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Novo governo britânico é mais jovem, feminino e eurocético

O britânico Philip Hammond, que era ministro da Defesa, foi promovido nesta terça-feira (15) ao cargo de ministro das Relações Exteriores do Reino Unido.

O britânico Philip Hammond, que era ministro da Defesa, foi promovido nesta terça-feira (15) ao cargo de ministro das Relações Exteriores do Reino Unido.

REUTERS/Suzanne Plunkett
RFI

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, surpreendeu ao anunciar nesta terça-feira (15) modificações muito mais profundas do que as esperadas em sua equipe de governo, que agora é mais jovem, mais feminina e mais eurocética. O sinal mais forte dessa última característica é a ascensão de Philip Hammond, que passou do ministério da Defesa ao ministério das Relações Exteriores.

 

Philip Hammond, de 58 anos, obteve notoriedade no início do ano ao preconizar a saída do Reino Unido da União Europeia se as instituições de Bruxelas não se reformarem e não modificarem seus laços com Londres.

O remanejamento visa preparar o governo de coalizão dos conservadores e liberal-democratas para as eleições gerais que acontecem daqui a dez meses. Com 38% das intenções de voto, o partido trabalhista de oposição está na frente dos conservadores, que têm 33%, segundo o último levantamento, divulgado no domingo.

Mas o grande motor dessa mudança foi o fato do eleitorado conservador ter votado em massa para o UK Independent Party (UKIP). O partido eurofóbico e anti-imigração foi o vencedor das eleições europeias em maio e fica em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, na frente do partido liberal-democrata.
Apesar disso, o chefe dos liberal-democratas, Nick Clegg, continua no cargo de vice-primeiro-ministro.

“Massacre dos moderados”

O fato mais marcante foi a surpreendente partida do ministro das Relações Exteriores, William Hague, um político proeminente do partido conservador, do qual foi presidente de 1997 a 2001.

Ele ainda vai permanecer alguns meses no governo como líder da câmara dos Comuns (a câmara baixa do Parlamento), a fim de preparar as eleições legislativas de maio de 2015. No entanto, ele especificou que não vai se candidatar a um novo mandato de deputado.

Um porta-voz trabalhista, Michael Dugher, falou em “uma massacre dos moderados” por um primeiro-ministro “enfraquecido” e “amedrontado diante de sua ala direita”. “A política externa britânica será agora dirigida por um homem que falou abertamente sobre nossa saída da União Europeia”, declarou ele.

Governo mais jovem e feminino

A saída de Kenneth Clarke, ministro sem pasta de 74 anos, ilustra a vontade de rejuvenescer o governo. Ele também era conhecido por ser favorável à União Europeia.

Owen Paterson, ministro do Meio Ambiente, David Willets, secretário de Estado para as Universidades, David Jones, ministro do País de Gales, Andrew Robathan, ministro da Irlanda do Norte, e Greg Barker, secretário de Estado para as mudanças climáticas, também figuram entre os 12 homens que vão deixar o governo.

Com isso, eles abrem espaço para uma presença feminina mais forte. O nome mais proeminente entre as mulheres que entram no governo é Nicky Morgan, de 41 anos. Ela assume a pasta da Educação, que vai acumular com suas antiga função de secretária de Estado para as Mulheres e a Igualdade. Elizabeth Truss, a mais jovem integrante da equipe, com 38 anos, se tornou secretária de Estado para o Meio Ambiente.

Radicalização à direita

A promoção de Philip Hammond marca uma radicalização em um momento particularmente crítico para a relação de Londres com a União Europeia.

David Cameron, que perdeu sua batalha para impedir a nomeação de Jean-Claude Jucker à presidência do Conselho Europeu, iniciou uma outra cruzada de resultado incerto. Eles prometeu aos britânicos obter reformas do bloco e de seus laços com a União Europeia, antes de convocar um referendo em 2017 sobre a manutenção – ou não – do Reino Unido no clube dos 28.

Risco de atentados leva Reino Unido a reforçar a segurança nos voos para os EUA

Zona de controle de passaportes em Londres.

Zona de controle de passaportes em Londres.

REUTERS/Neil Hall

O Reino Unido anunciou nesta quinta-feira (3) ter reforçado a segurança nos aeroportos britânicos, atendendo a uma solicitação feita ontem pelo governo americano. Os serviços de inteligência dos Estados Unidos temem novos atentados.

