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Seleção pede desculpas e promete aprender com erros

Jogadores brasileiros saem do campo depois do apito final.

Jogadores brasileiros saem do campo depois do apito final.

Foto: Reuters

Muita tristeza, desolação e pedidos de desculpas à torcida marcaram a saída dos jogadores brasileiros do estádio Mané Garrincha após a goleada de 3 a 0 neste sábado (12) para a Holanda, na disputa pelo terceiro lugar da Copa. A seleção saiu consciente de que frustrou um país inteiro por não estar à altura do alto nível das equipes que enfrentou, sobretudo nos dois jogos finais.O grupo coloca um fim nesta dolorosa experiência com a promessa de aprender com os erros para não repetir vexames no futuro e reconquistar a confiança do torcedor.

 

Elcio Ramalho, enviado especial a Brasília

A derrota para a Alemanha, que pôs fim ao sonho do hexa, teve efeitos nefastos que repercutiram no jogo pelo terceiro lugar com a Holanda. Esta é a percepção dos atletas que estiveram em campo neste sábado e não souberam reencontrar o caminho da vitória.

A tão propalada motivação expressa pelos jogadores nos últimos dias para vencer a Holanda, terminar em terceiro e aliviar a dor pela derrota histórica de 7 a 1 para os alemães na semifinal se ofuscou logo no início da partida, aos 2 minutos, com a abertura do placar pela Holanda.

O temor de mais um fiasco pairou sobre o estádio Mané Garrinha, especialmente após o segundo gol, aos 17 minutos. Das arquibancadas, torcedores foram incansáveis no apoio à equipe e vibrando com cada lance bonito e com as (poucas) possibilidades concretas de gol.

No segundo tempo, na medida em que as esperanças se tornavam mais remotas, parte da torcida ensaiou um “olé” quando a bola circulava pelos pés dos holandeses para mostrar sua decepção, mas a maioria calou a tentativa de nova humilhação aos jogadores com gritos de incentivo. Evitou um desconforto ainda maior, mas não o terceiro gol holandês, já nos acréscimos da partida, selando mais uma goleada sofrida pela equipe de Luiz Felipe Scolari, que saiu de campo sob vaias.

O capítulo de uma história que deveria ter um final feliz neste domingo no Maracanã terminou escrita de maneira melancólica e com o gosto amargo da derrota. O treinador Felipão anunciou a entrega de seu cargo, explicando que estava previsto antes da Copa. Quando ainda tentava convencer os brasileiros de um balanço positivo de sua seleção, o atacante Neymar interrompeu rapidamente a entrevista coletiva para dar um abraço no treinador. Um gesto elegante de solidariedade e respeito de um jogador que deixou um país inteiro órfão de seu talento, na fase decisiva da Copa.

Antes de seguirem para o Rio de Janeiro e São Paulo, os jogadores que estiveram em campo falaram pela última vez com os jornalistas:

Júlio Cesar: “Nesses momentos é ter cabeça fria, levar os ensinamentos e pensar o que deve ser melhorado. A tristeza existe, por tudo o que aconteceu, principalmente na semifinal. Mas vai passar, os campeões devem olhar sempre para frente. Que esse grupo possa tirar bastante coisa positiva, lapidar essa situação que ocorreu para o futuro. Tem que tirar muito ensinamento para em 2018, que está logo ali, conquistar o tão sonhado hexa.”

Fred: “A gente tem que ter humildade para reconhecer que não aconteceu como imaginávamos. A gente desejava o título, coisas melhores. O penúltimo jogo foi bem marcante para a gente de forma negativa. Agora temos que levantar a abeça. Ninguém vai morrer. A gente fica triste. Essas cicatrizes, vamos carregar e vamos ter que erguer a cabeça.”

Ramirez:  “Não era assim que gostaríamos de ser lembrados pelos torcedores, ficaremos marcados. Virão críticas, vamos ser colocados para baixo, mas temos que ser fortes. A gente sabe que até para voltar ao clube fica complicado porque vamos ouvir gracinhas. A gente fica perdido porque não tem muito o que falar nem o que fazer. Agora vão falar de vexame, vergonha, humilhação. A gente vai ter que aceitar porque é o que aconteceu.”

Hulk: “Temos que pedir desculpas pelos dois jogos e continuar trabalhando. A vida segue. É erguer a cabeça e ter consciência de que erramos e vamos assumir nosso erro. Ninguém esperava perder de 7 a 1 contra a Alemanha e hoje de 3 a 0 contra a Holanda. Tomar 10 gols em dois jogos, não tem que explicar. Temos é que pedir desculpas e levantar a cabeça para continuar trabalhando.”

