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Homem faz gesto obsceno ao vivo e revolta Datena

Apresentador fazia link ao vivo com a estação de Tatuapé do metrô quando um rapaz resolveu fazer a brincadeira de mau gosto

O DIA

São Paulo – O apresentador José Luiz Datena se estressou durante um link ao vivo do “Brasil Urgente” no metrô de Tatuapé, em São Paulo, nesta quinta-feira. O programa estava fazendo a cobertura da greve dos metroviários quando um rapaz parou na frente da câmera e fez um gesto obsceno.

“Muito obrigado pela educação desse rapaz. Espero que ele chegue em casa às 3 horas da manhã depois dessa educação desse sujeito aí. O cara está sendo mostrado na televisão e fazendo gestos obscenos. Quer dizer, o povão não, é um povão educado, bacana, espero que chegue em casa numa boa”, disse Datena.

“O cara fazendo um gesto obsceno. Que coisa feia, não? Porque ofender as pessoas que estão em casa. De repente, o cara está com a mulher, com a filha em casa. Que maldade no coração”, completou o apresentador.

Vídeo:  Homem faz gesto obsceno no ‘Brasil Urgente’
 

Erdogan proíbe comemorações da revolta de 2013 na Turquia

O primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan

O primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan|REUTERS/Umit Bektas
RFI

O primeiro ministro turco Recep Tayyip Erdogan ameaçou neste sábado (31) reprimir com firmeza os opositores que tentarem comemorar o primeiro aniversário do movimento antigoverno que ocupou a praça Taksim, em Istambul, em junho do ano passado. As forças de ordem farão “tudo que for necessário, de A a Z” para impedir a manifestação convocada por um coletivo de ONGs, sindicatos e membros da sociedade civil.

“Vocês não poderão ocupar a (praça) Taksim como fizeram no ano passado porque vocês devem respeitar a lei”, discursou o chefe do governo islamo-conservador diante de milhares de partidários.

Por isso, já nas primeiras horas desta manhã, mais de 25 mil agentes da polícia civil e da tropa de choque ocupavam o bairro onde fica a praça, símbolo da revolta de 2013 e, desde então, zona proibida para a contestação. Além dos homens, o governo mobilizou mais de 50 canhões de água para conter manifestantes.

Repressão contra ecologistas

Na metade do dia, o parque Gezi também estava fechado. Neste pequeno jardim público, no centro da parte europeia de Istambul, nasceu a primeira onda de contestação, que abalou o regime Erdogan, no poder desde 2003. Na madrugada de 31 de maio de 2013, a polícia expulsou violentamente do parque algumas centenas de ecologistas que tentavam impedir sua destruição.

A repressão causou um efeito bola de neve e levou cerca de 3,5 milhões de turcos (de acordo com os números oficiais) às ruas para protestar contra o governo. Ao menos oito pessoas morreram em conseqüência da forte repressão e mais de 8 mil ficaram feridas.

Durante o discurso de sábado, Erdogan aproveitou para desqualificar os opositores: “Digo a meu povo: não se deixe enganar. Isso não é uma campanha ecologista”, mas “organizações terroristas, que procuram manipular os jovens para atacar nossa unidade e nossa economia”, afirmou.

Revolta silenciosa

Apesar do impressionante efetivo policial mobilizado nesta manhã, vários turcos saíram às ruas individualmente e em silêncio para lembrar as vítimas da repressão policial.

No início da tarde, alguns estudantes desafiaram as forças de ordem fazendo uma leitura pública, rapidamente dispersada. “Não nos esqueceremos daqueles que perderam suas vidas e de como o Estado se comportou contra seus cidadãos”, declarou um participante do ato, cercado de policiais em trajes civis, que agitavam ostensivamente seus cassetetes.

“A forma como o governo se dirige a nós é cada vez mais violenta”, denunciou Tayfun Karaman, membro do coletivo Taksim Solidariedade. “Nossa única forma de exprimir nosso descontentamento é nas ruas e isso é apenas o começo, a resistência continua”, concluiu.

