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No Amapá, estudos preliminares sobre urnas funerárias inéditas no Brasil saem em 60 dias

Pesquisa desvendará detalhes sobre cerâmicas e artefatos em pedras; ossos humanos serão analisados em dezembro

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Pesquisa desvendará detalhes sobre cerâmicas em 60 dias. Foto: Paula Monteiro/ Portal Amazônia

MACAPÁ – As análises dos artefatos encontrados junto às urnas funerárias com três câmaras laterais localizados na comunidade de Curiaú Mirim (distante oito quilômetros de Macapá), em julho deste ano, serão divulgadas em 60 dias. Os achados arqueológicos são estudados há duas semanas pelo Centro de Pesquisas Arqueológicas (CPArq) do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa).

peças podem ser de material marajoara e ‘cerâmica mazagão’- tipo característico utilizado pelos grupos que habitavam o estuário do rio Amazonas. Foto: Paula Monteiro/ Portal Amazônia

 

Durante a escavação foram encontradas urnas em cerâmica com restos mortais humanos e de caça, além de bancos  e outros artefatos que podem pertencer à etnia Palikur. As primeiras observações indicaram que a datação do achado arqueológico é de mil anos d.C., onde o grupo viveu na área por cerca de 300 anos. O material também indica que o local servia como ponto de troca de mercadorias entre os indígenas de outros lugares como Tapajós e Marajó, no Pará, e escudo das Guianas.

Furna funerária. Foto: Paula Monteiro/ Portal Amazônia

De acordo com o arqueólogo e coordenador da pesquisa, João Saldanha, as primeiras informações vão possibilitar definir com exatidão a origem e os detalhes sobre as cerâmicas e os artefatos em pedras. A princípio, trata-se de material marajoara e ‘cerâmica mazagão’- tipo característico utilizado pelos grupos que habitavam o estuário do rio Amazonas e que serviam para distinguir os grupos sociais que ali viveram. “Assim que as peças foram retiradas do sítio [arqueológico] iniciamos o processo de limpeza e higienização para começar a pesquisa. A conclusão dos estudos ficará pronta em dois anos, em média”, afirmou.

Urnas funerárias com três câmaras laterais escavadas por arqueólogos na comunidade de Curiaú Mirim (distante oito quilômetros da capital), em julho deste ano, no Amapá. Foto: Paula Monteiro/ Portal Amazônia

Para a análise dos ossos humanos, o Instituto contará com o apoio do Museu Nacional/UFRJ- a mais antiga instituição científica do Brasil e o maior museu de história natural e antropológica da América Latina. Em uma das urnas escavadas foi encontrado ossos humanos de um indivíduo e restos de fauna como casca de caranguejo e restos de caça, que poderiam ser acompanhamentos funerários dedicados aos mortos- ritual comum na cultura indígena. “Um de nossos funcionários está fazendo estágio no Museu Nacional, onde trabalha a tese de mestrado sobre esse achado no Amapá. Ele acompanhará sua orientadora até ao Amapá para ajudar a explorar as urnas funerárias em dezembro de 2014”, afirmou Saldanha em entrevista ao Portal Amazônia.

Durante a escavação, foram econtradas urnas em cerâmica que  guardavam restos mortais humanos e de caça. Foto: Paula Monteiro/ Portal Amazônia

 

Prêmios Professor Samuel Benchimol e Banco da Amazônia de Empreendedorismo Consciente são apresentados em Macapá

‘Professor Samuel Benchimol’ e ‘Banco da Amazônia’ valorizam desenvolvimento da região amazônica

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Prêmios valorizam projetos que incentivam o desenvolvimento sustentável da Região Amazônica. Foto: Márcio Di Pietro/ ATN

MACAPÁ – Projetos que incentivam a economia verde, o desenvolvimento sustentável e o empreendedorismo consciente do Amapá serão reconhecidos através dos prêmios ‘Professor Samuel Benchimol’ e ‘Banco da Amazônia de Empreendedorismo Consciente’. O valor total da premiação para cada categoria será de R$ 65 mil. O edital e as informações estão disponíveis naInternet. As inscrições seguem até 5 de setembro deste ano.

Nesta sexta-feira (27), foram apresentadas as propostas dos prêmios e sua importância a parceiros e instituições convidadas.  Foto: Paula Monteiro/ Portal Amazônia

Como participar?

