Confira a releitura do clássico do Dire Straits feita pela dupla de funkeiros Tan e Kula na música que estourou nos morros cariocas em 2010.
DoLadoDeCá | Tatiana Ivanovici
Assim como o rap, o funk ou tamborzão, também utiliza muitos samplers em suas produções, e costuma beber em fontes de origens diferentes.
É o caso do hit “Árvore seca” que estourou nos bailes funks há alguns anos na voz de Tan e Kula. O sampler utilizado na montagem, que faz sucesso até hoje, é do saxofone utilizado na música “Your lastest trick” da banda de rock inglesa chamada Dire Straits, lançada na década de 80 no disco Brothers in Arms.
Já o funk da dupla Tan e Kula era uma homenagem ao baile que rolava na comunidade da Árvore Seca no Rio de Janeiro.
Em seu novo trabalho, a rapper exibe uma forte influência na música negra, R&B, Jazz e MPB, revelando composições de sua própria autoria.
Escrito por Thais Siqueira para DoLadoDeCá
14/10/2014
A cantora Tássia Reis acaba de lançar seu primeiro EP intitulado “Tássia Reis”, com participação especial de DJ Zala, Nelson D, Skeeter, Esquina da Gentil e Tiago Mac. O primeiro álbum da cantora conta com a direção de Diamante e mixagem de Rodrigo Tuchê.
Tássia Reis é da cidade de Jacareí, interior de São Paulo, também é dançarina de stret dance e formada em moda. Em seu novo trabalho, a rapper exibe uma forte influência na música negra, R&B, Jazz e MPB, revelando composições de sua própria autoria, onde busca mostrar sua angústia, insatisfações e suas críticas sociais.
Em seu terceiro episódio a série convida os rappers Thaíde e Xis a conhecerem a quebrada de São Mateus e seus principais pontos de cultura.
Escrito por Thais Siqueira, em DoLadoDeCá – 02/09/2014
O Grupo OPNI lança o terceiro episódio da série “OPNI Convida” nesta quarta – feira 3 de setembro, através das redes sociais. Com produção de Toni William, os vídeos mostram visitas de grandes nomes do hip hop na galeria de arte a céu aberto, localizada na Vila Flávia em São Mateus.
Na série, os artistas convidados conhecem a quebrada e seus principais pontos de cultura. Desta vez, os rappers Thaíde e Xis falam sobre música, graffiti e sociedade.
Desde 2009, a Galeria a Céu Aberto favorece o bairro. Os integrantes do Grupo OPNI cresceram em São Mateus, e através dos grafites transformaram o local que ainda é marcado pela pobreza e exclusão social.
O Grupo OPNI iniciou sua trajetória em 1997 desenvolvendo um trabalho exclusivo em suas ações culturais que sempre retratam o cotidiano periférico, realizando murais e exposições “artivistas”. Além da Galeria a Céu Aberto, o grupo mantém projetos como o “Quadro Negro”, com publicação mensal na revista Raça.
Confira o vídeo do 1º episódio com os convidados Max B.O e Dexter!
Renato Barreiros, articulador cultural e um dos maiores incentivadores do funk na Cidade Tiradente, onde atuou como sub-prefeito, escreveu recentemente um artigo para o blog Farofafá sobre declínio do funk ostentação.
Escrito por Tatiana Ivanovici, em DoLadoDeCá
28/08/2014
POR: RENATO BARREIROS
FONTE: FAROFAFÁ
Um dos maiores fenômenos musicais dos últimos anos está em crise, o funk ostentação. Nascido no ano de 2008 em Cidade Tiradentes, extremo leste de São Paulo, é cada vez menos ouvido entre o público que o consagrou: a juventude da periferia paulistana.
A mudança no cenário cultural começou no ano passado, quando todos os MCs da ostentação ainda gastavam milhares de reais para produzirem seus clipes, mas passaram a falar de artigos de luxo AAA, estes cada vez mais caros e distantes do poder de consumo da nova classe C. No começo da explosão do funk ostentação, o MC Boy do Charmesse imaginava dirigindo um carro modelo Megane ou uma moto 1100 cilindradas. Hoje, as músicas falam em Ferraris e Lamborguinis.
