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Candidato do PSB-AM ao Senado defende hidrelétricas na Amazônia

Último entrevistado dos candidatos ao Senado, Serafim falou sobre revitalização da BR-319 e criticou o ‘Mais Médicos’

Portal Amazonas

O farmacêutico Marcelo Serafim é o candidato da chapa de Eduardo Campos e Marina Silva ao Senado no Amazonas. Foto: Izabel Santos/Portal Amazônia

MANAUS – O ex-deputado federal e atual vereador de Manaus, Marcelo Serafim, é o candidato do PSB ao Senado. O candidato também falou sobre educação, saúde, infraestrutura, habitação, turismo, cultura e economia. Marcelo Serafim encerrou a rodada de entrevistas com os candidatos das coligações majoritárias no Amazonas realizada pela Rádio Amazonas FM.

O candidato respondeu a todas as perguntas dos jornalistas do grupo Rede Amazônica, até as mais ‘espinhosas’ como sobre a influência que tinha no Executivo Municipal quando seu pai, Serafim Corrêa, era prefeito da cidade.  “Era a pessoa, naquele momento, que estava dentro da Prefeitura que queria o bem dele. E todas as vezes que achava que tinha algo de errado, eu o alertava. Como filho, como secretário, como amigo e como companheiro. Infelizmente, algumas pessoas, inclusive do próprio Governo, que queriam fazer coisas erradas acabavam me atacando porque esse era o caminho mais fácil e o caminho mais próximo de tentar destruir minha imagem”, disse.

Na próxima segunda-feira (4), começam as entrevistas com os candidatos a vice-governador. OPortal Amazônia selecionou algumas perguntas respondidas por Marcelo. O áudio da entrevista completa com o candidato do PSB está disponível no final desta página.

Candidato, nós temos a previsão de construção de 20 [usinas] hidrelétricas até 2022 na Amazônia. É uma matriz energética defendida por muitos porque dizem que causa menos danos ao meio ambiente, mas sabemos que é muito polêmica. Como senador, qual será o seu posicionamento em relação a construção deste empreendimentos aqui na região?

Eu sou a favor das hidrelétricas na região amazônica. Essas hidrelétricas que estão sendo construídas são diferentes da [Usina] Hidrelétrica de Balbina. Balbina foi uma tragédia ambiental. Essas hidrelétricas de agora, elas têm minimizado, e muito, os problemas ambientais existentes. O quê que é melhor: eu ter uma hidrelétrica danificando um pouco o meio ambiente, óbvio que vai ter dano ambiental, ou eu ter todo interior da Amazônia queimando óleo diesel ‘pra’ poder produzir a sua energia? É óbvio que energia limpa é muito melhor. Então eu sou amplamente favorável às hidrelétricas. Isso é um projeto de nação, é um projeto de longo prazo. Nós temos que sempre estar discutindo e sempre estar trabalhando para diminuir os impactos ambientais. Certamente as próximas hidrelétricas terão impactos ambientais menores do que tivemos em Santo Antônio e em Jirau. Muito menores! Então você tem que trabalhar cientificamente para reduzir os danos ambientais. Agora, matriz energética através da água é a melhor matriz energética que a gente pode ter. Nós precisamos por exemplo, usar de forma efetiva o gás e Urucu. O Brasil gastou mais de R$ 1 bilhão, bilhões de reais para que se fizesse o gasoduto Coari-Manaus. E hoje você anda pelas ruas de Manaus e você não tem os carros andando a gás, você não tem um transporte coletivo funcionando a gás. Quer dizer, houve todo um gasto e você não tem a utilização efetiva dessa matriz energética. Então, energia, é algo importante para o desenvolvimento brasileiro. E nós temos um potencial energético enorme. O Amazonas precisa ser vendido para o Brasil pelas suas potencialidades. Eu venderei o Amazonas para o Brasil enquanto nação e para o mundo, pela água por exemplo. Nós temos um potencial hídrico muito maior do que qualquer Estado brasileiro. Nós vemos hoje o maior Estado brasileiro que é São Paulo, vivendo um drama de abastecimento de água. Como funciona as indústrias de São Paulo com um racionamento que existe de água? Nós temos a Zona Franca [de Manaus] que é importantíssima para o nosso desenvolvimento e nós temos o maior incentivo econômico que é a água. Para você ter uma ideia, uma indústria de pequeno porte chega a gastar 80 mil litros de água por dia. E nós temos o maior patrimônio de água do mundo. Nós temos que vender o nosso País pela água. A água produz energia, a água produz vida e produz riqueza. O Amazonas precisa ser vendido para o mundo pelo seu potencial hídrico.