Diante das novas estratégias utilizadas pelos extremistas para enganar os controles de segurança na hora do embarque, o governo americano recomendou a aeroportos da Europa, África e Oriente Médio que reforcem as medidas de precaução para os voos com destino aos Estados Unidos.

O governo britânico garantiu que o aumento do dispositivo não deve afetar os viajantes, em plena temporada de férias de verão na Europa. Mas especialistas acreditam que as medidas preconizadas podem provocar atrasos, já que haverá mais revistas e, para alguns voos, todos os passageiros terão que tirar os sapatos.

Os serviços de inteligência americanos suspeitam que jihadistas da Frente Al Nosra, atuante na Síria, e o braço armado da Al Qaeda na Península Arábica (Aqpa), grupo baseado no Iêmen, trabalhem juntos para produzir explosivos capazes de passar desapercebidos nos controles de embarque.

“Europeus temerários”

No domingo, o presidente Barack Obama advertiu que “europeus temerários”, envolvidos na guerra santa islâmica (Jihad) na Síria e no Iraque, constituem uma nova ameaça aos Estados Unidos, porque o país não exige visto para portadores de passaportes da União Europeia. Essa situação torna a identificação de potenciais terroristas mais difícil. Muitos extremistas islâmicos possuem passaportes europeus e americanos, o que dificulta o trabalho de prevenção dos serviços de inteligência.

Neste momento, os Estados Unidos enfrentam um aumento do risco de atentados, com o retorno de alguns soldados ao Iraque, para ajudar o governo iraquiano a combater a ofensiva jihadista. Além disso, o julgamento, em Washington, do principal suspeito do ataque ao consulado americano de Benghazi, na Líbia, ocorrido em 11 de setembro de 2012, também eleva a tensão. O suspeito Ahmed Abou Khattala clama sua inocência diante da justiça americana. O atentado matou o embaixador americano na Líbia, Christopher Stevens, e três agentes de segurança.

Novas sanções podem ter graves consequências para economia russa

O presidente Vladimir Putin se prepara para enfrentar as consequências que as sanções ocidentais podem ter para a economia russa.

O presidente Vladimir Putin se prepara para enfrentar as consequências que as sanções ocidentais podem ter para a economia russa|REUTERS/Alexei Druzhinin/RIA Novosti/Kremlin|RFI

Novas sanções ocidentais contra Moscou podem agravar o crescimento econômico da Rússia, disse neste sábado (28) o ministro russo da Economia, Alexei Ulyukayev. O país se prepara para enfrentar as conseqüências das medidas prometidas pelos Estados Unidos e União Europeia devido à continuação dos combates da rebelião separatista russa no leste da Ucrânia.

Ulyukayev anunciou que o país preparou três cenários, caso as sanções ocidentais contra Moscou endureçam. O mais otimista deles prevê o bloqueio das exportações de produtos de luxo, como caviar e peles, e o pior cenário englobaria o setor da metalurgia, petroleiro, e o gás, disse o ministro russo da Economia à televisão do país.

Se o quadro mais pessimista se confirmar, avaliou Ulyukayev, o crescimento econômico da Rússia seria gravemente afetado. “Os investimentos chegariam ao negativo, os juros baixariam, a inflação aumentaria e as reservas do Estado diminuiriam”, analisou. Para o ministro, no entanto, a economia russa tem capacidade de “suportar” essa perspectiva.

Cessar-fogo prolongado

Ontem (27), ao assinar um acordo histórico de associação com Kiev, os dirigentes da União Europeia estipularam que Moscou tem até segunda-feira (30) para tomar medidas contra a rebelião separatista russa no leste da Ucrânia. Esperando obter ações concretas por parte do vizinho, Kiev prolongou ontem o cessar-fogo com insurgentes durante mais 72 horas, na esperança da abertura de um diálogo de paz.

Tanto a União Europeia como os Estados Unidos aplicam uma série de sanções contra autoridades russas ou ucranianas pró-russas há quatro meses. O presidente Vladimir Putin, que no começo desdenhou as medidas, começa a ter os primeiros resultados concretos das mesmas. Na semana passada, o banco central russo admitiu que o crescimento da economia do país teria um recuo de 0,4% este ano.