Corrupção e vitória nas urnas

Desde a revolta do ano passado, o governo Erdogan tem reforçado o cerceamento das manifestações, com uma série de leis que aumentam sua influência sobre o Judiciário e os poderes dos serviços de inteligência. O primeiro ministro também tentou proibir redes sociais como Twitter, YouTube e Facebook, utilizadas pelos manifestantes como instrumentos de organização política.

Apesar deste esforço repressivo e de um escândalo de corrupção que desmontou seu governo, Erdogan foi o grande vencedor das eleições municipais de 30 de março e se prepara para anunciar sua candidatura às presidenciais dos próximos dias 10 e 24 de agosto.

 

 
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Erdogan proíbe comemorações da revolta de 2013 na Turquia

O primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan

O primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan

REUTERS/Umit Bektas
RFI

O primeiro ministro turco Recep Tayyip Erdogan ameaçou neste sábado (31) reprimir com firmeza os opositores que tentarem comemorar o primeiro aniversário do movimento antigoverno que ocupou a praça Taksim, em Istambul, em junho do ano passado. As forças de ordem farão “tudo que for necessário, de A a Z” para impedir a manifestação convocada por um coletivo de ONGs, sindicatos e membros da sociedade civil.

 

“Vocês não poderão ocupar a (praça) Taksim como fizeram no ano passado porque vocês devem respeitar a lei”, discursou o chefe do governo islamo-conservador diante de milhares de partidários.

Por isso, já nas primeiras horas desta manhã, mais de 25 mil agentes da polícia civil e da tropa de choque ocupavam o bairro onde fica a praça, símbolo da revolta de 2013 e, desde então, zona proibida para a contestação. Além dos homens, o governo mobilizou mais de 50 canhões de água para conter manifestantes.

Repressão contra ecologistas

Na metade do dia, o parque Gezi também estava fechado. Neste pequeno jardim público, no centro da parte europeia de Istambul, nasceu a primeira onda de contestação, que abalou o regime Erdogan, no poder desde 2003. Na madrugada de 31 de maio de 2013, a polícia expulsou violentamente do parque algumas centenas de ecologistas que tentavam impedir sua destruição.

A repressão causou um efeito bola de neve e levou cerca de 3,5 milhões de turcos (de acordo com os números oficiais) às ruas para protestar contra o governo. Ao menos oito pessoas morreram em conseqüência da forte repressão e mais de 8 mil ficaram feridas.

Durante o discurso de sábado, Erdogan aproveitou para desqualificar os opositores: “Digo a meu povo: não se deixe enganar. Isso não é uma campanha ecologista”, mas “organizações terroristas, que procuram manipular os jovens para atacar nossa unidade e nossa economia”, afirmou.

Revolta silenciosa

Apesar do impressionante efetivo policial mobilizado nesta manhã, vários turcos saíram às ruas individualmente e em silêncio para lembrar as vítimas da repressão policial.

No início da tarde, alguns estudantes desafiaram as forças de ordem fazendo uma leitura pública, rapidamente dispersada. “Não nos esqueceremos daqueles que perderam suas vidas e de como o Estado se comportou contra seus cidadãos”, declarou um participante do ato, cercado de policiais em trajes civis, que agitavam ostensivamente seus cassetetes.

“A forma como o governo se dirige a nós é cada vez mais violenta”, denunciou Tayfun Karaman, membro do coletivo Taksim Solidariedade. “Nossa única forma de exprimir nosso descontentamento é nas ruas e isso é apenas o começo, a resistência continua”, concluiu.

Corrupção e vitória nas urnas

Desde a revolta do ano passado, o governo Erdogan tem reforçado o cerceamento das manifestações, com uma série de leis que aumentam sua influência sobre o Judiciário e os poderes dos serviços de inteligência. O primeiro ministro também tentou proibir redes sociais como Twitter, YouTube e Facebook, utilizadas pelos manifestantes como instrumentos de organização política.