Maxwell: “É difícil a gente começar um jogo com um gol e correr atrás de um resultado contra uma equipe rápida e organizada. Saio com o sentimento dividido pela alegria de ter estreado e participado, e pela tristeza por ter perdido e sofrido esses gols que deixaram uma marca grande. Eu vou me lembrar dessa Copa do Mundo pelos momentos fantásticos, inesquecíveis, de uma experiência fantástica. Chegar entre os quatro (do Mundo) é muito grande para qualquer profissional. Perder da maneira que foi deixa dolorido, não mostra a realidade do nível dos jogadores, mas mostra que não estivemos bem organizados e cometemos erros que se pagam num nível como este.”

Oscar: “Foi uma derrota difícil de assimilar (para a Alemanha) e temos que aprender com os erros para melhorar no futuro. O Felipão foi um excelente treinador até hoje e tomara que ele fique, mas se não for ele, será outro. A seleção é assim e os jogadores também não sabem se vão continuar.”

: “Desses 28 jogos que essa seleção fez junto, dois jogos têm que ser apagados. Agora cada um tem que saber que tem condições, são jogadores que estão nas melhores equipes do mundo. Todos têm condições de fazer coisas melhores no futuro. A gente despertou muita coisa no povo brasileiro, por isso que eles nos vaiaram. A gente conseguiu trazer emoção de volta. Agora é erguer a cabeça e se desculpar, é claro. Muitos ainda têm condições de jogar uma outra Copa do Mundo e isso não pode ficar guardado porque tem muita coisa pela frente.”

David Luiz: “A gente tinha reacendido uma chama com a torcida. E o baque foi sentido, mas que sirva de aprendizado. Vamos colocar os pés no chão, com muita humildade e ver as coisas boas para mantê-las e aprender com o que não fizemos bem. Quem não quer aprender com tudo o que se vive na vida não evolui. É triste ver que o sonho alimentado por uma país inteiro, de ganhar um hexa, não vai ser realizado. Mas quem sabe não foi tudo por um bom motivo para em 2018 ganharmos o hexa. Só homens e grandes guerreiros irão sobreviver a isso tudo.”

Thiago Silva: “O jogo de hoje foi consequência do jogo passado contra a Alemanha. É difícil você se reeguer com uma derrota da forma que foi. Temos que começar tudo de novo. Nós temos que tirar muitas lições desses últimos dois jogos, porque tudo o que a gente não tinha errado antes, erramos em um só jogo. Esse momento não é a seleção brasileira e é difícil aceitar a derrota do jeito que foi. Apesar de não ter conseguido o troféu, conseguimos muitas outras coisas também, como ter trazido a torcida de volta, é o ponto positivo que a gente pode tirar desse momento. Esse grupo pode chegar em 2018 com uma condição melhor do que tem hoje.” 

Neymar não treina

Principal jogador da seleção apareceu no campo com uma atadura no joelho, mas não é dúvida contra a Colômbia 

BERNARDO ITRI, MARCEL RIZZO E SÉRGIO RANGEL
Da Folhapress – Teresópolis, RJ

Os titulares da seleção brasileira, mais uma vez, não treinaram em campo. 

Ontem, os preferidos de Luiz Felipe Scolari ficaram na academia, trabalhando fisicamente, enquanto os reservas fizeram um jogo-treino contra o time sub-20 do Fluminense. 

Neymar continuou fazendo tratamento em sua coxa esquerda e também no joelho direito, ambos machucados após pancadas recebidas na vitória sobre o Chile, sábado, em Belo Horizonte. 

O camisa 10 desceu ao gramado apenas para acompanhar parte do treino dos suplentes. Ele não mancava, como na chegada a Teresópolis depois da folga, na segunda, mas tinha uma atadura protegendo o joelho direito. 

Outros titulares também acompanharam o treino sentados no banco depois de trabalharem na academia. 

Os reservas jogaram com Victor; Maicon, Dante, Henrique e Maxwell; Paulinho, Hernanes, Ramires e Willian; Bernard e Jô. 

Felipão acompanhou parte do trabalho dentro de campo, e o segundo período do banco, ao lado de Carlos Alberto Parreira. Ao contrário dos coletivos que realiza, ele não paralisava a partida para arrumar o posicionamento dos jogadores. 