Empreendedores, pesquisadores, acadêmicos e comunidade em geral podem participar. Os trabalhos poderão ser elaborados individualmente ou em grupo. Os prêmios são considerados importantes estímulos entre os pesquisadores e empreendedores que desenvolvem práticas de uso sustentável, a partir de recursos naturais na região, desde a criação de políticas públicas ao comércio. “Eles buscam inovação e no pensar coletivo, o qual possui um valor expressivo para a sustentabilidade. Vários projetos chamaram a atenção da organização dos prêmios, como a realizada pela a Embraba/AP no combate à praga que atacava as bananeiras. Outro projeto no Acre virou empresa que trabalham com o látex”, exemplificou o coordenador do Prêmio, professor José Rincon Ferreira.

Vários projetos chamaram a atenção da organização dos prêmios, como a realizada pela a Embraba/AP no combate à praga que atacava as bananeiras. Na imagem, o coordenador do Prêmio, professor José Rincon Ferreira. Foto: Paula Monteiro/ Portal Amazônia

A parceria dos prêmios com o grupo Amazônia Cabo- das mídias CBN Amazônia, Portal Amazônia e o Canal Amazon Sat– estimula a valorização social e ambiental na Amazônia. “O prêmio tem a característica do que fazemos enquanto empresa de comunicação, que é ser a cara e a voz da Amazônia e apoiar prêmios como esse representam os nossos ideais para a Região”, disse o gerente de sustentabilidade do Canal Amazon Sat, Menderson Coelho.

Para o titular da Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia (Setec), Antonio Claudio de Carvalho, os prêmios ‘Professor Samuel Benchimol’ e ‘Banco da Amazônia de Empreendedorismo Consciente’ são exemplos de iniciativas que ajudam a aprimorar as técnicas inovadoras em benefício do desenvolvimento sustentável. Carvalho ganhou o prêmio em 2007. “Ele mudou a minha vida acadêmica e profissional. Divulgou e abrangeu a minha área de pesquisa, pois é comprometido com a sustentabilidade da Amazônia e as ações da proposta para toda a vida”, relembra.

Para o titular da Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia (Setec), Antonio Claudio de Carvalho, os prêmios são exemplos importantes de iniciativas que ajudam a aprimorar as técnicas inovadoras em benefício do desenvolvimento sustentável. Foto: Paula Monteiro/ Portal Amazônia

Segundo o gerente geral da agência Macapá, do Banco da Amazônia, Gleidson Sales, o prêmio Banco da Amazônia de Empreendedorismo Consciente representa a proposta da instituição financeira. “Tem o objetivo de apoiar os projetos científicos na nossa região. Ele é um dos mais importantes da América Latina que buscam incentivar a pesquisa com consciência ambiental”, afirmou.

Segundo o gerente geral da agência Macapá do Banco da Amazônia, Gleidson Sales, o prêmio Banco da Amazônia de Empreendedorismo Consciente representa a proposta da instituição financeira. Foto: Paula Monteiro/ Portal Amazônia

O edital 2014 foi lançado nesta sexta-feira (27), em Macapá. Na ocasião, foram apresentadas as propostas dos prêmios e a importância para parceiros e instituições convidadas, entre elas: Instituto Estadual de Florestas (IEF), Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Amapá (Sebrae/AP), Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia (Setec) e Universidade Federal do Amapá (Unifap).

 

Casal de aposentados viaja o mundo sob quatro rodas e passa por Macapá

Viagem começou em Vitória (ES) e segue por Oiapoque, Guiana Francesa até conhecerem 90 países

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Casal viaja o mundo e passa pelo Amapá

MACAPÁ – Quem nunca sonhou em conhecer os quatro cantos do mundo? O casal capixaba Eduardo e Lú Prata resolveu apostar em uma viagem sob quatro rodas. A aventura começou no dia 15 de janeiro de 2014, com saída de Vitória (ES) e já passaram por seis países e 22 estados do Brasil. Nesta terça-feira (24), a parada foi em Macapá, no Amapá, de onde seguiram para o município de Oiapoque (distante 560 quilômetros da capital). Após passar pelo Estado, o casal vai para a América Central e do Norte. Ao todo, conhecerão 90 países.