Apesar deste esforço repressivo e de um escândalo de corrupção que desmontou seu governo, Erdogan foi o grande vencedor das eleições municipais de 30 de março e se prepara para anunciar sua candidatura às presidenciais dos próximos dias 10 e 24 de agosto.

No segundo dia de greve dos trabalhadores do sistema de transporte, usuários furaram pneus e quebraram janelas de veículos, ontem 

Diário de Cuiabá|Gustavo nascimento

Passageiros depredaram oito ônibus na região central de Cuiabá, revoltados com a greve dos motoristas e cobradores. Os usuários furaram pneus e quebraram janelas dos veículos indignados com a falta de transporte para volta ao lar depois da aula, um grupo de estudantes também cruzou os braços e sentou no meio da avenida Prainha. 

As manifestações foram realizadas na noite da última terça-feira (20). Os estudantes reclamaram que a greve não atendeu nem os 30% do efetivo exigidos pela lei, quanto mais os 70% que foram determinados pela Justiça. Os passageiros ficaram entre 20 e 23 horas aguardando ônibus para retornarem para suas residências, porém nenhum veículo passou pelo local. 

Por conta disso, dezenas de pessoas pararam o trânsito das avenidas Tenente Coronel Duarte (Prainha) e Generoso Ponce, em sinal de protesto. 

A Polícia Militar de Mato Grosso (PMMT) teve que ser acionada para conter os manifestantes e reestabelecer o trânsito da região. Após a chegada dos policias, o grupo liberou as vias de forma pacífica. 

Entre os manifestante estava o estudante João Antônio Vieira, de 17 anos. Ele contou que para ir para a escola teve que pegar uma carona, porém não conseguiu retornar. “Eu esperei das oito até as 10h30 da noite. Tive que ir embora de mototáxi.” 

De acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Mato Grosso (STU), na segunda-feira apenas 40% dos ônibus trafegaram nas ruas de Cuiabá e mesmo com as manifestações, os motoristas voltaram a descumprir a ordem judicial ontem (21). Segundo o STU, somente 50% da frota rodou. 

Na tarde de hoje (22), será realizada uma audiência de conciliação entre os trabalhadores e as empresas no Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região (TRT). 

Por conta disto, um boato ganhou força dentro dos ônibus da Capital. Os motoristas estariam afirmando que nenhum ônibus rodará no dia de hoje, principalmente no período da tarde, para que a categoria participe da audiência. A notícia alarmou a trabalhadores e estudantes que dependem do transporte público. 

Conforme o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores do Transporte Coletivo de Cuiabá e Região (STETT-CR), a informação da paralisação geral é mentira. O sindicato informou que somente os trabalhadores que não estiverem em horário de serviço irão participar da audiência. O STETT também afirmou que tem cumprido com a ordem judicial e que 70% da frota está rodando durante a greve. 

Os trabalhadores reivindicam um reajuste salarial de 7,15%, vale-alimentação de R$ 400 por mês, bonificação para motoristas que atuam sem cobradores dentro dos veículos de R$ 250, protetor solar para trabalhadores que atuam expostos ao sol e bonificação por carga horária de cursos de qualificação ligados à atividade no transporte coletivo. 

Coreia: sobe para 58 os mortos em naufrágio

Das 476 pessoas a bordo, 244 seguem desaparecidas

Parentes fazem vigília enquanto aguardam notícias de estudantes a bordo de balsa naufragada / Kim Doo-Ho/AFPParentes fazem vigília enquanto aguardam notícias de estudantes a bordo de balsa naufragadaKim Doo-Ho/AFP

Sobe para 58 o número de mortes confirmadas em naufrágio de balsa na Coreia do Sul. O acidente aconteceu na quarta-feira e a embarcação contava com 476 pessoas a bordo, sendo mais de 350 estudantes de nível médio da cidade de Ansan. Apenas 174 foram resgatados com vida e 244 seguem desaparecidos.

Os corpos foram colocados em barracas instaladas na ilha de Jindo, onde parentes dos passageiros da balsa acampam em um ginásio desde o naufrágio, para a tentativa de identificação. Boa parte dos 500 mergulhadores que trabalham no local da catástrofe são voluntários civis.