Candidato, a gente vê que a BR-319 é uma bandeira, principalmente do Estado de Rondônia, parece que interessa muito a eles a revitalizar essa estrada. Mas se o senhor for eleito senador o senhor vai defender a revitalização da BR-319? Como o senhor vê do ponto de vista econômico e ambiental?

Ela [a BR-319] é um legado para o esse Estado. Eu sou totalmente favorável a BR 319. Eu entendo que essa BR pode, por exemplo, quando tem a discussão ambiental, ‘vai promover degradação, vai promover destruição e etc, você pode construir uma estrada à parte. E nessa estrada à parte você terá preservação do meio ambiente. A BR-319 é a conexão do Estado do Amazonas com o Brasil e nós não podemos privar o povo amazonense desse legado. Nós ouvimos esse discurso da BR-319 a muito tempo. Em muitas eleições isso é prometido ‘pra’ gente. Em mais uma eleição, os candidatos à presidência da República vão dizer que são favoráveis. Agora, infelizmente, ao que me parece, do ponto de vista econômico, o custo de construção da estrada seria muito alto. Por isso o Governo Federal fica inventando desculpas ambientais para não fazer o que efetivamente teria que fazer que é a BR-319. Por tanto, a BR-319 não pode ser a única coisa, temos que pensar e quando pensamos em infraestrutura a nossa principal infraestrutura em transporte são os rios. As nossas estradas são os rios. Precisamos balizar as nossas hidrovias e fazer com que esse transporte, que é muito mais barato que o ferroviário e que o rodoviário, possa fazer parte efetiva do nosso Estado. Nós já temos a hidrovia como o nosso principal meio de transporte, mas precisamos melhorar esse tipo de transporte dentro do nosso Estado.

 

Zona Franca de Manaus vira estratégica na corrida eleitoral do Amazonas

Candidatos tentam ‘colar’ suas imagens na possível na prorrogação do modelo ZFM

Jornal do Commercio|Manaus

MANAUS – De lados opostos na disputa eleitoral, dois dos principais candidatos ao governo do Amazonas estarão lado a lado nesta semana. Na semana em que foi aberto oficialmente o período de campanha, o governador José Melo (PROS) e o senador Eduardo Braga (PMDB), ambos com mandato ainda em curso, não cumprem agenda de campanha pelo menos até a próxima quarta-feira (16). Até esta data, Melo e Braga dedicam-se à aprovação da PEC da Prorrogação da Zona Franca de Manaus no Senado Federal, em Brasília.

De acordo com informações de sua assessoria, o senador Eduardo Braga fica na capital federal até quarta-feira, quando deve acontecer a votação da PEC da ZFM no Senado. A agenda de campanha será retomada somente na quinta (17) e na sexta (18), quando tem um encontro com os empresários filiados ao Sindicato das Empresas da Construção Civil do Amazonas (Sinduscom), na Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam).

Em entrevista ao Jornal do Commercio, o senador chegou a afirmar que, neste momento, mais importante que fazer campanha é aprovar a Proposta de Emenda à Constituição como senador. Já a assessoria de José Melo informou que o candidato está elaborando o planejamento da campanha, mas que no momento a prioridade é a aprovação da PEC no senado.

O governador viaja nesta terça-feira (15) para Brasília para acompanhar a votação. Apesar de não ser tratada oficialmente como agenda de campanha, na opinião do cientista político Breno Rodrigo Messias, ambos os candidatos poderão sim aproveitar um possível resultado positivo para se promoverem politicamente.

Na opinião do cientista político, Melo e Braga sempre estiveram em campanha, mas não no tipo de campanha de perfil publicitário. O cientista explica que campanha, muito além do marketing eleitoral, é construção das coligações, arrecadação de fundos, financiamento partidário e privado, militância política, estratégia e comunicação entre outras coisas. “Eu costumo dizer que os políticos têm três prioridades: eleição, eleição e eleição. Eles fazem política e campanha por quatro anos. A reeleição é consequência direta desse ativismo e de como os políticos conseguem manter e ampliar a sua base eleitoral. A ZFM, como sempre, vai ser a bandeira de muitos deles e, quanto maior a defesa do modelo, quanto maior a publicidade, maior será a percepção de que o candidato esteve empenhado cm o projeto”, explicou Breno Rodrigo.

Candidatos definem estratégias

O candidato do PCB ao governo, Luiz Navarro, declarou que o partido ainda está realizando reuniões internas para formatar o plano estadual de campanha e o candidato não cumpre agenda de campanha. Apesar disso, o candidato participou, na manhã de ontem (14), de entrevista na Rádio Difusora.