A viagem será realizada em um carro adaptado. Foto: Reprodução/ Blog Eduardo Prata

A viagem é realizada em um carro adaptado com cama, mini-geladeira, banheiro televisão e fogão. O casal estima que percorrerá 160 mil quilômetros de estrada para conhecer 90 países, durante três anos. Os gastos podem chegar a R$ 4 mil por mês. Após conhecer a América do Sul, seguirão para a América Central e Norte. Depois para a Europa e Norte da África, Rússia, Ásia e Oceania. Pretendem, ainda, voltar à África, antes de retornarem para casa.

O casal capixaba Eduardo e Lú Prata estão realizando esse desejo, que é o sonho de consumo de muita gente. Foto: Reprodução/ Blog Eduardo Prata

A aventura foi planejada por dois anos, mas o sonho de conhecer o mundo surgiu na infância. “É um sonho que tenho desde criança, sempre fomos aventureiros e gostamos de sonhar. Eu sempre digo que somos do tamanho dos nossos sonhos. Tínhamos essa vontade de quando aposentássemos daríamos a volta ao mundo”, contou o aposentado.

Em 2013, quando completou 60 anos, foi marcado como o ponto de partida para a realização do sonho de criança. Eduardo comemorou o aniversário e aposentadoria fazendo uma mala com uma pedra dentro, além de carimbos que usava em seu escritório. “Trabalhava na área portuária. Fiz a mala e joguei no mar e disse: “Não trabalho mais”, lembra bem humorado.

 A aventura foi planejada por dois anos, mas o sonho de conhecer o mundo surgiu na infância. Foto: Reprodução/ Blog Eduardo Prata

Para a aventura, o casal teve que fazer alguns ‘sacrifícios’. “Vendi as motos, e tudo o que eu tinha para comprar o carro 4 x 4 e um camper”. Lú, por sua vez, teve que deixar o amor pelos sapatos de lado, devido ao pouco espaço do veículo e a necessidade de levar apenas o indispensável. “Quando vimos que o carro oferecia apenas o necessário, começamos a exercer a ‘lei do desapego’, contou Lú. “Viajamos com o mínimo possível. Aprendemos a viver com pouco e percebemos que é possível, tranquilamente”.  Eduardo provocou: “ela adora sapato, agora tem que se contentar com um”, brincou.

A viagem será realizada em um carro adaptado com cama, mini-geladeira, banheiro televisão e fogão. Foto: Reprodução/ Blog Eduardo Prata

Aventura e amizades 

A história ousada do casal em largar tudo em busca de um sonho de criança lhe rende até amizades, frutos da admiração pelo espírito aventureiro dos dois. Em Macapá, os aposentados foram recepcionados por um amigo que fizeram na Internet, após conhecer a história dos desbravadores. “Nos apresentaram a cidade a até conhecemos o marabaixo. Adoramos conhecer o Marco Zero”, disse Eduardo.

Camper. Foto: Reprodução/ Blog Eduardo Prata

Desafios

Entre as histórias colecionadas, a que mais marcou o casal foi nos lençóis maranhenses. “Passamos um aperto, pois rodamos 38 quilômetros nas dunas durante a noite. Após o sufoco constatei que estávamos ‘aprovados’. No Deserto de Sal, na Bolívia também foi difícil. No Chile também atravessamos um deserto. Mas quando dá algo errado, paramos e esperamos por ajuda. Não temos pressa”, falou o aposentado enfatizando que é preciso ter paciência.

Espírito aventureiro

Essa é a segunda vez que Eduardo se aventura. Em 2004, ele viajou pela América Latina sob duas rodas. A decisão veio antes dele aprender a pilotar a motocicleta.

Após conseguir a habilitação, Eduardo deu início a sua primeiro grande desafio.A história deu origem ao livro “Extremos das Américas, uma viagem de moto ao Alaska e ao Ushuaia”. O casal de aventureiros compartilha todos os detalhes da viagem em um site.

 

No ritmo da Copa do Mundo, indígenas do Amapá realizam competição

Tribos de Oiapoque disputam Jogos Indígenas. Competição envolve mais 12 modalidades; confira

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Futebol: o esporte “branco” também conquistou espaço na cultura dos índios que vivem no interior do Amapá. Foto: Arquivo/ Sedel/AP

MACAPÁ – Que o futebol é considerado uma paixão nacional, isso todo mundo sabe. O esporte também conquistou os indígenas do município de Oiapoque (distante cerca de 590 quilômetros da capital), no Amapá. Em ritmo da Copa do Mundo de Futebol, cerca de quatro mil indígenas de dez aldeias mostram a habilidade com a bola durante os Jogos Indígenas 2014 que iniciou no último dia 18 de junho e vai até o dia 31 de agosto.