Ontem a agência americana Moody’s rebaixou a avaliação de crédito da Rússia de “estável” para “negativa”, argumentando que a economia de Moscou está ameaçada pelo conflito na Ucrânia. A instituição também avaliou que a rebelião elevou o perigo de um “evento geopolítico arriscado” na Rússia.

Combates continuam

Apesar da extensão do cessar-fogo, os combates continuam no leste da Ucrânia. De acordo com o porta-voz das operações militares pró-russas na região industrial de Donbass, a madrugada foi “mais ou menos calma”. Ele anunciou a morte de três soldados ucranianos hoje nos arredores de Slaviansk, reduto dos insurgentes.

Guardas russos da fronteira com a Ucrânia afirmaram que a localidade de Rostov-na-Donu e outras cidades russas da região foram atingidas hoje por três mísseis do exército ucraniano. Ontem à noite, os rebeldes tomaram o controle de uma base do ministério do Interior na periferia de Donetsk.

Jean-Claude Juncker é oficialmente indicado para presidência da Comissão Europeia

Apesar de não contar com a unanimidade, Jean-Claude Juncker foi oficialmente indicado para presidir a Comissão Europeia.

Apesar de não contar com a unanimidade, Jean-Claude Juncker foi oficialmente indicado para presidir a Comissão Europeia.

AFP PHOTO|PETER MUHLY|Letícia Fonseca

Depois de semanas de discussão, os líderes europeus confirmaram nesta sexta-feira (27) a indicação de Jean-Claude Juncker, ex-primeiro-ministro luxemburguês, para a presidência da Comissão Europeia nos próximos cinco anos. A escolha foi duramente criticada pelo premiê britânico, David Cameron, que julga a decisão “um grave erro”.

Correspondente da RFI em Bruxelas

Juncker vai suceder José Manuel Durão Barroso, que está no comando do executivo europeu desde 2004. Mas antes de ocupar o cargo, o democrata-cristão deverá ter seu nome aprovado pelo Parlamento Europeu, em votação prevista para o dia 16 de julho. O ex-presidente do Eurogrupo deve ser apoiado pela maioria dos eurodeputados.

A candidatura do futuro presidente da Comissão Europeia, respaldada pela chanceler alemã Angela Merkel, obteve 26 votos a favor e apenas 2 contra dados pela Grã-Bretanha e Hungria. A votação de Juncker foi forçada pelo premiê britânico David Cameron pela primeira vez nas nomeações de uma cúpula Europeia. Mas Juncker nunca foi unanimidade. Desde o início a Grã-Bretanha criticou a visão federalista da Europa defendida pelo político luxemburguês. Para Cameron, o veterano da política europeia “poderá minar as posições dos governos nacionais”.

A escolha de Jean-Claude Juncker é uma derrota diplomática para Londres. Cameron acredita que ele não vai promover as reformas necessárias para convencer os britânicos a manter o país na União Europeia, após o referendo a ser realizado até 2017. O líder britânico, que perdeu as eleições de maio para os eurofóbicos do Partido pela Independência do Reino Unido, não só saiu derrotado como bastante isolado depois dessa enorme campanha de descrédito contra Juncker. Mesmo assim, Cameron fez questão de reafirmar que “Juncker é a pessoa errada para guiar a instituição e que a União Europeia se arrependerá da escolha”.

Livre Comércio

Em Bruxelas, os chefes de Estado e governo dos 28 países do bloco também assinaram nesta sexta-feira o acordo de associação e livre comércio com a Ucrânia, Geórgia e Moldávia. O presidente ucraniano, Petro Porochenko, disse que a assinatura do documento é histórica, “possivelmente o dia mais importante para o país desde a independência, em 1991, com o fim da União Soviética”. Criticado pela Rússia, que teme perder influência sobre as ex-repúblicas soviéticas, o acordo prevê a supressão de barreiras aduaneiras entre a Ucrânia e o bloco europeu, além de pacotes de ajuda financeira à Kiev em troca de reformas estruturais.

Corte Europeia condena França a reconhecer crianças de barriga de aluguel

A Corte Europeia de Direitos Humanos mandou a justiça francesa reconhecer três meninas que nasceram nos Estados Unidos com mães de aluguel.

wikipédia|RFI

A Corte Europeia de Direitos Humanos mandou a justiça francesa reconhecer três meninas que nasceram nos Estados Unidos com mães de aluguel.A França foi condenada nesta quinta-feira (26) pela Corte Europeia dos Direitos Humanos (CEDH), com sede em Estrasburgo, pelo não-reconhecimento de crianças nascidas no exterior geradas por mães de aluguel. Por outro lado, a corte não se pronunciou sobre a escolha das autoridades francesas de proibir a reprodução assistida por barriga de aluguel.