Diferentemente dos demais concorrentes, o deputado estadual e candidato ao governo Marco Antônio Chico Preto (PMN) –que também cumpre mandato –aproveita para promover a sua candidatura durante toda a semana. Na agenda do candidato para esta semana constam visitas a hospitais e fundações, participação em programas de TV e encontros populares nos bairros Petrópolis e Alvorada e no Fazendário Clube.

Já os candidatos Marcelo Ramos (PSB), Abel Alves (PSOL) e Herbert Amazonas (PSTU) não foram localizados pela equipe do Jornal do Commercio.

 

Indiciamento de Sarkozy é destaque na imprensa europeia

Capa dos jornais Aujourd'hui en France, Liberation, Le Figaro, El Pais, The Gardian, Il Corriere della Sera, La Reppublica, O Público desta terça-feira, 02 de julho de 2014

Capa dos jornais Aujourd’hui en France, Liberation, Le Figaro, El Pais, The Gardian, Il Corriere della Sera, La Reppublica, O Público desta terça-feira, 02 de julho de 2014|RFI

Os problemas do ex-presidente francês Nicolas Sarkozy com a Justiça estão nas manchetes dos jornais franceses desta quarta-feira (2) e também ganharam destaque na imprensa europeia. Todos enfatizam que o indiciamento do ex-presidente pode comprometer seus planos de voltar à vida política francesa.

“Ele pode voltar?”, pergunta a manchete de Libération. Em seu editorial, o jornal progressista afirma que a série de problemas com a justiça na qual Sarkozy foi implicado nos últimos meses coloca em evidência uma prática política baseada em manipulações, arranjos, desvio das regras, “e desprezo pelas leis”.

Libération acusa o ex-presidente de ter uma “ética política duvidosa”. “Mesmo se o ex-chefe de Estado nunca fez da moral a primeira virtude de sua ação, ele não pode desprezar certos valores da nossa democracia. Se ele ainda deseja voltar à política e mesmo reconquistar o poder, Nicolas Sarkozy terá que assumir diante dos franceses o que as investigações revelaram”, conclui o diário.

“Sarkozy: a onda de choque” é a manchete de Le Figaro. Em seu editorial, o jornal conservador insinua que o ex-presidente não é tratado pela justiça como um cidadão comum. Segundo Le Figaro, a privacidade, a presunção de inocência e o direito de defesa de Sarkozy não foram respeitados. O diário lembra que, quando era presidente, Sarkozy queria suprimir a função de juiz de instrução, o que lhe valeu a inimizade da categoria.

Os dois jornais não levaram em conta o indiciamento do ex-presidente, que aconteceu somente na madrugada aqui na França. Em seu site, o jornal popular Le Parisien promove uma enquete entre seus leitores. “Você ficou chocado com o indiciamento de Sarkozy?”, é a pergunta do dia. O diário qualifica a medida de “espetacular”.

Repercussão na Europa

A notícia ganhou grande destaque em toda a imprensa europeia. O britânico The Guardianavalia que o indiciamento de Sarkozy é um grande golpe em sua esperança de voltar ao palácio do Eliseu em 2017.

O espanhol El País aponta que a velocidade dos eventos “surpreendeu todas as forças políticas” francesas, que pedem confiança na justiça. Em um artigo opinativo muito crítico contra Sarkozy, outro jornal espanhol, El Mundo, afirma que o ex-presidente foi pego em flagrante com seus próprios métodos. “Ele foi ouvido, exatamente como fazia com sua rede de espionagem sob medida”.

O português O Público lembra que esse caso provoca grande comoção porque a instituição de presidente na França “tem especial prestigío” e goza de uma forte proteção.

O jornal italiano La Reppublica explica a seus leitores que o delito de “tráfico de influência” é típico do direito francês, onde foi introduzido já no final do século 19. O conceito não faz parte da tradição italiana, que só o adotou em 2012 para se conformar a convenções internacionais da ONU e do Conselho Europeu.

“Não há dúvidas, os juízes insistem em perseguir Sarkozy”, comenta outro diário italiano, Il Corriere della Sera, mais à direita.

Jean-Claude Juncker é oficialmente indicado para presidência da Comissão Europeia

Apesar de não contar com a unanimidade, Jean-Claude Juncker foi oficialmente indicado para presidir a Comissão Europeia.

Apesar de não contar com a unanimidade, Jean-Claude Juncker foi oficialmente indicado para presidir a Comissão Europeia.

AFP PHOTO|PETER MUHLY|Letícia Fonseca

Depois de semanas de discussão, os líderes europeus confirmaram nesta sexta-feira (27) a indicação de Jean-Claude Juncker, ex-primeiro-ministro luxemburguês, para a presidência da Comissão Europeia nos próximos cinco anos. A escolha foi duramente criticada pelo premiê britânico, David Cameron, que julga a decisão “um grave erro”.

