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Passagem de ônibus interestadual e internacional sobe na terça-feira

Estadão Conteúdo

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) autorizou, por meio de resolução, um reajuste de 4,792% no coeficiente tarifário dos serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros. O porcentual é usado para calcular o preço das passagens. O novo valor começa a vigorar no próximo dia 1º de julho.

O reajuste não se aplica ao transporte rodoviário interestadual e internacional semiurbano de passageiros, ou seja, só alcança os ônibus que circulam em longa distância.

Inflação

Segundo economistas, o aumento nas tarifas  terá influência pequena na taxa de inflação oficial do sétimo mês do ano. De acordo com os especialistas, o aumento deve ter um impacto de apenas 0,01 ponto porcentual no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho, uma vez que o peso do item ‘ônibus interestadual’ no IPCA é de cerca de 0,25 ponto porcentual.

O economista Etore Sanchez, da LCA Consultores, estima uma alta de 4,5% do item no IPCA, com uma pressão de 0,011 ponto porcentual no índice fechado de julho. “O efeito é muito pequeno pois o peso também é baixo”, disse. Segundo Sanchez, com o aumento, a projeção da LCA para o índice de inflação no mês passou de 0,20% para 0,21%.

A economista Alessandra Ribeiro, da Tendências Consultoria Integrada, disse que não irá alterar sua expectativa para o IPCA de julho em razão do reajuste da ANTT. Segundo ela, a alta das tarifas de ônibus deve ter impacto de 0,012 ponto porcentual no índice. “Por enquanto, estamos com 0,23%, mas não vou mudar por causa disso.” Alessandra afirmou que poderá fazer alteração na projeção caso saia o reajuste das tarifas de energia da Eletropaulo, concessionária que abastece a região metropolitana de São Paulo.

A expectativa da Tendências é que o aumento na tarifa da AES Eletropaulo fique em 10%. “Entretanto, tendo em vista que os reajustes autorizados nos últimos meses ficaram bastante acima do esperado, a alta das tarifas em São Paulo pode surpreender para cima. Neste caso, dado o peso relevante desta região metropolitana no IPCA (30,67%), a projeção para a inflação do ano deve ser revisada para patamares mais próximos ao teto da meta”, destaca análise na página on line da Tendências.

De acordo com a ANTT, o reajuste não se aplica ao transporte rodoviário interestadual e internacional semiurbano de passageiros. Só atinge os ônibus que circulam em longa distância.

Prefeitura de São Paulo proíbe música alta em ônibus

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), regulamentou a lei que proíbe o uso de aparelhos sonoros sem fone de ouvido dentro do transporte coletivo da cidade. A medida, publicada no Diário Oficial da Cidade no sábado, prevê a afixação de placas dentro dos veículos informando os passageiros sobre a proibição. As informações foram publicadas no jornal Folha de S.Paulo.

As características dos avisos, que precisam ter letras com formato e tamanho legíveis, serão definidas pela SPTrans, que também vai multar as empresas que descumprirem a regra. O valor da multa ainda não foi informado. Quando sancionou a lei, o prefeito vetou o artigo 4º do projeto, que autorizava o poder público a multar o infrator em até R$ 5 mil, dobrando a multa em caso de reincidência.

O passageiro que estiver ouvindo música ou utilizando qualquer tipo de dispositivo sonoro sem fone de ouvido no interior do coletivo deverá ser orientado pelos funcionários a desligar o aparelho imediatamente. Caso ele se recuse, poderá ser convidado se retirar do veículo. Se ainda assim houver resistência, os funcionários podem chamar a polícia.

Fonte: Terra 

Sob ameaça de greve, rodoviários do DF se reunem com governo e empresários

A reunião está marcada para às 11h e prevê possível acordo para conter ameaça de greve a seis dias da Copa

Correio Braziliense

06/06/2014 

Ao todo, cerca de 11 mil profissionais atuam no sistema rodoviário do DF e cinco empresas operam o transporte público (Monique Renne/CB/D.A Press)  
Ao todo, cerca de 11 mil profissionais atuam no sistema rodoviário do DF e cinco empresas operam o transporte público

A seis dias da Copa do Mundo, rodoviários ameaçam entrar em greve na segunda-feira (9/6) caso não haja negociação entre a categoria e o governo. Representantes do Sindicato dos Rodoviários se reunirão nesta sexta-feira (6/6) com representantes da Secretaria de Transportes, do DFTrans e donos das empresas de ônibus para decidir sobre reivindicações de motoristas e cobradores. O local não foi divulgado.

