Da Reportagem do Diário de Cuiabá
Alvo de busca e apreensão da operação Ararath, o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), partido do presidenciável Eduardo Campos, classificou como desnecessários os mandados de busca e apreensão cumpridos em sua residência e gabinete.
São alvos de suspeitas da Polícia Federal um empréstimo feito pelo prefeito e um contrato do município, ambos com a empresa Amazônia Petróleo, propriedade de Gércio Marcelino Mendonça Júnior, o Júnior Mendonça.
Em nota, a Prefeitura de Cuiabá esclareceu que o empréstimo foi feito por Mendes em 2012, no valor de R$ 3,450 milhões. O montante ainda não foi liquidado pelo socialista, mas foi apresentado à Receita Federal em suas Declarações de Importo de Renda referentes aos anos de 2012 e 2013.
Já o contrato entre a prefeitura e a Amazônia Petróleo, segundo a nota, foi celebrado em 1º de agosto de 2013, para o fornecimento de combustíveis ao município.
Ainda de acordo com a nota, a contratação ocorreu por critério de menor preço e a homologação do contrato foi publicada no Diário Oficial de Contas.
A Amazônia Petróleo teria fornecido combustível ao município por 180 dias, em um contrato com valor global de pouco mais de R$ 3,715 milhões.
A nota ressalta que, mesmo com o contrato tendo sido firmado de forma emergencial, houve economia para o Alencastro. Isso porque os valores teriam sido menores do que os da licitação anterior.
À Amazônia Petróleo, a Prefeitura de Cuiabá teria pago R$ 1,77 pelo litro de etanol, contra R$ 1,99 do contrato anterior. Já o litro da gasolina teria saído por R$ 2,77, contra R$ 2,99.
Mendes afirma que teria fornecido todas estas informações se elas lhe tivessem sido solicitadas, por isso, considera a ação da PF como desnecessária.
Apesar disso, o prefeito sustenta apoiar a apuração. Ele também disse que encaminhará espontaneamente à Justiça documentos que comprovam suas afirmações.
Até o momento, o prefeito Mauro Mendes não foi intimado a depor, nem foi conduzido à Polícia Federal para prestar esclarecimentos. (TA)