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Em Maceió, restaurante é multado em R$ 16 mil ao negar promoção de rodízio para casal gay

DIÁRIO DA MANHÃ|LUDMILLA MOREIRA

Em agosto de 2013 uma churrascaria de Maceió fazia uma promoção em que, no rodízio, o casal pagaria R$ 29,90. Ygor Leão do Nascimento e seu namorado decidiram ir ao local, comeram, e quando foram ao caixa pagar, a conta estava no valor de R$ 42,90. 

Eles disseram que eram um casal e queriam pagar o valor promocional, mas o dono do estabelecimento alegou que a promoção se aplicava somente a casais heterossexuais. Gays poderiam participar somente com certidão de casamento. Essa mesma exigência não era feita para casais compostos por homem e mulher. 

Os dois pagaram a conta de forma individual e solicitaram um recibo, que poderia comprovar a discriminação que sofreram. O estabelecimento se negou a entregar a nota fiscal ao casal. 

A churrascaria foi multada no valor de R$ 16 mil e a decisão foi do 3º Juizado Cível de Maceió. “Ygor e seu companheiro, que há mais de quatro anos moram juntos, disseram que não só a proibição foi grosseira, mas também a forma com que foram tratados, após se identificarem como casal gay”, informou o juiz Celyrio Adamastor, que falou por meio da assessoraria do Tribunal de Justiça. 

Foto: Reprodução

Foto: Reprodução

Por meio de advogado, a direção da churrascaria alegou que a promoção se referia a casais homossexuais, pois mulheres consomem menos carne que os homens. A defesa ainda alegou que a promoção foi resultado de “estudos prévios realizados mediante o consumo de casais que frequentam o restaurante”, portanto, não aconteceu discriminação. 

O casal será indenizado por danos morais e práticas discriminatórias e o valor será pago a eles em partes iguais.

Com informações do jornal ‘O Globo’.

Aécio diz que nunca usou cocaína e editor sugere um exame toxicológico

Correio do Brasil

Aécio se irritou ao ser perguntado, durante o programa Roda Viva, se era usuário de cocaína

O presidenciável tucano Aécio Neves culpou o ‘submundo da web’ pela ‘infâmia’ de classificá-lo como usuário de cocaína e álcool. As afirmações ocorreram durante entrevista no programa Roda Viva, da TV Cultura, encerrado na madrugada desta terça-feira. Neves diz que nunca cheirou, apenas experimentou maconha quando ainda jovem. Para tirar qualquer dúvida, o jornalista Paulo Nogueira, editor do blog Diário do Centro do Mundo (DCM), sugere que ele se submeta a um exame toxicológico. As chances de que isso aconteça são mínimas, diante do fato que Aécio se recusou asoprar um bafômetro, ao ser flagrado em uma blitz da Lei Seca no Leblon, Zona Sul do Rio.

– A internet é a maior revolução do nosso tempo. Mas ela não impede a atuação de quadrilhas virtuais, de terrorismo. Há nesses casos o cometimento de crimes. Robôs eletrônicos são usados para propagar mentiras. São os absurdos de sempre – disse, sem paciência alguma com as dúvidas do editor da revista mensal Piauí, Fernando Barros e Silva, que lhe fez a pergunta. “O desconforto jorrou em golfadas de Aécio”, repercutiu o jornalista Paulo Nogueira, editor do DCM, a partir de Londres.

Aécio, aos telespectadores do programa apresentado por Augusto Nunes, um dos colunistas da revista semanal de ultradireita Veja, em linha com a ideia de que exista um submundo na web, disse que espera encontrar na disputa eleitoral “todo tipo de leviandade e acusações”.

– Essa guerrilha vai continuar: Jamais (fui usuário de cocaína). Tenho uma vida da qual me orgulho muito. Tenho uma família extraordinária. Os que me conhecem vêm me reelegendo há 30 anos. Não conseguem dizer que sou desonesto, que sou incompetente. Têm de dizer alguma coisa – respondeu.

O ex-governador mineiro, embora tenha-se declarado usuário de maconha, disse que agora é contra a descriminalização da droga:

– (O ex-presidente e líder tucano) Fernando Henrique está à vontade para fazer esse debate, mas não é a minha posição. Não é uma agenda que atenda à expectativa do cidadão brasileiro. Não sou à favor da descriminalização – disse.

Ainda na repercussão do fato no DCM, Nogueira afirma que “Aécio tem um problema”.

“Mesmo num ambiente superprotegido como foi o Roda Viva ontem, a questão da cocaína o assombrou. Me ocorreu a reação histórica de FHC quando, como candidato a prefeito de São Paulo, ouviu de Boris Casoy num debate pela tevê o seguinte: ‘O senhor acredita em Deus?’. Naquela época, FHC não acreditava.

– Mas, Boris: nós tínhamos combinado antes que você não faria essa pergunta – respondeu ele.

