não foram tomadas.”

Em Piracicaba, o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Tarcísio Mascarim, explicou que a cidade não tem falta de água, pois faz a captação direta em dois rios. No entanto, o município tem dificuldades para produzir alimentos. “Temos várias formas para irrigar, mas a falta de chuvas e de água em boa disponibilidade pode levar a um aumento dos custos e isso pode promover aumento do preço dos alimentos”, avaliou.

Mascarim comentou que a produção de cana para combustíveis e açúcar sofreu uma redução sensível, passando de 40 milhões de toneladas em 2013 para 32 milhões neste ano. Uma redução de 20% no volume produzido, que afeta tanto o fornecedor quanto as usinas que produzem açúcar e álcool.

Em Atibaia, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Lívio Giosa, ressalta que “a situação é muito preocupante”. “É lógico que temos risco de desemprego. Não temos nenhuma situação específica, mas está claro isso. Se as empresas começam a ter problemas, nós logo teremos”, completou.

Giosa é mais que avalia negativamente a gestão da água no governo Alckmin. Para ele, a administração tucana não age diante da crise. “O problema é muito sério e as autoridades públicas estaduais não estão se posicionando. Não tem nenhuma discussão sobre alternativas, a não ser ficar esperando chover.”

Ele também ressaltou que os problemas com o abastecimento levaram as empresas a buscarem alternativas de emergência, utilizando carros pipa ou mesmo abrindo poços artesianos para não depender do sistema de água. “É um absurdo a gente chegar nessa situação”, enfatizou.

O secretário também atacou a cobertura da situação pela mídia. Para ele, o assunto é tratado superficialmente. “A única instituição que pode fazer com que esse assunto seja colocado em pauta prioritária é a imprensa. Deveriam estar 24 horas cutucando as autoridades: o governador, a presidente da Sabesp, diretorias de agências reguladoras”, argumentou.

Felipão usa título de 2013 para mascarar vexame

Estadão Conteúdo|Anderson Firmino

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Desde 1974 o Brasil não perdia duas partidas em um Mundial. Em todos os 100 anos de história, a seleção nunca havia levado uma goleada como a de 7 a 1 diante da Alemanha. A zaga é a pior das Copas. Mas o torcedor brasileiro pode ficar tranquilo, afinal este grupo foi campeão da Copa das Confederações. O discurso, polêmico, foi utilizado pelo técnico Luiz Felipe Scolari na despedida do Brasil da Copa, após derrota por 3 a 0 para a Holanda, na decisão do terceiro lugar.

Perguntado na entrevista coletiva pós-jogo se precisava se reciclar, Felipão fez pouco caso. “Eu? Há um ano eu ganhei a Copa das Confederações. Quando tu ganha, eles (europeus) teriam que vir ao Brasil se reciclar? Em determinado momento uma equipe acaba sendo superior. Em um ano e meio ganhamos a Copa das Confederações e ficamos entre as quatro melhores do mundo”, defendeu-se o treinador.

Felipão voltaria a usar a Copa das Confederações como argumento para defender o time que levou o Brasil à sua pior atuação em uma Copa do Mundo, exatamente em casa. “Essa geração tem nada que ficar marcada (pelo vexame). Vai ficar marcada porque venceu a Copa das Confederações, mas perdeu o Mundial. Vai ficar marcada como a geração que começou uma etapa para 2018 com uma classificação entre os quatro”, reforçou.

O treinador sequer reconheceu que o Brasil fez uma Copa do Mundo decepcionante. “Os objetivos foram atingidos à medida que fomos passando de fase. Não tivemos grande atuação. Tivemos momentos muito bons durante as partidas e conseguimos os objetivos. Os seis minutos aconteceram”, disse, citando mais uma vez aquilo que o treinador entende ter sido uma “pane” de seis minutos, nos quais a Alemanha fez quatro gols.

Na análise de Felipão, o que deve ser levado da Copa do Mundo é a posição final: o quarto lugar. “Tenho que ver o lado positivo. Em 2006 não chegamos entre os quatro, em 2010 não chegamos entre os quatro, em 2014 chegamos entre os quatro.”