Marcha de protesto até Seul

Na manhã de domingo, quase 200 pessoas, parentes dos mortos e desaparecidos, retomaram uma passeata de protesto de Jindo até a sede da presidência em Seul, uma distância de 420 quilômetros. 

Quando foram impedidos de cruzar a ponte que leva à terra firme e foram obrigados a retornar, os manifestantes iniciaram uma briga com a polícia.Capitão acusado de negligência

O capitão Lee Joon-seok e dois membros da tripulação foram detidos neste sábado e terão que responder por acusações de negligência e falhas na segurança dos passageiros, uma violação do código marítimo.

O homem de 69 anos tem sido muito criticado por ter abandonado a embarcação que naufragou na quarta-feira na costa meridional da Coreia do Sul, enquanto centenas de pessoas, em sua maioria adolescentes em viagem escolar, permaneciam presas a bordo.

Das 476 pessoas a bordo, mais de 350 eram estudantes da mesma escola de nível médio na cidade de Ansan (ao sul de Seul). Apenas 174 pessoas foram resgatadas com vida.

Os familiares receberam neste sábado uma mensagem de pêsames do papa Francisco, que tem uma visita programada ao país em agosto. “Rezem comigo pelas vítimas da catástrofe da balsa na Coreia do Sul e por suas famílias”, escreveu o pontífice no Twitter.

Decisão de adiar a saída

O subdiretor da Guarda Costeira, que afirma ainda ter esperanças de encontrar sobreviventes, informou que serão instaladas redes ao redor da balsa para impedir o afastamento dos corpos. O capitão e dois tripulantes foram levados para a delegacia de Jindo, a ilha vizinha ao local da tragédia.

Lee Joon-seok tentou explicar os motivos de sua decisão de adiar a saída dos passageiros depois que a embarcação ficou imobilizada.

As 476 pessoas que estavam a bordo receberam ordem para que permanecessem em seus assentos por mais de 40 minutos, segundo sobreviventes.

Quando a balsa começou a afundar, era muito tarde, já que os passageiros não conseguiam avançar pelos corredores inclinados, ao mesmo tempo que a água dominava a embarcação. “Naquele momento (durante os 40 minutos posteriores ao choque), os barcos de emergência não haviam chegado. Também não havia pesqueiros ou quaisquer outros barcos que pudessem nos ajudar”, declarou o capitão com a cabeça abaixada e coberta por um capuz.

“As correntes eram fortes e a água estava muito fria. Pensei que os passageiros seriam arrastados e teriam dificuldades se a retirada acontecesse em desordem, sem coletes salva-vidas”, disse. “E teria acontecido o mesmo com coletes”, acrescentou.

Revolta dos parentes

Não foram encontrados sobreviventes desde a manhã de quarta-feira. Os 174 sobreviventes foram resgatados poucas horas depois do naufrágio, no mar ou quando pulavam da balsa que ainda afundava.

A embarcação transportava 476 pessoas, incluindo 352 estudantes do colégio Danwon de Ansan, uma localidade ao sul de Seul, que estavam em uma viagem escolar.

O vice-diretor da escola, que havia sobrevivido à catástrofe, foi encontrado enforcado na sexta-feira, em um aparente suicídio. “Sobreviver é muito difícil… Eu assumo toda a responsabilidade”, escreveu em uma carta encontrada em sua carteira, segundo a imprensa local.

A revolta dos familiares aumentou nas últimas 48 horas. Os pais acusam as autoridades e os serviços de emergência de incompetência e indiferença. “Não temos muito tempo. Muitos acreditam que é o último dia possível para encontrar passageiros vivos”, disse Nam Sung-Won, que tinha um sobrinho de 17 anos a bordo. “Depois de hoje, tudo estará acabado”, completou.

A causa do acidente ainda não foi determinada. As informações da Marinha indicam que a balsa girou bruscamente antes de enviar um sinal de socorro. O choque pode ter desequilibrado a carga – 150 automóveis – e inclinado a embarcação.