A categoria pede reajuste de 20% no salário e no vale-alimentação, aumento de 40% no valor da cesta básica e reajuste anual de 1%. Rodoviários alegam perdas por conta da inflação registrada desde o ano passado e pedem a renegociação da data base, de maio de 2013.

Segundo o Sindicato dos Rodoviários, João Jesus de Oliveira, rodoviários se reunirão em assembleia neste domingo (8/6), às 9h, no estacionamento do Centro Comercial Conic para apresentar as respostas do governo e decidir se a categoria deve iniciar a greve ou não. Caso seja decidido pela adesão, a greve deve começar na segunda-feira (9/6) e não tem data para terminar.

Uma reunião na tarde dessa quinta-feira (5/6) com o Governo do Distrito Federal (GDF) e representantes das empresas de ônibus não apresentou avanços. Ao todo, cerca de 11 mil profissionais atuam no sistema rodoviário do DF e cinco empresas – Pioneira, Piracicabana, São José, Urb e Marechal – operam o transporte público da capital.

O Correio entrou em contato com a Secretaria de Transporte, mas não obteve resposta até a publicação da matéria. O DFTrans informou que o órgão acompanha as negociações de perto e que o diretor da pasta, Jair Tedeschi, participará da reunião desta sexta-feira.

A Companhia Metropolitana do Metrô informou que caso haja greve dos rodoviários, o metrô deve operar conforme a demanda. Segundo a companhia, a frota máxima de 24 trens utilizada apenas em horários de pico, das 6h às 8h45 e das 16h45 às 20h15, pode ser estendida para horários alternativos, de acordo com a necessidade dos usuários.

Após oito dias, ônibus voltam a circular em São Luís

04/06/2014 

São Luís, 04 – Depois de oito dias sem ônibus, a capital maranhense voltou a ter coletivos à disposição da população depois que os rodoviários decidiram voltar atrás na paralisação total e acatar a decisão da justiça do trabalho para colocar 70% da frota circulando.

No entanto, o retorno dos ônibus às ruas de São Luís não foi tranquilo. Já nas primeiras horas da manhã, pelo menos quatro ônibus acabaram enguiçando em algumas das principais avenidas da cidade. Houve registro de quebra de coletivos nas avenidas dos Africanos e Jerônimo de Albuquerque, no Elevado do Trabalhador e dentro de um dos bairros da capital.

A decisão dos rodoviários foi tomada em uma assembleia da categoria e está sendo entendida como uma reação a atitude dos empresários que abriram processos seletivos para contratação temporária de motoristas e cobradores para substituir os grevistas, em virtude da greve dos rodoviários com paralisação total ter sido declarada ilegal pelo Tribunal regional do trabalho do Maranhão (TRT-MA).

O movimento grevista perdeu força com a declaração de ilegalidade, mas ainda não significa fim da greve, uma vez que apenas 570 dos mais de 1 mil coletivos da cidade voltaram a circular.

As negociações entre patrões e empregados continua, com os trabalhadores reduzindo sua pauta de reajuste de 16% para 11%, porém os empresários ainda não sinalizaram com nenhum porcentual. Na semana que vem, a ação de dissídio coletivo da categoria deverá ser julgado pelo TRT-MA e ai sim a greve dos rodoviários de São Luís chegará ao final.

 

São Luís segue sem ônibus e empresas abrem contratações

03/06/2014 

São Luís, 03 – A cidade de São Luís continua sem ônibus nesta terça-feira, 03. O Sindicato dos Trabalhadores no Transporte Rodoviário do Estado do Maranhão (STTREMA) mantém a orientação de paralisação total da frota de 1.100 coletivos de São Luís. Desde 27 de maio, a capital maranhense está com 100% da frota parada, mesmo com a determinação do Tribunal Regional do Trabalho do Maranhão (TRT-MA) de que pelo menos 70% da frota deve circular durante a greve e a declaração de que o movimento é ilegal. Por dia, cerca de 750 mil pessoas deixam de ser transportadas.

Os jornais maranhenses amanheceram com anúncios do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET) convocando motoristas e cobradores a voltar ao trabalho por força da ordem judicial, que considerou a greve dos rodoviários ilegal.

A entidade empresarial também divulgou nota na qual alega ter prejuízos há 10 anos. “Neste período, deixamos de adquirir 700 ônibus novos”, diz a nota.