Em SP, falhas em trens atrasam início do Expresso Copa

01/07/2014

São Paulo, 01 – Um problema nas linhas 12-Safira e 11-Coral da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) causaram lentidão na manhã desta terça-feira, 01, e atrasaram o início do funcionamento do Expresso da Copa, que levaria torcedores ao Estádio do Itaquerão, onde ocorre às 13h a partida entre Argentina e Suíça. O início da operação era previsto para as 9h30 e começou perto das 10h.

Segundo a assessoria da CPTM, por volta das 8h40 passageiros de duas composições da Linha 11-Coral que estavam paradas entre as estações Brás e Luz acionaram o dispositivo de segurança para abrir as portas dos vagões, e começaram a caminhar pelos trilhos para a estação Luz, o que interrompeu a movimentação de trens e causou superlotação nas plataformas.

Estações República e Luz da Linha 4-Amarela estão fechadas

De A Tribuna On-line

Estação Luz e República estarão fechadas até a meia-noite

Estação Luz e República estarão fechadas até a meia-noite

Neste domingo, 29 de junho, as estações República e Luz da Linha 4-Amarela estão fechadas durante todo o horário operacional (das 4h40 à meia-noite) para a execução de obras na futura estação Higienópolis-Mackenzie, sob responsabilidade da Companhia do Metropolitano de São Paulo. As estações República e Luz do Metrô funcionam normalmente e a operação nas demais estações da Linha 4-Amarela, no trecho entre Paulista e Butantã, segue normal.

 
A ViaQuatro, concessionária da Linha 4-Amarela, orienta os passageiros a utilizarem o próprio sistema metroviário para realizar seus trajetos. Os usuários que entrarem nas estações Butantã, Pinheiros e Faria Lima com destino às estações República e Luz devem desembarcar em Paulista e seguir viagem usando a integração com a Linha 2-Verde.
 
Já os passageiros que estiverem na estação Luz devem utilizar a integração com a Linha 1-Azul do Metrô. Quem estiver na estação República pode fazer a transferência para a Linha 3-Vermelha do Metrô para prosseguir sua viagem pelo sistema.
 
Informações adicionais podem ser obtidas na Central de Atendimento 0800 770 7100, de segunda a sexta-feira, das 6h30 às 22h, e aos sábados e domingos, das 8h às 18h.
 
Serviço
 
Fechamento das estações República e Luz da Linha 4-Amarela
 
Data: 29/06/2014
 
Horário: 4h40 à meia-noite*
 
Operação:

Estação Paulista sentido República e Luz – Integração com a Linha 2-Verde do Metrô

 
Estação República – Integração com Linha 3-Vermelha do Metrô
 
Estação Luz – Integração com a Linha 1-Azul do Metrô
 
 
 
(*) Caso as obras terminem mais cedo, a reabertura das estações será antecipada

Latrocínios crescem 125% na Baixada Santista de janeiro a maio

A Tribuna|Sandro Thadeu

As estatísticas da Secretaria de Estado da Segurança Pública, divulgadas mensalmente, reforçam que a insegurança não é apenas uma sensação dos moradores da Baixada Santista, mas uma realidade.

Ao se compararem os dados de janeiro a maio de 2013 com o mesmo período deste ano, é possível observar que, embora o número de homicídios dolosos tenha caído (de 89 para 78), a quantidade de latrocínios (roubos seguidos de morte) subiu de oito para 18.

Em termos percentuais, a elevação, de 125%, vai na contramão do cenário paulista porque o número desses crimes permaneceu igual no Estado (173 ocorrências).

Esse tipo de delito aconteceu seis vezes em Praia Grande e cinco em São Vicente nos últimos meses. Apenas Cubatão e Peruíbe não contabilizaram ocorrências desse gênero.

A alta de 34,2% no total de roubos está próxima do nível paulista (32,9%), mas não deixa de surpreender: de 7.463 saltou para 10.016. Com exceção de Guarujá e Mongaguá, registrou-se aumento nos demais municípios da região.

