Arquivo da tag: MINAS ANTIPESSOAL

EUA se comprometem a parar fabricação de minas terrestres antipessoais

Minas antipessoais encontrada na Bósnia.

Minas antipessoais encontrada na Bósnia|Wikipedia/ creative commons
RFI

Os Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira (27) que não fabricarão mais minas terrestres antipessoais e deverão aderir ao tratado internacional que proíbe o uso desses dispositivos. Em 2009, Washington assegurou que reconsideraria sua posição sobre o tema, mas não assinou a Convenção de Ottawa que proíbe o uso dessas armas, assim como a Rússia e a China.

“Hoje, em uma conferência em Maputo, em Moçambique, os Estados Unidos assumiram o desafio de declarar que não produzirão mais minas antipessoais no futuro nem substituirão as reservas existentes, quando acabarem”, indicou a Casa Branca em um comunicado.

“Nossa delegação em Maputo esclareceu que estamos buscando soluções que (…) permitam aos Estados Unidos ter acesso à Convenção de Ottawa, que nos permitirão aderi-lo”, afirmou, também por comunicado, a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Caitlin Hayden. O tratado proíbe o uso, o estoque, a produção e a transferência de minas antipessoais.

Hayden lembrou que, desde 1993, os americanos desembolsaram US$ 2,3 bilhões em ajudas a mais de 90 países para a destruição de armas convencionais, entre elas as minas antipessoais.

Convenção

Além de americanos, russos e chineses, as potências nucleares Índia e Paquistão também se abstiveram de assinar o documento. Os Estados Unidos, entretanto, são os únicos membros da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) a não terem se comprometido com a convenção, que entrou em vigor em março de 1999. Desde então, o número de mortos ou feridos pelas minas antipessoais se dividiu por cinco, conforme a ONG Handicap International, e 70 milhões de minas foram destruídas nos 161 países que ratificaram o acordo.

Os americanos, que não produzem mais esse tipo de mina terrestre, as usaram pela última vez durante a Guerra do Golfo, em 1991. Um dos países que mais sofreram com o problema foi Moçambique, onde mais de 2 milhões de minas foram dispersas em 1992, ao final da guerra civil de 16 anos. Até hoje, algumas regiões do país permanecem muito perigosas.

 

 
TAGS

EUA se comprometem a parar fabricação de minas terrestres antipessoais

Minas antipessoais encontrada na Bósnia.

Minas antipessoais encontrada na Bósnia.

Wikipedia/ creative commons
RFI

Os Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira (27) que não fabricarão mais minas terrestres antipessoais e deverão aderir ao tratado internacional que proíbe o uso desses dispositivos. Em 2009, Washington assegurou que reconsideraria sua posição sobre o tema, mas não assinou a Convenção de Ottawa que proíbe o uso dessas armas, assim como a Rússia e a China.

 

“Hoje, em uma conferência em Maputo, em Moçambique, os Estados Unidos assumiram o desafio de declarar que não produzirão mais minas antipessoais no futuro nem substituirão as reservas existentes, quando acabarem”, indicou a Casa Branca em um comunicado.

“Nossa delegação em Maputo esclareceu que estamos buscando soluções que (…) permitam aos Estados Unidos ter acesso à Convenção de Ottawa, que nos permitirão aderi-lo”, afirmou, também por comunicado, a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Caitlin Hayden. O tratado proíbe o uso, o estoque, a produção e a transferência de minas antipessoais.

Hayden lembrou que, desde 1993, os americanos desembolsaram US$ 2,3 bilhões em ajudas a mais de 90 países para a destruição de armas convencionais, entre elas as minas antipessoais.

Convenção

Além de americanos, russos e chineses, as potências nucleares Índia e Paquistão também se abstiveram de assinar o documento. Os Estados Unidos, entretanto, são os únicos membros da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) a não terem se comprometido com a convenção, que entrou em vigor em março de 1999. Desde então, o número de mortos ou feridos pelas minas antipessoais se dividiu por cinco, conforme a ONG Handicap International, e 70 milhões de minas foram destruídas nos 161 países que ratificaram o acordo.

Os americanos, que não produzem mais esse tipo de mina terrestre, as usaram pela última vez durante a Guerra do Golfo, em 1991. Um dos países que mais sofreram com o problema foi Moçambique, onde mais de 2 milhões de minas foram dispersas em 1992, ao final da guerra civil de 16 anos. Até hoje, algumas regiões do país permanecem muito perigosas.