Além disso, os empresários abriram diversos processos seletivos para contratação temporária, com o intuito de substituir os grevistas que há 13 dias estão de braços cruzados.

No segundo dia de greve dos trabalhadores do sistema de transporte, usuários furaram pneus e quebraram janelas de veículos, ontem 

Diário de Cuiabá|Gustavo nascimento

Passageiros depredaram oito ônibus na região central de Cuiabá, revoltados com a greve dos motoristas e cobradores. Os usuários furaram pneus e quebraram janelas dos veículos indignados com a falta de transporte para volta ao lar depois da aula, um grupo de estudantes também cruzou os braços e sentou no meio da avenida Prainha. 

As manifestações foram realizadas na noite da última terça-feira (20). Os estudantes reclamaram que a greve não atendeu nem os 30% do efetivo exigidos pela lei, quanto mais os 70% que foram determinados pela Justiça. Os passageiros ficaram entre 20 e 23 horas aguardando ônibus para retornarem para suas residências, porém nenhum veículo passou pelo local. 

Por conta disso, dezenas de pessoas pararam o trânsito das avenidas Tenente Coronel Duarte (Prainha) e Generoso Ponce, em sinal de protesto. 

A Polícia Militar de Mato Grosso (PMMT) teve que ser acionada para conter os manifestantes e reestabelecer o trânsito da região. Após a chegada dos policias, o grupo liberou as vias de forma pacífica. 

Entre os manifestante estava o estudante João Antônio Vieira, de 17 anos. Ele contou que para ir para a escola teve que pegar uma carona, porém não conseguiu retornar. “Eu esperei das oito até as 10h30 da noite. Tive que ir embora de mototáxi.” 

De acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Mato Grosso (STU), na segunda-feira apenas 40% dos ônibus trafegaram nas ruas de Cuiabá e mesmo com as manifestações, os motoristas voltaram a descumprir a ordem judicial ontem (21). Segundo o STU, somente 50% da frota rodou. 

Na tarde de hoje (22), será realizada uma audiência de conciliação entre os trabalhadores e as empresas no Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região (TRT). 

Por conta disto, um boato ganhou força dentro dos ônibus da Capital. Os motoristas estariam afirmando que nenhum ônibus rodará no dia de hoje, principalmente no período da tarde, para que a categoria participe da audiência. A notícia alarmou a trabalhadores e estudantes que dependem do transporte público. 

Conforme o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores do Transporte Coletivo de Cuiabá e Região (STETT-CR), a informação da paralisação geral é mentira. O sindicato informou que somente os trabalhadores que não estiverem em horário de serviço irão participar da audiência. O STETT também afirmou que tem cumprido com a ordem judicial e que 70% da frota está rodando durante a greve. 

Os trabalhadores reivindicam um reajuste salarial de 7,15%, vale-alimentação de R$ 400 por mês, bonificação para motoristas que atuam sem cobradores dentro dos veículos de R$ 250, protetor solar para trabalhadores que atuam expostos ao sol e bonificação por carga horária de cursos de qualificação ligados à atividade no transporte coletivo. 

SP: ônibus são apedrejados após PM agir em greve de garagem

A Policia Militar fez nesta quinta-feira a primeira intervenção na greve de motoristas e cobradores do transporte coletivo de São Paulo. Um grupo de pelo menos 10 policiais, do 49º Batalhão, da 3ª companhia, interveio no bloqueio que era realizado desde as 4h, na garagem principal da viação Santa Brígida, na Vila Jaguara, na zona norte da capital.

Policiais tentaram conversar e acalmar grevistas que impediam a saída dos ônibus. “Não estamos exatamente a favor da empresa”, disseram alguns PMs, ressaltando que pretendiam apenas cumprir uma ordem. Pontualmente às 9h, os primeiros dos 550 carros da garagem começaram a deixar o pátio sob críticas dos grevistas, que aplaudiam ironicamente e chamaram os próprios companheiros de “safados” e “vendidos”.

Mesmo com a presença da PM, todos os veículos que deixaram a garagem foram apedrejados e retornando ao pátio. Segundo a assessoria de imprensa da viação Santa Brígida, a PM foi convocada pelo não cumprimento da palavra dos grevistas. Segundo a empresa, os manifestantes desrespeitaram um acordo firmado um pouco antes, onde a comissão dos grevistas se comprometeu a deixar a passagem livre para os ônibus que quisessem sair.