Em números absolutos, o maior crescimento foi identificado em Praia Grande (807 ocorrências a mais), seguido de perto por Santos (778). Em Peruíbe, essa marca mais do que dobrou no período – de 198 para 408.
 

Homicídios crescem 6,4% no Estado de SP em maio, diz SSP

25/06/2014 

São Paulo, 25 – O número de homicídios no Estado de São Paulo aumentou 6,4% em maio, em comparação com o mesmo mês do ano passado, informou na tarde desta quarta-feira, 25, a Secretaria de Segurança Pública (SSP). O número de casos passou de 329 para 350. Os roubos (exceto de veículos) cresceram 33,6%, de 21.209 para 28.336 casos – maior número desde janeiro de 2012, quando os dados começaram a ser divulgados pela SSP no site.

De acordo com o órgão, os objetos mais roubados são documentos, aparelhos de comunicação como celulares e dinheiro. Pedestres são as maiores vítimas. Já o número de furtos caiu 2,4%, passando de 46.767 para 45.631. A quantidade de casos de roubos de veículos no Estado cresceu 13,9% (de 7.606 para 8.664 casos). O crescimento do número de furtos de veículos em maio, em comparação com o mesmo mês do ano passado, foi ainda maior: 17,7%. O número de casos passou de 9.453 casos para 11.122 no mês passado – maior índice desde o começo de 2012.

Com volume morto, nível do Sistema Cantareira cai para 21,9%

Sistema tem registrado baixa no nível de armazenamento há 33 dias consecutivos

REUTERS

São Paulo – O nível do Sistema Cantareira, principal conjunto de reservatórios de água da região metropolitana de São Paulo, recuou para 21,9% nesta segunda-feira, segundo dados da companhia de saneamento e abastecimento do estado, Sabesp.

O dado considera o uso da chamada “reserva técnica” ou “volume morto”, água que está abaixo do nível de captação das comportas das represas e precisa ser bombeada para chegar às estações de tratamento. Desconsiderando esse volume, o nível do sistema seria atualmente de 3,4%.

O Cantareira tem registrado baixa no nível de armazenamento há 33 dias consecutivos, numa média de redução diária de 0,1 ponto percentual. O Estado enfrenta a pior crise hídrica em 80 anos, diante de um início de ano com chuvas bem abaixo da média que não serviram para recuperar represas para temporada de estiagem do inverno, cujo pico ocorre entre julho e setembro.

Se o ritmo de redução do nível de água do Sistema Cantareira for mantido, o volume armazenado será esgotado entre final de janeiro e início de fevereiro do próximo ano.

Desconsiderando o volume morto, o nível do sistema seria atualmente de 3,4%

Foto:  Reuters

A Sabesp tem calculado que o Sistema Cantareira poderá continuar fornecendo água à população até março, considerando expectativas de meteorologistas de retorno das chuvas a partir do final de setembro.

Segundo o grupo de usuários de água Consórcio PCJ, desde o início do ano choveu 300 milímetros a menos do que a média histórica do sistema e a vazão de água que entra no Cantareira foi 60% menor que a média histórica para o período. O grupo inclui 30 grandes empresas, como a cervejaria Ambev.

Além dos cerca de 9 milhões de moradores da região metropolitana de São Paulo, o Sistema Cantareira abastece cidades do interior do estado. Porém, a crise fez a Sabesp atender cerca de 2 milhões de pessoas desse universo com água de outros sistemas, como o Guarapiranga e Alto Tietê, que exibiam níveis de 73,2% e 27,4%, respectivamente, nesta segunda-feira.

Além da transferência de água entre sistemas, a Sabesp implantou a partir de fevereiro medida de incentivo à economia pela população na forma de desconto nas contas. O programa foi ampliado nos meses seguintes e atualmente envolve cerca de 19 milhões de habitantes, nos 31 munícipios atendidos pela Sabesp na região metropolitana e 11 cidades da região Bragantina, no noroeste do estado.