MC Naldinho e a música “Ui Chavoso, meia na canela” conseguiu se tornar um hit com um vídeo clipe amador, tendo um automóvel Jetta como seu maior objeto de “ostentação”. Na letra, gírias quase indecifráveis para quem não faz parte desse segmento de juventude e exaltando uma moda muito própria, a meia na canela. Foi como se a juventude da periferia dissesse aos agora nacionalmente famosos MCs da ostentação que não se identificava mais com eles.
Outro fator que colaborou com a crise do funk ostentação foi o engessamento da divulgação das músicas e clipes. Antes clipes e músicas eram copiados por qualquer jovem e colocados em seus canais no YouTube. Atualmente, os MCs lançam seus trabalhos em canais próprios e dificilmente deixam que eles sejam copiados para outros canais não oficiais.
Se essa estratégia gerou uma receita extra para os próprios artistas, complicou a situação financeira e desmotivou os divulgadores naturais e orgânicos do YouTube, os fãs, que ganhavam algum dinheiro com suas milhares de visualizações.
As primeiras formas de divulgação na internet impulsionaram o funk ostentação para o sucesso, e o fez emergir como uma potência comunicacional, independente do mainstream. O tradicional sistema de divulgação, que envolve rádios, TVs e grandes gravadoras, nunca havia dado o menor espaço para o movimento.
O funk como música mais escutada entre os jovens não começou com a ostentação, porém foi a partir da consolidação dessa vertente que a grande mídia e as gravadoras começaram a abrir espaço para os MCs paulistas e ajudaram que o movimento ganhasse dimensão nacional.
Antes da ostentação, o proibidão, muito forte na Baixada Santista, e a chamada “putaria”, oriunda do Rio, já eram febre nas periferias de São Paulo. Mas pelo conteúdo de suas letras fora dos padrões comerciais (a regra era falar de crimes, facções, consumo de drogas ou sexo de maneira explicita) os artistas dessas vertentes não se apresentavam em programas de TV, nem eram assediados por grandes gravadoras. Só serviam como pauta de jornais e revistas nas páginas policiais, quando ligavam suas músicas ao crime organizado.
E então surgiu a ostentação. Com esse tipo de funk em alta, muitos dos MCs acostumados a cantar apenas em salões de periferia e bailes de rua começaram a se apresentar em casas noturnas de luxo. A classe alta assimilou bem suas músicas e se tornou consumidora de funk ostentação. Foi parar em trilha de novela.
Com milhões de acessos no YouTube, os MCs da ostentação passaram a ser disputados por emissoras de TV, tiveram suas músicas veiculadas em grandes rádios comerciais e se aproximaram das grandes gravadoras – as mesmas que torciam o nariz para movimentos que não controlavam.
Essa aproximação fez com que os MCs da ostentação mudassem suas letras e ritmos para um formato mais adequado ao gosto de seus novos consumidores, a classe alta, e aos padrões do que exibe a grande mídia. Outro fato que deve ser levado em conta quando falamos na crise do funk ostentação é o momento que vive a economia brasileira. Quando surgiu, o movimento teve seu ápice acompanhando a “ascensão da nova classe média”.
O resultado dessa crise é que os atuais sucessos do funk nas periferias em São Paulo voltaram a ser um misto de proibidão e da chamada “putaria”. O Passinho do Romano, hoje a maior febre, surgiu depois que um dos jovens dançava se contorcendo após ter inalado o que chamam de lança perfume, que na verdade é uma fórmula amadora e imprecisa que reúne éter, aroma de alguma fruta e acetona, além de outras possíveis químicas.
O Passinho do Romano surgiu antes mesmo que as músicas falando sobre ele fossem lançadas. Hoje, embora tenha tomado uma enorme proporção e não estando mais tão diretamente ligado ao consumo de lança perfume, os primeiros sucessos que falavam do “Romano” tinham citações explicitas ao consumo de drogas como “Lança de Coco”, deMC Bin Laden, “Passinho do Romano”, de MC Crash, e “Não quero Flash”, de Juninho Jr.
Além de fazer sucesso com suas músicas para o Passinho do Romano, MC Bin Laden ressuscitou o funk proibidão, falando do crime na periferia de São Paulo. Na fase áurea da ostentação, essa vertente sobrevivia apenas na voz do MC Kauan. Bin Laden tem entre seus primeiros sucessos a música “Barulho do motor -Bololo” e “Bololo – Haha”.