Correspondente da RFI em Bruxelas

Juncker vai suceder José Manuel Durão Barroso, que está no comando do executivo europeu desde 2004. Mas antes de ocupar o cargo, o democrata-cristão deverá ter seu nome aprovado pelo Parlamento Europeu, em votação prevista para o dia 16 de julho. O ex-presidente do Eurogrupo deve ser apoiado pela maioria dos eurodeputados.

A candidatura do futuro presidente da Comissão Europeia, respaldada pela chanceler alemã Angela Merkel, obteve 26 votos a favor e apenas 2 contra dados pela Grã-Bretanha e Hungria. A votação de Juncker foi forçada pelo premiê britânico David Cameron pela primeira vez nas nomeações de uma cúpula Europeia. Mas Juncker nunca foi unanimidade. Desde o início a Grã-Bretanha criticou a visão federalista da Europa defendida pelo político luxemburguês. Para Cameron, o veterano da política europeia “poderá minar as posições dos governos nacionais”.

A escolha de Jean-Claude Juncker é uma derrota diplomática para Londres. Cameron acredita que ele não vai promover as reformas necessárias para convencer os britânicos a manter o país na União Europeia, após o referendo a ser realizado até 2017. O líder britânico, que perdeu as eleições de maio para os eurofóbicos do Partido pela Independência do Reino Unido, não só saiu derrotado como bastante isolado depois dessa enorme campanha de descrédito contra Juncker. Mesmo assim, Cameron fez questão de reafirmar que “Juncker é a pessoa errada para guiar a instituição e que a União Europeia se arrependerá da escolha”.

Livre Comércio

Em Bruxelas, os chefes de Estado e governo dos 28 países do bloco também assinaram nesta sexta-feira o acordo de associação e livre comércio com a Ucrânia, Geórgia e Moldávia. O presidente ucraniano, Petro Porochenko, disse que a assinatura do documento é histórica, “possivelmente o dia mais importante para o país desde a independência, em 1991, com o fim da União Soviética”. Criticado pela Rússia, que teme perder influência sobre as ex-repúblicas soviéticas, o acordo prevê a supressão de barreiras aduaneiras entre a Ucrânia e o bloco europeu, além de pacotes de ajuda financeira à Kiev em troca de reformas estruturais.

Ucrânia assina acordo com UE em dia crucial para o leste do país

AFP – Agence France-Presse

27/06/2014

A Ucrânia assinou nesta sexta-feira um acordo de associação histórico com a União Europeia, o que provocou uma dura reação da Rússia, pressionada pela UE para que diminua a tensão no leste separatista do país.

O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, decidiu prolongar o cessar-fogo decretado para o leste da ex-república soviética até segunda-feira, coincidindo com o prazo dado pela União Europeia para que Moscou adote medidas concretas para reduzir a tensão na região, de acordo com uma fonte diplomática da UE.

Poroshenko também exigiu a libertação dos reféns, entre eles os observadores da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) e o fim da “infiltração” de armas e combatentes pela fronteira entre seu país e a Rússia, revelou a fonte.

Os líderes da UE, reunidos em Bruxelas, deram à Rússia até a próxima segunda-feira para que adote uma série de medidas concretas para propiciar a pacificação no leste da Ucrânia, sob pena de mais sanções, segundo um comunicado oficial da cúpula de Bruxelas divulgado nesta sexta-feira.

As medidas concretas exigidas pelos líderes da UE incluem a libertação de todos os reféns na região, o retorno às autoridades ucranianas de três postos fronteiriços, negociações sobre o plano de paz ucraniano e um mecanismo de vigilância de sua aplicação.

“Que grande dia! Provavelmente o mais importante para meu país desde a independência em 1991”, declarou Poroshenko antes da assinatura deste acordo comercial, que pretende suprimir a maioria das barreiras alfandegárias entre a UE e a Ucrânia, país de 45 milhões de habitantes com importantes setores metalúrgicos e agrícolas.

O acordo de associação UE-Ucrânia é o mesmo que o antecessor de Poroshenko, o destituído Viktor Yanukovytch, se recusou a assinar em novembro, o que provocou uma onda de protestos, a queda de Yanukovytch e o conflito com a Rússia, que anexou em março a Crimeia a seu território.

Desde então, Kiev lançou uma operação militar para reprimir a insurreição separatista pró-russa no leste do país que já deixou mais de 400 mortos.

“É um grande dia para a Europa. A União Europeia está a seu lado, hoje mais do que nunca”, declarou por sua vez Herman Van Rompuy, presidente do Conselho Europeu.

Na Rússia, o presidente Vladimir Putin lamentou a assinatura do acordo.