Sem trabalhar com os titulares em campo, somente hoje se conhecerá as mudanças que ele deve promover na equipe para enfrentar a Colômbia, sexta-feira, em Fortaleza, pelas quartas de final da Copa do Mundo. Daniel Alves pode perder a vaga para Maicon e há dúvida sobre o substituto de Luiz Gustavo, que está suspenso. 

Paulinho, Hernanes, Ramires e até Henrique disputam a vaga de Luiz Gustavo. 

Psicóloga – A psicóloga Regina Brandão disse que a vista que fez aos jogadores da seleção brasileira ontem no centro de treinamento da CBF em Teresópolis, já fazia parte do planejamento inicial elaborado por sua equipe e a comissão técnica da seleção brasileira. 

Essa informação, porém, é contraditória com a passada inicialmente pela própria comissão técnica da CBF, antes de a Copa do Mundo começar. 

“Estava em aulas da Universidade, então não podia ir e voltar, além da dar aula eu tinha que consultório, mas agora estou de férias e pude vir. Essa visita de hoje [ontem] faz parte do planejamento”, disse Brandão em entrevista à CBF TV. 

O trabalho de Regina Brandão seria feito em apenas três dias, quando ela analisaria o perfil de cada jogador, faria relatórios individuais, e aí repassaria o resultado para o técnico Luiz Felipe Scolari. 

Com base nos dados Felipão teria relações individualizadas com cada atletas, consultando a psicóloga em casos especiais. 

Le Monde tenta explicar excelente média de gols na Copa 2014

Neymar, um dos artilheiros do mundial, comemora um de seus dois gols contra a Croácia

Neymar, um dos artilheiros do mundial, comemora um de seus dois gols contra a Croácia|REUTERS/Ivan Alvarado|RFI

“Carnaval de gols” é o título da matéria principal do caderno dedicado à Copa do Mundo no Le Monde. Ao longo de três páginas, ilustradas por fotografias de Neymar, Müller, Messi e Benzema, o vespertino tenta explicar a surpreendente média de 2,8 bolas na rede por partida, a melhor desde 1970 (2,96). Em tom bem-humorado, o jornal escala suas teorias.

A primeira delas atribuiria o mérito do espetáculo a FIFA, “essa vendedora de espetáculos”. A entidade recomendou que a arbitragem priorizasse os ataques em detrimento das defesas. Derivam disso os altos índices de cartões e pênaltis marcados nas primeiras partidas. Mas, vale lembrar que os pênaltis praticamente desapareceram depois de uma chuva de críticas e outra, de centroavantes voadores. A recomendação da FIFA ajuda, mas não explica a profusão de placares elásticos.

Ciência

Talvez o calor. O jornal escreve que as altas temperaturas que os jogadores enfrentam sob o sol tropical das 13h enfraqueceriam os organismos, reduzindo a concentração. Isso beneficiaria os atacantes, que se aproveitam de “apagões” defensivos para fazer jogadas rápidas. “Pequisadores britânicos se dedicam à questão porque sempre há um pesquisador britânico para se dedicar ao futebol”, ironiza Le Monde. O que eles teriam concluído? Que “o tempo bom favorece a audácia, enquanto o frio produz um futebol mais retranqueiro”.

As grandes defesas também não entraram em campo. Até agora, a única atuação de goleiro que recebeu destaque foi a do mexicano Guillermo Ochoa, principal responsável por um dos raros zero a zero do torneio. Aliás, vem da América Latina a próxima teoria: a coletividade e a raça do Novo Mundo se impõe sobre o individualismo dos craques do Velho Continente, como Cristiano Ronaldo, Andrea Pirlo e Mario Balotelli.

Contra-ataques sucessivos

Mas quem sustenta as melhores teses é o ex-treinador francês Christian Gourcuff, entrevistado pelos enviados especiais do Le Monde Benoit Hopquin e Bruno Lesprit: “As equipes jogam todas no contra-ataque”, ele explica. “O ritmo é tão forte que a organização tática desaparece”. O ônus deste jogo verticalizado, de ligações diretas entre os setores defensivo e ofensivo, é o desaparecimento do meio de campo. Pouca coisa acontece no meio de campo.

Que o diga a seleção brasileira, que deposita toda sua esperança de armação pelo meio nas costas de Oscar, de 22 anos. Além da responsabilidade de exercer essa função mítica, desempenhada por gente do calibre de Pelé, Sócrates, Zico, Rivaldo e aí por diante, ele tem de auxiliar os volantes na marcação. Logo ele, que está acostumado a jogar quase como um terceiro atacante no Chelsea.

