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EUA ficam “profundamente decepcionados” com libertação de ex-general venezuelano

O presidente Nicolás Maduro e o general Hugo Carvajal, no domingo, em Caracas.

O presidente Nicolás Maduro e o general Hugo Carvajal, no domingo, em Caracas.

REUTERS/Miraflores Palace/Handout via Reuters

Hugo Carvajal, ex-chefe da inteligência militar da Venezuela no governo de Hugo Chávez, tinha sido preso na quarta-feira passada na ilha holandesa de Aruba, a pedido dos Estados Unidos, por tráfico de drogas. Atendendo a um recurso judicial, o governo holandês ordenou a libertação de Carvajal e seu retorno à Venezuela com base no princípio da imunidade diplomática.

 

O general aposentado estava em Aruba aguardando que sua nomeação como cônsul da Venezuela, decidida em janeiro passado, fosse ratificada pela ilha caribenha.

A justiça americana estava no encalço de Carvajal desde 2008, acusando o ex-colaborador de Chávez do porte de 5 quilos de maconha e coisas mais graves, como armar e financiar as Farc, a guerrilha marxista colombiana. Desde 2008, Carvajal fazia parte da “lista Clinton”, elaborada pelo departamento do Tesouro, por suposto financiamento de grupos guerrilheiros.

Ao saber da prisão de Carvajal em Aruba, o presidente Nicolás Maduro denunciou “um ato ilegal, que viola o direito internacional”. Ele até ameaçou “responder com a força”, se a dignidade da Venezuela fosse prejudicada. Ao tomar conhecimento da libertação, Maduro elogiou a coragem do governo holandês, que não extraditou Carvajal para os Estados Unidos.

O ex-chefe da inteligência militar venezuelana retornou a Caracas neste domingo. Ele foi recebido com festa por Maduro e os colegas socialistas que participavam do congresso do partido governista.

Carvajal foi declarado “persona non grata” na Holanda e em seus territórios ultramarinos.

Em entrevista, Sarkozy contra-ataca e denuncia tentativa de humilhação

O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy durante entrevista nesta quarta-feira (2).

O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy durante entrevista nesta quarta-feira (2).

TF1

Depois de ficar 15 horas em detenção provisória para interrogatório e ser indiciado por corrupção ativa, tráfico de influência e violação do segredo profissional, o ex-presidente francês Nicolas Sarkozy concedeu, nesta quarta-feira (2), sua primeira entrevista desde que deixou o palácio do Eliseu, em 2012. “Nunca cometi um ato contrário aos princípios republicanos”, declarou.

 

O ex-presidente, de 59 anos, denunciou a “instrumentalização política de uma parte da Justiça” e a intenção de humilhá-lo com uma detenção provisória e uma audiência no meio da madrugada, às 2h, ao invés de uma convocação à justiça. Ele também questionou a imparcialidade de uma das juízas que o intimaram, Claire Thépaut, que fez parte do Sindicato da Magistratura, ligado à esquerda.

Sarkozy qualificou de “grotescas” as acusações do indiciamento e se declarou “profundamente chocado com o ocorrido”. Ele acrescentou que não exige nenhum privilégio. “Nunca traí a confiança” dos franceses, proclamou. “Se eu cometi erros, vou assumir todas as consequências – não sou um homem que foge de suas responsabilidades”.

Para o ex-presidente, o ocorrido na noite anterior convenceu-o da necessidade de dar a entrevista, que foi gravada durante o dia, em seu escritório, poucas horas depois de ter sido indiciado. O canal de televisão TF1 e a rádio Europe 1 transmitiram a conversa com dois jornalistas às 20h (15h em Brasília).

Tramas

Em relação ao governo do atual presidente, François Hollande, Sarkozy disse que “há coisas que estão sendo tramadas – os franceses precisam saber disso e, conscientemente e com toda a liberdade, julgar a situação”.

De acordo com os rumores, Sarkozy tinha a intenção de assumir a liderança do partido de direita UMP após as férias de verão na França e provavelmente preparar sua candidatura à presidência em 2017.