A modalidade esportiva é um dos passatempos favoritos no extremo norte do estado. Foto: Arquivo/ Sedel/AP

A modalidade esportiva é um dos passatempos favoritos no extremo Norte do Estado. A ‘pelada’ democrática proporciona lazer, saúde, união e interação entre diferentes etnias do local e envolve mulheres, crianças e jovens. “Tradicionalmente sempre fizemos brincadeiras e jogos para socializar e valorizar a nossa cultura. Com a organização dos Jogos Indígenas e campeonatos locais a nossa paixão pelo futebol só aumentou. Acompanhamos a Copa torcendo fervorosamente”, garantiu o titular da Secretaria Extraordinária dos Povos Indígenas (Sepi) do Amapá, Coaracy Macial.

As mulheres também apreciam o futebol nas aldeias. Foto: Paulo Ronaldo/ Agência Amapá de Notícias

A influência do futebol- que teve origem na Inglaterra, mas é a cara do Brasil- vem de “rede”. A experiência adquirida nos primeiros anos de vida dos indígenas forma craques que jogam de igual para igual com os adultos. “Acima de dez anos eles podem participar das competições oficiais. E não tem limite de idade, basta vontade de jogar, que não é pouca, pois amamos futebol”, falou Macial.

Copa de Futsal Universitária Indígena 

Em abril deste ano, em alusão ao Dia do Índio, várias etnias saíram de suas aldeias até a capital para comemorar a data com futebol. A Terceira Copa de Futsal Universitária Indígena aconteceu no Centro Didático Ginásio Avertino Ramos e reuniu times das etnias Tiriyó (Tucumucumaque, Tiriyós e Tumucumaque II), Apalai (Águia Apalai, Relâmpago Wajanã e Poinokô Apalai) e Waiãpi (Marycu, Aramirã e Waiãpi). No confronto final, a equipe Tumucumaque venceu os Waiãpi pelo placar de 5 x 0.

Em abril deste ano, em alusão ao Dia do Índio, várias etnias saíram de suas aldeias até a capital para comemorar a data com futebol. Foto: Cliver Campos/ Agência Amapá de Notícias

Jogos Indígenas 2014

Além do futebol nas categorias feminina e masculina, os Jogos Indígenas também envolvem outras modalidades esportivas que exaltam os costumes e a tradição dos índios são elas: corrida com tora, corrida com jamaxi, corrida livre, subida no açaizeiro, natação, cabo de guerra, canoagem, arco e flecha, pescaria, arremesso de lança, pintura corporal e contos e mitos. No total, quatro mil índios das etnias Galibi Marworno, Galibi Kalinã, Palikur, Karipuna, Waiãpi, Tiriyó, Kaxuyana, Txikuyana, Apalai e Wayana, localizadas em Oiapoque e Pedra Branca do Amapari (distante 180 quilômetros da capital), participam da competição.

A corrida com tora é uma das modalidades dos Jogos Indígenas.  Foto: Secom/ Agência Amapá de Notícias

Premiação

Até 2013, a premiação para os três primeiros colocados em cada categoria era realizada com medalhas e troféus pela Secretaria de Estado do Desporto e Lazer (Sedel), organizadora do evento em parceria com a Secretaria Extraordinária dos Povos Indígenas (Sepi) do Amapá.

Mas em 2014, haverá mudanças. Para valorizar o artesanato indígena, os prêmios serão produzidos pelas mãos dos nativos com a confecção de colares de miçangas, sementes e outros apetrechos típicos da região e que fazem parte do cotidiano dos povos. Jogos Indígenas também realiza uma feira de artesanato, culinária, pintura e exposição da cultura indígena.