Ficou definido na quarta-feira, após reunião entre o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, e o secretário estadual de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, que a polícia de São Paulo passaria a intervir na paralisação de ônibus que acontece na capital paulista desde a manhã da última terça-feira.

“Fizemos uma reunião e acertamos um procedimento de urgência, de emergência, que procura fazer com que a relação da PM e da Polícia Civil com a SPTrans e a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) seja rápida. Vai ter um membro da SPTrans no Copom (central de monitoramento da polícia). Este membro vai fazer a relação online com o comando da polícia para quando precisar do reforço policial para retirar o veiculo para garantir que a segurança do agente aconteça imediatamente”, disse Tatto. Segundo o secretário, a ação acontecerá imediatamente.

Tatto foi pessoalmente à Secretaria de Segurança Pública pedir ajuda à Polícia Militar e conversar com Grella. Porém, algumas horas antes, o secretário municipal afirmou ter havido “passividade” por parte da Polícia Militar para agir contra o problema na capital. Apesar dessa declaração de Tatto, Grella disse ter havido um “equívoco”. O secretário de segurança afirmou ainda que o Ministério Público está no papel de investigar essa possível omissão da polícia.

Fonte: Terra 

SP: manifestações aumentam demanda por taxi em até 50%

Com as manifestações dos motoristas de ônibus na cidade de São Paulo na manhã desta quarta-feira, houve aumento de até 50% na procura pelo serviço de táxi na capital. Quem tentou pegar um táxi sentiu na pele o impacto do aumento na demanda – houve gente no Butantã que esperou até uma hora para conseguir um carro.

Segundo a Use Taxi, uma das maiores cooperativas em atividade na cidade, a alta na procura foi de pelo menos 50%. O mesmo índice foi registrado pela Easy Táxi, que permite que o passageiro chame um taxi por meio de um aplicativo no celular. Já a Coopertax, outra cooperativa, estimou a alta no horário em cerca de 15%.

Se as paralisações continuarem na tarde desta quarta-feira, a Use Taxi diz esperar um aumento na demanda da ordem de 30%, o que pode significar mais atrasos. As cooperativas, porém, insistem que o tempo de espera por um taxi não aumentou na manhã de quarta-feira nem deve aumentar na tarde – apesar do aumento na demanda. Segundo a Cooperax, em no máximo 20 minutos os passageiros eram atendidos na manhã de hoje. 

Fonte: Terra 

Paralisação de ônibus fecha 10 terminais e 10 garagens na capital e afeta Grande SP

Paralisação de motoristas e cobradores atinge 1,8 milhão de passageiros, segundo empresas

Do R7, com Agência Record

paralisação dos rodoviários fechava 10 dos 33 terminais de ônibus da capital paulista, por volta das 14h51 desta quarta-feira (21). Além dos terminais Lapa, na zona oeste, e Capelinha, na zona sul, agora o terminal Dom Pedro II, no centro de São Paulo, também não está operando.

Duas das 10 garagens que foram paralisadas pelos grevistas já voltaram a funcionar, segundo a SPTrans (São Paulo Transporte). Este é o segundo dia seguido que os rodoviários cruzam os braços.

O movimento é liderado por setores dentro do Sindmotoristas (Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo) que não concordam com o acordo salarial feito pela diretoria do sindicato e a prefeitura de São Paulo.

O protesto de motoristas e cobradores na cidade de São Paulo afeta cerca de 1,8 milhão de pessoas, de acordo com as empresas que tiveram as atividades paralisadas nesta manhã. Cinco das 14 viações que atendem à capital paulista estão paradas. As zonas norte e noroeste são as mais afetadas. Há paralisações também em parte da zona sul e zona oeste. Apenas na zona leste, os motoristas e cobradores não aderiram à paralisação.  

De acordo com a SPTrans, os terminais fechados são: Casa Verde, Cachoeirinha, Grajaú, João Dias, Lapa, Mercado, Parque Dom Pedro, Pinheiros, Pirituba, Santo Amaro e Sacomã.

Os grevistas fazem manifestações em vários pontos da cidade. Eles abandonam veículos em corredores de ônibus em vias importantes da cidade e também fazem protesto na zona sul da capital paulista. 