Polícia espanhola desmantela rede de tráfico de carne de cavalo

Polícia francesa segue pista sobre o tráfico de carne de cavalo na Espanha.

Polícia francesa segue pista sobre o tráfico de carne de cavalo na Espanha|Reprodução Youtube|RFI

A polícia espanhola anunciou nesta quinta-feira (29) a prisão de diversas pessoas envolvidas em um novo escândalo de tráfico da carne de cavalo imprópria para consumo.

Os suspeitos foram detidos em clínicas veterinárias, abatedouros e fazendas de criação nas regiões de Valença, Astúrias, Corunha, Madri, Valladodid, Saragoça e Jaen, declarou um porta-voz da Guarda Civil espanhola. De acordo com ele, algumas das prisões estão relacionadas ao escândalo da empresa francesa Spanghero e a polícia do país participou da operação.

A investigação policial quer apurar a falsificação dos documentos de identificação e de controle sanitário com o objetivo de driblar a fiscalização para preparar a carne de cavalo para consumo humano. Por enquanto, a polícia não soube confirmar se o caso está ligado à prisão, em 16 de dezembro de 2013, de 21 pessoas em 11 departamentos na França.

Empresa pede concordata

Um ano depois do escândalo, a empresa Spanghero, situada no sul da França, que utilizava carne de cavalo para preparar pratos prontos, informou que vai pedir concordata, na esperança de salvar 100 empregos. Segundo o advogado da empresa, Christophe Lèguevaques, as grandes redes de varejo cancelou os contratos com a Spanghero, criada em 1970. Apesar da mudança de direção, a polêmica manchou a imagem o grupo que não conseguiu retomar os negócios. 

Rede de cocaína via Brasil, Venezuela e Rep. Dominicana

Diário de Notícias| Rute CoelhoHoje

Dois homens e uma mulher, portugueses, foram detidos pela PJ por suspeita de tráfico por via aérea, por suspeita de adquirirem cocaína vinda daqueles três países e recrutarem “correios”

A Polícia Judiciária, através da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes, no âmbito da investigação de um grupo criminoso que se dedicava ao tráfico de estupefacientes por via aérea, procedeu à detenção de dois homens e uma mulher, todos cidadãos nacionais, que se dedicavam à aquisição e transporte de Cocaína de países como o Brasil, a Venezuela ou a Republica Dominicana para a Europa, por via aérea, comunicou a PJ. Os três detidos têm idades entre os 47 e os 64 anos.

Estes suspeitos eram os responsáveis pelo recrutamento dos “correios” e logística relativa às respetivas viagens. No decurso da investigação que levou à detenção destas pessoas foram identificados mais de uma dúzia de outros “correios”.

Nas buscas domiciliárias efetuadas às residências dos suspeitos foram apreendidas três armas de fogo.

Os três detidos foram presentes a primeiro interrogatório judicial tendo-lhes sido aplicadas as medidas de coação de prisão preventiva, a dois deles, e de termo de identidade e residência, ao outro.

Operação Ágata contabiliza mais de mil apreensões em seis dias nas regiões de fronteiras do Brasil

Cerca de 24 metros cúbicos de madeira ilegal foi apreendida durante ação, além de combustíveis adulterados

Inspeção naval realizada pela Marinha no Rio Negro. Foto: Divulgação/Comando do 9º Distrito Naval

MANAUS – Nos primeiros seis dias de monitoramento da Operação Ágata 8, iniciada no dia 10 de maio, já as forças armadas contabilizou diversas atividades ilícitas. A operação é a maior mobilização conjunta realizada pelo governo brasileiro no combate ao tráfico nas fronteiras do País, com a atuação do Exército, Marinha e Força Aérea Brasileira na patrulha.

primeiro balanço do Comando Conjunto da operação na Amazônia Ocidental, foi divulgado na quinta-feira (15). Foram contabilizados 1.298 mil apreensões ou notificações de embarcações, aproximadamente 24 metros cúbicos de madeira ilegal apreendida, 6.837 inspeções em veículos terrestres e 3.500 litros de combustíveis adulterados. Além disso, foi apreendido o equivalente a R$90.989, uma soma de contrabandos ou descaminhos.