“Fernando Barros – o único dos entrevistadores que fez ontem algo parecido com jornalismo – perguntou. A resposta de Aécio – disse, perturbado e irritado, que nunca usou cocaína – não foi a mais convincente que ele deu na vida, com certeza. Aécio, numa demonstração de que Minas não o acostumou a lidar com perguntas embaraçosas de jornalistas, acusou Fernando Barros de já ter candidato. Depois, ele confiou na desinformação das pessoas. Afirmou que os elos que o unem à cocaína são fruto do ‘submundo’ da internet. Temos aí uma visão ampla do ‘submundo da internet‘, então. Incluí o Mineirão lotado. Em 2008, num amistoso da seleção contra a Argentina, a torcida gritou: ‘Ei Maradona, vai se fxxx, o Aécio cheira mais do que você”, lembrou o editor.

E continua: “Pausa para rir”.

“Bem, o editor da Piauí fez menção ao coro do Mineirão. Serra também teria que ser incluído no ‘submundo da internet’. Um jornalista ligado a Serra publicou no Estadão, quando este e Aécio disputavam a indicação do PSDB para a eleição presidencial de 2010, um artigo cujo título era: ‘Pó pará, governador‘. (Aécio era governador de Minas). Serra, pelas costas de Aécio, sempre trouxe a cocaína à cena para boicotá-lo em disputas internas tucanas. Barros lembrou um artigo de Serra que, do nada, quando mais uma vez se avizinhava uma competição entre ele e Aécio pela nomeação à eleição presidencial, anunciava logo na primeira frase que o “consumo de cocaína” seria debatido no Brasil. Aécio claramente não está preparado para discutir a cocaína. Ele parece não ter feito nenhum treinamento com especialistas para se safar deste tipo de pergunta. Ou, se fez, o treinamento foi inútil, pelo menos a julgar por ontem”, acrescentou.

“Aécio, desde o início, era uma candidatura de alto risco para o PSDB pela fama de festeiro inveterado. Ou o partido subestimou o risco, ou simplesmente não tinha alternativa. Podia terminar em Serra, mais uma vez. Para Aécio se livrar do assunto, a única solução é ele fazer um exame toxicológico. Mas, pelo menos até aqui, ele não mostrou nenhuma disposição para fazer isso”, concluiu Nogueira.

Assista à entrevista completa:

 

Maersk nega ter pagado propina a ex-diretor da Petrobras

O Grupo Maersk negou em nota divulgada neste domingo qualquer pagamento de propina a um ex-diretor da Petrobras. Segundo reportagem da revista Época, pen drives apreendidos pela Polícia Federal (PF) na casa de Paulo Roberto Costa, que chegou a ser preso na operação Lava a Jato, indicam que este recebeu R$ 6,2 milhões de “comissão” em contratos firmados entre a petroleira e a empresa dinamarquesa.

Segundo a Maersk, “é comum e habitual a utilização de corretores, que prestam assistência de marketing externo para promover os serviços de operadores petroleiros para muitos clientes de diferentes países (…) A norma internacional para pagamento de taxas para corretores é de 1,25% sobre o total de ganhos acordado em carta-contrato”.

Conforme a reportagem, era em cima dessa taxa de 1,25% que o ex-diretor faturava. Ele teria utilizado o nome de um amigo para montar uma empresa para receber o dinheiro. “As comissões são pagas após a apresentação de faturas oficiais emitidas pelo corretor em questão e por canais bancários igualmente oficiais para um Banco designado no Rio de Janeiro”, diz a empresa.

A assessoria de imprensa da Maersk informou ao Terra ainda que a reportagem apresenta dados incorretos sobre a empresa: o faturamento anual é de US$ 47,4 bilhões ao ano, e não US$ 27 bilhões; são 634 embarcações (incluindo sondas) e não 600 navios. Além disso, a companhia reitera que não tem nenhum contrato firmado com Paulo Roberto Costa.

O ex-diretor da Petrobras foi solto por determinação do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou, também, que o caso deve ficar no Supremo, já que envolve parlamentares.

O Grupo Maersk reitera sua política de trabalho contra a corrupção. Subornos e propinas são estritamente proibidos para qualquer colaborador da Maersk ou grupo parceiro que colabore com a empresa. 

Por vários anos, o Grupo tem realizado negócios com a Petrobras e, em 1977, decidiu estabelecer uma filial no Rio de Janeiro, visando fortalecer o seu relacionamento com clientes brasileiros e parceiros em geral. Consequentemente, os negócios da Maersk com a Petrobras cresceram em áreas upstream e downstream. A Petrobras tem empregado, por exemplo, sondas de perfuração, embarcações offshore, petroleiros e navios gaseiros. No mercado global de navios petroleiros e navios gaseiros, é comum e habitual a utilização de corretores, que prestam assistência de marketing externo para promover os serviços de operadores petroleiros para muitos clientes de diferentes países. A Maersk Tankers também faz isto no Brasil, inclusive com a Petrobras.

A norma internacional para pagamento de taxas para corretores é de 1,25% sobre o total de ganhos acordado em carta-contrato. No Brasil – e trabalhando estritamente dentro das normas da indústria -, a Maersk Tankers também usou a Corretagem Gandra e pagou uma comissão de 1,25%, que é a padrão do setor/indústria. A Maersk Tankers é a única empresa da Maersk que tem realizado negócios com a Corretagem Gandra. A Maersk não tem nenhum contrato com Paulo Roberto Costa.