“O golpe de Estado inconstitucional em Kiev e as tentativas para impor ao povo ucraniano a escolha artificial entre Europa e Rússia empurraram a sociedade para a divisão e para um doloroso confronto interno”, declarou Putin a um canal de televisão russo.

“No sudeste do país corre o sangue, há uma catástrofe humanitária em curso, milhares de pessoas fogem dos combates buscando refúgio em outros lugares, entre eles a Rússia”, completou.

Consequências graves

A assinatura deste acordo acaba com as esperanças do presidente russo de incorporar a Ucrânia à recente União Econômica Euro-asiática, criada pela Rússia em parceria com outras ex-repúblicas soviéticas, Belarus e Cazaquistão.

Geórgia e Moldávia, também ex-repúblicas soviéticas, assinaram nesta sexta-feira o mesmo acordo de associação com a UE.

Mas o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Grigori Karasin, advertiu para as consequências.

A Rússia teme a entrada em seu território de produtos fabricados na UE via Ucrânia em detrimento de sua produção nacional e considera que Kiev não pode manter relações comerciais privilegiadas com Bruxelas e Moscou ao mesmo tempo.

Desta forma, o Kremlin garantiu que vai adotar medidas para defender sua economia no momento das consequências negativas.

Durante a campanha eleitoral, o presidente ucraniano prometeu em maio orientar a Ucrânia em direção a Europa. Poroshenko considera que este acordo é um primeiro passo para a entrada de seu país na União Europeia.

O primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, assinou em março o primeiro capítulo do acordo com a UE de caráter político.

110.000 pessoas fogem da Ucrânia

Na quinta-feira, Poroshenko disse estar disposto a alcançar um acordo de paz com Putin.

Representantes de Kiev e líderes separatistas também iniciaram uma terceira rodada de negociações diretas em Donetsk, apesar de os combates continuarem.

De acordo com o Exército, cinco soldados ucranianos morreram na quinta-feira à noite em ataques rebeldes.

Desde o início de 2014, um total de 110.000 pessoas fugiram da Ucrânia para a Rússia e outras 54.400 optaram por abandonar suas casas e seguir para outros pontos do país, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).

Além disso, o presidente da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE), o suíço Didier Burkhalter, comemorou a libertação de quatro observadores sequestrados no leste da Ucrânia há um mês, mas pediu a libertação dos oito funcionários que permanecem detidos.

Os quatro observadores sequestrados em 26 de maio por rebeldes pró-Rússia chegaram na quinta-feira à noite em um hotel de Donetsk, reduto dos separatistas no leste da Ucrânia.

Sarney decide não concorrer mais ao Senado, diz aliado

O senador e ex-presidente da República José Sarney (PMDB-AP) anunciou nesta segunda-feira que não vai concorrer à reeleição a uma cadeira no Senado Federal. O peemedebista comunicou a decisão a aliados durante uma visita da presidente Dilma Rousseff a Macapá, capital do Estado pelo qual foi eleito.

A decisão foi anunciada em uma nota, assinada por um jornalista que presta serviços ao Senador no Amapá, depois de Sarney ter sido vaiado por militantes no evento ao lado de Dilma. O presidente regional do PMDB no Estado, o ex-senador Gilvam Borges, confirmou ter sido comunicado da decisão. “Ele me telefonou hoje à tarde e conversou com a presidenta Dilma de que havia um desejo muito forte da família para não concorrer ao cargo”, disse Borges, citando um problema de saúde da mulher do senador, dona Marly.

No Senado desde 1991, Sarney chegou a presidir a Casa em quatro ocasiões. Na nota, uma frase atribuída a Sarney fala da vontade de “parar um pouco com esse ritmo de vida pública”. “Entendo que é chegada a hora de parar um pouco com esse ritmo de vida pública que consumiu quase 60 anos de minha vida e afastou-me muito do convívio familiar”, diz.

A decisão será oficializada na próxima sexta-feira, em convenção do PMDB no Amapá. “Estamos muito esperançosos de que ele pode reavaliar”, disse o presidente regional da sigla.

Leia a íntegra da nota:

O senador José Sarney (PMDB-AP) manifestou-se, agora há pouco, a respeito do episódio ocorrido nesta segunda-feira (23) em Macapá, por ocasião do evento do programa Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal, em que foi hostilizado por militantes partidários de declarada oposição a ele.

Era esperado que isso pudesse ocorrer, diz, primeiro pelo acirramento do pleito eleitoral que se avizinha, segundo, pela própria mobilização feita com esse propósito, fato este do conhecimento de todos. Sarney diz ter sido convidado pessoalmente pela amiga e aliada Dilma Rousseff, presidente do Brasil e entusiasta do programa de habitação popular iniciado ainda na gestão de Luís Inácio Lula da Silva (sic), outro companheiro de sua estima. Sarney foi, mais uma vez, diplomático, seguiu o protocolo que o evento exigia, para prestigiar a amiga Dilma e os amapaenses beneficiados pelo programa.