Cerca de 30 mil militares patrulham uma área total de 16.886 quilômetros de fronteira brasileira. Na área do Comando Militar da Amazônia (CMA), a operação se desenvolve nos Estados doAmazonasRoraimaRondônia e Acre, com cerca de 10 mil militares.  “O objetivo principal é barrar, não deixar entrar em nosso território”, frisou o comandante do CMA, general Guilherme Theophilo, no início das operações.

O Comando do 9º Distrito Naval da Marinha do Brasil atua nas calhas dos rios Negro, Solimões, Amazonas e principais afluentes. Os 936 patrulheiros estão divididos em quatro Navios-Patrulha Fluviais: ‘Raposo Tavares’, ‘Roraima’, ‘Rondônia’ e ‘Amapá’; quatro Navios de Assistência Hospitalar: ‘Oswaldo Cruz’, ‘Carlos Chagas’, ‘Doutor Montenegro’ e ‘Soares de Meirelles’; quatro helicópteros (UH-12) modelo Esquilo; 24 lanchas; duas lanchas Patrulha de Rio; destacamentos de Fuzileiros Navais; e equipes com Cães de Faro do Batalhão de Operações Ribeirinhas.

Durante a operação, são realizadas inspeções, com três postos de fiscalizações fixos que realizam inspeções 24 horas próximos à Manaus, e patrulhas navais, assistências hospitalares e ações cívico sociais nos municípios de Careiro da Várzea, Barcelos e Manacapuru. Até o momento, foram realizados 1.668 atendimentos médicos, 1.800 procedimentos diversos de prevenção à saúde, 850 procedimentos odontológicos e distribuídos 106.129 medicamentos.

Atendimento médico na comunidade Nossa Senhora do Nazaré do Morro Alto, no município de Coari, no Amazonas. Foto: Divulgação/Comando do 9º Distrito Naval NAsH OCruz

próximo balanço foi confirmado para o dia 22, de acordo com a assessoria do Comando do 9º Distrito Naval. A operação Ágata 8 é coordenada pelo Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA) e faz parte do Plano Estratégico de Fronteiras (PEF), criado por decreto da presidenta Dilma Rousseff, em junho de 2011. A operação conta com a participação de 12 ministérios e 20 agências governamentais, além da colaboração conjunta com Uruguai, Argentina, Paraguai, Peru, Bolívia, Venezuela, Colômbia, Suriname, Guiana e Guiana Francesa. A data para término das ações e patrulhas está indefinida.

 
 

Operação Ágata 8 terá mais de 30 mil homens em ação conjunta de 11 países

No total, 16.886 quilômetros de fronteira – desde a Amazônia até o Sul do país – serão patrulhados pelos militares

MANAUS – Tráfico de drogas, armas, animais, invasão à terras indígenas, crimes ambientais, imigração ilegal. Realizada em pontos estratégicos da fronteira do Brasil, a Operação Ágata chega à 8ª edição com o objetivo de inibir a incidência dessas práticas no país. Este ano, a operação militar abrangerá 16.886 quilômetros, em conjunto com mais dez países sul-americanos. A iniciativa faz parte do Plano Estratégico de Fronteiras (PEF), criado em 8 de julho de 2011 e coordenado pelo Ministério da Defesa e comando do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA).

Principais ações da operação contra o tráfico foram abordadas durante coletiva. Foto: Clarissa Bacellar/Portal Amazônia

O contato com os países vizinhos é feito com antecedência mínima de 30 dias. Os 10 países que atuarão em conjunto são: Uruguai, Argentina, Paraguai, Peru, Bolívia, Venezuela, Colômbia, Suriname, Guiana e Guiana Francesa. Além disso, oficiais de países da Europa, como Portugal, acompanharão a operação.

Um total de 30 mil militares do Exército, Marinha e Força Aérea Brasileira farão a patrulha. As Forças Armadas contarão com a participação das polícias federal, rodoviária federal, militar, justiça, órgãos ambientais e de agências governamentais. Um total de 10 batalhões desdobrados em 24 pelotões de fronteira atuarão nas áereas à serem monitoradas.