Acompanhe as etapas dos Jogos Indígenas 2014

Dias 22, 23 e 24 de junho

Local: Aldeia Kumenê

Dias 26, 27 e 28

Local: Aldeia de Santa Izabel

Dias 30 de junho e 01 e 02 de julho

Local: Aldeia Galibi

Dias 04, 05  e 06 de julho

Local: Aldeia Tukai

Dias 11, 12 e 13 de julho

Local: Aldeia Aramirã (em Pedra Branca do Amapari)

Dias 29, 30 e 31 de agosto (final)

Local: Aldeia Manga

 

Território está sob influência da descarga sedimentária do rio Amazonas e das forças oceânicas regionais ENVIAR A UM AMIGO

Território está sob influência da descarga sedimentária do rio Amazonas e das forças oceânicas regionais

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BELÉM – No extremo norte do país, os impactos da exploração de recursos naturais ameaçam o patrimônio transfronteiriço entre os estados brasileiros do Pará e Amapá e a Guiana Francesa. Para identificar o estado atual desta parte da Amazônia, estudos diversos analisam de imagens de satélite feitas durante o período de 2007 a 2014. As principais ameaças à natureza são a extração mineral ilegal, especialmente o garimpo de ouro, extração ilegal de madeira e produtos não-madeireiros, além da ocupação irregular na calha do rio Oiapoque.

O território da bacia do rio Oiapoque localiza-se entre Pará, Amapá e Guiana Francesa e encontra-se sob a influência da descarga sedimentária do Rio Amazonas e das forças oceânicas regionais. As águas, ricas em nutrientes e em recursos pesqueiros, são protegidas através do Parque Natural Regional da Guiana Francesa e do Parque Nacional do Cabo Orange, no Amapá. Ao sul, outras duas áreas abrangem florestas tropicais: o Parque Amazônico, na Guiana Francesa, e o Parque de Tumucumaque, no Brasil. Uma rodovia e uma ponte atravessam o leste Guianês e o norte do Amapá, ligando os centros urbanos de Saint Georges (Guiana Francesa) e de Oiapoque (AP).

Através do Programa Operacional Amazônia, a Guiana Francesa e o Amapá buscam desenvolver abordagens integradas como bases de gestão coerente dos espaços fronteiriços. Coordenado pelo colegiado franco-brasileiro IRD, INPE e Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (IEPA), tem como objetivo principal propor métodos e ferramentas comuns para a caracterização do patrimônio natural transfronteiriço para subsidiar a gestão ambiental. Utiliza a plataforma SEAS GUYANE, que fornece os dados de satélite a partir dos quais se faz o acompanhamento das alterações ambientais.

Os indicadores gerados a partir desta análise são: o estado das coberturas florestais, do complexo água-solo-floresta e dos recursos hídricos de superfície; o estado e natureza dos agro-sistemas e suas evoluções; o estado e evolução das paisagens litorâneas, dos depósitos sedimentares costeiros, dos parâmetros físico-químicos das águas costeiras e oceânicas, das modalidades e práticas da atividade pesqueira artesanal na costa; e o nível do risco ambiental de transmissão da malária.

 

Dilma participa de entrega do ‘Minha Casa, Minha Vida’ em Macapá

As 2.148 unidades habitacionais são destinado a famílias que vivem em área de risco em Macapá

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MACAPÁ – A presidente Dilma Rousseff entrega, nesta segunda-feira (23), 2.148 unidades habitacionais construídos pelo Minha Casa, Minha Vida em Macapá. São 164 casas e 1.984 apartamentos,.que devem beneficiar mais de oito mil pessoas. Destinado a famílias com renda de até R$ 1,6 mil e que vivem em área de risco, o Residencial Macapaba recebeu mais de R$ 130 milhões investimento.

As casas têm área privativa de 39,68m² e os apartamentos, 44,50m², todos divididos em dois quartos, circulação, sala, cozinha, banheiro e área de serviço, com piso cerâmico em todos os ambientes. Localizado no km 3,9 da BR 156, o residencial Macapaba tem centro comunitário, praça, parques infantis e quadra de esportes. A infraestrutura é composta por rede de esgoto tratado, drenagem pluvial, pavimentação, iluminação pública, rede elétrica e rede de distribuição de água potável. A água do banho terá aquecimento solar.

Minha Casa Minha Vida Macapá

O local tem acesso ao transporte público e unidade de policiamento comunitária em funcionamento. Por enquanto, os moradores serão atendidos por escolas disponíveis na região, mas o plano é que o bairro conte com cinco escolas e também duas Unidades Básicas de Saúde UBS). Apelidado de “Cidade Macapaba”, o empreendimento pretende ser o novo polo de desenvolvimento local. Uma área próxima aos blocos será destinada a comércio e serviços.