Diz também ter recebido no evento – como ocorre por onde quer que vá no país e fora dele – o carinho e a consideração de brasileiros que reconhecem a importância de seu papel na condução do país à redemocratização. “Lá mesmo, na festa da presidente Dilma, muitas pessoas aplaudiram, espontaneamente, a minha presença e a ajuda que tenho dado ao Brasil e ao Estado”, acrescenta o ex-presidente.

O senador, de 84 anos, também confirmou aquilo que seus amigos mais próximos e os aliados em Macapá foram comunicados na semana passada, de que não vai disputar a reeleição para o Senado em outubro próximo. “Essa decisão já estava tomada, comuniquei isso ao meu partido na semana passada. Entendo que é chegada a hora de parar um pouco com esse ritmo de vida pública que consumiu quase 60 anos de minha vida e afastou-me muito do convívio familiar”, declarou.

Sarney tem acompanhado de perto as idas e vindas da esposa, Dona Marly, aos hospitais em repedidas cirurgias e lentos processos de recuperação, em casa, como ocorre atualmente.

Ele confirma presença na Convenção do PMDB na próxima sexta-feira, dia 27. E diz também que irá participar das eleições deste ano, não como candidato, mas ajudando de todas as formas, ao inúmeros amigos e aliados que estarão na disputa. Também será a ocasião para se dirigir aos correligionários e simpatizantes, bem como aos cidadãos e cidadãs de bem do Amapá, a quem nutre “profunda gratidão”.

Macapá-AP, 23 de junho de 2014.

Cleber Barbosa

Jornalista/Colaborador do Gabinete do Senador José Sarney

Fonte: Terra 

Jandira Feghali abre mão para Romário da vaga ao Senado pela esquerda no Rio

Correio do Brasil

Romário, Lindbergh e Jandira reuniram-se, nesta sexta-feira, no Centro do Rio

A deputada federal Jandira Feghali e o senador Lindbergh Farias formalizaram, no início da tarde desta sexta-feira, o convite ao PSB para integrar a coligação Frente Popular (PT, PCdoB e PV). A reunião, que ocorreu no Centro do Rio, contou com a participação do vice-presidente estadual do PSB, Roberto Amaral, do deputado Romário e do prefeito de São João de Meriti, Sandro Matos (PDT).

A escolha de Romário praticamente isola o candidato a Presidência pelos socialistas, Eduardo Campos, uma vez que Miro Teixeira (Pros) também retirou sua candidatura. Miro seria a garantia de palanque de Campos e Marina no Rio. Assim, Romário de forma direta passa a dar apoio também a Dilma Rousseff na sua tentativa de reeleição.

Com a chegada do PSB, Jandira não disputará a vaga ao Senado Federal. A parlamentar comunista explicou a importância de se alcançar uma unidade política:

– Nosso objetivo maior é construir uma aliança coerente e de peso, que trabalhe exclusivamente pela mudança popular, à esquerda, junto das reais demandas da sociedade. Um governo que dialogue novamente com o povo. Nosso partido teve a sensibilidade de focar minha reeleição à Câmara dos Deputados, mas ainda batalhando por esta aliança – explicou Jandira Feghali.

Amaral aproveitou para destacar a vanguarda da esquerda fluminense:

– Esse conjunto de partidos reunidos aqui sempre deram a direção do desenvolvimento de políticas públicas reais. Políticas que mudaram a vida dos cidadãos – disse.

O senador petista endossou:

– As forças de esquerda do Rio vivem hoje a possibilidade de construir, juntas, um projeto alternativo para a disputa do Governo do Estado. Um governo que busque transparência e participação popular, que dialogue com o povo e com a juventude, que construa um novo caminho – afirmou Lindbergh.

A direção estadual do PSB encaminha neste sábado, em convenção, o convite feito, oficializando a disputa no Rio. Na próxima quinta-feira, será a vez do PCdoB realizar sua convenção estadual. São esperados mais de mil pessoas no auditório da ABI, no Rio.

Porto Alegre abandonou o sonho da democracia participativa, lamenta o Le Monde

Policiais do Rio Grande do Sul dispersam protesto contra a Copa do Mundo no dia de abertura do Mundial, em São Paulo.