Em meio a todas as teorias, os brasileiros podem sacar uma superstição da alta média de gols do Mundial de 2014: a última vez em que os craques marcaram mais do que 2,7 gols por partida, foi em 1970. Aquela que, até hoje, é considerada por unanimidade a melhor copa de todos os tempos. Nela, o Brasil terminou campeão. Que qualquer semelhança não seja mera coincidência.
 

Imprensa europeia questiona se Neymar consegue levar sozinho o Brasil ao hexa

Performance de Neymar é destaque na imprensa europeia.

Performance de Neymar é destaque na imprensa europeia.

REUTERS|Ueslei Marcelino/ the gardien/ abola/ el pais|Adriana Moysés

A imprensa europeia se pergunta se Neymar, sozinho, conseguirá conquistar o hexa para o Brasil. Segundo o jornal esportivo francês L’Équipe, “o primeiro do grupo A não é o Brasil: é Neymar”. “Mais uma vez o craque da seleção brasileira mostrou que é capaz de levar sozinho a equipe. O Brasil pode saborear a vitória, foi merecida”, afirma L’Équipe.

O diário espanhol AS concorda que Neymar foi o rei da partida. “O Brasil segue apresentando carências em relação a jogadores fundamentais, mas a capacidade de liderança de Neymar é tão impressionante que as falhas dos outros perdem a importância”, observa o jornal. El País diz que a única certeza do Brasil é que Neymar está disposto e preparado para liderar o caminho para o título, com um futebol criativo.

O britânico The Guardian fala que mais uma vez Neymar mostrou que os 200 milhões de brasileiros podem contar com ele. E prevê um jogo fascinante, sábado, contra o Chile. “A questão parece não ser tanto se o Brasil pode ganhar a Copa do Mundo, mas se Neymar pode ganhar sozinho para eles”, questiona o diário britânico. Para o próximo jogo, ainda há trabalho a cumprir, principalmente porque o Chile poderá se espelhar em Camarões, que segurou a seleção brasileira durante os primeiros 45 minutos, quando as limitações defensivas de Daniel Alves foram novamente expostas, destaca The Guardian.

Faltam outras cartas na manga

O italiano Gazzetta dello Sport afirma que a classificação do Brasil em primeiro lugar no grupo A estava prevista. Neymar foi maravilhoso contra Camarões, mas a impressão é que, além dele, o Brasil não tem outras cartas na manga, escreve o diário italiano. A defesa brasileira é porosa. “David Luiz alterna momentos geniais com outros em que dorme em campo. Daniel Alves está muito abaixo da média. Mas Felipão pode ter encontrado uma solução trocando Paulinho, considerado medíocre, por Fernandinho.”

O português A Bola destaca a modéstia de Neymar, que depois de marcar o quarto gol na Copa disse que não era melhor que seus companheiros. E anota a frase de Felipão: “temos de melhorar um pouco mais se quisermos passar o Chile, que é uma seleção muito boa”. 
 

 
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Imprensa europeia questiona se Neymar consegue levar sozinho o Brasil ao hexa

Performance de Neymar é destaque na imprensa europeia.

Performance de Neymar é destaque na imprensa europeia.

REUTERS/Ueslei Marcelino/ the gardien/ abola/ el pais
Adriana Moysés

A imprensa europeia se pergunta se Neymar, sozinho, conseguirá conquistar o hexa para o Brasil. Segundo o jornal esportivo francês L’Équipe, “o primeiro do grupo A não é o Brasil: é Neymar”. “Mais uma vez o craque da seleção brasileira mostrou que é capaz de levar sozinho a equipe. O Brasil pode saborear a vitória, foi merecida”, afirma L’Équipe.

 

O diário espanhol AS concorda que Neymar foi o rei da partida. “O Brasil segue apresentando carências em relação a jogadores fundamentais, mas a capacidade de liderança de Neymar é tão impressionante que as falhas dos outros perdem a importância”, observa o jornal. El País diz que a única certeza do Brasil é que Neymar está disposto e preparado para liderar o caminho para o título, com um futebol criativo.

