Um avião comercial da Malaysia Airlines caiu na cidade de Chakhtarsk, na região de Donetsk, no leste da Ucrânia nesta quinta-feira (17). A informação, divulgada inicialmente pelas agências de notícias Inter-Tass e InterFax foi confirmada pelo conselheiro do ministério ucraniano do Interior, Anton Geratchenko.
A companhia aérea disse ter perdido contato com o Boeing 777 MH-17, quando ele sobrevoava a Ucrânia a 10 mil metros de altitude, com 280 passageiros e 15 membros da tripulação a bordo. De acordo com o conselheiro ucraniano, não houve sobreviventes.
Troca de acusações
Anton Geratchenko acusou separatistas russos de terem abatido o avião, que fazia a rota entre as capitais da Holanda, Amsterdã, e da Malásia, Kuala Lumpur, com um míssil disparado a partir do solo. O governo malaio prometeu investigar o caso e o presidente ucraniano Petro Porochenko disse “não excluir” a possibilidade de o avião ter sido “abatido”.
“Este é o terceiro caso trágico dos últimos dias, depois dos aviões An-26 e Su-25 das forças armadas ucranianas, que foram derrubados (por mísseis lançados) a partir do território russo”, disse Porochenko em comunicado. De acordo com ele, que prestou condolências às famílias das vítimas, “as forças ucranianas não efetuaram tiros que pudessem atingir alvos aéreos”.
Mas o chefe separatista Alexandre Borodai acusa as forças ucranianas pelo ataque. “Ao que parece, foi mesmo um avião de linha, abatido pela força aérea ucraniana”, declarou à televisão o líder da autoproclamada “República Popular de Donetsk”.
Um grupo de socorristas do ministério ucraniano de Situações de Emergência teria se deslocado para o local do acidente, informaram agências de notícias. Da sede da ONU, em Nova York, o embaixador russo para as Nações Unidas, Vitaly Tchurkin negou que a Rússia esteja por trás dos disparos que derrubaram os dois aviões militares.
A queda do avião foi um dos assuntos abordados em uma conversa telefônica entre os presidentes russo, Vladimir Putin, e americano, Barack Obama, na tarde desta quinta-feira.