Policiais do Rio Grande do Sul dispersam protesto contra a Copa do Mundo no dia de abertura do Mundial, em São Paulo|REUTERS/Marko Djurica|Adriana Moysés

Em uma série de reportagens sobre as transformações sociais e políticas recentes no Brasil, o Le Monde faz uma parada em Porto Alegre para entender por que a capital gaúcha abandonou a experiência do orçamento participativo, vitrine do PT no Estado, implantada na gestão municipal de Olívio Dutra, em 1989. O ex-governador do Rio Grande do Sul diz ao jornal que a burocracia e divisões no partido enfraqueceram a iniciativa”.

“Estranho panorama. A cidade que já foi símbolo da democracia participativa, hoje dá a impressão de ter se acomodado. É o microcosmo de um Brasil imutável”, afirma Le Monde.

Esse sistema de controle dos gastos públicos permitia à sociedade civil dar sua opinião sobre os investimentos da prefeitura, lembra o diário francês. A iniciativa gaúcha inspirou manifestantes antiglobalização que participaram do Fórum Social Mundial em 2001 e tornou-se símbolo da gestão local do PT. “Cerca de 53 mil famílias de bairros pobres obtêm a regularização de suas moradias, a população com acesso à rede de esgoto passa de 46% a 74% e a redistribuição do investimento público beneficia as periferias pobres”, destaca o Le Monde.

Burocratização

O jornal entrevista militantes do partido, defensores do projeto no passado e Olívio Dutra para entender as razões do enfraquecimento da experiência. “Houve divisões dentro do partido e uma burocratização do processo”, justifica o ex-governador.

Depois de dirigir Porto Alegre durante 16 anos, o PT perdeu as eleições para a prefeitura, em 2004, e naquela época já era visível uma insatisfação da classe média, comenta Le Monde. A coalizão encabeçada pelo PPS, que chegou ao poder, ainda manteve o orçamento participativo, mas o integrou a um processo de governança local favorável às empresas, e não mais à população carente.

Recentemente, com as obras de infraestrutura ligadas à Copa do Mundo e a remoção de 6 mil famílias de áreas desapropriadas, moradores de bairros pobres de Porto Alegre, como o líder comunitário José Araújo, afirmam ter “a impressão de que as coisas estão voltando para trás”.

PT precisa de vozes críticas, afirma Dutra

Olívio Dutra reconhece que não será fácil para o partido reconquistar a prefeitura da capital gaúcha. “O Brasil precisa de vozes críticas, e o PT deve ir mais longe porque as pessoas querem outras coisas além de estádios de futebol, querem muito mais do que as conquistas de Lula e Dilma”, afirma o ex-governador.

Carta de Le Pen à filha expõe “racha” em partido de extrema-direita

A presidente da Frente Nacional, Marine Le Pen, abraça o pai, Jean-Marie Le Pen, durante a campanha para as eleições europeias, em maio.

A presidente da Frente Nacional, Marine Le Pen, abraça o pai, Jean-Marie Le Pen, durante a campanha para as eleições europeias, em maio.

REUTERS/Jean-Paul Pelissier|RFI

Nesta sexta-feira (13), Jean-Marie Le Pen, fundador e presidente de honra do partido Frente Nacional, publicou em seu novo site uma carta aberta que enviou à “presidente do FN”, sua filha Marine Le Pen. Na carta, ele pede que seu blog volte a ser hospedado pelo site do partido, do qual foi retirado após declarações polêmicas do fundador da legenda. Le Pen lembrou que, como ele, a filha também já foi acusada de antissemitismo.

Com a colaboração de Henrique Valadares

No texto, Jean-Marie Le Pen se refere a dois momentos nos quais a filha fora acusada de pertencer à ala mais radical da extrema-direita. “Você mesma não foi criticada pela sua declaração sobre as ‘ocupações’ de ruas por fiéis muçulmanos ou ainda pela sua presença em Viena, em um baile considerado ‘nazista’ por nossos inimigos?”, escreve Jean-Marie Le Pen. Em 2010, Marine Le Pen, havia denunciado as “orações muçulmanas na rua”, dizendo que eram uma forma de “ocupação” do país pelos fiéis ao islã. E em 2012, ela participou de um baile de jovens da extrema-direita na capital da Áustria.

A carta é publicada após um grande deslize de Jean-Marie Le Pen no domingo (8), em um vídeo no qual faz um comentário antissemita sobre Patrick Bruel, cantor judeu que teria se recusado a se apresentar nas cidades governadas pela Frente Nacional. O vídeo, publicado em seu blog Diário de Bordo, e o próprio blog foram então retirados do site do partido, que os hospedava. O político, que não foi consultado sobre a mudança, criou um novo site: jeanmarielepen.com, no qual colocou imediatamente o vídeo polêmico.