A entrega de todas as etapas do Macapaba está prevista para o fim de 2014 e contemplará mais de 70 famílias, cerca de 400 moradores, que tiveram suas casas destruídas em incêndio do bairro Perpétuo Socorro. José Maria Alcântara Pinheiro, conhecido como “O Poema”, é um deles. O pescador estava trabalhando quando soube que o fogo tinha consumido tudo que tinha, inclusive suas ferramentas de trabalho. Hoje ele mora de aluguel social em casa com oito pessoas e está desempregado, sobrevivendo com ajuda dos filhos e do Bolsa Família.

Foto: Divulgação/ Blog do Planalto

 
 

Parque Zoobotânico de Macapá ainda tem chance de voltar a funcionar

MPF/AP retifica pedido de reabertura do parque zoobotânico à Justiça Federal com permanência de animais

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MACAPÁ – O Ministério Público Federal no Amapá (MPF/AP) retificou pedido de reabertura do Parque Zoobotânico de Macapá. Em ação civil pública ajuizada em 2011, a instituição defendia a retirada de animais e reabertura do local apenas como jardim botânico. Isto porque o parque não atendia às legislações e regulamentações de zoológicos no Brasil. Com a entrada em vigor da Lei Complementar nº. 140/2011, o Estado passou a ter competência para aprovar e licenciar o funcionamento de zoológicos. Com base nisto, o MPF/AP pede a adequação do parque à legislação atual e defende a manutenção de fauna e flora no local.

Ao julgar a ação, de imediato, a Justiça pode determinar vistoria técnica no parque pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e profissionais da área de saúde animal. O objetivo é verificar com urgência o estado atual dos animais silvestres ali abrigados, possíveis vítimas de abusos e maus tratos. A solicitação do MPF/AP também tem como propósito atestar a execução de benfeitorias alegadas pela Prefeitura de Macapá após Termo de Ajustamento de Conduta firmado em 2007.

Outro pedido é a condenação da Prefeitura, da Fundação Parque Zoobotânico, do governo estadual do Amapá e do Instituto de Meio Ambiente e Reordenamento Territorial ao pagamento em R$ 2 milhões por danos morais coletivos à sociedade amapaense. O valor deve ser revertido em políticas públicas nas escolas municipais da capital.

Orla de Macapá. Foto: Reprodução/ Google Maps

Omissão

O MPF/AP acusa o governo estadual do Amapá e a Prefeitura de Macapá de omissão. Para a instituição, por mais de uma década, os órgãos deixaram de corrigir as irregularidades apontadas em relatórios técnicos do Ibama. Governos mantiveram irregularmente albergados animais silvestres no parque zoobotânico. “E o prejuízo advindo não é somente dos animais, que sofreram e sofrem maus tratos, mas também da sociedade macapaense, que se vê subtraída de seu espaço e lazer público”, relata trecho da ação.

Na ação é pedida, também, a elaboração de planejamento para recuperar e reformar o local. Para o procurador da república Camões Boaventura “é inconcebível que a capital do Estado permaneça tantos anos e, quiçá para sempre, sem espaço público destinado ao funcionamento de zoológico e jardim botânico, em razão da omissão do poder público estadual e municipal em efetivamente executar políticas públicas de meio ambiente, educação e turismo”.

A ação tramita na 6ª Vara da Seção Judiciária do Amapá sob o número 7604-73.2011.4.01.3100.

 

Ação social retira lixo de área de preservação ambiental, no Amapá

Bombeiros extraíram entulho do fundo da lagoa do Curiaú; garrafas pet e latinhas são os mais encontrados

Grupo de bombeiros teve a iniciativa de tirar parte dos detritos da lagoa do Curiaú, nesta quarta-feira. Foto: Paula Monteiro/ Portal Amazônia

MACAPÁ – A beleza, calmaria e a água refrescante da lagoa do Curiaú (distante cerca de 15 quilômetros da capital) fazem da Área de Proteção Ambiental (APA) um dos destinos preferidos dos banhistas, no Amapá. No entanto, a exuberância do balneário da região divide espaço com o lixo deixado pelos visitantes. Garrafas pet, latinhas de cerveja, entre outros objetos, lideram o ranking do descaso com o meio ambiente, alguns levam até 100 anos para se decompor. Para minimizar a situação, um grupo de bombeiros teve a iniciativa de tirar parte dos detritos da lagoa, nesta quarta-feira (21).