Segundo a empresa, atualmente 91% da população reduziu consumo de água. Desse total, 54% cortou o consumo médio em pelo menos 20%, o suficiente para terem direito ao desconto de 30% na conta.

A Sabesp afirmou que desde fevereiro a produção no Sistema Cantareira tem caído sem parar. Naquele mês, saíam 31.770 litros por segundo da Estação de Tratamento de Água Guaraú. Em março, a produção média diminuiu para 27.650 litros; em abril foram 25.200 litros e em maio, a média até o dia 13 foi de 23.180.

A redução no período foi de 8.590 litros por segundo. “Essa água é suficiente para abastecer 2,6 milhões de habitantes, uma cidade do porte de Fortaleza”, afirmou a Sabesp, sem comentar se poderá implantar novas medidas para enfrentar a estiagem nos próximos meses.

Governador paulista anuncia carga pesada contra atos de vandalismo

PM mudará tática em atuações durante manifestações na capital para evitar depredações e ocupação de vias de trânsito carregado durante a Copa

Estado de Minas

21/06/2014 

 

Polícia militar de São Paulo vai começar a agir com mais rigor contra os protestos (REUTERS/Stringer/Chico Ferreira)  
Polícia militar de São Paulo vai começar a agir com mais rigor contra os protestos

Irritado, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou ontem que a ação da Polícia Militar em manifestações será revista, e uma das medidas a serem adotadas será a identificação de manifestantes envolvidos nas depredações de ontem por meio das imagens de gravações do ato. O protesto com 1,3 mil pessoas organizado pelo Movimento Passe Livre (MPL) na quinta-feira à tarde terminou com depredações de concessionárias, agências bancárias e de um carro da TV Gazeta durante uma passeata pelas regiões Central e Oeste da capital paulista. 

A PM acompanhou o ato de longe e só foi acionada quando um grupo de mascarados invadiu concessionárias de carros de luxo na Marginal Tietê e começou a destruir os veículos. Agências bancárias na Avenida Rebouças já haviam sido atacadas, mas sem a interferência da corporação. A PM informou que foi “traída” pelo MPL, pois fez um acordo de não acompanhar de perto do protesto sob a condição de que não houvesse violência 

O rastro de destruição deixado por manifestantes ainda era visível na manhã de ontem no Bairro de Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo. Lixeiras quebradas, fachadas de imóveis pichadas e até vasos de plantas destruídos estavam por todo o caminho feito pelos manifestantes do MPl. Rebouças, Eusébio Mattoso, Marginal Pinheiros, Teodoro Sampaio e Fernão Dias foram as vias mais atingidas pela onda de depredações. 

O grupo de concessionária Caltabiano estima prejuízo de cerca de R$ 3 milhões com o ataque a umA de suas lojas na Marginal Pinheiros, inaugurada há uma semana, durante a manifestação do MPL. Ao todo, 12 carros foram danificados, entre eles um CLS 63 AMG, modelo que custa R$ 599,9 mil. O carro mais barato entre os que foram atacados custa R$ 53,4 mil. Vidros estavam por toda parte e no chão era possível ver os objetos utilizados pelos adeptos da tática black block para quebrar os carros. Eles aproveitaram uma caçamba de entulho que estava na frente da concessionária para pegar pedaços de madeira, ferro e pedregulhos. Impressionado com o rastro de destruição, o empresário Nadir Koehler, de 44 anos, tirava foto da frente da concessionária. “Fiquei indignado com isso tudo. Sou do Piauí e não estou acostumado com essas cenas”, disse Koehler. Ele veio a São Paulo buscar um carro da marca Land Rover da loja que fica ao lado. “É um absurdo”, completou. 

Responsáveis pela loja da Mercedes-Benz registraram boletim de ocorrência no 14º DP (Pinheiros). Segundo funcionários, os carros ainda não foram retirados do local porque a seguradora da loja ainda não fez o laudo. Duas outras concessionárias do mesmo grupo tiveram o vidro da frente danificado. Uma da Land Rover, ao lado da loja da Mercedes, e uma da marca Mini Copper na Avenida Rebouças, também na Zona Oeste.