O britânico The Guardian fala que mais uma vez Neymar mostrou que os 200 milhões de brasileiros podem contar com ele. E prevê um jogo fascinante, sábado, contra o Chile. “A questão parece não ser tanto se o Brasil pode ganhar a Copa do Mundo, mas se Neymar pode ganhar sozinho para eles”, questiona o diário britânico. Para o próximo jogo, ainda há trabalho a cumprir, principalmente porque o Chile poderá se espelhar em Camarões, que segurou a seleção brasileira durante os primeiros 45 minutos, quando as limitações defensivas de Daniel Alves foram novamente expostas, destaca The Guardian.

Faltam outras cartas na manga

O italiano Gazzetta dello Sport afirma que a classificação do Brasil em primeiro lugar no grupo A estava prevista. Neymar foi maravilhoso contra Camarões, mas a impressão é que, além dele, o Brasil não tem outras cartas na manga, escreve o diário italiano. A defesa brasileira é porosa. “David Luiz alterna momentos geniais com outros em que dorme em campo. Daniel Alves está muito abaixo da média. Mas Felipão pode ter encontrado uma solução trocando Paulinho, considerado medíocre, por Fernandinho.”

O português A Bola destaca a modéstia de Neymar, que depois de marcar o quarto gol na Copa disse que não era melhor que seus companheiros. E anota a frase de Felipão: “temos de melhorar um pouco mais se quisermos passar o Chile, que é uma seleção muito boa”. 

Estátua de Hulk faz sucesso na volta da seleção a Teresópolis

A estátua gigante de Hulk nas ruas de Teresópolis.

A estátua gigante de Hulk nas ruas de Teresópolis.

Foto: RFI

A seleção brasileira chegou na tarde desta quinta-feira (19) a Teresópolis e mesmo debaixo de chuva, dezenas de torcedores foram recepcionar os jogadores na entrada da Granja Comary. Uma estátua gigante do jogador Hulk, na entrada do local de concentração, fez o maior sucesso entre moradores e turistas.
 

Com uma sombrinha para proteger da chuva fina o filho pendurado no pescoço, Daniela Amorim e o marido Rafael trouxeram Artur, de 5 anos, ver a passagem da seleção. “Esta é a terceira vez que tentamos. Sempre vemos de muito longe. O meu filho fica aflito para ver a seleção”, diz o morador de Teresópolis. “Quero ver o Neymar”, diz o menino sem esconder a ansiedade.

Os batedores da polícia anunciam a chegada do ônibus oficial. Os vidros estavam escuros, mas a família vai voltar feliz para casa. “Acho que vi o Júlio César”, comentou a Daniela. Seu filho acena afirmativamente com a cabeça, com a certeza de ter visto Neymar.

Emoção maior foi de quem conseguiu pelo menos um aceno de mão do ídolo. Cristina Jacques e sua amiga Ellen Santos, de Nilópolis, tiveram um acesso de gritos ao fotografar o atacante. “Ele deu tchau para mim, é um fofo. Ele estava de boné branco “, diz exaltada. “Ele é muito humilde, valeu a pena ter vindo”, completou Ellen.

 

 
Daniela, Rafael e Artur à espera da passagem da seleção brasileira.

Foto: RFI

Estátua de Hulk faz sucesso e mobiliza moradores e turistas

Sem poder tirar fotos de perto com o ídolo, muitos aproveitaram a presença de Hulk, não o jogador, mas o famoso herói americano que fica verde quando nervoso. Uma estátua gigante de mais de 2 metros vestida com a camisa 7 chamou atenção dos moradores e turistas que aproveitaram o feriado para vir à cidade serrana do Rio.

O personagem colocado na entrada do principal acesso ao centro de treinamento, foi uma iniciativa de alguns moradores de Teresópolis para divulgar o drama da menina Maria Luisa, que irá completar 3 anos de idade. Ela sofre da síndrome de Rett, uma doença rara que atinge em média uma em cada quinze mil crianças, principalmente meninas.

A síndrome provoca um distúrbio do sistema nervoso e impede o desenvolvimento motor e da linguagem. O pai dela, Luiz Antonio, precisa de 60 mil reais para continuar o tratamento chamado Therasuit, desenvolvido pela Nasa e que poderá evitar que ela perca os movimentos.

Para levantar fundos, ele conseguiu uma camisa de treino do goleiro Júlio César, que foi assinada por ele e depois por todos os jogadores da seleção brasileira. “Conseguimos mobilizar os moradores e decidimos fazer uma rifa para arrecadar dinheiro para o tratamento que pode evitar o desenvolvimento da doença”, contou o pai da menina.