O parecer da Corte Europeia era aguardado com expectativa pelos defensores desse método de reprodução ainda proibido na França. O tribunal foi acionado por dois casais que tiveram filhos com a ajuda de mães de aluguel nos Estados Unidos e não conseguiram, no retorno à França, obter o reconhecimento das certidões de nascimento das filhas no registro civil local.

Em seu parecer, os juízes europeus alegam que essa recusa das autoridades francesas fere a identidade das crianças e as impede, no futuro, de receber heranças nas mesmas condições favoráveis que outras crianças do país. A Corte Europeia declara ainda que impedir o estabelecimento de laços de filiação entre um pai e seu filho biológico contraria a Convenção Europeia dos Direitos Humanos.

Pais biológicos

Nos dois casos, os embriões foram concebidos com espermatozoides dos pais biológicos e óvulos de doadoras. As duas gêmeas e uma terceira menina que nasceram dessas fecundações não tiveram suas certidões de nascimento americanas reconhecidas pelo registro civil francês. Os dois casais entraram com pedidos de regularização na justiça, mas eles foram rejeitados em todas as instâncias. Esgotados os meios legais na França, os dois casais apresentaram recursos à justiça europeia alegando discriminação e violação do direito de fundar uma família.

A CEDH reconhece como “legítimos” os objetivos da França de querer proteger a saúde das mulheres, além dos direitos e das liberdades de terceiros. A corte também reconhece que ao rejeitar os pedidos de legalização das certidões de nascimento das crianças concebidas com barrigas de aluguel, o governo francês busca desencorajar esse tipo de prática, proibida no país. No entanto, os juízes constatam que mesmo tendo nascido no exterior do ventre de terceiras, as meninas em questão têm uma vida familiar normal, comparável à de qualquer outra família francesa.

Indenização por danos morais

A corte determina, em seu julgamento, que “em nome do interesse superior das crianças e da realidade biológica dos laços familiares estabelecidos, ao menos com os pais, as meninas devem ser reconhecidas e receber € 5 mil, R$ 15 mil, cada uma, a título de prejuízo moral”. Essa decisão é passível de contestação em instância superior, no prazo de três meses.

Segundo associações e advogados, a França teria hoje cerca de 2 mil crianças vivendo nesse limbo jurídico. A gestação por barriga de aluguel é regulamentada de forma desigual na Europa. Totalmente proibida na França, a prática é autorizada para casais heterossexuais em alguns países, como Holanda e Reino Unido.

Em reunião com líderes europeus, Hollande pede controle da imigração

François Hollande se exprimiu após a reunião com os principais líderes de esquerda do bloco europeu.

François Hollande se exprimiu após a reunião com os principais líderes de esquerda do bloco europeu|REUTERS/Philippe Wojazer|RFI

O presidente francês recebeu neste sábado (21), em Paris, os principais líderes da esquerda europeia. No final do encontro, François Hollande defendeu o controle da imigração no bloco. Os participantes da reunião também confirmaram o apoio à candidatura do conservador Jean-Claude Juncker para a presidência da Comissão Europeia.

A reunião contou com a presença do vice-chanceler alemão Sigmar Gabriel, os primeiros-ministros da Dinamarca, Helle Thorning-Schmidt, da Romênia, Victor Viorel Ponta, da Eslováquia, Robert Fico, da República Checa, Bohuslav Sobotka, de Malta, Joseph Muscat, da Áustria, Werner Faymann, e da Bélgica, Elio Di Rupo. O chefe do governo italiano, Matteo Renzi, que assume a presidência rotativa da União Europeia no mês de julho, também fazia parte do grupo. Apesar de informal, o encontro foi visto como uma espécie de ensaio para a reunião de cúpula europeia em Bruxelas, prevista para os dias 26 e 27 de junho.

Os líderes discutiram vários assuntos econômicos, como a uma posição comum sobre o pacto de estabilidade orçamentária do bloco, e alguns temas políticos. No final do encontro, o presidente francês pediu mais controle da imigração. No entanto, Hollande chamou a atenção para a necessidade de se adotar medidas que respeitem “os valores e princípios do grupo”. O chefe de Estado não deu mais detalhes sobre o tipo de barreira que poderia ser implementada. 