Veja a situação das garagens fechadas:

Todas as quatro garagens da Viação Sambaíba, na zona norte de São Paulo, estão paralisadas. A empresa transporta 780 mil passageiros por dia. A viação Santa Brígida, que atende a região oeste e parte da zona norte, está com duas garagens paradas. Cerca de 425 mil pessoas usam os ônibus da empresa todos os dias. 

A Viação Gato Preto, que atende linhas de ônibus nas zonas norte e oeste, tem outras duas garagens inoperantes. A empresa atende 270 passageiros diariamente. A garagem da Via Sul, na avenida do Cursino, na zona sul, não está funcionando. Outras duas garagens da empresa estão operando. A viação leva 500 mil pessoas por dia.

A Vip M’Boi Mirim, também na zona sul, também está com uma garagem paralisada. Outras duas estão operando. Os motoristas e cobradores da Vip M´boi Mirim obrigaram os motoristas que estavam trabahando a descerem dos veículos e pararam os ônibus no corredor da avenida M´Boi Mirim. Eles são contrários ao acordo salarial feito entre as empresas e o atual sindicato da categoria. 

Grande São Paulo

Cerca de 260 ônibus municipais e intermunicipais da Viação Osasco, que atende cerca de 100 mil passageiros de Carapicuíba e Osasco, na Grande São Paulo, não estão circulando nesta manhã. De acordo com funcionário da viação, apenas a garagem da filial está paralisada. Os motoristas da empresa estão na garagem, porém pretendem fazer uma manifestação no largo de Osasco.

Devido a ameaça de vandalismo e depredação dos ônibus das três linhas que abastecem a região da Raposo Tavares, os ônibus começaram a ser recolhidos na Vila Menck, por volta das 8h30. A viação Pirajussara, que tem a garagem localizada em Taboão da Serra, foi fechada no começo da manhã pelos próprios motoristas.

Motoristas e cobradores vestem nariz de palhaço em SP

21/05/2014 

São Paulo, 21 – Motoristas e cobradores de ônibus que aderiram a paralisação na manhã desta quarta-feira, 21, vestiram nariz de palhaço no Terminal Lapa, na zona oeste de São Paulo, que está fechado. Alguns, como Gilberto Cardoso, de 45 anos, estão no local desde as 4h da manhã desta terça-feira, 20. “Nenhum representante veio falar conosco. O nosso aumento, sem contar a inflação, é de apenas 2,4%”, disse Cardoso, que há 15 anos trabalha como motorista.

“Há muito tempo é essa palhaçada. Eles prometem um aumento, nós esperamos, mas ele não vem. Sentimos muito pela população, mas a greve é necessária”, disse outro motorista, que preferiu não se identificar.

A vendedora Gisele Amorim, de 26 anos, não sabe se conseguirá chegar à loja onde trabalha em Moema, na zona sul.”Já liguei para a patroa. Vou esperar um pouco e ver como vai ser, senão vou para casa. É uma pena porque sou a única vendedora da loja”, lamentou.

Além dos passageiros, comerciantes dentro do terminal também sofrem com a greve. A dona de um dos quiosques de lanche estima um prejuízo de até R$ 4 mil por causa desta greve. “Não tem passageiros, não tem venda. Quebraram nossas pernas. É uma situação complicada porque eles têm o direito a greve, mas também estamos sendo prejudicados”, disse Rosana Reis, de 33 anos. Segundo ela, o aluguel do ponto de venda é de R$ 6 mil por mês.

Já a auxiliar administrativa Bruna Nascimento, de 19 anos, disse que está desde as 7h no terminal e que deve voltar para a casa. “Vou voltar porque não tem jeito de ir. A empresa está ainda vendo se manda um carro para nos buscar, mas não sei e tenho medo da volta.” Segundo ela, os dois ônibus que passam próximos ao trabalho saem do Terminal Lapa.

Um fiscal que não quis se identificar está no Terminal Lapa para “zelar pelo patrimônio da empresa” Santa Brígida. Ele está com as chaves dos ônibus que não estão acompanhados pelos motoristas e cobradores. “Muitos não aguentaram mais porque estavam aqui desde a madrugada de ontem e foram embora sem rendição. Infelizmente, por não terem ficado com o patrimônio da empresa, devem ser penalizados.”

O fiscal disse que apoia a luta dos motoristas e cobradores e lamenta que o sindicato dos fiscais não faça parte do movimento. “A paralisação é justa e chegou a vez de São Paulo”, declarou.

noticias gerais e, especificamente, do bairro do Brás, principalmente do comércio