A empresária Débora Santana, que tem uma loja de esculturas e festas, se sensibilizou com o caso e ofereceu a estátua gigante para divulgar a campanha. “Estamos aproveitando que os holofotes estão voltados para a seleção para divulgar nossa campanha e ajudar a menina”, explicou.

O fisioteraupeuta Leonardo Pinheiro, que conhece os efeitos da doença, teve a ideia de usar o personagem aproveitando que o jogador da seleção que tem o apelido do herói, também ficou lesionado. “Nós todos nos unimos para que a Maria Luiza possa se beneficiar de um tratamento que será muito importante para a síndrome não evoluir”, declarou.

 

 
Luiz Antonio e Débora tiveram a ideia de promover a campanha de sensibilização com o famoso personagem.

Foto: RFI

Hulk “brasileiro”

A expectativa é que a campanha divulgada também pelas redes sociais faça o mesmo sucesso que a  estátua conquistou com os turistas. Um grupo de amigos de Juiz de Fora, aproveitou o feriado, percorreu 160 quilômetros para tentar ver a seleção.

Depois de ver o ônibus passando, Eduardo Martins fez questão de voltar para casa com uma foto da famosa estátua. “O herói é americano, mas é verde e com a camiseta amarela da seleção, virou brasileiro”, disse.

Jogo entre Brasil e México terá forte esquema de segurança para evitar protestos

Arena Castelão, 2013

Arena Castelão, 2013|Flickr/Crystian Cruz

Os moradores do bairro onde fica o estádio tiveram que se cadastrar e colar no para-brisa uma autorização especial para circular em dias de jogos. Militares também foram destacados para a segurança do jogo que começa às 21h no estádio do Castelão, em Fortaleza. A partida, que pode garantir a vaga do Brasil nas oitavas de final, promete ser uma das mais complicadas para a seleção nesta primeira fase.

Elcio Ramalho, enviado especial a Fortaleza

Para os moradores da capital cearense, esta terça-feira será lembrada como o dia em que os mexicanos invadiram a cidade. Torcedores vestidos com a camiseta verde da seleção, com bandeiras enroladas pelo corpo e na cabeça, e muitos com os tradicionais sombreros, invadiram as ruas e os locais mais turísticos, como a orla marítima.

Uma pesquisa revelada hoje mostra que, dos mais de 63 mil ingressos colocados à venda para a partida, 68% foram comprados por turistas, sendo 26% deles estrangeiros. Em primeiro lugar na lista aparecem os mexicanos seguidos dos americanos. Ou seja, o amarelo vai dividir espaço com o verde na Arena Castelão

Mas, apesar do clima festivo, um forte esquema de segurança foi organizado ao redor do estádio, para evitar a aproximação de eventuais manifestantes. Desde ontem, militares já estavam posicionados no perímetro de cerca de dois quilômetros ao redor do estádio. Diversas barreiras colocadas em torno do Castelão também vão evitar a entrada de veículos. Foram limitados dois carros por família.

No ano passado, 35 mil pessoas manifestaram nos arredores do estádio, também em um jogo contra o México pela Copa das Confederações, quando houve confrontos violentos com os policiais. Os rumores é de que novos protestos estão previstos hoje, mas não há informações sobre a mobilização.

Jogo promete ser um dos mais complicados para o Brasil

O histórico entre os times mostra que o México se tornou uma pedra no sapato do Brasil. Todo mundo se lembra da derrota do Brasil nas Olimpíadas de 2012 na disputa pela medalha de ouro. Peralta, autor dos dois gols da vitória mexicana, virou carrasco do Brasil e estará em campo amanhã ao lado de outro atacange perigoso, Giovanni dos Santos, filho de um brasileiro.

Na entrevista coletiva ontem, na Arena Castelão, o treinador Miguel Herrera e alguns jogadores disseram que não têm medo do Brasil e não haverá marcação especial em Neymar porque o time todo é perigoso. Já Felipão continua com a dúvida se Hulk vai ter condições de jogo. Ele espera uma vitória porque esse resultado pode garantir a classificação e será mais um degrau nos seis que ainda faltam para o hexacampeonato.