A atividade foi realizada no último dia do primeiro curso de salvamento aquático do Estado. O local serviu de treinamento para os militares que se sensibilizaram com a condição da área de proteção ambiental e resolveram “arregaçar as mangas”. “Fizemos essa ação social em respeito ao meio ambiente, a comunidade quilombola que vive aqui e aos próprios banhistas, que podem se machucar com o lixo como cacos de vidro. Tiramos algo em torno de 50 quilos de sujeira”, afirmou o capitão Elizeu Leão.

Balneário do Curiaú é um dos destinos preferidos dos banhistas, no Amapá. Foto: Paula Monteiro/ Portal Amazônia

Apesar da presença de lixeiras nos restaurantes e no deck do balneário do Curiaú, o que falta para o lixo estar no lugar certo é educação. Pelo menos é o que acredita o dono de um dos empreendimentos do lugar, Marcelino Ramos, de 68 anos. O pequeno empresário não mede esforços para manter a limpeza da área. Três vezes por semana, ele entra na água fria da lagoa e com a ajuda de uma canoa recolhe o lixo deixado pelos clientes e outros banhistas. “Não adianta ter lixeira, se falta consciência. Toda semana é assim. As pessoas vêm em busca de diversão e levam um pedaço da beleza daqui”, disse desapontado.

Pequeno empresário não mede esforços para manter a limpeza da área. Foto: Paula Monteiro/ Portal Amazônia

A dona de casa Uérica de Souza, de 28 anos, esteve no balneário da reserva pela primeira vez, nesta quarta-feira (21). Acompanhada pelo marido, tios e sobrinha, ela aprovou a iniciativa dos bombeiros, mas lamentou que a situação seja comum em lugares semelhantes. “Moro em Altamira, no Pará, e o que acontece aqui também acontece nas praias de lá. As pessoas precisam aprender a desfrutar a natureza sem degradar. Mesmo quando não há lixeiras, o que custa trazer um saco plástico para reunir o lixo e jogá-lo fora em um lugar apropriado?”, sugeriu a visitante.

A dona de casa Uérica de Souza, de 28 anos, aprovou ação dos bombeiros. Foto: Paula Monteiro/ Portal Amazônia

Nesta quinta-feira (22) é comemorado o Dia Internacional da Biodiversidade. Escolhida pela Organização das Nações Unidas (Onu) a data visa aumentar a conscientização da população sobre a importância de proteger a diversidade biológica do mundo. O Curiaú é uma unidade de proteção com área de 23 mil hectares, que tem como objetivo proteger e conservar os recursos naturais e ambientais da região. Na reserva ambiental, vivem remanescentes de quilombos que lutam para preservar a beleza natural do lugar e a memória dos antigos escravos trazidos no século XVIII para a construção da Fortaleza de São José de Macapá.

Área de Proteção Ambiental (APA) do Curiaú. Foto: Paula Monteiro/ Portal Amazônia

 
 

No Amapá, Porto de Santana será ampliado para atrair novos investidores

Serão investidos R$ 20 milhões para implantação da Zona de Processamento de Exportação; objetivo principal é exportar grãos

Porto de Santana vai ampliar de tamanho para atrair novos investidores. Foto: Antonio Sena/ Agência Amapá de Notícias

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

MACAPÁ – A posição geográfica do Porto de Santana é uma das vantagens para escoar mercadorias para o mercado internacional, partindo do Amapá. Localizado na margem do rio Amazonas, no canal de Santana (em frente à ilha do mesmo nome, distante 18 quilômetros da capital), o porto exporta riquezas como manganês, madeira e minério de ferro para outros continentes. Para atrair grandes investidores, o Estado realizou o Seminário de Logística e Offshore ‘Interligando o Brasil ao Mercado Internacional’, nos dias 19 e 20 de maio, na capital.

No encontro que reuniu investidores locais e de outros estados, estrangeiros e autoridades políticas, foram debatidos os potenciais e a expansão na conexão do mercado internacional entre o Porto de Santana e o mundo. Um dos principais objetivos é tornar a área portuária uma alternativa de escoamento de grãos, principalmente a soja – entre outros produtos do agronegócio. Para isso, o primeiro passo foi dado.