“Apelando à sua autoridade, eu só peço justiça, uma simples reparação de um dano injustificado. A partir de agora, considero, pelo bem de todos, que o incidente acabou”, anuncia Le Pen, na carta à filha. Ele afirma que “após ter me acusado (…) de ter cometido um ‘erro político’, você mandou tirar do site da Frente Nacional, sem me avisar, o ‘Diário de Bordo’, onde publico há 366 semanas sem um único acidente importante”.

Le Pen ainda ataca o vice-presidente do FN e companheiro de sua filha, Louis Alliot, e o deputado do FN Gilbert Collard. Louis Alliot havia declarado que o vídeo de Jean-Marie Le Pen era “estúpido politicamente e constrangedor”. Já o advogado Gilbert Collard havia aconselhado o presidente de honra do partido a se aposentar, considerando as declarações inaceitáveis e intoleráveis.

Escorregada em momento inoportuno

O fundador do partido e deputado europeu há 30 anos publicou seu vídeo poucas semanas após a vitória do partido nas eleições européias. No dia 25 de maio, o FN ficou à frente de todos os partidos franceses, com 25,41% dos votos. Essa vitória acontece depois de anos de tentativas de Merine Le Pen de dissociar a imagem do partido ao antissemitismo.

Jean-Marie Le Pen, de 85 anos, parece tentar lembrar de onde realmente vem o partido. O suposto antissemitismo da Frente Nacional chegou até a impedir uma aliança com outros partidos eurocéticos. O UKIP (Partido pela Independência do Reino Unido), de Nigel Farage, obteve um grande sucesso nas eleições europeias e se recusou a se unir ao FN, por causa de sua posição antissemita. As alianças permitiriam ao FN ganhar uma maior subvenção do parlamento europeu, aumentando também o poder dos partidos contrários à União Europeia.

Maurão de Carvalho lança pré-candidatura ao governo de Rondônia

Lançamento da pré-candidatura de Maurão de Carvalho aconteceu nesta terça-feira. Deputado acumula cinco mandatos

 

Maurão de Carvalho lança pré-candidatura ao governo de Rondônia

PORTO VELHO – O cenário político começa a se organizar para as Eleições 2014. O deputado estadual Maurão de Carvalho (Partido Progressista) anunciou nesta terça-feira (3) a pré-candidatura dele ao governo de Rondônia. A propaganda intrapartidária está liberada desde o dia 26 de maio, de acordo com o Calendário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Maurão tem no curriculum cinco mandatos: um como prefeito e quatro como deputado. “Conheço o Legislativo, e o Executivo e me sinto preparado para o governar este Estado”, afirma. O pré- candidato explica os motivos de ter colocado o nome à disposição do partido para disputar o governo. ”Primeiro é por Rondônia ser um Estado que eu acredito e também por ter o apoio do meu partido e dos cerca de dez partidos aliados”, disse.

Durante o lançamento da pré-candidatura estiveram presentes o presidente do partido e senador Ivo Cassol e o vice-presidente do partido Carlos Magno.

Prazos

Segundo o calendário eleitoral das eleições 2014, a partir do dia 10 de junho está permitida a realização de convenções destinadas a deliberação sobre coligações e à escolha de candidatos. Já no dia 11 de junho é o prazo que se não fixado por lei, caberá a cada partido político fixar o limite de gastos de campanha para os cargos em disputa. E no dia 30 de junho encerra o período para a realização de convenções destinadas a definição de coligações e escolha de candidatos.

 

 

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Maurão de Carvalho lança pré-candidatura ao governo de Rondônia

PORTO VELHO – O cenário político começa a se organizar para as Eleições 2014. O deputado estadual Maurão de Carvalho (Partido Progressista) anunciou nesta terça-feira (3) a pré-candidatura dele ao governo de Rondônia. A propaganda intrapartidária está liberada desde o dia 26 de maio, de acordo com o Calendário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Maurão tem no curriculum cinco mandatos: um como prefeito e quatro como deputado. “Conheço o Legislativo, e o Executivo e me sinto preparado para o governar este Estado”, afirma. O pré- candidato explica os motivos de ter colocado o nome à disposição do partido para disputar o governo. ”Primeiro é por Rondônia ser um Estado que eu acredito e também por ter o apoio do meu partido e dos cerca de dez partidos aliados”, disse.

Durante o lançamento da pré-candidatura estiveram presentes o presidente do partido e senador Ivo Cassol e o vice-presidente do partido Carlos Magno.

Prazos

Segundo o calendário eleitoral das eleições 2014, a partir do dia 10 de junho está permitida a realização de convenções destinadas a deliberação sobre coligações e à escolha de candidatos. Já no dia 11 de junho é o prazo que se não fixado por lei, caberá a cada partido político fixar o limite de gastos de campanha para os cargos em disputa. E no dia 30 de junho encerra o período para a realização de convenções destinadas a definição de coligações e escolha de candidatos.