Na segunda-feira, outro protesto está marcado para a região. Integrantes do movimento “Se não tiver direitos, não vai ter Copa” prometem se concentrar a partir das 15h na Praça do Ciclista, na Avenida Paulista.

Dengue passa do nível aceitável em São Paulo

Estadão Conteúdo

Pela primeira vez em pelo menos dez anos, o índice de incidência de dengue na cidade de São Paulo deixou de ser considerado baixo conforme balanço divulgado na quinta-feira,  pela Secretaria Municipal da Saúde. Com 11.392 casos confirmados em menos de seis meses, a cidade tem taxa de 101,2 registros por 100 mil habitantes.
 
De acordo com a classificação do Ministério da Saúde, o índice deixa de ser baixo e passa para médio quando ultrapassa os 100 casos por 100 mil habitantes. Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, que forneceu os dados da doença referentes aos últimos dez anos, isso nunca havia acontecido no período monitorado.
 
Mesmo em 2010, quando a cidade registrou o pior surto da doença no intervalo de dez anos, o índice de incidência do ano inteiro ficou em 53 casos por 100 mil habitantes – metade do registrado em apenas seis meses de 2014. Apesar da marca, o número de casos registrados no ano vem caindo, segundo os dados da Prefeitura. No balanço anterior, divulgado no dia 12, eram 10.124 casos, mas poucos deles foram registrados nos últimos sete dias. A maioria dos registros novos é de pacientes que foram infectados em meses anteriores, mas só confirmados agora.
 
De acordo com a Prefeitura, mais da metade de todos os casos registrados no ano ocorreu no período entre 23 de março e 19 de abril, quando foi registrado o pico da doença. Em todo o ano passado, foram 2.617 casos e duas mortes. Neste ano, já foram confirmados oito óbitos. Entre as vítimas estão uma criança, dois homens e cinco mulheres. Apesar de a Prefeitura não ter confirmado novas mortes nos informes das duas últimas semanas, outros dez óbitos estão sob investigação pela Prefeitura.
 
Emergência
 
Assim como na semana passada, 11 dos 96 distritos da cidade seguem com transmissão de dengue em nível de emergência. A maioria deles está na zona oeste, região mais afetada. Jaguaré continua liderando o ranking do número de casos, com 1.430 registros e taxa de incidência de 2.867,9, considerada alta de acordo com a classificação do Ministério da Saúde. Também estão em nível de emergência os distritos de Rio Pequeno, Lapa, Raposo Tavares (zona oeste), Vila Jacuí, Itaquera, Cidade Líder (zona leste), Tremembé, Pirituba (zona norte), Campo Limpo e Capão Redondo (zona sul). Outros 34 distritos estão em nível de alerta segundo a Prefeitura. Apenas dois distritos, Marsilac e Socorro não tiveram nenhum registro da doença no ano, de acordo com o balanço oficial.
 
Pico e prevenção
 
A Prefeitura afirma que, “apesar do crescimento de casos confirmados nas últimas semanas, o número de notificações começou a desacelerar, e é provável que o pior período da dengue neste ano já esteja superado”. A administração municipal ressaltou ainda que a população deve continuar “mobilizada no combate ao mosquito transmissor e atenta aos sintomas”.
 
De acordo com a administração municipal, até o próximo domingo, 22, todas as regiões da cidade receberão ações de prevenção e combate aos criadouros do mosquito Aedes aegypti. Na zona oeste, região com o maior número de casos, as ações contemplarão a área de cinco subprefeituras.
 
No total, os agentes da Prefeitura farão vistoria em quase 3,6 mil imóveis para investigar se há criadouros. Nas zonas norte e sul, além das visitas dos agentes, serão realizadas dezenas de nebulizações com o objetivo de matar o mosquito já na idade adulta.

noticias gerais e, especificamente, do bairro do Brás, principalmente do comércio