A questão da imigração alimentou os debates durante as últimas eleições europeias. O pleito foi marcado pelo avanço dos partidos populistas e de extrema-direita, contrários à entrada de imigrantes no bloco.

Outro ponto crucial da reunião deste sábado foi a disputa para a presidência da Comissão Europeia. Os líderes de esquerda confirmaram que vão apoiar a candidatura do luxemburguês Jean-Claude Juncker para o cargo ocupado atualmente pelo português José Manuel Durão Barroso. Um apoio ao candidato conservador que deve ter como moeda de troca a nomeação de um social-democrata para a presidência do Conselho Europeu, no lugar do belga de Herman Van Rompuy.

União Europeia vai emprestar 500 milhões de euros à Ucrânia

Estadão Conteúdo

A União Europeia vai desembolsar 500 milhões de euros (US$ 681,1 milhões) em empréstimos para a Ucrânia no próximo dia 17 para ajudar Kiev a pagar suas contas, afirmou nesta terça-feira a Comissão Europeia, braço executivo da UE, em comunicado.
 
Segundo a comissão, o valor foi levantado nos mercados de capitais para o programa de ajuda destinado à Ucrânia.
 
A UE prometeu liberar até 1,6 bilhão de euros para a Ucrânia este ano. O primeiro empréstimo, de 100 milhões de euros, foi desembolsado em 20 de maio.
 
Além disso, a UE se comprometeu a conceder mais alguns bilhões de euros em empréstimos de longo prazo se o governo ucraniano for bem-sucedido na condução de reformas.
 
A UE vem intermediando negociações sobre o preço do gás russo vendido para a Ucrânia e sobre quando Kiev acertará dívidas pendentes com a estatal de energia russa Gazprom. Autoridades europeias dizem que parte da ajuda ao governo ucraniano pode ser usada para pagar essas dívidas. Fonte: Dow Jones Newswires.

Marine Le Pen vai a Bruxelas em busca de aliados

Marine Le Pen, líder da Frente Nacional, partido da extrema-direita francesa,desembarcou em Bruxelas para articular seu grupo no Parlamento Europeu.

Marine Le Pen, líder da Frente Nacional, partido da extrema-direita francesa,desembarcou em Bruxelas para articular seu grupo no Parlamento Europeu|REUTERS/Philippe Wojazer

Marine Le Pen, presidente do partido francês de extrema-direita Frente Nacional (FN), está em Bruxelas nesta quarta-feira (28) para encontrar aliados. Entre eles, eurocético britânico Nigel Farage, que também luta para formar um grupo sólido no seio do Parlamento Europeu.

As regras do Parlamento instituem que para se constituir um grupo político são necessários, no mínimo, 25 deputados de sete países.

Articulações

Com 24 deputados eleitos na votação do último domingo (25), o FN preenche um dos critérios praticamente sozinho. O desafio agora é conquistar aliados de outras seis nacionalidades. O partido neonazista grego Aurora Dourada demonstrou interesse em uma aliança com o FN, mas Marine Le Pen descartou, assim como o Jobbik húngaro e o NPD (neonazista) alemão.

O Ukip britânico e o partido antieuro alemão AFD excluíram qualquer aliança com a família Le Pen. O líder do Ukip, Nigel Farage, disse não gostar do “antissemitismo inscrito no DNA da Frente Nacional”.

Para o FN, restam aliados históricos como o partido belga Vlaams Belang, o holandês PVV, o austríaco FPO e a Liga Norte italiana. Marine Le Pen também contatou os Democratas Suecos.

Líderes europeus se reúnem em Bruxelas para estudar resposta à onda populista

O chefe do governo italiano, Matteo Renzi, saiu reforçado das eleições europeias.

O chefe do governo italiano, Matteo Renzi, saiu reforçado das eleições europeias|REUTERS|Tony Gentile

Os chefes de Estado e de governo da União Europeia fazem uma reunião de urgência nesta terça-feira (27) em Bruxelas para discutir como reagir ao voto de protesto do último domingo. Chamados a renovar o Parlamento Europeu, eleitores dos 28 países do bloco exprimiram seu descontentamento votando em partidos extremistas e contrários às instituições europeias.