Um dos principais objetivos é tornar a área portuária uma alternativa de escoamento de grãos. Foto: Antonio Sena/ Agência Amapá de Notícias

Nesta segunda-feira (19), o governador do Amapá, Camilo Capiberibe, e o prefeito de Santana, Robson Rocha, assinaram um protocolo de intenções que visa estabelecer etapas jurídicas para um decreto de desapropriação na Ilha de Santana. A área vai possibilitar ao Estado dobrar a sua capacidade de infraestrutura portuária para 721 hectares naquela região. Serão investidos R$ 20 milhões para a implantação da Zona de Processamento de Exportação (ZPE), oriundos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Para Capiberibe, um dos caminhos para a expansão comercial do Porto de Santana será a criação de uma plataforma logística para exportação de grãos do Norte do Mato Grosso. “Estive naquele Estado em 2011 e apresentei a potencialidade do Porto [de Santana]. Dobraremos de tamanho nossa área portuária para atrair outras empresas na área de grãos e outros setores. Também estamos visando a exploração de petróleo na costa amapaense”, adiantou.

Área do Porto de Santana vai dobrar com 721 hectares. Foto: Divulgação/ Agência Amapá de Notícias

O plano da rota para os grãos produzidos em Mato Grosso será a seguinte: Transporte da produção em carretas pela Rodovia Cuiabá-Santarém (BR-163) até o Porto de Miritituba (município de Itaituba-PA); de lá, os grãos serão embarcados em balsas até o Porto de Santana e seguirão em navios graneleiros para o mercado internacional.

Foto: Lilian Monteiro/ Agência Amapá de Notícias

O vice-presidente do Congresso Nacional, senador Jorge Viana (AC), participou do encontro e destacou a importância da área portuária do Amapá para o desenvolvimento da Amazônia e do país. “A posição geográfica do porto do Amapá é uma alternativa de solução para os gargalos do setor portuário brasileiro. O plano de expansão é fundamental para o progresso do comércio”, afirmou.

O vice-presidente do Congresso Nacional, senador Jorge Viana (AC), participou do encontro e destacou a importância da área portuária do Amapá.  Foto: Cleito Souza/ Agência Amapá de Notícias

A construção do Porto de Santana (antigo Porto de Macapá) foi iniciada em 1980, com a finalidade original de atender à movimentação de mercadorias por via fluvial, transportadas para o Estado do Amapá e para a Ilha de Marajó, no Pará. Graças a  sua posição geográfica privilegiada, tornou-se uma das principais rotas marítimas de navegação.

 

Capitania dos Portos apreende 900 litros de combustível ilegal, em Macapá

De janeiro a abril de 2014, ocorreram três explosões de barcos que armazenavam combustíveis ilegalmente

Carotes com combustível foram encaminhados ao Batalhão Ambiental do Amapá. Foto: Paula Monteiro/ Portal Amazônia

MACAPÁ- A Capitania dos Portos no Amapá apreendeu 900 litros de combustível que estavam armazenados ilegalmente em uma embarcação no Canal das Pedrinhas, na capital, no último sábado (10). Além do armazenamento e transporte irregular do produto, o condutor não possuía habilitação para navegar. O combustível foi levado para o pátio do Batalhão Ambiental do Amapá e o responsável pelo barco levado à Delegacia da Polícia Civil.

A infração foi observada durante uma inspeção de rotina da Marinha. De acordo com o tenente da Capitania dos Portos no Amapá, Fabiano Crespo, o combustível seria levado para o município de Breves, no Pará. “Infelizmente, o transporte ilegal de combustível acontece com frequência no Amapá. É importante que a população contribua com as fiscalizações através de denúncias sobre qualquer irregularidade que comprometa a segurança nos rios. Basta ligar para Disque Segurança da Navegação: 0800-280-7200”, informou.

De janeiro a abril de 2014, ocorreram três explosões de barcos que armazenavam e transportavam combustíveis ilegalmente, no Amapá. Somente no mês de abril, a prática ilícita causou a explosão de nove embarcações. Ao todo, quatro morreram e outras dez pessoas ficaram feridas nos acidentes. O caso mais grave aconteceu no dia 11 de abril, quando oito barcos explodiram no Igarapé das Mulheres, orla do bairro Perpétuo Socorro, em Macapá.

Em abril deste ano, oito barcos que armazenavam combustível ilegalmente explodiram no Igarapé das Mulheres, orla do bairro Perpétuo Socorro, em Macapá. Foto: Paula Monteiro/ Portal Amazônia