Chuvas não ameaçam partida, garantem autoridades

Uma vistoria feita no local não constatou nenhum problema que ameaçasse a realização da partida. Nos últimos dias, a chuva não deu trégua em Fortaleza e foram identificadas goteiras na Arena das Dunas. Em 48 horas, choveu o equivamente a um mês, segundo os serviços meteorológicos. A situação só não foi pior porque foi usada uma drenagem para evitar que as lagoas de contenção das águas da chuva transbordassem. O maior problema é em relação ao moradores de alguns bairros. Muitas casas fora destruídas por causa de uma cratera, e cerca de 150 moradores estão desalojados.

Neymar é 16° atleta mais bem pago, segundo a revista Forbes

Estadão Conteúdo

Neymar é a grande aposta da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo

Ele é o brasileiro mais bem colocado na lista

A prestigiada revista norte-americana Forbes divulgou em seu site oficial a lista dos atletas mais bem pagos do mundo. Com faturamento de US$ 33,6 milhões nos últimos 12 meses, Neymar ficou em 16° lugar no ranking e é o brasileiro mais bem colocado. O pugilista dos Estados Unidos Floyd Mayweather ficou na primeira posição ao acumular um montante de US$ 105 milhões pelas lutas vencidas contra Marcos Maidana, em 3 de maio, e Saúl Álvarez, em 14 de setembro do ano passado.

O português Cristiano Ronaldo (US$ 80 milhões) e o norte-americano LeBron James (US$ 72,3 milhões) completam o pódio, enquanto o argentino Lionel Messi (US$ 64,7 milhões) aparece em quarto lugar.

Ao todo, 11 jogadores que vão disputar a Copa do Mundo aparecem entre os 100 atletas mais bem pagos. O inglês Wayne Rooney está em 43º lugar, o argentino Agüero em 44º o marfinense Yaya Touré em 59°, o espanhol Fernando Torres em 63°, o holandês Van Persie em 81°, o inglês Gerrard em 86°, o alemão Özil em 89° e o uruguaio Luis Suárez em 100° foram os outros listados.

A relação dos atletas mais bem pagos do mundo entre os jogadores da Copa poderia ser maior, mas o colombiano Falcão García (15º nesta lista) e Ribéry (92º) foram cortados de Colômbia e França, respectivamente, enquanto o galês Gareth Bale (14º) e o sueco Ibrahimovic (12º) não se classificaram para jogar o Mundial com seus países.

O cálculo da Forbes é baseado em rendimentos divulgados, somando salário a possíveis bônus e contratos de publicidade. O esporte que mais aparece com representantes nesta listagem de atletas mais bem remunerados é o beisebol, com 27 atletas, todos atuando na Major League Baseball (MLB), liga da modalidade nos Estados Unidos.

Neymar tem outro parceiro na seleção

 

 

Se no Santos, Robinho foi o grande tutor de Neymar, na seleção o papel vem sendo desempenhado pelo baiano de Juazeiro, Daniel Alves

BERNARDO ITRI, MARCEL RIZZO E SÉRGIO RANGEL
Da Folhapress – Teresópolis, RJ e São Paulo, SP

Se Robinho foi o tutor de Neymar no Santos, quando o craque iniciou sua carreira profissional no futebol, na seleção brasileira o guru do jogador é outro: Daniel Alves. 

O lateral direito e o atacante não se desgrudam. 

Na preparação do Brasil para a Copa do Mundo, quando se olha para o astro do time, Daniel Alves está sempre por perto. E não é à toa. 

O camisa 2 do técnico Luiz Felipe Scolari é hoje um dos mais experientes do grupo e um dos poucos que já disputou um Mundial. 

Soma-se a isso o fato de que Daniel Alves é também o melhor amigo de Neymar no Barcelona. 

Há seis anos no time catalão, o lateral foi quem “apresentou” o clube a Neymar, mas principalmente foi seu tutor nos bastidores. 

O ambiente no vestiário europeu é liderado por Xavi e há regras para se manter um bom ambiente. As normas foram passadas por Daniel Alves ao craque brasileiro, desde o momento em que ele chegou ao Barça, em 2013. 

Daniel explicou a Neymar, entre outras questões, como se portar no Barcelona, a maneira de tratar cada colega de equipe, qual jogador aceita brincadeiras e quem é mais sério no grupo. 

Já na seleção brasileira, a adaptação foi mais fácil. 

Mas nem por isso um se desgrudou do outro, dos treinamentos na Granja Comary às viagens nos ônibus. 

Quando há atividade em dupla nos treinos, Neymar e Daniel Alves estão sempre juntos. Nos exercícios coletivos, um está sempre próximo do outro. Treinam batidas de faltas juntos. E são parceiros até nas partidas. 