As comissões são pagas após a apresentação de faturas oficiais emitidas pelo corretor em questão e por canais bancários igualmente oficiais para um Banco designado no Rio de Janeiro. Todos os petroleiros e navios gaseiros fretados para a Petrobras envolveram contratos fixos nos níveis prevalecentes no mercado da época. A Maersk torna a reiterar, em linha com a sua política, que trabalha contra todos os tipos de corrupção, está em conformidade com a legislação.

Fonte: Terra 

Serra rejeita ser vice de Aécio Neves

 

José Serra rejeitou, ontem, domingo (18/5), em mensagem no Facebook, concorrer às eleições de outubro como vice na chapa de Aécio Neves. 

“Nunca fui pré-candidato a vice. Também inexistem “interlocutores” atuando em meu nome. Da minha boca, nunca ninguém ouviu nada a respeito”, disse.

Serra garantiu que será candidato a um cargo no Legislativo Federal — Câmara ou Senado. “E só!”

Segundo ele a afirmação de que “Serra e os serristas pressionam para ter o lugar de vice” faz parte do chamado “jornalismo criativo”, que, entende, pertence ao terreno da ficção.
 

Diretor de filme sobre DSK nega acusações de antissemitismo

AFP internacional– Abel Ferrara, diretor do polêmico filme “Welcome to New York”, inspirado no escândalo DSK, rebateu acusações de antissemitismo em entrevista à AFP neste domingo. 

“Eu não sou antissemita. Espero que não seja. Fui criado por mulheres judias”, disse o norte-americano Ferrara. 

O jornal francês Le Monde e a ex-mulher de Dominique Strauss-Kahn, Anne Sinclair, avaliaram que a descrição da esposa do protagonista, interpretada pela britânica Jacqueline Bisset, é antissemita. 

A personagem é apresentada como uma mulher rica, que ajuda o estado de Israel e herdou uma fortuna acumulada durante a guerra. 

Em entrevista ao site The Huffington Post, a jornalista Anne Sinclair falou sobre seu “desgosto ao ver o suposto cara-a-cara dos protagonistas, onde os autores e produtores do filme projetam seus fantasmas sobre o dinheiro e os judeus”. 

“As alusões à minha família durante a guerra são particularmente degradantes e difamatórias. Elas contam exatamente o contrário do que aconteceu. Meu avô (o comerciante de arte Paul Rosenberg, ndlr) teve que fugir dos nazistas, e teve a nacionalidade francesa retirada pelo governo de Vichy. Meu pai entrou na França Livre e lutou até a Liberação. Dizer outra coisa que não isso é calúnia”, continua Sinclair, chamando os ataques de “claramente antissemitas”. 

A jornalista explica que, mesmo assim, não pretende levar o caso à justiça. “Eu não ataco a sujeira, eu a vomito”. 

Questionado pouco antes da publicação da entrevista de Sinclair, Abel Ferrara se defende e diz não ter manchado a memória do pai da ex-mulher de DSK. “Não foi um colaborador. Ele quase foi morto pela Gestapo. Ele foi justamente o oposto disso, e quase teve o mesmo destino que outros seis milhões de judeus”.

Campeonato de futebol na Vila Aliança tem domínio de traficantes, diz site

Frequente troca de tiros entre policiais e bandidos fez com que jogos fossem cancelados, segundo site internacional

O DIA

Rio – Um site internacional, o Aljazeera America, divulgou recentemente uma reportagem sobre os campeonatos de futebol realizados por traficantes de drogas da comunidade Vila Aliança, na Zona Oeste do Rio. Na matéria é relatado como o campeonato era realizado antes de ser suspenso, em março deste ano, devido a frequente troca de tiros entre policiais e bandidos e, posteriormente pela implantação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Vila Kennedy, comunidade vizinha, e como é essa paixão pelo futebol.

Uma das principais equipes, segundo relato da repórter, é a VA Clube, onde o proprietário é o chefe do tráfico da Vila Aliança, identificado apenas como Padrinho ou Poderoso Chefão, um dos homens mais procurados do Rio. Também é destacado o poderio bélico dessas organizações.

Membros do Clube VA, propriedade do principal traficante de drogas da Vila Aliança, rezam antes do início da partida

Foto:  Reprodução Internet

Durante os jogos, moradores e crianças andavam normalmente em meio aos homens armados. Em uma das imagens, os integrantes do VA Clube aparecem vestidos com a blusa da seleção brasileira e um deles segurava um fuzil AK-47.

“Se você perguntar a qualquer adolescente na favela qual o seu sonho, ele vai te dar três respostas: jogador de futebol, ser um cantor famoso de samba ou o dono da favela”, disse Anderson Nascimento um dos jogadores do VA Clube e que de acordo com a reportagem nunca trabalhou para o tráfico. E complementou: “Eles têm as suas vidas. Eu tenho a minha. Se me convidar para tomar uma cerveja, eu vou. Eu não vejo [Padrinho] como esse cara ruim. Para mim, ele é apenas um cara normal”.