As tropas contam com centros montados nos Comandos Militares da Amazônia (CMA), emManaus; do Oeste (CMO), em Campo Grande (MS); do Norte (CMN), em Belém (PA); e do Sul (CMS), em Porto Alegre (RS). A faixa de fronteira situa-se 150 quilômetros a partir da divisa e compreende 27% do território nacional onde estão 710 municípios. Os estados de fronteira são Amapá, Pará, Roraima, Amazonas, Acre, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul.

Copa do Mundo e Parintins

Às vésperas da Copa do Mundo de Futebol, a operação envolve toda a faixa de fronteira terrestre, assim como na Ágata 7, durante a Copa das Confederações. De acordo com o comandante militar da Amazônia, general Guilherme Theophilo, serão duas forças de contingência separadas durante o período: uma para a Operação Ágata 8 e outra para a capital do Amazonas. “Para a Operação Copa do Mundo nós temos uma mobilização que vem dos grandes centros, como Rio Branco, Porto Velho e Boa vista, para reforçar a segurança da nossa cidade”.

Um dos destaques é para as vistorias e autorizações para barcos circularem durante o período das festividades do Boi-Bumbá de Parintins, que garantem segurança para o trabalhador e para a população. “O povo daqui já conhece. Quem tem embarcação, vai para Parintins, já conhece esse procedimento”, afirmou o comandante do 9º Distrito Naval, o vice-almirante Domingos Savio. “Infelizmente, sabemos que os ilícitos ocorrem. A Marinha, nesta operação, não fará nada mais do que já é condicional e praticado no dia a dia. Faremos a inspeção naval, como se fosse o detran nas estradas. Isso vai gerar, nós temos certeza, uma sensação de segurança na proximidade dos grandes eventos”, completou o vice-almirante.

O general Theophilo afirmou que os municípios não precisam se preocupar com os militares, bem como as comunidades indígenas e áreas de conservação, que “serão preservadas como sempre foram”. Para os representantes das forças armadas brasileiras reunidos em coletiva na manhã deste sábado, qualquer grama de cocaína que for retirada de circulação será um ganho social. “O objetivo principal é barrar, não deixar entrar em nosso território. Imagine o ganho social que é tirar de circulação a droga, a munição, o armamento, que estaria chegando dos grandes centros”, disse o comandante militar.

O vice-almirante Savio pediu que a população colabore com as operações. Também estiveram presentes para esclarecimentos das ações o chefe do Estado Maior do CMA, general de brigada Ubiratan Poty, e o subdiretor de abastecimento e chefe do Comando Logístico da Área de Operações, brigadeiro intendente Sérgio Lins de Castro. O Ministério da Defesa divulgará balanços parciais da Operação Ágata nos dias 15 e 22 de maio. A duração das atividades depende dos resultados, por tanto ainda não tem data para encerramento.

Ações cívico-sociais

Integrada à Operação Ágata 8, a 12ª Região Militar realizará atendimentos médicos, odontológicos, teste rápido de glicose e tipagem sanguíneae e assistência social nos municípios de Barcelos, Manacapuru e Careiro da Várzea no mês de maio. A primeira cidade onde a Ação Cívico-Social (Aciso), coordenada pelo Ministério da Defesa, acontecerá, é Careiro da Várzea, com início neste sábado (10) até dia 12 de maio.

Os atendimentos serão feitos na Unidade de Saúde Antonio Maia Barbosa de Careiro da Várzea, no Navio de Assistência Hospitalar (NAsH) do 9°Distrito Naval. Um navio pode atender cerca de 400 pessoas por dia. As atividades serão coordenadas e executadas pelo 12° Batalhão de Suprimento do Exército Brasileiro.

Barcelos receberá a Aciso de 15 a 17 de maio de 2014, com atividades desenvolvidas pelo 3° Batalhão de Infantaria de Selva. E Manacapuru terá os serviços da Aciso de 19 a 21 de maio, com atividades executadas pela Companhia de Comando da 12ª Região Militar.