Quando parte com a bola da esquerda para a direita, Neymar olha, procura seu amigo, que sempre está apoiando o atacante pelo lado direito do campo. 

Essa parceria também pode ser notada fora dos gramados. Antes do amistoso contra o Panamá, na terça (3), por exemplo, Neymar postou no Instagram uma foto no ônibus, a caminho do estádio Serra Dourada, em Goiânia, ao lado de Daniel Alves. 

CONTRA O RACISMO 

Os dois jogadores foram recentemente protagonistas de uma campanha publicitária contra o racismo no futebol. 

Neymar lançou na internet a campanha “Somos todos macacos” em solidariedade ao amigo Daniel Alves. 

O lateral comeu durante uma partida do Barcelona uma banana que tinha sido atirada em sua direção por um torcedor do Villarreal. 

O ato publicitário foi resultado de um acordo entre o camisa 10 da seleção e uma agência de propaganda e repercutiu no país inteiro. 

Barcelona ganha reforço de Neymar em decisão contra Atlético

Correio do Brasil|Reuters|Madrid

Neymar e Alba estão afastados desde lesões sofridas durante a derrota ante o Real Madrid na final da Copa do Rei no dia 16 de abril

Barcelona ganhou o reforço do atacante Neymar e dos defensores Gerard Piqué e Jordi Alba para a decisão do Campeonato Espanhol contra o Atlético de Madri, neste sábado, depois que os jogadores receberam carta branca do departamento médico nesta sexta-feira.

Neymar e Alba estão afastados desde lesões sofridas durante a derrota ante o Real Madrid na final da Copa do Rei no dia 16 de abril, enquanto Piqué não joga desde o primeiro jogos das quartas de final da Liga dos Campeões contra o Atlético de Madri, em 1º de abril.

– Os três jogadores progrediram durante a última semana na recuperação de suas respectivas lesões, então eles estão liberados e disponíveis à equipe técnica para o jogo contra o Atlético – informou o Barcelona em sua página na Internet.

– Após alguns dias de trabalhos extra-campo, Piqué, Jordi Alba e Neymar se juntaram novamente ao grupo – acrescentou o clube.

O confronto de sábado no estádio Camp Nou será apenas a terceira vez em que o título do Campeonato Espanhol será decidido em confronto direto no último dia da temporada, e a primeira desde 1951.

O Atlético, em busca de seu primeiro título desde 1996, lidera com 89 pontos, enquanto o Barça, em luta para conquistar seu quinto título em seis anos, tem 86 pontos.

Um vitória simples ou empate seriam o bastante para o Atlético, enquanto o Barça precisa de uma vitória para ficar com o título devido ao melhor retrospecto no confronto direto, que é o critério de desempate.

Neymar diz que pretende voltar a jogar nesta temporada

Estadão Conteúdo

N/A

Com problemas no pé esquerdo, Neymar segue fora pelo Barcelona

Confiante, o atacante Neymar pretende voltar a jogar antes da Copa do Mundo. Em entrevista ao jornal espanhol Mundo Deportivo, ele afirmou que quer estar totalmente recuperado de uma lesão no pé esquerdo a tempo de defender o Barcelona na última rodada do Campeonato Espanhol.

Neymar se machucou na final da Copa do Rei, no dia 16, quando o departamento médico estipulou um prazo de um mês para o seu retorno aos gramados. Se o prazo for cumprido sem imprevistos, o brasileiro teria condições de vestir a camisa do Barcelona contra o líder Atlético de Madrid no fim de semana do dia 18 de maio – a partida tem potencial para decidir o título porque os catalães estão quatro pontos atrás do rival madrilenho.

“Espero me recuperar e jogar a última partida. Se eu tiver possibilidades de ajudar a equipe, o farei”, disse o atacante, que ainda confia no título. “Temos que lutar até o final. A esperança é a última a ser perdida. Se tivermos apenas 1% de chance de ganhar o título, temos que agarrá-la”.

Se não conseguir voltar aos gramados a tempo de ajudar o Barcelona no Espanhol, Neymar só jogará novamente nos amistosos da seleção brasileira em preparação para a Copa do Mundo. O time nacional enfrentará o Panamá, no dia 3 de junho, em Goiânia, e a Sérvia, dia 6, em São Paulo. A estreia no Mundial está marcada para o dia 12, contra a Croácia, no Itaquerão, em São Paulo.

noticias gerais e, especificamente, do bairro do Brás, principalmente do comércio