Entre as músicas da chamada “putaria” é o MC Pedrinho, com apenas 11 anos e que ganhou o apelido de “príncipe da putaria”, quem incendeia os bailes. Seu maior sucesso é a música “Dom, Dom, Dom”. Além de Pedrinho, os MC Livinho, com “Picada Fatal”, e MC Japa, com “Perereca Suicida”, são alguns dos novos Mcs que fazem sucesso dentro desse subgênero do funk.
Outro duro golpe no funk ostentação foi a ampliação dos “fluxos”, os bailes de rua chamados pela grande imprensa de “pancadões”, onde surgiu o Passinho do Romano e as músicas de proibidões e putarias são as mais tocadas. Os “fluxos” fizeram com que caísse a demanda por MCs. Os cachês despencaram. Os “pancadões” são realizados apenas com a aparelhagem de som dos próprios carros, sem apresentações ao vivo.
As casas noturnas da periferia, que contratavam MCs de sucesso e garantiam bons cachês para ter suas pistas cheias de jovens, estão vendo seu público minguar. Elas não têm como concorrer com os “fluxos” que brotam espontaneamente na rua. É muito mais barato para quem frequenta, por não pagar entrada e se pode comprar bebida muito mais barata nos camelôs ou levando de algum supermercado.
Os novos MCs de sucesso fazem menos apresentações e por vezes tem um cachê reduzido. Sua fama acaba por se limitar, em muitos casos, a uma ou duas músicas, em uma cena musical muito mais volátil.
Embora a vertente da ostentação não apareça mais na grande mídia como no ano passado, a força do funk continua sendo a principal trilha sonora da juventude que vive na periferia. Mas o que se vê agora é que, mais uma vez, ela está em rápida transformação e se identifica com outros MCs e letras de outros temas.
O Pagode da 27 comemora nove anos de história e além de muito samba, exerce ações de responsabilidade social com a comunidade do Grajaú.
Escrito por Thais Siqueira, em DoLasdoDeCá
O Pagode da 27 celebra 9 anos de história no dia 31 de agosto, com participações especiais de Marcinho Moreira , Douglas Sampa e demais sambistas que chegarem a roda.
Localizado no bairro do Grajaú, o evento é realizado tradicionalmente nas tardes de domingo, em meio a uma comunidade apaixonada pela genuína raiz do samba, e vem reunindo durante quase uma década, moradores do bairro e admiradores do samba em uma confraternização que concentra pessoas de diferentes locais da cidade.
O Pagode da 27 conta com 10 músicos, cerca de 20 compositores, e além do samba, exerce ações de responsabilidade social com a comunidade do Grajaú, por meio do Projeto Sócio – Cultural Pagode da 27.
A rua “27″ como é chamada até hoje, era na época uma das mais violentas ruas da zona sul de SP. Um ano depois da fundação, foi conquistada autorização para fechar a rua nos dias de pagode, em seguida foi criada uma sede, onde ocorrem hoje aulas de iniciação musical para as crianças do bairro e arrecadação de mantimentos e agasalhos.
Neste ano, a Rede DoLadoDeCá colabora mais uma vez com a articulação cultural e social do evento, através de doação de 1.0000 canecas personalizadas que durante a celebração do aniversário, serão trocadas por 1kg de alimento não perecível e doados para Aldeia dos Índios Krukutus, situada na região de Parelheiros – SP.
Confira o som!
Programação
Chorando em Ré Menor
Horário: 14h às 15h
Família Pereira
Flavinho Batucada
Horário: 15h às 16hs
Pagode da 27 e convidados
Horário: 17h às 20hs
Local: Rua Manoel Guilherme dos Reis, Antiga Rua 27 – Grajau
Para exibir seu trabalho sobre o funk e a juventude brasileira, em viagem internacional, a professora da periferia de São Paulo, Jaqueline Conceição criou a “Vaquinha Online”.
Escrito por Thais Siqueira, em DoLadoDeCá
Com ajuda dos amigos a pedagoga Jaqueline Conceição que mora no Campo Limpo na periferia de São Paulo, criou uma “Vaquinha online”, com intuito de levantar fundos para arcar suas despesas em uma viagem internacional e exibir seu artigo aceito em um congresso que acontece em setembro deste ano.
A funkeira Valesca Popozuda, também irá contribuir pagando metade das despesas da professora que a citou em seu trabalho acadêmico. O artigo aceito para participar do congresso faz parte da dissertação de mestrado defendida por Jaqueline.