O chefe do governo italiano, Matteo Renzi, fortalecido pelo sucesso de seu partido de centro-esquerda nas eleições, pede uma resposta rápida das autoridades europeias. A ideia é nomear o quanto antes os novos dirigentes das instituições do bloco (presidentes do Parlamento e Da Comissão, além de comissários de área), a fim de estabelecer um programa de ações para estimular o crescimento, a criação de empregos e a gestão dos fluxos migratórios no bloco.

Não será fácil convencer a chanceler alemã, Angela Merkel, a abandonar a austeridade econômica que ela defendeu até agora. Ciente disso, Renzi vai buscar o apoio do presidente francês, François Hollande, para emplacar suas ideias. O problema é que o socialista chega enfraquecido a Bruxelas, depois da vitória histórica, na França, do partido de extrema-direita Frente Nacional (FN).

O sucesso do movimento comandado por Marine Le Pen deixou os dois principais partidos do país em crise. Tanto que os líderes da UMP, o partido do ex-presidente Nicolas Sarkozy, de direita, e do Partido Socialista, atualmente no poder, reavaliam suas estratégias políticas.

Le Pen vai a Bruxelas encontrar aliados

Marine Le Pen anunciou que vai a Bruxelas nesta quarta-feira (28) encontrar possíveis aliados. Ela negocia alianças para formar um grupo parlamentar de extrema-direita e impedir avanços na construção de uma federação europeia. Pelas regras da Casa, para constituir um grupo político são necessários no mínimo 25 deputados de sete países.

Com 24 deputados eleitos, o FN preenche um dos critérios praticamente sozinho. O desafio é conquistar aliados de outras seis nacionalidades. O partido neonazista grego Aurora Dourada demonstrou interesse em uma aliança com o FN, mas Marine Le Pen descartou, assim como o Jobbik húngaro e o NPD (neonazista) alemão.

O Ukip britânico e o partido antieuro alemão AFD excluíram qualquer aliança com a família Le Pen. O líder do Ukip, Nigel Farage, disse não gostar do “antissemitismo inscrito no DNA da Frente Nacional”. 

Para o FN, restam aliados históricos como o partido belga Vlaams Belang, o holandês PVV, o austríaco FPO e a Liga Norte italiana. Marine Le Pen também contatou os Democratas Suecos. 

Taxa de participação nas eleições europeias sobe em vários países

Cidadãos europeus vão às urnas votar nas eleições para o parlamento europeu

Cidadãos europeus vão às urnas votar nas eleições para o parlamento europeu|REUTERS|RFI|Gleb Garanich

Em meio à ameaça euroceticista e o avanço dos partidos de extrema-direita, mais de 388 milhões de eleitores europeus de 21 países vão às urnas neste domingo (25) para eleger 751 novos deputados europeus. Contrariando as expectativas, no meio da tarde a taxa de participação no pleito estava em alta em vários países da União Europeia.

Por volta do meio-dia, 15,7% dos franceses já haviam comparecido às urnas, quase um ponto a mais em relação às eleições de 2009, que registraram, no mesmo horário, 14,81% de partipação, e um total de 40,63%. Neste ano, os franceses vão eleger 74 deputados.

A Alemanha, que deverá escolher 96 representantes no Parlamento Europeu, ainda não divulgou resultados oficiais sobre a participação no pleito.

Mas, segundo o jornal Süddeutsche Zeitung, a tendência é que um número maior de eleitores compareça às urnas em relação às últimas eleições. Em Portugal, a participação também surpreendeu ao meio-dia. O índice foi de 12,4%, contra 11,84% em 2009.

Na Croácia, que acaba de integrar a União Europeia, a participação também estava em alta de 2%.

República Tcheca e Polônia devem ter baixa participação

Já na República Tcheca, apenas 20% dos eleitores foram às urnas até meio-dia, segundo estimativas da agência CTK. Em Malta também foi registrada uma leve baixa, mas a participação continua sendo uma das mais elevadas da Europa e foi estimada em 75%.

Na Polônia, onde apenas uma pequena parte da população foi às urnas, o primeiro-ministro Donald Tusk declarou que “se a participação ultrapassasse os 20%, não seria um drama.” Em 2009, a abstenção ultrapassou os 70% em vários países do leste europeu, entre eles a Eslováquia, a Lituânia, a Polônia, a Romênia, a República Tcheca e a Eslovênia. 

noticias gerais e, especificamente, do bairro do Brás, principalmente do comércio