Jaqueline é professora de literatura em uma escola na comunidade de Paraisópolis, a pedagoga tem mestrado em educação pela PUC (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), ela foi convidada pela Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, para apresentar seu trabalho sobre o funk e a juventude brasileira, “Só Mina Cruel – Algumas Reflexões Sobre Gênero e Cultura Afirmativa no Universo Juvenil do Funk”.
Internautas de todo o Brasil podem contribuir com uma doação para ajudar nas despesas da viagem.
Confira a história de Pelé, um lutador da zona norte de São Paulo, que dedica sua vida para as crianças e jovens da comunidade do Boi Malhado, utilizando o futebol como ferramenta de educação.
Escrito por Tatiana Ivanovici, em DoLadoDeCá
Conheça a luta do “mestre” Pelé da Casa Verde pra manter o campo e as atividades na comunidade do Boi Malhado, na zona norte de São Paulo. Pelé é morador da região e se dedica a educar e a formar os jovens por meio da disciplina do futebol.
Pra deixar o campo mais bonito, Toddy e Val, graffiteiros do Grupo OPNI, que faz parte do núcleo de criação da Rede DoLadodeCá, foram fazer uma arte nos muros.
O rolê contou com a colaboração de Rogerinho Ferradura do time 9 de Julho, já a produção e captação ficaram por conta do Canu da Vila Fundão.
O vídeo inspirou a criação do movimento #suornãotemcor, no qual artistas e atletas levantam a bandeira da luta contra o racismo presente no futebol, no meio artístico e na sociedade como um todo
Escrito por Thais Siqueira, em DoLadoDeCá
O vídeo clipe foi gravado com a participação de rappers e atletas. As filmagens foram realizadas no tradicional estádio do Juventus, em São Paulo e no estádio do Grêmio em Osasco, reunindo artistas e crianças. Entre os cantores estão: Edi Rock e Ice Blue, Dj. Cuca, Tulio Dek, DBS, Ndee Naldinho; Maurício DTS , Gregory, Crônica Mendes e Toddy, um dos maiores vídeo makers do Brasil.
Atletas internacionais e nacionais de destaque como o atacante da Seleção Italiana Mario Balotelli , Yaya Toure, volante da Costa do Marfim e Marta Vieira eleita a melhor jogadora de futebol do mundo, também deixaram sua mensagem de apoio no videoclipe da canção. Ambos já foram vítimas de ofensas racistas em partidas de futebol.
MC faz reflexão sobre as manifestações brasileiras em nova produção nas vésperas da Copa do Mundo no Brasil
Escrito por Tatiana Ivanovici, em DoLadoDeCá
O músico e apresentador Max B.O. acaba de lançar o clipe “Vamo Além” em parceria com o produtor musical Wzy. O clipe inédito tem produção e edição do Estúdio C7. A letra mantém o estilo de B.O. e fala sobre as manifestações que começaram em junho do ano passado e que ainda não tem previsão para acabar com a abertura da Copa do Mundo.
Max B.O. acha a união da população muito importante para melhorar o país, desde que haja consciência: “Não adianta participar de uma manifestação sem saber porque está lá, pelo que se reivindica. Gente que quer apenas uma foto pra postar nas redes sociais, que vai pra uma manifestação como se estivesse indo fazer um passeio ou quem simplesmente só quer aparecer diante das câmeras, acaba deturpando o verdadeiro sentido do ato. E onde estão e o que fazem as pessoas que muitas vezes são mentoras dessas indignação popular?”.
Veja a matéria sobre a luta de Preto Zezé e da comunidade do Campo do América para retomar a área que seria leiloada.
Escrito por Tatiana Ivanovici, em DoLadoDeCá
O Campo do América é uma comunidade, localizada em meio ao bairro nobre do Meireles,na cidade de Fortaleza, CE, é um símbolo da luta pelo lazer e esporte para os moradores da região.
Preto Zezé, vice-presidente da CUFA Brasil e um dos maiores articuladores da cultura periférica em Fortaleza conseguiu, por meio de uma estratégia que envolvia poder público e imprensa, derrubar o leilão que tiraria o espaço do Campo do América da comunidade. Hoje, o campo já passou por parte da reforma e conta com gramado sintético.
Veja o Preto Zezé falando sobre esta luta no DoLadodeCá.
noticias gerais e, especificamente, do bairro do Brás, principalmente do comércio